Nancy Pelosi diz que deixará liderança dos democratas no Congresso dos EUA


Líder democrata, de 82 anos, anunciou que não buscará a reeleição como líder do partido na próxima legislatura

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - A democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, declarou nesta quinta-feira, 17, que deixará o cargo de líder do partido quando os republicanos assumirem o controle da Casa em janeiro. Sua decisão abre caminho para uma nova geração de líderes depois que os democratas perderam o controle da Câmara para os republicanos nas eleições de meio de mandato. O partido continua com a maioria no Senado.

“Para mim, chegou a hora de uma nova geração liderar a bancada democrata que tanto respeito”, disse Pelosi, de 82 anos, que se tornou presidente da Câmara pela primeira vez em 2007 e depois presidiu os dois julgamentos políticos contra o ex-presidente republicano Donald Trump.

“Não buscarei a reeleição para a liderança democrata na próxima legislatura”, em um discurso no plenário da Câmara. Sua decisão também é anunciada após o ataque brutal a seu marido, Paul, no mês passado, em sua casa em São Francisco.

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A presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, é abraçada pelo líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer  Foto: Evelyn Hockstein/Reuters - 17/11/2022

A democrata da Califórnia, que se tornou a primeira mulher do país a ocupar o cargo de presidente da Câmara, permanecerá no Congresso como representante de São Francisco, cargo que ocupa há 35 anos, quando o novo Congresso tomar posse em janeiro.

Pelosi foi aplaudida de pé e legisladores e convidados, um a um, subiram para oferecer abraços, muitos tirando selfies de um momento da história. O presidente Joe Biden conversou com Pelosi pela manhã e a parabenizou por seu mandato histórico como presidente da Câmara, disse a Casa Branca.

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É uma escolha incomum para um líder de partido permanecer no cargo depois de se retirar da liderança no Congresso, mas é condizente com Pelosi, que há muito desafia as convenções na busca pelo poder em Washington.

“Todos os dias estou no poder do majestoso milagre da democracia americana”, disse ela.

Aplaudida

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Os democratas aplaudiram Pelosi quando ela chegou à Câmara. Em pouco tempo, os legisladores encheram o plenário e o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, juntou-se à galeria, já lotada por funcionários e convidados de Pelosi. Schumer trocou um longo abraço com a presidente logo após ela terminar seu discurso.

Alguns republicanos, incluindo alguns membros recém-eleitos, também compareceram.

Mais cedo, Pelosi havia afirmado em um comunicado que, no próximo Congresso, os democratas da Câmara terão “forte influência sobre uma escassa maioria republicana”.

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Primeira mulher a se tornar presidente da Câmara e única pessoa em décadas a ser eleita duas vezes para o cargo, ela liderou os democratas em momentos importantes, incluindo a aprovação da Lei de Cuidado Acessível, conhecida como Obamacare, durante o governo Obama, e os dois impeachments de Trump.

Efeito dominó

Ao anunciar sua decisão, Pelosi pode lançar um efeito dominó na liderança democrata da Câmara antes das eleições internas do partido no próximo mês, à medida que os democratas se reorganizam como o partido minoritário para o novo Congresso.

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A equipe de liderança de Pelosi, com o líder da maioria Steny Hoyer, de Maryland, e o democrata James Clyburn, da Carolina do Sul, há muito se move como um triunvirato. Hoyer e Clyburn também estão tomando decisões sobre seus futuros.

Todos agora na casa dos 80 anos, os três líderes democratas da Câmara enfrentaram colegas inquietos e ansiosos para que eles se afastem e permitam que uma nova geração assuma o comando.

Os deputados democratas Hakeem Jeffries, de Nova York, Katherine Clark, de Massachusetts, e Pete Aguilar, da Califórnia, também se moveram como um trio, todos trabalhando para se tornar a próxima geração de líderes. Jeffries pode fazer história se entrar na corrida para se tornar o primeiro presidente negro da Câmara.

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Uma ideia que circulava no Capitólio era que Pelosi e os outros poderiam emergir como líderes eméritos ao passarem o bastão para novos democratas.

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, aplaude o então presidente Donald Trump durante seu discurso do Estado da União de 2019 Foto: Andrew Harnik/AP -05/02/2019

Clyburn, o americano negro mais graduado no Congresso, disse que não tem interesse em ser presidente ou líder da minoria neste momento de sua vida, mas espera permanecer no Congresso no próximo ano.

