Na Alemanha, Angela Merkel volta a dialogar com social-democratas


Chanceler alemã não fecha coalizão com verdes e liberal-democratas e abre novas negociações para montar gabinete sem novas eleições

Por Andrei Netto CORRESPONDENTE e PARIS

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, reabriu ontem as discussões para a formação de um novo governo, dois dias após o fracasso da primeira rodada de negociações, com o Partido Verde e o Liberal-Democrata (FDP). A possibilidade que mais cresceu nas últimas horas foi a reabertura de diálogo com o Partido Social-Democrata (SPD), rival histórico da União Democrata-Cristã (CDU), de Merkel.

Partido de Merkel quer formar governo em três semanas para evitar eleições

 Ao acenar para o SPD, Merkel atendeu ao presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, que pediu um acordo o mais rápido possível, para devolver a estabilidade e evitar novas eleições. Sob a liderança de Martin Schulz, ex-presidente do Parlamento Europeu, o SPD obteve seu pior resultado histórico nas eleições de 24 de setembro. 

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Merkel (C) e membros de sua aliança CDU-CSU se reuniram com os liberal-democratas do FDP nesta quarta-feira Foto: AFP PHOTO / dpa / Michael Kappeler

No entanto, no comando do partido, Schulz decidiu, ainda na noite da votação, antes da divulgação dos resultados, que os social-democratas migrariam para a oposição, após ajudar a chanceler a governar em dois de seus três mandatos, o último deles entre 2013 e 2017.

Com a rejeição do FDP e do Partido Verde em fechar uma grande coalizão sob o comando de Merkel, a pressão para que o SPD reveja sua estratégia política vem crescendo. A legenda realizará sua convenção, que deveria confirmar o nome de Schulz na liderança, mas deve agora discutir a revisão de sua estratégia de rejeitar uma aliança com a CDU a qualquer custo. 

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Gilles Lapouge: Tempos difíceis na União Europeia

De acordo com o jornal Süddeutsche Zeitung, um dos líderes da oposição interna a Schulz é o prefeito de Hamburgo, Olaf Scholz. Ex-dirigente do partido, Björn Engholm foi outro nome a defender ontem que o SPD revise sua posição intransigentes e facilite a formação do governo, devolvendo a estabilidade à Alemanha. No entanto, por ora, a candidatura de Schulz é a única confirmada.

Pedidos. Peter Altmaier, ministro das Finanças do governo de Merkel, também fez ontem um apelo aos social-democratas. “Nós devemos dar ao SPD a possibilidade de refletir sobre suas responsabilidades”, afirmou. “Devemos estar aptos a esclarecer, nas próximas três semanas, se é possível chegar a um governo estável com base nas últimas eleições.”

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Wolfgang Schäuble, presidente do Parlamento e ex-ministro das Finanças, também pediu aos partidos que busquem um acordo que devolva a estabilidade ao país sem precisar passar por novas eleições. “A democracia exige maiorias e nossa vontade de estabilidade exige maiorias sustentáveis”, disse Schäuble. “É preciso coragem para ceder e chegar a acordo com o outro. Isto é um teste, não é uma crise de Estado. A tarefa é grande, mas pode ser resolvida.”

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Angela Merkel e os conservadores alemães ganharam as eleições de domingo, mas se viram enfraquecidos pelo avanço histórico da ultradireita e pela dificuldade para formar uma aliança de governo

Recuo. Merkel teve 30,2% dos votos na última eleição e Schulz, 24,6%. Ambos os partidos tiveram seus piores desempenhos desde a 2.ª Guerra, fragmentando o Parlamento e permitindo a entrada do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que superou a cláusula de barreira e se tornou a terceira força política do país, com 12,6% dos votos. A AfD e o Die Linke, de esquerda radical, são as únicas legendas que não foram procuradas por Merkel para participar de uma coalizão de governo.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, reabriu ontem as discussões para a formação de um novo governo, dois dias após o fracasso da primeira rodada de negociações, com o Partido Verde e o Liberal-Democrata (FDP). A possibilidade que mais cresceu nas últimas horas foi a reabertura de diálogo com o Partido Social-Democrata (SPD), rival histórico da União Democrata-Cristã (CDU), de Merkel.

Partido de Merkel quer formar governo em três semanas para evitar eleições

 Ao acenar para o SPD, Merkel atendeu ao presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, que pediu um acordo o mais rápido possível, para devolver a estabilidade e evitar novas eleições. Sob a liderança de Martin Schulz, ex-presidente do Parlamento Europeu, o SPD obteve seu pior resultado histórico nas eleições de 24 de setembro. 

