Netanyahu diz que Israel pode ‘ficar sozinho’ depois que Biden ameaçou suspender envio de armas


Os comentários de Joe Biden sobre o fornecimento de armas sinalizaram a deterioração da relação entre Israel e o seu aliado mais importante, após sete meses de guerra contra o grupo terrorista Hamas

Por Redação

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira, 9, que seu país “ficará sozinho” se for necessário em sua guerra contra o grupo terrorista Hamas, depois que os Estados Unidos suspenderam o envio de armas para Israel por preocupações com uma operação militar mais abrangente de Tel-Aviv em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza.

Israel diz que Rafah é o último reduto do Hamas em Gaza, e Netanyahu prometeu repetidamente invadir a cidade, apesar da oposição internacional devido às preocupações com os mais de 1 milhão de civis palestinos amontoados na cidade.

“Se tivermos que ficar sozinhos, ficaremos sozinhos”, disse ele. “Se precisarmos, lutaremos com as unhas. Mas temos muito mais do que unhas”.

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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma cerimônia do Dia da Memória do Holocausto, em Jerusalém, Israel  Foto: Amir Cohen/AP

Biden

Os comentários de Joe Biden sobre o fornecimento de armas sinalizaram a deterioração da relação entre Israel e o seu aliado mais importante, após sete meses de guerra contra o grupo terrorista Hamas. A ameaça de perder um importante fluxo de armas levantou questões sobre a capacidade de Israel de continuar a guerra.

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“Deixei claro que se eles entrarem - ainda não entraram em Rafah - não fornecerei as armas que foram usadas historicamente para lidar com Rafah”, disse à rede americana CNN, que divulgou trechos da entrevista na noite desta quarta-feira, 8.

Biden considerou que as ações lançadas por Israel estão focadas na passagem de Rafah, na região de fronteira — o que causa problemas com o Egito —, mas que a linha vermelha seria uma ofensiva em áreas densamente povoadas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa de uma coletiva de imprensa em Washington, Estados Unidos  Foto: Alex Brandon/AP
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Suspensão de armas

O governo americano reteve 1.800 bombas de 907 kg e 1.700 bombas de 227 kg que poderiam ser lançadas em Rafah.

Uma autoridade dos EUA disse que o governo começou a analisar as remessas de armas no mês passado, quando ficou claro que Israel parecia estar chegando a uma decisão sobre uma operação em Rafah. Biden defendeu inicialmente a posição de que Israel não deveria atacar Rafah sem um plano para minimizar efetivamente as baixas civis, mas nas últimas semanas a Casa Branca indicou não acreditar que esse plano seja possível.

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O governo não está suspendendo todas as armas para Israel e, até o momento, ainda não tomou uma decisão final sobre como proceder com as bombas retidas na semana passada. De fato, as autoridades disseram que o governo acabou de aprovar a última parcela de ajuda no valor de US$ 827 milhões em armas e equipamentos. O governo pretende enviar “cada dólar” do dinheiro recém-aprovado pelo Congresso, disseram as autoridades.

Mas eles disseram que estavam especialmente preocupados com os danos que poderiam ser causados pelas bombas de 907 kg em uma área urbana densa como Rafah, com tantos civis deslocados.

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Incursão limitada em Rafah

No início desta semana, Israel realizou uma operação militar em Rafah e assumiu o controle do posto de fronteira da cidade com o Egito. Questionado sobre se Israel poderia avançar sem armas americanas, o porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, apontou que Israel já tem as armas necessárias para uma operação maior na cidade. “O Exército tem munições para as missões em Rafah”, disse Hagari.

Ele disse que as relações com os EUA permanecem estáveis e disse que Israel aprecia a ajuda americana e que as divergências devem ser resolvidas a portas fechadas.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston/NYT

A investida inicial de Israel em Rafah, juntamente com os ataques do Hamas à passagem de Kerem Shalom, em Israel, perturbaram o fluxo de ajuda para Gaza e levantaram novas preocupações sobre o agravamento da situação humanitária do enclave palestino.

