Na TV, Monica Lewinsky reaviva escândalo sexual com Bill Clinton


Ex-estagiária da Casa Branca participará da produção da terceira temporada da premiada série 'American Crime Story', que terá como tema o famoso adultério

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Mais de duas décadas depois do escândalo que desencadeou o julgamento político do então presidente Bill Clinton, a ex-estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky decidiu reavivar o caso que marcou a sua vida ao participar da produção de uma série de televisão sobre o famoso adultério.

O canal FX anunciou que a terceira temporada da premiada série American Crime Story, vencedora de vários Emmy, terá como tema a relação sexual entre Lewinsky e Clinton e será intitulada Impeachment: American Crime Story.

Monica Lewinsky participará da produção de série sobre seu caso com o ex-presidente Bill Clinton na terceira temporada de American Crime Story Foto: Valerie Macon / AFP
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A grande novidade é que a própria Lewinsky, como parte da equipe de produção, poderá ter certo controle sobre o relato da história. No elenco anunciado, Beanie Feldstein fará o papel da ex-estagiária e Sarah Paulson interpretará Linda Tripp, que fora amiga íntima da jovem e terminou traindo-a ao trazer à tona a relação oculta com Clinton. Annaleigh Ashford fará o papel de Paula Jones, que processou o ex-presidente por assédio sexual.

Ainda não foram anunciados os artistas que farão os outros papéis de destaque, como o do ex-presidente e o da sua esposa, Hillary Clinton. O roteiro foi inspirado no livro de Jeffrey Toobin "A Vast Conspiracy: The Real Story of the Sex Scandal That Nearly Brought Down a President" (Uma Vasta Conspiração: O Real Escândalo Sexual que Quase Derrubou um Presidente, em tradução livre).

"American Crime Story se tornou um fenômeno cultural ao dar um contexto mais amplo para histórias que merecem uma compreensão mais profunda", afirmou em comunicado o presidente da FX, John Landgraf.

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"A série reexamina algumas das situações mais complicadas e polarizantes da história recente de uma maneira relevante, matizada e interessante", acrescentou o diretor, que afirmou que Impeachment enfocará as mulheres que foram envolvidas no escândalo e a guerra política que colocou uma grande sombra sobre a presidência de Clinton.

De fato, não foi exatamente a relação adúltera com Lewinsky o que causou o processo político do então presidente no Congresso, mas o fato de que Clinton mentiu, sob juramento, nas suas declarações aos investigadores sobre o caso.

Relembre o caso Lewinsky

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O caso entre o democrata e a estagiária começou em 1995, quando Lewinsky, então com 22 anos, chegou à Casa Branca como estagiária e conheceu Clinton, que tinha 49. A relação continuou até 1997.

Há 20 anos, Bill Clinton teve de testemunhar diante de um grande júri sobre sua relação com Monica Lewinsky Foto: Casa Branca / The New York Times

Lewinsky confiou os seus segredos a Tripp, com quem trabalhava no Departamento de Defesa e que, secretamente, gravou as conversas telefônicas com a moça e repassou o material ao ex-promotor independente Kenneth Starr, que investigava Clinton por outros assuntos. Foi durante essa investigação que o então presidente cometeu o perjúrio.

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Em julho de 1998, os advogados de Lewinsky e Starr chegaram a um acordo de imunidade sob o qual a jovem depôs sobre a relação com Clinton, mas foi obrigada a não falar do caso por um período determinado.

Toda a turbulência política e os detalhes escandalosos deixaram a jovem como uma mulher marcada e humilhada, perseguida pelos paparazzi, tema recorrente para os comediantes e assunto para comentários da imprensa sensacionalista. Em entrevista à revista "Vanity Fair", disse que inicialmente teve dúvidas e estava um pouco assustada de assinar o contrato para a série.

"Mas, depois de um longo jantar e uma conversa com Ryan (Murphy, o produtor), entendi mais claramente o quão dedicado ele está para dar uma voz aos marginalizados em todo o seu trabalho", justificou a ex-estagiária, que se tornou ativista anti-bullying e vê a chance de sua versão dos fatos ganhar destaque.

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"Há gente que se apropriou e contou a minha parte desta história durante décadas. De fato, apenas nos últimos anos eu pude reivindicar plenamente a minha história, quase 20 anos mais tarde", afirmou.

Em 2006, aos 33 anos, Lewinsky concluiu mestrado em psicologia social da Escola de Economia de Londres com a tese "Em busca de um júri imparcial: uma prospecção do efeito de terceiras pessoas e da publicidade antes de um julgamento".

