‘Não existe vítima perfeita’, afirma Carroll após veredito favorável sobre condenação de Trump


Jornalista concedeu uma entrevista para uma rede de televisão americana em que falou sobre a condenação do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump

Por Redação

A escritora e jornalista Elizabeth Jean Carroll, de 79 anos, falou sobre a condenação do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na acusação de abuso sexual e difamação.

Durante uma entrevista para a rede americana CBS, a escritora afirmou que ficou feliz com o veredito final do caso. O político terá que pagar US$ 5 milhões (R$ 24,9 milhões) em danos.

“Algumas mulheres sempre gritam, outras não. A vitima perfeita sempre grita, a vítima perfeita sempre vai a polícia. Depois de ter sido estuprada, a vida da vítima perfeita deveria acabar e ela não deveria nunca mais buscar a felicidade ou o sucesso na carreira. Não existe vítima perfeita”, afirmou a jornalista em entrevista para a TV americana.

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De acordo com Carroll, o advogado de Donald Trump, Joe Tacopina, perguntou o porque da jornalista não ter gritado durante a relação sexual. “Algumas mulheres gritam, outras não”, afirmou Carroll para a rede CBS.

E. Jean Carroll, na saída do Tribunal Federal de Manhattan  Foto: John Minchillo/ AP

Entenda o caso

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Segundo Carroll o estupro aconteceu logo depois que Trump lhe pediu opinião para comprar uma lingerie de presente em uma loja de departamento em Nova York.

A jornalista e escritora relata que os dois subiram a escada rolante até o departamento de lingerie no sexto andar e Trump acabou levando a escritora para um camarim, puxando a meia-calça de Caroll para baixo.

Quando a escritora levou a história a público, o então presidente dos Estados Unidos respondeu que não a conhecia, que ela nem “era seu tipo”, e chamou tudo de “mentira total”. Inicialmente, Carroll processou Trump por difamação em 2019, mas não pôde incluir a acusação de estupro porque já havia expirado o prazo para apresentá-la.

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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se declarou inocente das acusações de estupro  Foto: Michael Conroy / AP

Porém, em 24 de novembro de 2022, uma nova lei entrou em vigor em Nova York, a “Adult Survivors Act”, que permite, durante um ano, que vítimas de ataques sexuais apresentem ações na esfera civil. Com base nesta lei, os advogados de Carroll apresentaram, então, uma nova ação na qual acusam Trump de estupro.

Juri condena Trump

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Um júri condenou o ex-presidente americano na última terça-feira, 9, a pagar uma multa de quase US$ 5 milhões em um processo por agressão sexual e difamação movido na esfera civil da Justiça Federal americana. A decisão foi unânime. O júri era composto por seis homens e três mulheres.

Este é o segundo problema jurídico para o ex-presidente em menos de dois meses, em um momento em que ele tenta viabilizar sua candidatura à Casa Branca no ano que vem. Trump já responde criminalmente por fraude contábil, ao tentar ocultar pagamentos para silenciar a atriz pornô Stormy Daniels para ocultar um caso extraconjugal dos dois antes da eleição de 2016.

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Segundo o veredicto, a acusação apresentou provas suficientes de que Trump difamou Carroll ao escrever na rede social Truth Social que suas acusações eram uma armação, um boato e uma mentira. Para os jurados, também foi possível ter provas suficientes de que Trump expos Carroll a um contato sexual sem consentimento, o que na Justiça de NY é definido como abuso sexual . O júri, no entanto, considerou que esse abuso não configura estupro. Pela lei de NY, o crime de estupro é definido pelo ato da penetração.

A escritora e jornalista Elizabeth Jean Carroll, de 79 anos, falou sobre a condenação do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na acusação de abuso sexual e difamação.

Durante uma entrevista para a rede americana CBS, a escritora afirmou que ficou feliz com o veredito final do caso. O político terá que pagar US$ 5 milhões (R$ 24,9 milhões) em danos.

“Algumas mulheres sempre gritam, outras não. A vitima perfeita sempre grita, a vítima perfeita sempre vai a polícia. Depois de ter sido estuprada, a vida da vítima perfeita deveria acabar e ela não deveria nunca mais buscar a felicidade ou o sucesso na carreira. Não existe vítima perfeita”, afirmou a jornalista em entrevista para a TV americana.

De acordo com Carroll, o advogado de Donald Trump, Joe Tacopina, perguntou o porque da jornalista não ter gritado durante a relação sexual. “Algumas mulheres gritam, outras não”, afirmou Carroll para a rede CBS.

E. Jean Carroll, na saída do Tribunal Federal de Manhattan  Foto: John Minchillo/ AP

Entenda o caso

Segundo Carroll o estupro aconteceu logo depois que Trump lhe pediu opinião para comprar uma lingerie de presente em uma loja de departamento em Nova York.

A jornalista e escritora relata que os dois subiram a escada rolante até o departamento de lingerie no sexto andar e Trump acabou levando a escritora para um camarim, puxando a meia-calça de Caroll para baixo.