A limitada incursão israelense em Rafah também prejudicou os esforços dos negociadores para que Israel e Hamas concordem com um cessar-fogo.

O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, criticou Biden na plataforma X, escrevendo um coração entre as palavras “Hamas” e “Biden”./com AP, W.Post e NYT

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira, 9, que seu país “ficará sozinho” se for necessário em sua guerra contra o grupo terrorista Hamas, depois que os Estados Unidos suspenderam o envio de armas para Israel por preocupações com uma operação militar mais abrangente de Tel-Aviv em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza.

Israel diz que Rafah é o último reduto do Hamas em Gaza, e Netanyahu prometeu repetidamente invadir a cidade, apesar da oposição internacional devido às preocupações com os mais de 1 milhão de civis palestinos amontoados na cidade.

“Se tivermos que ficar sozinhos, ficaremos sozinhos”, disse ele. “Se precisarmos, lutaremos com as unhas. Mas temos muito mais do que unhas”.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma cerimônia do Dia da Memória do Holocausto, em Jerusalém, Israel  Foto: Amir Cohen/AP

Biden

Os comentários de Joe Biden sobre o fornecimento de armas sinalizaram a deterioração da relação entre Israel e o seu aliado mais importante, após sete meses de guerra contra o grupo terrorista Hamas. A ameaça de perder um importante fluxo de armas levantou questões sobre a capacidade de Israel de continuar a guerra.

“Deixei claro que se eles entrarem - ainda não entraram em Rafah - não fornecerei as armas que foram usadas historicamente para lidar com Rafah”, disse à rede americana CNN, que divulgou trechos da entrevista na noite desta quarta-feira, 8.

Biden considerou que as ações lançadas por Israel estão focadas na passagem de Rafah, na região de fronteira — o que causa problemas com o Egito —, mas que a linha vermelha seria uma ofensiva em áreas densamente povoadas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa de uma coletiva de imprensa em Washington, Estados Unidos  Foto: Alex Brandon/AP

Suspensão de armas

O governo americano reteve 1.800 bombas de 907 kg e 1.700 bombas de 227 kg que poderiam ser lançadas em Rafah.

Uma autoridade dos EUA disse que o governo começou a analisar as remessas de armas no mês passado, quando ficou claro que Israel parecia estar chegando a uma decisão sobre uma operação em Rafah. Biden defendeu inicialmente a posição de que Israel não deveria atacar Rafah sem um plano para minimizar efetivamente as baixas civis, mas nas últimas semanas a Casa Branca indicou não acreditar que esse plano seja possível.

O governo não está suspendendo todas as armas para Israel e, até o momento, ainda não tomou uma decisão final sobre como proceder com as bombas retidas na semana passada. De fato, as autoridades disseram que o governo acabou de aprovar a última parcela de ajuda no valor de US$ 827 milhões em armas e equipamentos. O governo pretende enviar “cada dólar” do dinheiro recém-aprovado pelo Congresso, disseram as autoridades.

Mas eles disseram que estavam especialmente preocupados com os danos que poderiam ser causados pelas bombas de 907 kg em uma área urbana densa como Rafah, com tantos civis deslocados.

Incursão limitada em Rafah

No início desta semana, Israel realizou uma operação militar em Rafah e assumiu o controle do posto de fronteira da cidade com o Egito. Questionado sobre se Israel poderia avançar sem armas americanas, o porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, apontou que Israel já tem as armas necessárias para uma operação maior na cidade. “O Exército tem munições para as missões em Rafah”, disse Hagari.

Ele disse que as relações com os EUA permanecem estáveis e disse que Israel aprecia a ajuda americana e que as divergências devem ser resolvidas a portas fechadas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston/NYT

A investida inicial de Israel em Rafah, juntamente com os ataques do Hamas à passagem de Kerem Shalom, em Israel, perturbaram o fluxo de ajuda para Gaza e levantaram novas preocupações sobre o agravamento da situação humanitária do enclave palestino.

A limitada incursão israelense em Rafah também prejudicou os esforços dos negociadores para que Israel e Hamas concordem com um cessar-fogo.

