Número de idosos no mundo deve triplicar até 2050


Por Agencia Estado

A população mundial está envelhecendo rapidamente. A continuar nesse ritmo, por volta de 2050, pela primeira vez na história da espécie humana, o número de pessoas acima dos 60 anos será maior que o de crianças abaixo dos 14 anos. Por isso, a partir de hoje, representantes de 160 países se reúnem em Madri, na Espanha, para a 2.ª Assembléia Mundial das Nações Unidas sobre o Envelhecimento. O objetivo é discutir e aprovar o Plano Internacional de Ação para o Envelhecimento. Segundo a ONU, a população mundial deve saltar dos 6 bilhões de 2000 para 10 bilhões em 2050. No mesmo período, o número de pessoas com mais de 60 anos deve triplicar, passando de 600 milhões para 2 bilhões, ou seja, quase 25% da população do planeta. "O fato de um número maior de pessoas estar chegando a uma idade avançada deve ser visto como algo positivo, mas é preciso adotar medidas e programas para que os idosos sejam vistos como um recurso valioso para a sociedade e não como um fardo", afirmou Johan Scholvinck, diretor da Divisão de Desenvolvimento e Políticas Sociais da ONU. O fenômeno é resultado da melhoria das condições de vida, da melhor alimentação, do saneamento básico, das vacinas, dos medicamentos - que permitiram, inclusive, o controle do número de filhos. Mas essa tendência pode significar também mais gastos governamentais com aposentadoria, com medicamentos caros para doenças crônicas, mudanças nos padrões de consumo e moradia e menos gente em idade produtiva para pagar impostos e taxas para sustentar esses idosos. Não foi à toa que a Espanha foi escolhida como sede do encontro: por volta de 2050, a idade média dos espanhóis deve ser de 55 anos. Avanço Mas o fenômeno não se restringe aos países desenvolvidos. As projeções da ONU indicam que em 2025 haverá 93 milhões de latino-americanos com mais de 60 anos. O Uruguai é hoje o país que concentra o maior número de idosos, com 17% do total do continente. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a proporção de maiores de 60 anos deve registrar um aumento de 3,5% nas próximas décadas, derrubando também as taxas de crescimento da população total - uma população envelhecida têm menos filhos. E, segundo os especialistas, o avanço da população idosa na América Latina deve ser mais acelerado que nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, em 1930, os maiores de 60 anos somavam 5,4% da população total. Hoje são 12,8% dos americanos. De acordo com a Cepal, no Brasil esse processo deverá ser duas vezes mais rápido. As projeções indicam que os 5,1% de idosos de hoje serão 14,5% dos brasileiros em 2040. Na Argentina, o crescimento populacional nessa faixa de idade é o dobro das demais e o mesmo ocorre na Venezuela e no Brasil. Além das delegações oficiais de 160 países, estão reunidas em Madri, desde sexta-feira, organizações não-governamentais (ONGs), que vão realizar seu primeiro fórum internacional. As propostas definidas em mais de cem workshops - que debatem desde problemas de saúde até violência - vão ser apresentadas hoje ao secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Desprezo Embora especialistas estejam mobilizados, uma parte da pessoas parece não ter despertado para as possíveis conseqüências do envelhecimento da população mundial. Ao contrário. Boa parte desconhece o problema. Despreza até mesmo o próprio envelhecimento. "Não penso em nada, vivo o momento", afirma o paulista José Carlos Borgonov. Aos 51 anos, o técnico diz que em nenhum momento pensou em como os mais jovens vão conseguir pagar toda a rede de serviços de assitência. Nem mesmo como a Previdência Social será financiada. "Para falar a verdade, não quero me preocupar com nada. Procuro guardar algum dinheiro para depois da aposentadoria e só." Borgonov também não faz planos de como será sua vida, dentro de 20 anos. "Não sei como vou ocupar meu tempo depois da aposentadoria, nem mesmo como será meu estado de saúde." Ele atribui a recusa a pensar no assunto à forma de encarar a vida. "Procuro não fazer planos a longo prazo." Aloísio Paulo da Silva, de 48 anos, apresenta a mesma despreocupação de Borgonov. Técnico, ele afirma que seu investimento para o futuro de longo prazo hoje se concentra na saúde. Como já teve um enfarte aos 35 anos, Silva mantém hábitos de vida extremamente saudáveis. "Como trabalho desde os 14 anos, quero poder aproveitar minha velhice pelo menos com saúde." Mas é a única meta já feita. "Não me preocupo com minha sobrevivência ou se haverá estrutura para financiar algum tratamento que eu tenha de fazer", diz.