“Desejo permanecer na mesa de liderança”, disse Clyburn uma semana após as eleições. Hoyer não falou publicamente de seus planos.

Admirada e temida

Eleita pela primeira vez em 1987, Pelosi tem sido uma figura central na política americana, há muito ridicularizada pelos republicanos como uma liberal de São Francisco, enquanto crescia constantemente como uma legisladora habilidosa e uma potência de arrecadação de fundos. Seus próprios colegas democratas a admiravam intermitentemente, mas também temiam sua poderosa marca de liderança.

Pelosi se tornou presidente da Câmara pela primeira vez em 2007, dizendo que havia quebrado o “teto de mármore”, depois que os democratas chegaram ao poder nas eleições de meio de mandato de 2006, em uma reação ao então presidente George W. Bush e às guerras no Iraque e no Afeganistão.

Quando ela estava pronta, em 2018, para retornar como presidente, na era Trump, ela prometeu “mostrar o poder do martelo” do cargo. Pelosi resistiu repetidamente aos desafios de liderança ao longo dos anos e sugeriu em 2018 que serviria mais quatro anos como líder. Mas ela não discutiu esses planos mais recentemente.

Tipicamente não sentimental, Pelosi deixou mostrar um raro momento de emoção na véspera das eleições de meio de mandato, enquanto segurava as lágrimas ao falar sobre o grave ataque ao marido com quem está casada há quase 60 anos.

Ataque ao marido

Paul Pelosi sofreu uma fratura no crânio depois que um intruso invadiu sua casa no meio da noite em busca da líder democrata. A pergunta do intruso - “Onde está Nancy?” - ecoou os gritos dos manifestantes pró-Trump no Capitólio em 6 de janeiro de 2021, enquanto caçavam a democrata pelos corredores do prédio e tentavam impedir o Congresso de certificar a vitória eleitoral de Joe Biden sobre Trump.

David DePape está detido sem fiança por tentativa de homicídio e outras acusações no que as autoridades disseram ter sido um ataque político. A polícia disse que DePape invadiu e acordou Paul Pelosi, e os dois lutaram por um martelo antes de DePape atingir o homem de 82 anos na cabeça.

Presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, é aplaudida nos corredores do Capitólio após anunciar que não buscará reeleição como líder da bancada democrata  Foto: Erin Schaff/The New York Times

DePape, de 42 anos, se declarou inocente das acusações federais de tentar sequestrar um funcionário federal e agredir um membro de sua família. Paul Pelosi ficou internado por uma semana, mas espera-se que se recupere, embora sua mulher tenha dito que será um longo caminho.

Na época, a presidente Pelosi não discutiu seus planos políticos, mas apenas revelou que o ataque ao marido afetaria sua decisão.

Os historiadores notaram que outras figuras políticas importantes tiveram carreiras como membros de base do Congresso, incluindo John Quincy Adams, o ex-presidente, que serviu por quase 18 anos no Congresso./AFP e AP

WASHINGTON - A democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, declarou nesta quinta-feira, 17, que deixará o cargo de líder do partido quando os republicanos assumirem o controle da Casa em janeiro. Sua decisão abre caminho para uma nova geração de líderes depois que os democratas perderam o controle da Câmara para os republicanos nas eleições de meio de mandato. O partido continua com a maioria no Senado.

“Para mim, chegou a hora de uma nova geração liderar a bancada democrata que tanto respeito”, disse Pelosi, de 82 anos, que se tornou presidente da Câmara pela primeira vez em 2007 e depois presidiu os dois julgamentos políticos contra o ex-presidente republicano Donald Trump.

“Não buscarei a reeleição para a liderança democrata na próxima legislatura”, em um discurso no plenário da Câmara. Sua decisão também é anunciada após o ataque brutal a seu marido, Paul, no mês passado, em sua casa em São Francisco.

A presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, é abraçada pelo líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer  Foto: Evelyn Hockstein/Reuters - 17/11/2022

A democrata da Califórnia, que se tornou a primeira mulher do país a ocupar o cargo de presidente da Câmara, permanecerá no Congresso como representante de São Francisco, cargo que ocupa há 35 anos, quando o novo Congresso tomar posse em janeiro.