O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, criticou Biden na plataforma X, escrevendo um coração entre as palavras “Hamas” e “Biden”./com AP, W.Post e NYT

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira, 9, que seu país “ficará sozinho” se for necessário em sua guerra contra o grupo terrorista Hamas, depois que os Estados Unidos suspenderam o envio de armas para Israel por preocupações com uma operação militar mais abrangente de Tel-Aviv em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza.

Israel diz que Rafah é o último reduto do Hamas em Gaza, e Netanyahu prometeu repetidamente invadir a cidade, apesar da oposição internacional devido às preocupações com os mais de 1 milhão de civis palestinos amontoados na cidade.

“Se tivermos que ficar sozinhos, ficaremos sozinhos”, disse ele. “Se precisarmos, lutaremos com as unhas. Mas temos muito mais do que unhas”.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma cerimônia do Dia da Memória do Holocausto, em Jerusalém, Israel  Foto: Amir Cohen/AP

Biden

Os comentários de Joe Biden sobre o fornecimento de armas sinalizaram a deterioração da relação entre Israel e o seu aliado mais importante, após sete meses de guerra contra o grupo terrorista Hamas. A ameaça de perder um importante fluxo de armas levantou questões sobre a capacidade de Israel de continuar a guerra.

“Deixei claro que se eles entrarem - ainda não entraram em Rafah - não fornecerei as armas que foram usadas historicamente para lidar com Rafah”, disse à rede americana CNN, que divulgou trechos da entrevista na noite desta quarta-feira, 8.

Biden considerou que as ações lançadas por Israel estão focadas na passagem de Rafah, na região de fronteira — o que causa problemas com o Egito —, mas que a linha vermelha seria uma ofensiva em áreas densamente povoadas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa de uma coletiva de imprensa em Washington, Estados Unidos  Foto: Alex Brandon/AP

Suspensão de armas

O governo americano reteve 1.800 bombas de 907 kg e 1.700 bombas de 227 kg que poderiam ser lançadas em Rafah.

Uma autoridade dos EUA disse que o governo começou a analisar as remessas de armas no mês passado, quando ficou claro que Israel parecia estar chegando a uma decisão sobre uma operação em Rafah. Biden defendeu inicialmente a posição de que Israel não deveria atacar Rafah sem um plano para minimizar efetivamente as baixas civis, mas nas últimas semanas a Casa Branca indicou não acreditar que esse plano seja possível.

O governo não está suspendendo todas as armas para Israel e, até o momento, ainda não tomou uma decisão final sobre como proceder com as bombas retidas na semana passada. De fato, as autoridades disseram que o governo acabou de aprovar a última parcela de ajuda no valor de US$ 827 milhões em armas e equipamentos. O governo pretende enviar “cada dólar” do dinheiro recém-aprovado pelo Congresso, disseram as autoridades.

Mas eles disseram que estavam especialmente preocupados com os danos que poderiam ser causados pelas bombas de 907 kg em uma área urbana densa como Rafah, com tantos civis deslocados.

Incursão limitada em Rafah

No início desta semana, Israel realizou uma operação militar em Rafah e assumiu o controle do posto de fronteira da cidade com o Egito. Questionado sobre se Israel poderia avançar sem armas americanas, o porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, apontou que Israel já tem as armas necessárias para uma operação maior na cidade. “O Exército tem munições para as missões em Rafah”, disse Hagari.

Ele disse que as relações com os EUA permanecem estáveis e disse que Israel aprecia a ajuda americana e que as divergências devem ser resolvidas a portas fechadas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston/NYT

A investida inicial de Israel em Rafah, juntamente com os ataques do Hamas à passagem de Kerem Shalom, em Israel, perturbaram o fluxo de ajuda para Gaza e levantaram novas preocupações sobre o agravamento da situação humanitária do enclave palestino.

A limitada incursão israelense em Rafah também prejudicou os esforços dos negociadores para que Israel e Hamas concordem com um cessar-fogo.