Quando a escritora levou a história a público, o então presidente dos Estados Unidos respondeu que não a conhecia, que ela nem “era seu tipo”, e chamou tudo de “mentira total”. Inicialmente, Carroll processou Trump por difamação em 2019, mas não pôde incluir a acusação de estupro porque já havia expirado o prazo para apresentá-la.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se declarou inocente das acusações de estupro  Foto: Michael Conroy / AP

Porém, em 24 de novembro de 2022, uma nova lei entrou em vigor em Nova York, a “Adult Survivors Act”, que permite, durante um ano, que vítimas de ataques sexuais apresentem ações na esfera civil. Com base nesta lei, os advogados de Carroll apresentaram, então, uma nova ação na qual acusam Trump de estupro.

Juri condena Trump

Um júri condenou o ex-presidente americano na última terça-feira, 9, a pagar uma multa de quase US$ 5 milhões em um processo por agressão sexual e difamação movido na esfera civil da Justiça Federal americana. A decisão foi unânime. O júri era composto por seis homens e três mulheres.

Este é o segundo problema jurídico para o ex-presidente em menos de dois meses, em um momento em que ele tenta viabilizar sua candidatura à Casa Branca no ano que vem. Trump já responde criminalmente por fraude contábil, ao tentar ocultar pagamentos para silenciar a atriz pornô Stormy Daniels para ocultar um caso extraconjugal dos dois antes da eleição de 2016.

Segundo o veredicto, a acusação apresentou provas suficientes de que Trump difamou Carroll ao escrever na rede social Truth Social que suas acusações eram uma armação, um boato e uma mentira. Para os jurados, também foi possível ter provas suficientes de que Trump expos Carroll a um contato sexual sem consentimento, o que na Justiça de NY é definido como abuso sexual . O júri, no entanto, considerou que esse abuso não configura estupro. Pela lei de NY, o crime de estupro é definido pelo ato da penetração.

A escritora e jornalista Elizabeth Jean Carroll, de 79 anos, falou sobre a condenação do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na acusação de abuso sexual e difamação.

Durante uma entrevista para a rede americana CBS, a escritora afirmou que ficou feliz com o veredito final do caso. O político terá que pagar US$ 5 milhões (R$ 24,9 milhões) em danos.

“Algumas mulheres sempre gritam, outras não. A vitima perfeita sempre grita, a vítima perfeita sempre vai a polícia. Depois de ter sido estuprada, a vida da vítima perfeita deveria acabar e ela não deveria nunca mais buscar a felicidade ou o sucesso na carreira. Não existe vítima perfeita”, afirmou a jornalista em entrevista para a TV americana.

De acordo com Carroll, o advogado de Donald Trump, Joe Tacopina, perguntou o porque da jornalista não ter gritado durante a relação sexual. “Algumas mulheres gritam, outras não”, afirmou Carroll para a rede CBS.

E. Jean Carroll, na saída do Tribunal Federal de Manhattan  Foto: John Minchillo/ AP

Entenda o caso

Segundo Carroll o estupro aconteceu logo depois que Trump lhe pediu opinião para comprar uma lingerie de presente em uma loja de departamento em Nova York.

A jornalista e escritora relata que os dois subiram a escada rolante até o departamento de lingerie no sexto andar e Trump acabou levando a escritora para um camarim, puxando a meia-calça de Caroll para baixo.

Quando a escritora levou a história a público, o então presidente dos Estados Unidos respondeu que não a conhecia, que ela nem “era seu tipo”, e chamou tudo de “mentira total”. Inicialmente, Carroll processou Trump por difamação em 2019, mas não pôde incluir a acusação de estupro porque já havia expirado o prazo para apresentá-la.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump se declarou inocente das acusações de estupro  Foto: Michael Conroy / AP

Porém, em 24 de novembro de 2022, uma nova lei entrou em vigor em Nova York, a “Adult Survivors Act”, que permite, durante um ano, que vítimas de ataques sexuais apresentem ações na esfera civil. Com base nesta lei, os advogados de Carroll apresentaram, então, uma nova ação na qual acusam Trump de estupro.

Juri condena Trump

Um júri condenou o ex-presidente americano na última terça-feira, 9, a pagar uma multa de quase US$ 5 milhões em um processo por agressão sexual e difamação movido na esfera civil da Justiça Federal americana. A decisão foi unânime. O júri era composto por seis homens e três mulheres.

Este é o segundo problema jurídico para o ex-presidente em menos de dois meses, em um momento em que ele tenta viabilizar sua candidatura à Casa Branca no ano que vem. Trump já responde criminalmente por fraude contábil, ao tentar ocultar pagamentos para silenciar a atriz pornô Stormy Daniels para ocultar um caso extraconjugal dos dois antes da eleição de 2016.

Segundo o veredicto, a acusação apresentou provas suficientes de que Trump difamou Carroll ao escrever na rede social Truth Social que suas acusações eram uma armação, um boato e uma mentira. Para os jurados, também foi possível ter provas suficientes de que Trump expos Carroll a um contato sexual sem consentimento, o que na Justiça de NY é definido como abuso sexual . O júri, no entanto, considerou que esse abuso não configura estupro. Pela lei de NY, o crime de estupro é definido pelo ato da penetração.

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