Pelosi foi aplaudida de pé e legisladores e convidados, um a um, subiram para oferecer abraços, muitos tirando selfies de um momento da história. O presidente Joe Biden conversou com Pelosi pela manhã e a parabenizou por seu mandato histórico como presidente da Câmara, disse a Casa Branca.

É uma escolha incomum para um líder de partido permanecer no cargo depois de se retirar da liderança no Congresso, mas é condizente com Pelosi, que há muito desafia as convenções na busca pelo poder em Washington.

“Todos os dias estou no poder do majestoso milagre da democracia americana”, disse ela.

Aplaudida

Os democratas aplaudiram Pelosi quando ela chegou à Câmara. Em pouco tempo, os legisladores encheram o plenário e o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, juntou-se à galeria, já lotada por funcionários e convidados de Pelosi. Schumer trocou um longo abraço com a presidente logo após ela terminar seu discurso.

Alguns republicanos, incluindo alguns membros recém-eleitos, também compareceram.

Mais cedo, Pelosi havia afirmado em um comunicado que, no próximo Congresso, os democratas da Câmara terão “forte influência sobre uma escassa maioria republicana”.

Primeira mulher a se tornar presidente da Câmara e única pessoa em décadas a ser eleita duas vezes para o cargo, ela liderou os democratas em momentos importantes, incluindo a aprovação da Lei de Cuidado Acessível, conhecida como Obamacare, durante o governo Obama, e os dois impeachments de Trump.

Efeito dominó

Ao anunciar sua decisão, Pelosi pode lançar um efeito dominó na liderança democrata da Câmara antes das eleições internas do partido no próximo mês, à medida que os democratas se reorganizam como o partido minoritário para o novo Congresso.

A equipe de liderança de Pelosi, com o líder da maioria Steny Hoyer, de Maryland, e o democrata James Clyburn, da Carolina do Sul, há muito se move como um triunvirato. Hoyer e Clyburn também estão tomando decisões sobre seus futuros.

Todos agora na casa dos 80 anos, os três líderes democratas da Câmara enfrentaram colegas inquietos e ansiosos para que eles se afastem e permitam que uma nova geração assuma o comando.

Os deputados democratas Hakeem Jeffries, de Nova York, Katherine Clark, de Massachusetts, e Pete Aguilar, da Califórnia, também se moveram como um trio, todos trabalhando para se tornar a próxima geração de líderes. Jeffries pode fazer história se entrar na corrida para se tornar o primeiro presidente negro da Câmara.

Uma ideia que circulava no Capitólio era que Pelosi e os outros poderiam emergir como líderes eméritos ao passarem o bastão para novos democratas.

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, aplaude o então presidente Donald Trump durante seu discurso do Estado da União de 2019 Foto: Andrew Harnik/AP -05/02/2019

Clyburn, o americano negro mais graduado no Congresso, disse que não tem interesse em ser presidente ou líder da minoria neste momento de sua vida, mas espera permanecer no Congresso no próximo ano.

“Desejo permanecer na mesa de liderança”, disse Clyburn uma semana após as eleições. Hoyer não falou publicamente de seus planos.

Admirada e temida

Eleita pela primeira vez em 1987, Pelosi tem sido uma figura central na política americana, há muito ridicularizada pelos republicanos como uma liberal de São Francisco, enquanto crescia constantemente como uma legisladora habilidosa e uma potência de arrecadação de fundos. Seus próprios colegas democratas a admiravam intermitentemente, mas também temiam sua poderosa marca de liderança.

Pelosi se tornou presidente da Câmara pela primeira vez em 2007, dizendo que havia quebrado o “teto de mármore”, depois que os democratas chegaram ao poder nas eleições de meio de mandato de 2006, em uma reação ao então presidente George W. Bush e às guerras no Iraque e no Afeganistão.

Quando ela estava pronta, em 2018, para retornar como presidente, na era Trump, ela prometeu “mostrar o poder do martelo” do cargo. Pelosi resistiu repetidamente aos desafios de liderança ao longo dos anos e sugeriu em 2018 que serviria mais quatro anos como líder. Mas ela não discutiu esses planos mais recentemente.

Tipicamente não sentimental, Pelosi deixou mostrar um raro momento de emoção na véspera das eleições de meio de mandato, enquanto segurava as lágrimas ao falar sobre o grave ataque ao marido com quem está casada há quase 60 anos.