Merkel (C) e membros de sua aliança CDU-CSU se reuniram com os liberal-democratas do FDP nesta quarta-feira Foto: AFP PHOTO / dpa / Michael Kappeler

No entanto, no comando do partido, Schulz decidiu, ainda na noite da votação, antes da divulgação dos resultados, que os social-democratas migrariam para a oposição, após ajudar a chanceler a governar em dois de seus três mandatos, o último deles entre 2013 e 2017.

Com a rejeição do FDP e do Partido Verde em fechar uma grande coalizão sob o comando de Merkel, a pressão para que o SPD reveja sua estratégia política vem crescendo. A legenda realizará sua convenção, que deveria confirmar o nome de Schulz na liderança, mas deve agora discutir a revisão de sua estratégia de rejeitar uma aliança com a CDU a qualquer custo. 

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De acordo com o jornal Süddeutsche Zeitung, um dos líderes da oposição interna a Schulz é o prefeito de Hamburgo, Olaf Scholz. Ex-dirigente do partido, Björn Engholm foi outro nome a defender ontem que o SPD revise sua posição intransigentes e facilite a formação do governo, devolvendo a estabilidade à Alemanha. No entanto, por ora, a candidatura de Schulz é a única confirmada.

Pedidos. Peter Altmaier, ministro das Finanças do governo de Merkel, também fez ontem um apelo aos social-democratas. “Nós devemos dar ao SPD a possibilidade de refletir sobre suas responsabilidades”, afirmou. “Devemos estar aptos a esclarecer, nas próximas três semanas, se é possível chegar a um governo estável com base nas últimas eleições.”

Wolfgang Schäuble, presidente do Parlamento e ex-ministro das Finanças, também pediu aos partidos que busquem um acordo que devolva a estabilidade ao país sem precisar passar por novas eleições. “A democracia exige maiorias e nossa vontade de estabilidade exige maiorias sustentáveis”, disse Schäuble. “É preciso coragem para ceder e chegar a acordo com o outro. Isto é um teste, não é uma crise de Estado. A tarefa é grande, mas pode ser resolvida.”

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Recuo. Merkel teve 30,2% dos votos na última eleição e Schulz, 24,6%. Ambos os partidos tiveram seus piores desempenhos desde a 2.ª Guerra, fragmentando o Parlamento e permitindo a entrada do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que superou a cláusula de barreira e se tornou a terceira força política do país, com 12,6% dos votos. A AfD e o Die Linke, de esquerda radical, são as únicas legendas que não foram procuradas por Merkel para participar de uma coalizão de governo.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, reabriu ontem as discussões para a formação de um novo governo, dois dias após o fracasso da primeira rodada de negociações, com o Partido Verde e o Liberal-Democrata (FDP). A possibilidade que mais cresceu nas últimas horas foi a reabertura de diálogo com o Partido Social-Democrata (SPD), rival histórico da União Democrata-Cristã (CDU), de Merkel.

Partido de Merkel quer formar governo em três semanas para evitar eleições

 Ao acenar para o SPD, Merkel atendeu ao presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, que pediu um acordo o mais rápido possível, para devolver a estabilidade e evitar novas eleições. Sob a liderança de Martin Schulz, ex-presidente do Parlamento Europeu, o SPD obteve seu pior resultado histórico nas eleições de 24 de setembro. 

Merkel (C) e membros de sua aliança CDU-CSU se reuniram com os liberal-democratas do FDP nesta quarta-feira Foto: AFP PHOTO / dpa / Michael Kappeler

No entanto, no comando do partido, Schulz decidiu, ainda na noite da votação, antes da divulgação dos resultados, que os social-democratas migrariam para a oposição, após ajudar a chanceler a governar em dois de seus três mandatos, o último deles entre 2013 e 2017.

Com a rejeição do FDP e do Partido Verde em fechar uma grande coalizão sob o comando de Merkel, a pressão para que o SPD reveja sua estratégia política vem crescendo. A legenda realizará sua convenção, que deveria confirmar o nome de Schulz na liderança, mas deve agora discutir a revisão de sua estratégia de rejeitar uma aliança com a CDU a qualquer custo. 

Gilles Lapouge: Tempos difíceis na União Europeia

De acordo com o jornal Süddeutsche Zeitung, um dos líderes da oposição interna a Schulz é o prefeito de Hamburgo, Olaf Scholz. Ex-dirigente do partido, Björn Engholm foi outro nome a defender ontem que o SPD revise sua posição intransigentes e facilite a formação do governo, devolvendo a estabilidade à Alemanha. No entanto, por ora, a candidatura de Schulz é a única confirmada.

