Número de diplomatas americanos afetados por ataques acústicos em Havana sobe para 24


Caso mais recente havia sido registrado em agosto. Problema começou no fim de 2016, quando diplomatas americanos em Havana foram levados de volta a seu país por problemas de audição e outros sintomas

WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos informou nesta sexta-feira, 20, que o número de funcionários de sua embaixada em Havana que relataram problemas de saúde por supostos ataques acústicos subiu de 21 para 24. A porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert, afirmou, no entanto, que o aumento não "reflete novos ataques". O caso mais recente havia sido registrado em agosto, quando o último problema de saúde foi confirmado. 

"Com base na avaliação permanente do pessoal do governo dos EUA, podemos confirmar que 24 pessoas relataram efeitos em sua saúde por esses ataques. Não podemos descartar novos casos adicionais, já que os médicos continuam avaliando funcionários da embaixada", explicou Nauert. 

Washington e Havana vivenciam uma crise diplomática em razão das denúncias dos EUA de “ataques acústicos” contra os funcionários de sua embaixada na ilha Foto: AFP PHOTO / YAMIL LAGE
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Os casos começaram no fim de 2016 e ocorreram em hotéis, não na embaixada. Uma autoridade do governo americano disse que vários colegas da embaixada em Havana foram levados de volta a seu país por problemas de audição e por outros sintomas ao longo dos últimos seis meses. 

A Associação Americana de Serviço Exterior afirmou que, entre os sintomas relatados, estão "dano traumático cerebral leve e perda da audição, além de sintomas como desequilíbrio, fortes dores de cabeça, dificuldades cognitivas e inflamação cerebral". Os EUA suspeitaram, inicialmente, do uso de armas sônicas na ação. Outra possibilidade analisada seria a utilização de equipamentos de espionagem. Alguns funcionários receberam aparelhos contra surdez, disse o funcionário do governo, que falou sob condição de anonimato.

+Turistas relatam sintomas semelhantes aos apresentados por diplomatas americanos em Cuba

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O governo americano não responsabiliza Cuba diretamente pelo que definiu como "ataques específicos" contra seu pessoal diplomático. Considera, porém, que Havana é responsável por garantir a segurança de todos os diplomatas estrangeiros em seu território e, portanto, houve alguma falha.

Os dois governos investigam o ocorrido e, até agora, a origem e as características dos supostos ataques permanecem um mistério. No dia 3, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, disse que as investigações feitas na ilha não permitiram reunir provas de que tais ataques sequer tenham ocorrido.

Como resposta a essa situação, o governo americano ordenou a expulsão de 15 diplomatas cubanos em Washington. Dias antes, os EUA já haviam anunciado a redução pela metade do pessoal de sua embaixada em Havana, além de suspender a emissão de vistos e lançar um alerta com recomendações para que os cidadãos americanos evitem viajar a Cuba.

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Esses "ataques" motivaram a maior crise entre a Ilha e os EUA desde que ambos os países restabeleceram seus laços diplomáticos em 2015, depois de meio século de ruptura e de desconfiança./AFP

WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos informou nesta sexta-feira, 20, que o número de funcionários de sua embaixada em Havana que relataram problemas de saúde por supostos ataques acústicos subiu de 21 para 24. A porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert, afirmou, no entanto, que o aumento não "reflete novos ataques". O caso mais recente havia sido registrado em agosto, quando o último problema de saúde foi confirmado. 

"Com base na avaliação permanente do pessoal do governo dos EUA, podemos confirmar que 24 pessoas relataram efeitos em sua saúde por esses ataques. Não podemos descartar novos casos adicionais, já que os médicos continuam avaliando funcionários da embaixada", explicou Nauert. 

Washington e Havana vivenciam uma crise diplomática em razão das denúncias dos EUA de “ataques acústicos” contra os funcionários de sua embaixada na ilha Foto: AFP PHOTO / YAMIL LAGE

Os casos começaram no fim de 2016 e ocorreram em hotéis, não na embaixada. Uma autoridade do governo americano disse que vários colegas da embaixada em Havana foram levados de volta a seu país por problemas de audição e por outros sintomas ao longo dos últimos seis meses. 