"A oportunidade de produzir a série permite que as pessoas como eu, que foram historicamente silenciadas, finalmente recoloquem a sua voz na conversa", destacou. / EFE

WASHINGTON - Mais de duas décadas depois do escândalo que desencadeou o julgamento político do então presidente Bill Clinton, a ex-estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky decidiu reavivar o caso que marcou a sua vida ao participar da produção de uma série de televisão sobre o famoso adultério.

O canal FX anunciou que a terceira temporada da premiada série American Crime Story, vencedora de vários Emmy, terá como tema a relação sexual entre Lewinsky e Clinton e será intitulada Impeachment: American Crime Story.

Monica Lewinsky participará da produção de série sobre seu caso com o ex-presidente Bill Clinton na terceira temporada de American Crime Story Foto: Valerie Macon / AFP

A grande novidade é que a própria Lewinsky, como parte da equipe de produção, poderá ter certo controle sobre o relato da história. No elenco anunciado, Beanie Feldstein fará o papel da ex-estagiária e Sarah Paulson interpretará Linda Tripp, que fora amiga íntima da jovem e terminou traindo-a ao trazer à tona a relação oculta com Clinton. Annaleigh Ashford fará o papel de Paula Jones, que processou o ex-presidente por assédio sexual.

Ainda não foram anunciados os artistas que farão os outros papéis de destaque, como o do ex-presidente e o da sua esposa, Hillary Clinton. O roteiro foi inspirado no livro de Jeffrey Toobin "A Vast Conspiracy: The Real Story of the Sex Scandal That Nearly Brought Down a President" (Uma Vasta Conspiração: O Real Escândalo Sexual que Quase Derrubou um Presidente, em tradução livre).

"American Crime Story se tornou um fenômeno cultural ao dar um contexto mais amplo para histórias que merecem uma compreensão mais profunda", afirmou em comunicado o presidente da FX, John Landgraf.

"A série reexamina algumas das situações mais complicadas e polarizantes da história recente de uma maneira relevante, matizada e interessante", acrescentou o diretor, que afirmou que Impeachment enfocará as mulheres que foram envolvidas no escândalo e a guerra política que colocou uma grande sombra sobre a presidência de Clinton.

De fato, não foi exatamente a relação adúltera com Lewinsky o que causou o processo político do então presidente no Congresso, mas o fato de que Clinton mentiu, sob juramento, nas suas declarações aos investigadores sobre o caso.

Relembre o caso Lewinsky

O caso entre o democrata e a estagiária começou em 1995, quando Lewinsky, então com 22 anos, chegou à Casa Branca como estagiária e conheceu Clinton, que tinha 49. A relação continuou até 1997.

Há 20 anos, Bill Clinton teve de testemunhar diante de um grande júri sobre sua relação com Monica Lewinsky Foto: Casa Branca / The New York Times

Lewinsky confiou os seus segredos a Tripp, com quem trabalhava no Departamento de Defesa e que, secretamente, gravou as conversas telefônicas com a moça e repassou o material ao ex-promotor independente Kenneth Starr, que investigava Clinton por outros assuntos. Foi durante essa investigação que o então presidente cometeu o perjúrio.

Em julho de 1998, os advogados de Lewinsky e Starr chegaram a um acordo de imunidade sob o qual a jovem depôs sobre a relação com Clinton, mas foi obrigada a não falar do caso por um período determinado.

Toda a turbulência política e os detalhes escandalosos deixaram a jovem como uma mulher marcada e humilhada, perseguida pelos paparazzi, tema recorrente para os comediantes e assunto para comentários da imprensa sensacionalista. Em entrevista à revista "Vanity Fair", disse que inicialmente teve dúvidas e estava um pouco assustada de assinar o contrato para a série.

"Mas, depois de um longo jantar e uma conversa com Ryan (Murphy, o produtor), entendi mais claramente o quão dedicado ele está para dar uma voz aos marginalizados em todo o seu trabalho", justificou a ex-estagiária, que se tornou ativista anti-bullying e vê a chance de sua versão dos fatos ganhar destaque.

"Há gente que se apropriou e contou a minha parte desta história durante décadas. De fato, apenas nos últimos anos eu pude reivindicar plenamente a minha história, quase 20 anos mais tarde", afirmou.

Em 2006, aos 33 anos, Lewinsky concluiu mestrado em psicologia social da Escola de Economia de Londres com a tese "Em busca de um júri imparcial: uma prospecção do efeito de terceiras pessoas e da publicidade antes de um julgamento".