A população mundial está envelhecendo rapidamente. A continuar nesse ritmo, por volta de 2050, pela primeira vez na história da espécie humana, o número de pessoas acima dos 60 anos será maior que o de crianças abaixo dos 14 anos. Por isso, a partir de hoje, representantes de 160 países se reúnem em Madri, na Espanha, para a 2.ª Assembléia Mundial das Nações Unidas sobre o Envelhecimento. O objetivo é discutir e aprovar o Plano Internacional de Ação para o Envelhecimento. Segundo a ONU, a população mundial deve saltar dos 6 bilhões de 2000 para 10 bilhões em 2050. No mesmo período, o número de pessoas com mais de 60 anos deve triplicar, passando de 600 milhões para 2 bilhões, ou seja, quase 25% da população do planeta. "O fato de um número maior de pessoas estar chegando a uma idade avançada deve ser visto como algo positivo, mas é preciso adotar medidas e programas para que os idosos sejam vistos como um recurso valioso para a sociedade e não como um fardo", afirmou Johan Scholvinck, diretor da Divisão de Desenvolvimento e Políticas Sociais da ONU. O fenômeno é resultado da melhoria das condições de vida, da melhor alimentação, do saneamento básico, das vacinas, dos medicamentos - que permitiram, inclusive, o controle do número de filhos. Mas essa tendência pode significar também mais gastos governamentais com aposentadoria, com medicamentos caros para doenças crônicas, mudanças nos padrões de consumo e moradia e menos gente em idade produtiva para pagar impostos e taxas para sustentar esses idosos. Não foi à toa que a Espanha foi escolhida como sede do encontro: por volta de 2050, a idade média dos espanhóis deve ser de 55 anos. Avanço Mas o fenômeno não se restringe aos países desenvolvidos. As projeções da ONU indicam que em 2025 haverá 93 milhões de latino-americanos com mais de 60 anos. O Uruguai é hoje o país que concentra o maior número de idosos, com 17% do total do continente. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a proporção de maiores de 60 anos deve registrar um aumento de 3,5% nas próximas décadas, derrubando também as taxas de crescimento da população total - uma população envelhecida têm menos filhos. E, segundo os especialistas, o avanço da população idosa na América Latina deve ser mais acelerado que nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, em 1930, os maiores de 60 anos somavam 5,4% da população total. Hoje são 12,8% dos americanos. De acordo com a Cepal, no Brasil esse processo deverá ser duas vezes mais rápido. As projeções indicam que os 5,1% de idosos de hoje serão 14,5% dos brasileiros em 2040. Na Argentina, o crescimento populacional nessa faixa de idade é o dobro das demais e o mesmo ocorre na Venezuela e no Brasil. Além das delegações oficiais de 160 países, estão reunidas em Madri, desde sexta-feira, organizações não-governamentais (ONGs), que vão realizar seu primeiro fórum internacional. As propostas definidas em mais de cem workshops - que debatem desde problemas de saúde até violência - vão ser apresentadas hoje ao secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Desprezo Embora especialistas estejam mobilizados, uma parte da pessoas parece não ter despertado para as possíveis conseqüências do envelhecimento da população mundial. Ao contrário. Boa parte desconhece o problema. Despreza até mesmo o próprio envelhecimento. "Não penso em nada, vivo o momento", afirma o paulista José Carlos Borgonov. Aos 51 anos, o técnico diz que em nenhum momento pensou em como os mais jovens vão conseguir pagar toda a rede de serviços de assitência. Nem mesmo como a Previdência Social será financiada. "Para falar a verdade, não quero me preocupar com nada. Procuro guardar algum dinheiro para depois da aposentadoria e só." Borgonov também não faz planos de como será sua vida, dentro de 20 anos. "Não sei como vou ocupar meu tempo depois da aposentadoria, nem mesmo como será meu estado de saúde." Ele atribui a recusa a pensar no assunto à forma de encarar a vida. "Procuro não fazer planos a longo prazo." Aloísio Paulo da Silva, de 48 anos, apresenta a mesma despreocupação de Borgonov. Técnico, ele afirma que seu investimento para o futuro de longo prazo hoje se concentra na saúde. Como já teve um enfarte aos 35 anos, Silva mantém hábitos de vida extremamente saudáveis. "Como trabalho desde os 14 anos, quero poder aproveitar minha velhice pelo menos com saúde." Mas é a única meta já feita. "Não me preocupo com minha sobrevivência ou se haverá estrutura para financiar algum tratamento que eu tenha de fazer", diz.