A Associação Americana de Serviço Exterior afirmou que, entre os sintomas relatados, estão "dano traumático cerebral leve e perda da audição, além de sintomas como desequilíbrio, fortes dores de cabeça, dificuldades cognitivas e inflamação cerebral". Os EUA suspeitaram, inicialmente, do uso de armas sônicas na ação. Outra possibilidade analisada seria a utilização de equipamentos de espionagem. Alguns funcionários receberam aparelhos contra surdez, disse o funcionário do governo, que falou sob condição de anonimato.

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O governo americano não responsabiliza Cuba diretamente pelo que definiu como "ataques específicos" contra seu pessoal diplomático. Considera, porém, que Havana é responsável por garantir a segurança de todos os diplomatas estrangeiros em seu território e, portanto, houve alguma falha.

Os dois governos investigam o ocorrido e, até agora, a origem e as características dos supostos ataques permanecem um mistério. No dia 3, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, disse que as investigações feitas na ilha não permitiram reunir provas de que tais ataques sequer tenham ocorrido.

Como resposta a essa situação, o governo americano ordenou a expulsão de 15 diplomatas cubanos em Washington. Dias antes, os EUA já haviam anunciado a redução pela metade do pessoal de sua embaixada em Havana, além de suspender a emissão de vistos e lançar um alerta com recomendações para que os cidadãos americanos evitem viajar a Cuba.

Esses "ataques" motivaram a maior crise entre a Ilha e os EUA desde que ambos os países restabeleceram seus laços diplomáticos em 2015, depois de meio século de ruptura e de desconfiança./AFP

WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos informou nesta sexta-feira, 20, que o número de funcionários de sua embaixada em Havana que relataram problemas de saúde por supostos ataques acústicos subiu de 21 para 24. A porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert, afirmou, no entanto, que o aumento não "reflete novos ataques". O caso mais recente havia sido registrado em agosto, quando o último problema de saúde foi confirmado. 

"Com base na avaliação permanente do pessoal do governo dos EUA, podemos confirmar que 24 pessoas relataram efeitos em sua saúde por esses ataques. Não podemos descartar novos casos adicionais, já que os médicos continuam avaliando funcionários da embaixada", explicou Nauert. 

Washington e Havana vivenciam uma crise diplomática em razão das denúncias dos EUA de “ataques acústicos” contra os funcionários de sua embaixada na ilha Foto: AFP PHOTO / YAMIL LAGE

Os casos começaram no fim de 2016 e ocorreram em hotéis, não na embaixada. Uma autoridade do governo americano disse que vários colegas da embaixada em Havana foram levados de volta a seu país por problemas de audição e por outros sintomas ao longo dos últimos seis meses. 

A Associação Americana de Serviço Exterior afirmou que, entre os sintomas relatados, estão "dano traumático cerebral leve e perda da audição, além de sintomas como desequilíbrio, fortes dores de cabeça, dificuldades cognitivas e inflamação cerebral". Os EUA suspeitaram, inicialmente, do uso de armas sônicas na ação. Outra possibilidade analisada seria a utilização de equipamentos de espionagem. Alguns funcionários receberam aparelhos contra surdez, disse o funcionário do governo, que falou sob condição de anonimato.

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O governo americano não responsabiliza Cuba diretamente pelo que definiu como "ataques específicos" contra seu pessoal diplomático. Considera, porém, que Havana é responsável por garantir a segurança de todos os diplomatas estrangeiros em seu território e, portanto, houve alguma falha.

Os dois governos investigam o ocorrido e, até agora, a origem e as características dos supostos ataques permanecem um mistério. No dia 3, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, disse que as investigações feitas na ilha não permitiram reunir provas de que tais ataques sequer tenham ocorrido.

Como resposta a essa situação, o governo americano ordenou a expulsão de 15 diplomatas cubanos em Washington. Dias antes, os EUA já haviam anunciado a redução pela metade do pessoal de sua embaixada em Havana, além de suspender a emissão de vistos e lançar um alerta com recomendações para que os cidadãos americanos evitem viajar a Cuba.

Esses "ataques" motivaram a maior crise entre a Ilha e os EUA desde que ambos os países restabeleceram seus laços diplomáticos em 2015, depois de meio século de ruptura e de desconfiança./AFP

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