‘Nossa vitória foi apenas adiada’, diz Le Pen após boca de urna indicar derrota do seu partido


Reagrupamento Nacional era o favorito para as eleições legislativas deste domingo mas deve terminar em 3º atrás da coalizão da esquerda radical e do bloco de Macron

Por Redação
Atualização:

PARIS - A líder do Reagrupamento Nacional, Marine Le Pen, disse que a vitória da direita radical na França foi apenas adiada. Após largar na frente no primeiro turno, seu partido era o favorito para vencer a eleição legislativa neste domingo, 7, mas deve terminar em terceiro lugar, atrás da coalizão da esquerda radical, a Nova Frente Popular, e dos centristas liderados por Emmanuel Macron, indica a boca de urna.

“Tenho experiência demais para ficar desapontada com um resultado em que dobramos o nosso número de deputados”, disse Marine Le Pen à TF1. “A maré está subindo. Desta vez não subiu o suficiente, mas continua subindo e, consequentemente, nossa vitória apenas foi adiada.”

Segundo as primeiras projeções, a coligação de esquerda radical Nova Frente Popular (NFP) obteria entre 172 e 215 dos 577 assentos na Assembleia Nacional, seguida pela aliança governista de centro-direita com 150 a 180. O RN e seus aliados conseguiriam entre 115 e 155 assentos — antes, o partido tinha 88.

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Marine Le Pen fala com a imprensa no segundo turno da eleição na França.  Foto: Louise Delmotte/Associated Press

O resultado é um revés para a direita radical, que esperava chegar ao poder pela primeira vez. Na semana passada, as pesquisas sugeriam que o Reagrupamento Nacional poderia ter maioria absoluta, mas o cenário mudou com o pacto entre o centro e a esquerda, que retiraram os candidatos menos competitivos para evitar a divisão de votos que poderia favorecer o RN.

“Se não fosse por esse acordo antinatural entre (o presidente Emmanuel) Macon e a extrema esquerda, o Reagrupamento Nacional teria uma maioria absoluta”, disse Marine Le Pen. “A situação é insustentável. Jean-Luc Mélenchon se tornará primeiro-ministro?”, disparou referindo-se ao líder da esquerda radical.

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Na mesma linha, Jordan Bardella, candidato a primeiro-ministro pelo RN, culpou o que chamou de “aliança da desonra” pelo resultado aquém do esperado. Ele acusou o presidente Emmanuel Macron de “empurrar a França para a incerteza e a instabilidade”.

Com o resultado da boca de urna, que aponta vitória da Nova Frente Popular, embora sem maioria absoluta, Mélenchon reivindicou que o presidente Emmanuel Macron deve convocar a esquerda a formar o governo.

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O primeiro-ministro Gabriel Attal anunciou que vai apresentar a renúncia na segunda-feira, mas que pode permanecer no cargo pelo tempo que for necessário. O Palácio do Eliseu afirma que Macron vai esperar para decidir sobre a formação do governo. Com a perspectiva de um Parlamento dividido, sem que nenhum dos blocos tenha maioria absoluta, ainda não está claro quem será o primeiro-ministro da França./COM AFP E AP

PARIS - A líder do Reagrupamento Nacional, Marine Le Pen, disse que a vitória da direita radical na França foi apenas adiada. Após largar na frente no primeiro turno, seu partido era o favorito para vencer a eleição legislativa neste domingo, 7, mas deve terminar em terceiro lugar, atrás da coalizão da esquerda radical, a Nova Frente Popular, e dos centristas liderados por Emmanuel Macron, indica a boca de urna.

“Tenho experiência demais para ficar desapontada com um resultado em que dobramos o nosso número de deputados”, disse Marine Le Pen à TF1. “A maré está subindo. Desta vez não subiu o suficiente, mas continua subindo e, consequentemente, nossa vitória apenas foi adiada.”

Segundo as primeiras projeções, a coligação de esquerda radical Nova Frente Popular (NFP) obteria entre 172 e 215 dos 577 assentos na Assembleia Nacional, seguida pela aliança governista de centro-direita com 150 a 180. O RN e seus aliados conseguiriam entre 115 e 155 assentos — antes, o partido tinha 88.