A população mundial está envelhecendo rapidamente. A continuar nesse ritmo, por volta de 2050, pela primeira vez na história da espécie humana, o número de pessoas acima dos 60 anos será maior que o de crianças abaixo dos 14 anos. Por isso, a partir de hoje, representantes de 160 países se reúnem em Madri, na Espanha, para a 2.ª Assembléia Mundial das Nações Unidas sobre o Envelhecimento. O objetivo é discutir e aprovar o Plano Internacional de Ação para o Envelhecimento. Segundo a ONU, a população mundial deve saltar dos 6 bilhões de 2000 para 10 bilhões em 2050. No mesmo período, o número de pessoas com mais de 60 anos deve triplicar, passando de 600 milhões para 2 bilhões, ou seja, quase 25% da população do planeta. "O fato de um número maior de pessoas estar chegando a uma idade avançada deve ser visto como algo positivo, mas é preciso adotar medidas e programas para que os idosos sejam vistos como um recurso valioso para a sociedade e não como um fardo", afirmou Johan Scholvinck, diretor da Divisão de Desenvolvimento e Políticas Sociais da ONU. O fenômeno é resultado da melhoria das condições de vida, da melhor alimentação, do saneamento básico, das vacinas, dos medicamentos - que permitiram, inclusive, o controle do número de filhos. Mas essa tendência pode significar também mais gastos governamentais com aposentadoria, com medicamentos caros para doenças crônicas, mudanças nos padrões de consumo e moradia e menos gente em idade produtiva para pagar impostos e taxas para sustentar esses idosos. Não foi à toa que a Espanha foi escolhida como sede do encontro: por volta de 2050, a idade média dos espanhóis deve ser de 55 anos. Avanço Mas o fenômeno não se restringe aos países desenvolvidos. As projeções da ONU indicam que em 2025 haverá 93 milhões de latino-americanos com mais de 60 anos. O Uruguai é hoje o país que concentra o maior número de idosos, com 17% do total do continente. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a proporção de maiores de 60 anos deve registrar um aumento de 3,5% nas próximas décadas, derrubando também as taxas de crescimento da população total - uma população envelhecida têm menos filhos. E, segundo os especialistas, o avanço da população idosa na América Latina deve ser mais acelerado que nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, em 1930, os maiores de 60 anos somavam 5,4% da população total. Hoje são 12,8% dos americanos. De acordo com a Cepal, no Brasil esse processo deverá ser duas vezes mais rápido. As projeções indicam que os 5,1% de idosos de hoje serão 14,5% dos brasileiros em 2040. Na Argentina, o crescimento populacional nessa faixa de idade é o dobro das demais e o mesmo ocorre na Venezuela e no Brasil. Além das delegações oficiais de 160 países, estão reunidas em Madri, desde sexta-feira, organizações não-governamentais (ONGs), que vão realizar seu primeiro fórum internacional. As propostas definidas em mais de cem workshops - que debatem desde problemas de saúde até violência - vão ser apresentadas hoje ao secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Desprezo Embora especialistas estejam mobilizados, uma parte da pessoas parece não ter despertado para as possíveis conseqüências do envelhecimento da população mundial. Ao contrário. Boa parte desconhece o problema. Despreza até mesmo o próprio envelhecimento. "Não penso em nada, vivo o momento", afirma o paulista José Carlos Borgonov. Aos 51 anos, o técnico diz que em nenhum momento pensou em como os mais jovens vão conseguir pagar toda a rede de serviços de assitência. Nem mesmo como a Previdência Social será financiada. "Para falar a verdade, não quero me preocupar com nada. Procuro guardar algum dinheiro para depois da aposentadoria e só." Borgonov também não faz planos de como será sua vida, dentro de 20 anos. "Não sei como vou ocupar meu tempo depois da aposentadoria, nem mesmo como será meu estado de saúde." Ele atribui a recusa a pensar no assunto à forma de encarar a vida. "Procuro não fazer planos a longo prazo." Aloísio Paulo da Silva, de 48 anos, apresenta a mesma despreocupação de Borgonov. Técnico, ele afirma que seu investimento para o futuro de longo prazo hoje se concentra na saúde. Como já teve um enfarte aos 35 anos, Silva mantém hábitos de vida extremamente saudáveis. "Como trabalho desde os 14 anos, quero poder aproveitar minha velhice pelo menos com saúde." Mas é a única meta já feita. "Não me preocupo com minha sobrevivência ou se haverá estrutura para financiar algum tratamento que eu tenha de fazer", diz.

