Negociações entre Rússia e Ucrânia avançam, mas pauta territorial permanece paralisada, diz Erdogan


Anexação da Crimeia e reconhecimento de independência de Donbas continua como o maior ponto de desacordo entre Rússia e Ucrânia, afirma presidente turco

Por Redação
Atualização:

A Rússia e a Ucrânia parecem ter progredido em quatro questões nas negociações para o fim da guerra, mas as discordâncias sobre as reivindicações territoriais continuam, disse o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em entrevista divulgada nesta sexta-feira, 25. No início da semana, o chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, já havia dito que as duas partes estão “perto de um acordo”.

Em um dos pontos da negociação - a garantia de que a Ucrânia não vai entrar para a Otan -, o presidente Volodmir Zelenski, da Ucrânia, já indicou publicamente que pode desistir de sua candidatura, disse Erdogan. Ele viajava de volta à Turquia depois de participar de uma cúpula da Otan em Bruxelas.

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Além disso, Zelenski disse que também está pronto para aceitar o russo como língua oficial, fazer “certas concessões” sobre o desarmamento da Ucrânia e concordar com “segurança coletiva”, disse Erdogan, sem dar mais detalhes. Essas também são reivindicações russas e que foram utilizadas como justificativa para invadir a Ucrânia.

Presidente da Turquia, Recep Erdogan, fala durante coletiva de imprensa em Ankara, na Turquia, no dia 22 de março. Erdogan afirma que Ucrânia e Rússia tem progredido em negociações, mas entraves sobre territórios continuam Foto: Burhan Ozbilici / AP

Erdogan disse ainda que Zelenski demonstrou “liderança inteligente” ao dizer que deveria haver um referendo sobre o futuro da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014, e da região de Donbas, no leste da Ucrânia, partes da qual são controladas por separatistas apoiados pela Rússia desde então.

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Esse é o maior ponto de discórdia entre os dois países. Enquanto Zelenski defende o referendo, a Rússia exige que a Ucrânia reconheça a anexação da Crimeia em 2014 e a independência de dois estados separatistas na região da fronteira oriental de Donbas.

Erdogan disse que em breve falará com os dois líderes para discutir a cúpula da Otan.

No início da semana, o chanceler turco Mavlut Cavusoglu afirmou que as negociações não eram fáceis, mas que haviam progressos. “Claro que não é fácil chegar a um acordo quando há uma guerra em curso, quando civis estão sendo mortos, mas nós gostaríamos de dizer que há avanços”, disse, durante pronunciamento na cidade turca de Antália. “Vemos que as parte estão perto de um acordo.”

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Cavusoglu, que também viajou para a Rússia e Ucrânia na semana passada para conversar com Lavrov e Kuleba, disse ao jornal turco Hurriyet que houve “aproximação nas posições de ambos os lados sobre assuntos importantes, assuntos críticos”.

“Podemos dizer que estamos esperançosos por um cessar-fogo se os lados não derem um passo atrás em relação às posições atuais”, disse ele, sem entrar em detalhes sobre as questões. /NYT, AP

A Rússia e a Ucrânia parecem ter progredido em quatro questões nas negociações para o fim da guerra, mas as discordâncias sobre as reivindicações territoriais continuam, disse o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em entrevista divulgada nesta sexta-feira, 25. No início da semana, o chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, já havia dito que as duas partes estão “perto de um acordo”.

Em um dos pontos da negociação - a garantia de que a Ucrânia não vai entrar para a Otan -, o presidente Volodmir Zelenski, da Ucrânia, já indicou publicamente que pode desistir de sua candidatura, disse Erdogan. Ele viajava de volta à Turquia depois de participar de uma cúpula da Otan em Bruxelas.

Além disso, Zelenski disse que também está pronto para aceitar o russo como língua oficial, fazer “certas concessões” sobre o desarmamento da Ucrânia e concordar com “segurança coletiva”, disse Erdogan, sem dar mais detalhes. Essas também são reivindicações russas e que foram utilizadas como justificativa para invadir a Ucrânia.