Marine Le Pen fala com a imprensa no segundo turno da eleição na França.  Foto: Louise Delmotte/Associated Press

O resultado é um revés para a direita radical, que esperava chegar ao poder pela primeira vez. Na semana passada, as pesquisas sugeriam que o Reagrupamento Nacional poderia ter maioria absoluta, mas o cenário mudou com o pacto entre o centro e a esquerda, que retiraram os candidatos menos competitivos para evitar a divisão de votos que poderia favorecer o RN.

“Se não fosse por esse acordo antinatural entre (o presidente Emmanuel) Macon e a extrema esquerda, o Reagrupamento Nacional teria uma maioria absoluta”, disse Marine Le Pen. “A situação é insustentável. Jean-Luc Mélenchon se tornará primeiro-ministro?”, disparou referindo-se ao líder da esquerda radical.

Na mesma linha, Jordan Bardella, candidato a primeiro-ministro pelo RN, culpou o que chamou de “aliança da desonra” pelo resultado aquém do esperado. Ele acusou o presidente Emmanuel Macron de “empurrar a França para a incerteza e a instabilidade”.

Com o resultado da boca de urna, que aponta vitória da Nova Frente Popular, embora sem maioria absoluta, Mélenchon reivindicou que o presidente Emmanuel Macron deve convocar a esquerda a formar o governo.

O primeiro-ministro Gabriel Attal anunciou que vai apresentar a renúncia na segunda-feira, mas que pode permanecer no cargo pelo tempo que for necessário. O Palácio do Eliseu afirma que Macron vai esperar para decidir sobre a formação do governo. Com a perspectiva de um Parlamento dividido, sem que nenhum dos blocos tenha maioria absoluta, ainda não está claro quem será o primeiro-ministro da França./COM AFP E AP

PARIS - A líder do Reagrupamento Nacional, Marine Le Pen, disse que a vitória da direita radical na França foi apenas adiada. Após largar na frente no primeiro turno, seu partido era o favorito para vencer a eleição legislativa neste domingo, 7, mas deve terminar em terceiro lugar, atrás da coalizão da esquerda radical, a Nova Frente Popular, e dos centristas liderados por Emmanuel Macron, indica a boca de urna.

“Tenho experiência demais para ficar desapontada com um resultado em que dobramos o nosso número de deputados”, disse Marine Le Pen à TF1. “A maré está subindo. Desta vez não subiu o suficiente, mas continua subindo e, consequentemente, nossa vitória apenas foi adiada.”

Segundo as primeiras projeções, a coligação de esquerda radical Nova Frente Popular (NFP) obteria entre 172 e 215 dos 577 assentos na Assembleia Nacional, seguida pela aliança governista de centro-direita com 150 a 180. O RN e seus aliados conseguiriam entre 115 e 155 assentos — antes, o partido tinha 88.

Marine Le Pen fala com a imprensa no segundo turno da eleição na França.  Foto: Louise Delmotte/Associated Press

O resultado é um revés para a direita radical, que esperava chegar ao poder pela primeira vez. Na semana passada, as pesquisas sugeriam que o Reagrupamento Nacional poderia ter maioria absoluta, mas o cenário mudou com o pacto entre o centro e a esquerda, que retiraram os candidatos menos competitivos para evitar a divisão de votos que poderia favorecer o RN.

“Se não fosse por esse acordo antinatural entre (o presidente Emmanuel) Macon e a extrema esquerda, o Reagrupamento Nacional teria uma maioria absoluta”, disse Marine Le Pen. “A situação é insustentável. Jean-Luc Mélenchon se tornará primeiro-ministro?”, disparou referindo-se ao líder da esquerda radical.

Na mesma linha, Jordan Bardella, candidato a primeiro-ministro pelo RN, culpou o que chamou de “aliança da desonra” pelo resultado aquém do esperado. Ele acusou o presidente Emmanuel Macron de “empurrar a França para a incerteza e a instabilidade”.

Com o resultado da boca de urna, que aponta vitória da Nova Frente Popular, embora sem maioria absoluta, Mélenchon reivindicou que o presidente Emmanuel Macron deve convocar a esquerda a formar o governo.

O primeiro-ministro Gabriel Attal anunciou que vai apresentar a renúncia na segunda-feira, mas que pode permanecer no cargo pelo tempo que for necessário. O Palácio do Eliseu afirma que Macron vai esperar para decidir sobre a formação do governo. Com a perspectiva de um Parlamento dividido, sem que nenhum dos blocos tenha maioria absoluta, ainda não está claro quem será o primeiro-ministro da França./COM AFP E AP

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