Ataque ao marido

Paul Pelosi sofreu uma fratura no crânio depois que um intruso invadiu sua casa no meio da noite em busca da líder democrata. A pergunta do intruso - “Onde está Nancy?” - ecoou os gritos dos manifestantes pró-Trump no Capitólio em 6 de janeiro de 2021, enquanto caçavam a democrata pelos corredores do prédio e tentavam impedir o Congresso de certificar a vitória eleitoral de Joe Biden sobre Trump.

David DePape está detido sem fiança por tentativa de homicídio e outras acusações no que as autoridades disseram ter sido um ataque político. A polícia disse que DePape invadiu e acordou Paul Pelosi, e os dois lutaram por um martelo antes de DePape atingir o homem de 82 anos na cabeça.

Presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, é aplaudida nos corredores do Capitólio após anunciar que não buscará reeleição como líder da bancada democrata  Foto: Erin Schaff/The New York Times

DePape, de 42 anos, se declarou inocente das acusações federais de tentar sequestrar um funcionário federal e agredir um membro de sua família. Paul Pelosi ficou internado por uma semana, mas espera-se que se recupere, embora sua mulher tenha dito que será um longo caminho.

Na época, a presidente Pelosi não discutiu seus planos políticos, mas apenas revelou que o ataque ao marido afetaria sua decisão.

Os historiadores notaram que outras figuras políticas importantes tiveram carreiras como membros de base do Congresso, incluindo John Quincy Adams, o ex-presidente, que serviu por quase 18 anos no Congresso./AFP e AP

WASHINGTON - A democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, declarou nesta quinta-feira, 17, que deixará o cargo de líder do partido quando os republicanos assumirem o controle da Casa em janeiro. Sua decisão abre caminho para uma nova geração de líderes depois que os democratas perderam o controle da Câmara para os republicanos nas eleições de meio de mandato. O partido continua com a maioria no Senado.

“Para mim, chegou a hora de uma nova geração liderar a bancada democrata que tanto respeito”, disse Pelosi, de 82 anos, que se tornou presidente da Câmara pela primeira vez em 2007 e depois presidiu os dois julgamentos políticos contra o ex-presidente republicano Donald Trump.

“Não buscarei a reeleição para a liderança democrata na próxima legislatura”, em um discurso no plenário da Câmara. Sua decisão também é anunciada após o ataque brutal a seu marido, Paul, no mês passado, em sua casa em São Francisco.

A presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, é abraçada pelo líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer  Foto: Evelyn Hockstein/Reuters - 17/11/2022

A democrata da Califórnia, que se tornou a primeira mulher do país a ocupar o cargo de presidente da Câmara, permanecerá no Congresso como representante de São Francisco, cargo que ocupa há 35 anos, quando o novo Congresso tomar posse em janeiro.

Pelosi foi aplaudida de pé e legisladores e convidados, um a um, subiram para oferecer abraços, muitos tirando selfies de um momento da história. O presidente Joe Biden conversou com Pelosi pela manhã e a parabenizou por seu mandato histórico como presidente da Câmara, disse a Casa Branca.

É uma escolha incomum para um líder de partido permanecer no cargo depois de se retirar da liderança no Congresso, mas é condizente com Pelosi, que há muito desafia as convenções na busca pelo poder em Washington.

“Todos os dias estou no poder do majestoso milagre da democracia americana”, disse ela.

Aplaudida

Os democratas aplaudiram Pelosi quando ela chegou à Câmara. Em pouco tempo, os legisladores encheram o plenário e o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, juntou-se à galeria, já lotada por funcionários e convidados de Pelosi. Schumer trocou um longo abraço com a presidente logo após ela terminar seu discurso.

Alguns republicanos, incluindo alguns membros recém-eleitos, também compareceram.

Mais cedo, Pelosi havia afirmado em um comunicado que, no próximo Congresso, os democratas da Câmara terão “forte influência sobre uma escassa maioria republicana”.

Primeira mulher a se tornar presidente da Câmara e única pessoa em décadas a ser eleita duas vezes para o cargo, ela liderou os democratas em momentos importantes, incluindo a aprovação da Lei de Cuidado Acessível, conhecida como Obamacare, durante o governo Obama, e os dois impeachments de Trump.

