Um navio cargueiro russo afundou no Mar Mediterrâneo, entre a Espanha e a Argélia, deixando dois tripulantes desaparecidos, informou a agência de resgate marítimo da Espanha e o Ministério das Relações Exteriores da Rússia nesta terça-feira, 24.
Quatorze tripulantes do Ursa Major foram resgatados ilesos de um bote salva-vidas e transferidos para a Espanha, segundo a agência. O ministério russo informou que o navio começou a afundar após uma explosão na sala de máquinas.
A embarcação pertencia à SK-Yug, uma subsidiária da empresa russa de transporte marítimo e logística Oboronlogistika, criada sob o Ministério da Defesa da Rússia e colocada sob sanções dos EUA e da União Europeia devido aos seus vínculos com as forças armadas russas.
As autoridades espanholas informaram que havia contêineres vazios e dois guindastes a bordo, mas não confirmaram a causa do acidente.
Em um comunicado de 20 de dezembro, a Oboronlogistika afirmou que o navio cargueiro estava a caminho da cidade de Vladivostok, no extremo leste da Rússia, transportando dois guindastes para o porto, cada um pesando 380 toneladas. O Ursa Major havia saído de São Petersburgo há 12 dias, informou a agência estatal russa RIA Novosti.
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As autoridades espanholas disseram que receberam um alerta por volta das 13h de segunda-feira, quando a embarcação estava a aproximadamente 106 quilômetros de Almería, no sudeste da Espanha. A agência de resgate marítimo entrou em contato com um navio próximo, que relatou condições climáticas adversas, um bote salva-vidas na água e o Ursa Major inclinado.
As autoridades informaram que um navio de guerra russo chegou mais tarde na segunda-feira para supervisionar as operações de resgate, e o cargueiro de 142 metros afundou por volta da meia-noite. A embaixada russa na Espanha disse à RIA Novosti que estava investigando o acidente e mantendo contato com as autoridades locais.
O Ursa Major estava no Mediterrâneo ocidental ao mesmo tempo que o Sparta — outro navio cargueiro russo sob sanções dos EUA —, cujo destino, segundo relatado na terça-feira, era o Porto de Said, no Egito, de acordo com a plataforma de monitoramento de embarcações MarineTraffic.com.
Não é incomum que navios russos indo de São Petersburgo para Vladivostok transitem pelo Mediterrâneo e pelo Canal de Suez. Com o aquecimento global, a Rota do Mar do Norte, via Ártico russo, é cada vez mais utilizada durante todo o ano, mas a maioria das embarcações ainda prefere a rota ao sul no inverno.
Unidades de resgate marítimo espanholas permaneceram na área na terça-feira para monitorar a poluição e remover quaisquer objetos flutuantes que pudessem ser perigosos para a navegação, disseram as autoridades.
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