Presidente da Turquia, Recep Erdogan, fala durante coletiva de imprensa em Ankara, na Turquia, no dia 22 de março. Erdogan afirma que Ucrânia e Rússia tem progredido em negociações, mas entraves sobre territórios continuam Foto: Burhan Ozbilici / AP

Erdogan disse ainda que Zelenski demonstrou “liderança inteligente” ao dizer que deveria haver um referendo sobre o futuro da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014, e da região de Donbas, no leste da Ucrânia, partes da qual são controladas por separatistas apoiados pela Rússia desde então.

Esse é o maior ponto de discórdia entre os dois países. Enquanto Zelenski defende o referendo, a Rússia exige que a Ucrânia reconheça a anexação da Crimeia em 2014 e a independência de dois estados separatistas na região da fronteira oriental de Donbas.

Erdogan disse que em breve falará com os dois líderes para discutir a cúpula da Otan.

No início da semana, o chanceler turco Mavlut Cavusoglu afirmou que as negociações não eram fáceis, mas que haviam progressos. “Claro que não é fácil chegar a um acordo quando há uma guerra em curso, quando civis estão sendo mortos, mas nós gostaríamos de dizer que há avanços”, disse, durante pronunciamento na cidade turca de Antália. “Vemos que as parte estão perto de um acordo.”

Cavusoglu, que também viajou para a Rússia e Ucrânia na semana passada para conversar com Lavrov e Kuleba, disse ao jornal turco Hurriyet que houve “aproximação nas posições de ambos os lados sobre assuntos importantes, assuntos críticos”.

“Podemos dizer que estamos esperançosos por um cessar-fogo se os lados não derem um passo atrás em relação às posições atuais”, disse ele, sem entrar em detalhes sobre as questões. /NYT, AP

A Rússia e a Ucrânia parecem ter progredido em quatro questões nas negociações para o fim da guerra, mas as discordâncias sobre as reivindicações territoriais continuam, disse o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em entrevista divulgada nesta sexta-feira, 25. No início da semana, o chanceler turco, Mevlut Cavusoglu, já havia dito que as duas partes estão “perto de um acordo”.

Em um dos pontos da negociação - a garantia de que a Ucrânia não vai entrar para a Otan -, o presidente Volodmir Zelenski, da Ucrânia, já indicou publicamente que pode desistir de sua candidatura, disse Erdogan. Ele viajava de volta à Turquia depois de participar de uma cúpula da Otan em Bruxelas.

Além disso, Zelenski disse que também está pronto para aceitar o russo como língua oficial, fazer “certas concessões” sobre o desarmamento da Ucrânia e concordar com “segurança coletiva”, disse Erdogan, sem dar mais detalhes. Essas também são reivindicações russas e que foram utilizadas como justificativa para invadir a Ucrânia.

Presidente da Turquia, Recep Erdogan, fala durante coletiva de imprensa em Ankara, na Turquia, no dia 22 de março. Erdogan afirma que Ucrânia e Rússia tem progredido em negociações, mas entraves sobre territórios continuam Foto: Burhan Ozbilici / AP

Erdogan disse ainda que Zelenski demonstrou “liderança inteligente” ao dizer que deveria haver um referendo sobre o futuro da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014, e da região de Donbas, no leste da Ucrânia, partes da qual são controladas por separatistas apoiados pela Rússia desde então.

Esse é o maior ponto de discórdia entre os dois países. Enquanto Zelenski defende o referendo, a Rússia exige que a Ucrânia reconheça a anexação da Crimeia em 2014 e a independência de dois estados separatistas na região da fronteira oriental de Donbas.

Erdogan disse que em breve falará com os dois líderes para discutir a cúpula da Otan.

No início da semana, o chanceler turco Mavlut Cavusoglu afirmou que as negociações não eram fáceis, mas que haviam progressos. “Claro que não é fácil chegar a um acordo quando há uma guerra em curso, quando civis estão sendo mortos, mas nós gostaríamos de dizer que há avanços”, disse, durante pronunciamento na cidade turca de Antália. “Vemos que as parte estão perto de um acordo.”

Cavusoglu, que também viajou para a Rússia e Ucrânia na semana passada para conversar com Lavrov e Kuleba, disse ao jornal turco Hurriyet que houve “aproximação nas posições de ambos os lados sobre assuntos importantes, assuntos críticos”.

“Podemos dizer que estamos esperançosos por um cessar-fogo se os lados não derem um passo atrás em relação às posições atuais”, disse ele, sem entrar em detalhes sobre as questões. /NYT, AP

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