O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, criticou Biden na plataforma X, escrevendo um coração entre as palavras “Hamas” e “Biden”./com AP, W.Post e NYT

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira, 9, que seu país “ficará sozinho” se for necessário em sua guerra contra o grupo terrorista Hamas, depois que os Estados Unidos suspenderam o envio de armas para Israel por preocupações com uma operação militar mais abrangente de Tel-Aviv em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza.

Israel diz que Rafah é o último reduto do Hamas em Gaza, e Netanyahu prometeu repetidamente invadir a cidade, apesar da oposição internacional devido às preocupações com os mais de 1 milhão de civis palestinos amontoados na cidade.

“Se tivermos que ficar sozinhos, ficaremos sozinhos”, disse ele. “Se precisarmos, lutaremos com as unhas. Mas temos muito mais do que unhas”.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma cerimônia do Dia da Memória do Holocausto, em Jerusalém, Israel  Foto: Amir Cohen/AP

Biden

Os comentários de Joe Biden sobre o fornecimento de armas sinalizaram a deterioração da relação entre Israel e o seu aliado mais importante, após sete meses de guerra contra o grupo terrorista Hamas. A ameaça de perder um importante fluxo de armas levantou questões sobre a capacidade de Israel de continuar a guerra.

“Deixei claro que se eles entrarem - ainda não entraram em Rafah - não fornecerei as armas que foram usadas historicamente para lidar com Rafah”, disse à rede americana CNN, que divulgou trechos da entrevista na noite desta quarta-feira, 8.

Biden considerou que as ações lançadas por Israel estão focadas na passagem de Rafah, na região de fronteira — o que causa problemas com o Egito —, mas que a linha vermelha seria uma ofensiva em áreas densamente povoadas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa de uma coletiva de imprensa em Washington, Estados Unidos  Foto: Alex Brandon/AP

Suspensão de armas

O governo americano reteve 1.800 bombas de 907 kg e 1.700 bombas de 227 kg que poderiam ser lançadas em Rafah.

Uma autoridade dos EUA disse que o governo começou a analisar as remessas de armas no mês passado, quando ficou claro que Israel parecia estar chegando a uma decisão sobre uma operação em Rafah. Biden defendeu inicialmente a posição de que Israel não deveria atacar Rafah sem um plano para minimizar efetivamente as baixas civis, mas nas últimas semanas a Casa Branca indicou não acreditar que esse plano seja possível.

O governo não está suspendendo todas as armas para Israel e, até o momento, ainda não tomou uma decisão final sobre como proceder com as bombas retidas na semana passada. De fato, as autoridades disseram que o governo acabou de aprovar a última parcela de ajuda no valor de US$ 827 milhões em armas e equipamentos. O governo pretende enviar “cada dólar” do dinheiro recém-aprovado pelo Congresso, disseram as autoridades.

Mas eles disseram que estavam especialmente preocupados com os danos que poderiam ser causados pelas bombas de 907 kg em uma área urbana densa como Rafah, com tantos civis deslocados.

Incursão limitada em Rafah

No início desta semana, Israel realizou uma operação militar em Rafah e assumiu o controle do posto de fronteira da cidade com o Egito. Questionado sobre se Israel poderia avançar sem armas americanas, o porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, apontou que Israel já tem as armas necessárias para uma operação maior na cidade. “O Exército tem munições para as missões em Rafah”, disse Hagari.

Ele disse que as relações com os EUA permanecem estáveis e disse que Israel aprecia a ajuda americana e que as divergências devem ser resolvidas a portas fechadas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston/NYT

A investida inicial de Israel em Rafah, juntamente com os ataques do Hamas à passagem de Kerem Shalom, em Israel, perturbaram o fluxo de ajuda para Gaza e levantaram novas preocupações sobre o agravamento da situação humanitária do enclave palestino.

A limitada incursão israelense em Rafah também prejudicou os esforços dos negociadores para que Israel e Hamas concordem com um cessar-fogo.