Efeito dominó

Ao anunciar sua decisão, Pelosi pode lançar um efeito dominó na liderança democrata da Câmara antes das eleições internas do partido no próximo mês, à medida que os democratas se reorganizam como o partido minoritário para o novo Congresso.

A equipe de liderança de Pelosi, com o líder da maioria Steny Hoyer, de Maryland, e o democrata James Clyburn, da Carolina do Sul, há muito se move como um triunvirato. Hoyer e Clyburn também estão tomando decisões sobre seus futuros.

Todos agora na casa dos 80 anos, os três líderes democratas da Câmara enfrentaram colegas inquietos e ansiosos para que eles se afastem e permitam que uma nova geração assuma o comando.

Os deputados democratas Hakeem Jeffries, de Nova York, Katherine Clark, de Massachusetts, e Pete Aguilar, da Califórnia, também se moveram como um trio, todos trabalhando para se tornar a próxima geração de líderes. Jeffries pode fazer história se entrar na corrida para se tornar o primeiro presidente negro da Câmara.

Uma ideia que circulava no Capitólio era que Pelosi e os outros poderiam emergir como líderes eméritos ao passarem o bastão para novos democratas.

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, aplaude o então presidente Donald Trump durante seu discurso do Estado da União de 2019 Foto: Andrew Harnik/AP -05/02/2019

Clyburn, o americano negro mais graduado no Congresso, disse que não tem interesse em ser presidente ou líder da minoria neste momento de sua vida, mas espera permanecer no Congresso no próximo ano.

“Desejo permanecer na mesa de liderança”, disse Clyburn uma semana após as eleições. Hoyer não falou publicamente de seus planos.

Admirada e temida

Eleita pela primeira vez em 1987, Pelosi tem sido uma figura central na política americana, há muito ridicularizada pelos republicanos como uma liberal de São Francisco, enquanto crescia constantemente como uma legisladora habilidosa e uma potência de arrecadação de fundos. Seus próprios colegas democratas a admiravam intermitentemente, mas também temiam sua poderosa marca de liderança.

Pelosi se tornou presidente da Câmara pela primeira vez em 2007, dizendo que havia quebrado o “teto de mármore”, depois que os democratas chegaram ao poder nas eleições de meio de mandato de 2006, em uma reação ao então presidente George W. Bush e às guerras no Iraque e no Afeganistão.

Quando ela estava pronta, em 2018, para retornar como presidente, na era Trump, ela prometeu “mostrar o poder do martelo” do cargo. Pelosi resistiu repetidamente aos desafios de liderança ao longo dos anos e sugeriu em 2018 que serviria mais quatro anos como líder. Mas ela não discutiu esses planos mais recentemente.

Tipicamente não sentimental, Pelosi deixou mostrar um raro momento de emoção na véspera das eleições de meio de mandato, enquanto segurava as lágrimas ao falar sobre o grave ataque ao marido com quem está casada há quase 60 anos.

Ataque ao marido

Paul Pelosi sofreu uma fratura no crânio depois que um intruso invadiu sua casa no meio da noite em busca da líder democrata. A pergunta do intruso - “Onde está Nancy?” - ecoou os gritos dos manifestantes pró-Trump no Capitólio em 6 de janeiro de 2021, enquanto caçavam a democrata pelos corredores do prédio e tentavam impedir o Congresso de certificar a vitória eleitoral de Joe Biden sobre Trump.

David DePape está detido sem fiança por tentativa de homicídio e outras acusações no que as autoridades disseram ter sido um ataque político. A polícia disse que DePape invadiu e acordou Paul Pelosi, e os dois lutaram por um martelo antes de DePape atingir o homem de 82 anos na cabeça.

Presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, é aplaudida nos corredores do Capitólio após anunciar que não buscará reeleição como líder da bancada democrata  Foto: Erin Schaff/The New York Times

DePape, de 42 anos, se declarou inocente das acusações federais de tentar sequestrar um funcionário federal e agredir um membro de sua família. Paul Pelosi ficou internado por uma semana, mas espera-se que se recupere, embora sua mulher tenha dito que será um longo caminho.

Na época, a presidente Pelosi não discutiu seus planos políticos, mas apenas revelou que o ataque ao marido afetaria sua decisão.

Os historiadores notaram que outras figuras políticas importantes tiveram carreiras como membros de base do Congresso, incluindo John Quincy Adams, o ex-presidente, que serviu por quase 18 anos no Congresso./AFP e AP

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