Pedidos. Peter Altmaier, ministro das Finanças do governo de Merkel, também fez ontem um apelo aos social-democratas. “Nós devemos dar ao SPD a possibilidade de refletir sobre suas responsabilidades”, afirmou. “Devemos estar aptos a esclarecer, nas próximas três semanas, se é possível chegar a um governo estável com base nas últimas eleições.”

Wolfgang Schäuble, presidente do Parlamento e ex-ministro das Finanças, também pediu aos partidos que busquem um acordo que devolva a estabilidade ao país sem precisar passar por novas eleições. “A democracia exige maiorias e nossa vontade de estabilidade exige maiorias sustentáveis”, disse Schäuble. “É preciso coragem para ceder e chegar a acordo com o outro. Isto é um teste, não é uma crise de Estado. A tarefa é grande, mas pode ser resolvida.”

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Angela Merkel e os conservadores alemães ganharam as eleições de domingo, mas se viram enfraquecidos pelo avanço histórico da ultradireita e pela dificuldade para formar uma aliança de governo

Recuo. Merkel teve 30,2% dos votos na última eleição e Schulz, 24,6%. Ambos os partidos tiveram seus piores desempenhos desde a 2.ª Guerra, fragmentando o Parlamento e permitindo a entrada do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que superou a cláusula de barreira e se tornou a terceira força política do país, com 12,6% dos votos. A AfD e o Die Linke, de esquerda radical, são as únicas legendas que não foram procuradas por Merkel para participar de uma coalizão de governo.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, reabriu ontem as discussões para a formação de um novo governo, dois dias após o fracasso da primeira rodada de negociações, com o Partido Verde e o Liberal-Democrata (FDP). A possibilidade que mais cresceu nas últimas horas foi a reabertura de diálogo com o Partido Social-Democrata (SPD), rival histórico da União Democrata-Cristã (CDU), de Merkel.

Partido de Merkel quer formar governo em três semanas para evitar eleições

 Ao acenar para o SPD, Merkel atendeu ao presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, que pediu um acordo o mais rápido possível, para devolver a estabilidade e evitar novas eleições. Sob a liderança de Martin Schulz, ex-presidente do Parlamento Europeu, o SPD obteve seu pior resultado histórico nas eleições de 24 de setembro. 

Merkel (C) e membros de sua aliança CDU-CSU se reuniram com os liberal-democratas do FDP nesta quarta-feira Foto: AFP PHOTO / dpa / Michael Kappeler

No entanto, no comando do partido, Schulz decidiu, ainda na noite da votação, antes da divulgação dos resultados, que os social-democratas migrariam para a oposição, após ajudar a chanceler a governar em dois de seus três mandatos, o último deles entre 2013 e 2017.

Com a rejeição do FDP e do Partido Verde em fechar uma grande coalizão sob o comando de Merkel, a pressão para que o SPD reveja sua estratégia política vem crescendo. A legenda realizará sua convenção, que deveria confirmar o nome de Schulz na liderança, mas deve agora discutir a revisão de sua estratégia de rejeitar uma aliança com a CDU a qualquer custo. 

Gilles Lapouge: Tempos difíceis na União Europeia

De acordo com o jornal Süddeutsche Zeitung, um dos líderes da oposição interna a Schulz é o prefeito de Hamburgo, Olaf Scholz. Ex-dirigente do partido, Björn Engholm foi outro nome a defender ontem que o SPD revise sua posição intransigentes e facilite a formação do governo, devolvendo a estabilidade à Alemanha. No entanto, por ora, a candidatura de Schulz é a única confirmada.

Pedidos. Peter Altmaier, ministro das Finanças do governo de Merkel, também fez ontem um apelo aos social-democratas. “Nós devemos dar ao SPD a possibilidade de refletir sobre suas responsabilidades”, afirmou. “Devemos estar aptos a esclarecer, nas próximas três semanas, se é possível chegar a um governo estável com base nas últimas eleições.”

Wolfgang Schäuble, presidente do Parlamento e ex-ministro das Finanças, também pediu aos partidos que busquem um acordo que devolva a estabilidade ao país sem precisar passar por novas eleições. “A democracia exige maiorias e nossa vontade de estabilidade exige maiorias sustentáveis”, disse Schäuble. “É preciso coragem para ceder e chegar a acordo com o outro. Isto é um teste, não é uma crise de Estado. A tarefa é grande, mas pode ser resolvida.”

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Recuo. Merkel teve 30,2% dos votos na última eleição e Schulz, 24,6%. Ambos os partidos tiveram seus piores desempenhos desde a 2.ª Guerra, fragmentando o Parlamento e permitindo a entrada do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que superou a cláusula de barreira e se tornou a terceira força política do país, com 12,6% dos votos. A AfD e o Die Linke, de esquerda radical, são as únicas legendas que não foram procuradas por Merkel para participar de uma coalizão de governo.

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