"A oportunidade de produzir a série permite que as pessoas como eu, que foram historicamente silenciadas, finalmente recoloquem a sua voz na conversa", destacou. / EFE

WASHINGTON - Mais de duas décadas depois do escândalo que desencadeou o julgamento político do então presidente Bill Clinton, a ex-estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky decidiu reavivar o caso que marcou a sua vida ao participar da produção de uma série de televisão sobre o famoso adultério.

O canal FX anunciou que a terceira temporada da premiada série American Crime Story, vencedora de vários Emmy, terá como tema a relação sexual entre Lewinsky e Clinton e será intitulada Impeachment: American Crime Story.

Monica Lewinsky participará da produção de série sobre seu caso com o ex-presidente Bill Clinton na terceira temporada de American Crime Story Foto: Valerie Macon / AFP

A grande novidade é que a própria Lewinsky, como parte da equipe de produção, poderá ter certo controle sobre o relato da história. No elenco anunciado, Beanie Feldstein fará o papel da ex-estagiária e Sarah Paulson interpretará Linda Tripp, que fora amiga íntima da jovem e terminou traindo-a ao trazer à tona a relação oculta com Clinton. Annaleigh Ashford fará o papel de Paula Jones, que processou o ex-presidente por assédio sexual.

Ainda não foram anunciados os artistas que farão os outros papéis de destaque, como o do ex-presidente e o da sua esposa, Hillary Clinton. O roteiro foi inspirado no livro de Jeffrey Toobin "A Vast Conspiracy: The Real Story of the Sex Scandal That Nearly Brought Down a President" (Uma Vasta Conspiração: O Real Escândalo Sexual que Quase Derrubou um Presidente, em tradução livre).

"American Crime Story se tornou um fenômeno cultural ao dar um contexto mais amplo para histórias que merecem uma compreensão mais profunda", afirmou em comunicado o presidente da FX, John Landgraf.

"A série reexamina algumas das situações mais complicadas e polarizantes da história recente de uma maneira relevante, matizada e interessante", acrescentou o diretor, que afirmou que Impeachment enfocará as mulheres que foram envolvidas no escândalo e a guerra política que colocou uma grande sombra sobre a presidência de Clinton.

De fato, não foi exatamente a relação adúltera com Lewinsky o que causou o processo político do então presidente no Congresso, mas o fato de que Clinton mentiu, sob juramento, nas suas declarações aos investigadores sobre o caso.

Relembre o caso Lewinsky

O caso entre o democrata e a estagiária começou em 1995, quando Lewinsky, então com 22 anos, chegou à Casa Branca como estagiária e conheceu Clinton, que tinha 49. A relação continuou até 1997.

Há 20 anos, Bill Clinton teve de testemunhar diante de um grande júri sobre sua relação com Monica Lewinsky Foto: Casa Branca / The New York Times

Lewinsky confiou os seus segredos a Tripp, com quem trabalhava no Departamento de Defesa e que, secretamente, gravou as conversas telefônicas com a moça e repassou o material ao ex-promotor independente Kenneth Starr, que investigava Clinton por outros assuntos. Foi durante essa investigação que o então presidente cometeu o perjúrio.

Em julho de 1998, os advogados de Lewinsky e Starr chegaram a um acordo de imunidade sob o qual a jovem depôs sobre a relação com Clinton, mas foi obrigada a não falar do caso por um período determinado.

Toda a turbulência política e os detalhes escandalosos deixaram a jovem como uma mulher marcada e humilhada, perseguida pelos paparazzi, tema recorrente para os comediantes e assunto para comentários da imprensa sensacionalista. Em entrevista à revista "Vanity Fair", disse que inicialmente teve dúvidas e estava um pouco assustada de assinar o contrato para a série.

"Mas, depois de um longo jantar e uma conversa com Ryan (Murphy, o produtor), entendi mais claramente o quão dedicado ele está para dar uma voz aos marginalizados em todo o seu trabalho", justificou a ex-estagiária, que se tornou ativista anti-bullying e vê a chance de sua versão dos fatos ganhar destaque.

"Há gente que se apropriou e contou a minha parte desta história durante décadas. De fato, apenas nos últimos anos eu pude reivindicar plenamente a minha história, quase 20 anos mais tarde", afirmou.

Em 2006, aos 33 anos, Lewinsky concluiu mestrado em psicologia social da Escola de Economia de Londres com a tese "Em busca de um júri imparcial: uma prospecção do efeito de terceiras pessoas e da publicidade antes de um julgamento".

