O presidente americano do século 21 Donald Trump, um homem de negócios conhecido em diferentes partes do mundo, levou a sua presidência a um dos símbolos mais medievais que existem: um muro. A barreira para conter a imigração na fronteira sul dos EUA vem sendo evitada por diferentes governos do país, mas já foi utilizada em diferentes momentos da História para manter a separação de populações.
De Gaza ao México, muros foram erguidos para conter o terrorismo, a entrada de imigrantes, drogas e armas em diferentes países. Relembre alguns exemplos:
Cerca da Hungria
Mais de 400 mil imigrantes e refugiados atravessaram a fronteira da Sérvia e Croácia para a Hungria em 2015, o que levou o governo húngaro a iniciar a construção de cercas que impedissem a passagem para a Europa Ocidental, principalmente Alemanha, França e Suécia. As construções terminaram em 2017.
O primeiro-ministro húngaro, o populista Viktor Orban, comemorou o feito afirmando que as barreiras não pode ser cruzadas. Uma delas tem três metros de altura e 155 quilômetros de extensão, com sensores instalados a cada 15 centímetros para alertar quando alguém tenta passar.
Muro de Gaza
Israel construiu em 2002 um muro de concreto com 700 quilômetros de extensão e equipado com câmeras e torres de vigia, dentre outros recursos para dificultar a passagem. Entre os israelenses, a barreira é conhecida como “muro da separação” e, entre os palestinos, como “muro do Apartheid”.
No lado sul, o Egito ergueu 11 quilômetros de extensão de placas de aço com portarias para permitir a passagem de pessoas. Além dos dois metros de altura, a obra tem ainda 18 metros subterrâneos que impedem o contrabando de armas e passagem de pessoas abaixo do solo. Em 2017, Israel decidiu fazer uma obra similar, investindo US$ 810 milhões para impedir as passagens subterrâneas do Hamas. Deve ficar pronto em 2019.
Muro de Berlim
Talvez o muro mais conhecido no Ocidente, o Muro de Berlim dividiu a Alemanha após a 2ª Guerra. Surgiu a partir de 1961 e foi derrubado pelos próprios alemães em 1989, marcando o fim da Guerra Fria.
A obra dividia Berlim entre a Alemanha Ocidental (capitalista) e Oriental (comunista), fazendo com que ruas tivessem de ser adaptadas e famílias fossem separadas, apesar dos oito pontos de passagem na fronteira. Armadilhas para evitar fugas, canaletas anti-veículos e cercas elétricas estavam entre algumas das medidas tomadas para capturar fugitivos. Os soldados das torres de vigia tinham permissão para atirar em qualquer um que ultrapassasse.