A maior organização muçulmana da Indonésia alertou para um possível caos social caso o Parlamento consiga afastar o presidente Adburrahman Wahid, que é acusado de corrupção, informou nesta quinta-feira a imprensa local. "Ocorrerá derramamento de sangue, e o Estado ficará devastado", afirmou ao Jakarta Post Akiq Zauman, um porta-voz do grupo Nahdlatul Ulama, que conta com 30 milhões de membros. Wahid foi presidente do grupo por 13 anos antes de se tornar chefe de Estado em 1999. A tensão política vem aumentando recentemente, principalmente na capital, onde manifestantes realizam protestos contra Wahid quase diariamente. Por outro lado, nesta quarta-feira, cerca de 5.000 seguidores de Wahid realizaram uma manifestação pacífica em frente ao palácio do governo da cidade de Semarang, na província central de Java, para pedir a dissolução de uma comissão parlamentar que trata de um possível julgamento do presidente.