O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, criticou Biden na plataforma X, escrevendo um coração entre as palavras “Hamas” e “Biden”./com AP, W.Post e NYT

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira, 9, que seu país “ficará sozinho” se for necessário em sua guerra contra o grupo terrorista Hamas, depois que os Estados Unidos suspenderam o envio de armas para Israel por preocupações com uma operação militar mais abrangente de Tel-Aviv em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza.

Israel diz que Rafah é o último reduto do Hamas em Gaza, e Netanyahu prometeu repetidamente invadir a cidade, apesar da oposição internacional devido às preocupações com os mais de 1 milhão de civis palestinos amontoados na cidade.

“Se tivermos que ficar sozinhos, ficaremos sozinhos”, disse ele. “Se precisarmos, lutaremos com as unhas. Mas temos muito mais do que unhas”.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma cerimônia do Dia da Memória do Holocausto, em Jerusalém, Israel  Foto: Amir Cohen/AP

Biden

Os comentários de Joe Biden sobre o fornecimento de armas sinalizaram a deterioração da relação entre Israel e o seu aliado mais importante, após sete meses de guerra contra o grupo terrorista Hamas. A ameaça de perder um importante fluxo de armas levantou questões sobre a capacidade de Israel de continuar a guerra.

“Deixei claro que se eles entrarem - ainda não entraram em Rafah - não fornecerei as armas que foram usadas historicamente para lidar com Rafah”, disse à rede americana CNN, que divulgou trechos da entrevista na noite desta quarta-feira, 8.

Biden considerou que as ações lançadas por Israel estão focadas na passagem de Rafah, na região de fronteira — o que causa problemas com o Egito —, mas que a linha vermelha seria uma ofensiva em áreas densamente povoadas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, participa de uma coletiva de imprensa em Washington, Estados Unidos  Foto: Alex Brandon/AP

Suspensão de armas

O governo americano reteve 1.800 bombas de 907 kg e 1.700 bombas de 227 kg que poderiam ser lançadas em Rafah.

Uma autoridade dos EUA disse que o governo começou a analisar as remessas de armas no mês passado, quando ficou claro que Israel parecia estar chegando a uma decisão sobre uma operação em Rafah. Biden defendeu inicialmente a posição de que Israel não deveria atacar Rafah sem um plano para minimizar efetivamente as baixas civis, mas nas últimas semanas a Casa Branca indicou não acreditar que esse plano seja possível.

O governo não está suspendendo todas as armas para Israel e, até o momento, ainda não tomou uma decisão final sobre como proceder com as bombas retidas na semana passada. De fato, as autoridades disseram que o governo acabou de aprovar a última parcela de ajuda no valor de US$ 827 milhões em armas e equipamentos. O governo pretende enviar “cada dólar” do dinheiro recém-aprovado pelo Congresso, disseram as autoridades.

Mas eles disseram que estavam especialmente preocupados com os danos que poderiam ser causados pelas bombas de 907 kg em uma área urbana densa como Rafah, com tantos civis deslocados.

Incursão limitada em Rafah

No início desta semana, Israel realizou uma operação militar em Rafah e assumiu o controle do posto de fronteira da cidade com o Egito. Questionado sobre se Israel poderia avançar sem armas americanas, o porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, apontou que Israel já tem as armas necessárias para uma operação maior na cidade. “O Exército tem munições para as missões em Rafah”, disse Hagari.

Ele disse que as relações com os EUA permanecem estáveis e disse que Israel aprecia a ajuda americana e que as divergências devem ser resolvidas a portas fechadas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston/NYT

A investida inicial de Israel em Rafah, juntamente com os ataques do Hamas à passagem de Kerem Shalom, em Israel, perturbaram o fluxo de ajuda para Gaza e levantaram novas preocupações sobre o agravamento da situação humanitária do enclave palestino.

A limitada incursão israelense em Rafah também prejudicou os esforços dos negociadores para que Israel e Hamas concordem com um cessar-fogo.

O ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, criticou Biden na plataforma X, escrevendo um coração entre as palavras “Hamas” e “Biden”./com AP, W.Post e NYT

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