"A oportunidade de produzir a série permite que as pessoas como eu, que foram historicamente silenciadas, finalmente recoloquem a sua voz na conversa", destacou. / EFE

WASHINGTON - Mais de duas décadas depois do escândalo que desencadeou o julgamento político do então presidente Bill Clinton, a ex-estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky decidiu reavivar o caso que marcou a sua vida ao participar da produção de uma série de televisão sobre o famoso adultério.

O canal FX anunciou que a terceira temporada da premiada série American Crime Story, vencedora de vários Emmy, terá como tema a relação sexual entre Lewinsky e Clinton e será intitulada Impeachment: American Crime Story.

Monica Lewinsky participará da produção de série sobre seu caso com o ex-presidente Bill Clinton na terceira temporada de American Crime Story Foto: Valerie Macon / AFP

A grande novidade é que a própria Lewinsky, como parte da equipe de produção, poderá ter certo controle sobre o relato da história. No elenco anunciado, Beanie Feldstein fará o papel da ex-estagiária e Sarah Paulson interpretará Linda Tripp, que fora amiga íntima da jovem e terminou traindo-a ao trazer à tona a relação oculta com Clinton. Annaleigh Ashford fará o papel de Paula Jones, que processou o ex-presidente por assédio sexual.

Ainda não foram anunciados os artistas que farão os outros papéis de destaque, como o do ex-presidente e o da sua esposa, Hillary Clinton. O roteiro foi inspirado no livro de Jeffrey Toobin "A Vast Conspiracy: The Real Story of the Sex Scandal That Nearly Brought Down a President" (Uma Vasta Conspiração: O Real Escândalo Sexual que Quase Derrubou um Presidente, em tradução livre).

"American Crime Story se tornou um fenômeno cultural ao dar um contexto mais amplo para histórias que merecem uma compreensão mais profunda", afirmou em comunicado o presidente da FX, John Landgraf.

"A série reexamina algumas das situações mais complicadas e polarizantes da história recente de uma maneira relevante, matizada e interessante", acrescentou o diretor, que afirmou que Impeachment enfocará as mulheres que foram envolvidas no escândalo e a guerra política que colocou uma grande sombra sobre a presidência de Clinton.

De fato, não foi exatamente a relação adúltera com Lewinsky o que causou o processo político do então presidente no Congresso, mas o fato de que Clinton mentiu, sob juramento, nas suas declarações aos investigadores sobre o caso.

Relembre o caso Lewinsky

O caso entre o democrata e a estagiária começou em 1995, quando Lewinsky, então com 22 anos, chegou à Casa Branca como estagiária e conheceu Clinton, que tinha 49. A relação continuou até 1997.

Há 20 anos, Bill Clinton teve de testemunhar diante de um grande júri sobre sua relação com Monica Lewinsky Foto: Casa Branca / The New York Times

Lewinsky confiou os seus segredos a Tripp, com quem trabalhava no Departamento de Defesa e que, secretamente, gravou as conversas telefônicas com a moça e repassou o material ao ex-promotor independente Kenneth Starr, que investigava Clinton por outros assuntos. Foi durante essa investigação que o então presidente cometeu o perjúrio.

Em julho de 1998, os advogados de Lewinsky e Starr chegaram a um acordo de imunidade sob o qual a jovem depôs sobre a relação com Clinton, mas foi obrigada a não falar do caso por um período determinado.

Toda a turbulência política e os detalhes escandalosos deixaram a jovem como uma mulher marcada e humilhada, perseguida pelos paparazzi, tema recorrente para os comediantes e assunto para comentários da imprensa sensacionalista. Em entrevista à revista "Vanity Fair", disse que inicialmente teve dúvidas e estava um pouco assustada de assinar o contrato para a série.

"Mas, depois de um longo jantar e uma conversa com Ryan (Murphy, o produtor), entendi mais claramente o quão dedicado ele está para dar uma voz aos marginalizados em todo o seu trabalho", justificou a ex-estagiária, que se tornou ativista anti-bullying e vê a chance de sua versão dos fatos ganhar destaque.

"Há gente que se apropriou e contou a minha parte desta história durante décadas. De fato, apenas nos últimos anos eu pude reivindicar plenamente a minha história, quase 20 anos mais tarde", afirmou.

Em 2006, aos 33 anos, Lewinsky concluiu mestrado em psicologia social da Escola de Economia de Londres com a tese "Em busca de um júri imparcial: uma prospecção do efeito de terceiras pessoas e da publicidade antes de um julgamento".

"A oportunidade de produzir a série permite que as pessoas como eu, que foram historicamente silenciadas, finalmente recoloquem a sua voz na conversa", destacou. / EFE

WASHINGTON - Mais de duas décadas depois do escândalo que desencadeou o julgamento político do então presidente Bill Clinton, a ex-estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky decidiu reavivar o caso que marcou a sua vida ao participar da produção de uma série de televisão sobre o famoso adultério.

O canal FX anunciou que a terceira temporada da premiada série American Crime Story, vencedora de vários Emmy, terá como tema a relação sexual entre Lewinsky e Clinton e será intitulada Impeachment: American Crime Story.

Monica Lewinsky participará da produção de série sobre seu caso com o ex-presidente Bill Clinton na terceira temporada de American Crime Story Foto: Valerie Macon / AFP

A grande novidade é que a própria Lewinsky, como parte da equipe de produção, poderá ter certo controle sobre o relato da história. No elenco anunciado, Beanie Feldstein fará o papel da ex-estagiária e Sarah Paulson interpretará Linda Tripp, que fora amiga íntima da jovem e terminou traindo-a ao trazer à tona a relação oculta com Clinton. Annaleigh Ashford fará o papel de Paula Jones, que processou o ex-presidente por assédio sexual.

Ainda não foram anunciados os artistas que farão os outros papéis de destaque, como o do ex-presidente e o da sua esposa, Hillary Clinton. O roteiro foi inspirado no livro de Jeffrey Toobin "A Vast Conspiracy: The Real Story of the Sex Scandal That Nearly Brought Down a President" (Uma Vasta Conspiração: O Real Escândalo Sexual que Quase Derrubou um Presidente, em tradução livre).

"American Crime Story se tornou um fenômeno cultural ao dar um contexto mais amplo para histórias que merecem uma compreensão mais profunda", afirmou em comunicado o presidente da FX, John Landgraf.

"A série reexamina algumas das situações mais complicadas e polarizantes da história recente de uma maneira relevante, matizada e interessante", acrescentou o diretor, que afirmou que Impeachment enfocará as mulheres que foram envolvidas no escândalo e a guerra política que colocou uma grande sombra sobre a presidência de Clinton.

De fato, não foi exatamente a relação adúltera com Lewinsky o que causou o processo político do então presidente no Congresso, mas o fato de que Clinton mentiu, sob juramento, nas suas declarações aos investigadores sobre o caso.

Relembre o caso Lewinsky

O caso entre o democrata e a estagiária começou em 1995, quando Lewinsky, então com 22 anos, chegou à Casa Branca como estagiária e conheceu Clinton, que tinha 49. A relação continuou até 1997.

Há 20 anos, Bill Clinton teve de testemunhar diante de um grande júri sobre sua relação com Monica Lewinsky Foto: Casa Branca / The New York Times

Lewinsky confiou os seus segredos a Tripp, com quem trabalhava no Departamento de Defesa e que, secretamente, gravou as conversas telefônicas com a moça e repassou o material ao ex-promotor independente Kenneth Starr, que investigava Clinton por outros assuntos. Foi durante essa investigação que o então presidente cometeu o perjúrio.

Em julho de 1998, os advogados de Lewinsky e Starr chegaram a um acordo de imunidade sob o qual a jovem depôs sobre a relação com Clinton, mas foi obrigada a não falar do caso por um período determinado.

Toda a turbulência política e os detalhes escandalosos deixaram a jovem como uma mulher marcada e humilhada, perseguida pelos paparazzi, tema recorrente para os comediantes e assunto para comentários da imprensa sensacionalista. Em entrevista à revista "Vanity Fair", disse que inicialmente teve dúvidas e estava um pouco assustada de assinar o contrato para a série.

"Mas, depois de um longo jantar e uma conversa com Ryan (Murphy, o produtor), entendi mais claramente o quão dedicado ele está para dar uma voz aos marginalizados em todo o seu trabalho", justificou a ex-estagiária, que se tornou ativista anti-bullying e vê a chance de sua versão dos fatos ganhar destaque.

"Há gente que se apropriou e contou a minha parte desta história durante décadas. De fato, apenas nos últimos anos eu pude reivindicar plenamente a minha história, quase 20 anos mais tarde", afirmou.

Em 2006, aos 33 anos, Lewinsky concluiu mestrado em psicologia social da Escola de Economia de Londres com a tese "Em busca de um júri imparcial: uma prospecção do efeito de terceiras pessoas e da publicidade antes de um julgamento".

"A oportunidade de produzir a série permite que as pessoas como eu, que foram historicamente silenciadas, finalmente recoloquem a sua voz na conversa", destacou. / EFE

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