A população mundial está envelhecendo rapidamente. A continuar nesse ritmo, por volta de 2050, pela primeira vez na história da espécie humana, o número de pessoas acima dos 60 anos será maior que o de crianças abaixo dos 14 anos. Por isso, a partir de hoje, representantes de 160 países se reúnem em Madri, na Espanha, para a 2.ª Assembléia Mundial das Nações Unidas sobre o Envelhecimento. O objetivo é discutir e aprovar o Plano Internacional de Ação para o Envelhecimento. Segundo a ONU, a população mundial deve saltar dos 6 bilhões de 2000 para 10 bilhões em 2050. No mesmo período, o número de pessoas com mais de 60 anos deve triplicar, passando de 600 milhões para 2 bilhões, ou seja, quase 25% da população do planeta. "O fato de um número maior de pessoas estar chegando a uma idade avançada deve ser visto como algo positivo, mas é preciso adotar medidas e programas para que os idosos sejam vistos como um recurso valioso para a sociedade e não como um fardo", afirmou Johan Scholvinck, diretor da Divisão de Desenvolvimento e Políticas Sociais da ONU. O fenômeno é resultado da melhoria das condições de vida, da melhor alimentação, do saneamento básico, das vacinas, dos medicamentos - que permitiram, inclusive, o controle do número de filhos. Mas essa tendência pode significar também mais gastos governamentais com aposentadoria, com medicamentos caros para doenças crônicas, mudanças nos padrões de consumo e moradia e menos gente em idade produtiva para pagar impostos e taxas para sustentar esses idosos. Não foi à toa que a Espanha foi escolhida como sede do encontro: por volta de 2050, a idade média dos espanhóis deve ser de 55 anos. Avanço Mas o fenômeno não se restringe aos países desenvolvidos. As projeções da ONU indicam que em 2025 haverá 93 milhões de latino-americanos com mais de 60 anos. O Uruguai é hoje o país que concentra o maior número de idosos, com 17% do total do continente. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a proporção de maiores de 60 anos deve registrar um aumento de 3,5% nas próximas décadas, derrubando também as taxas de crescimento da população total - uma população envelhecida têm menos filhos. E, segundo os especialistas, o avanço da população idosa na América Latina deve ser mais acelerado que nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, em 1930, os maiores de 60 anos somavam 5,4% da população total. Hoje são 12,8% dos americanos. De acordo com a Cepal, no Brasil esse processo deverá ser duas vezes mais rápido. As projeções indicam que os 5,1% de idosos de hoje serão 14,5% dos brasileiros em 2040. Na Argentina, o crescimento populacional nessa faixa de idade é o dobro das demais e o mesmo ocorre na Venezuela e no Brasil. Além das delegações oficiais de 160 países, estão reunidas em Madri, desde sexta-feira, organizações não-governamentais (ONGs), que vão realizar seu primeiro fórum internacional. As propostas definidas em mais de cem workshops - que debatem desde problemas de saúde até violência - vão ser apresentadas hoje ao secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Desprezo Embora especialistas estejam mobilizados, uma parte da pessoas parece não ter despertado para as possíveis conseqüências do envelhecimento da população mundial. Ao contrário. Boa parte desconhece o problema. Despreza até mesmo o próprio envelhecimento. "Não penso em nada, vivo o momento", afirma o paulista José Carlos Borgonov. Aos 51 anos, o técnico diz que em nenhum momento pensou em como os mais jovens vão conseguir pagar toda a rede de serviços de assitência. Nem mesmo como a Previdência Social será financiada. "Para falar a verdade, não quero me preocupar com nada. Procuro guardar algum dinheiro para depois da aposentadoria e só." Borgonov também não faz planos de como será sua vida, dentro de 20 anos. "Não sei como vou ocupar meu tempo depois da aposentadoria, nem mesmo como será meu estado de saúde." Ele atribui a recusa a pensar no assunto à forma de encarar a vida. "Procuro não fazer planos a longo prazo." Aloísio Paulo da Silva, de 48 anos, apresenta a mesma despreocupação de Borgonov. Técnico, ele afirma que seu investimento para o futuro de longo prazo hoje se concentra na saúde. Como já teve um enfarte aos 35 anos, Silva mantém hábitos de vida extremamente saudáveis. "Como trabalho desde os 14 anos, quero poder aproveitar minha velhice pelo menos com saúde." Mas é a única meta já feita. "Não me preocupo com minha sobrevivência ou se haverá estrutura para financiar algum tratamento que eu tenha de fazer", diz.

A população mundial está envelhecendo rapidamente. A continuar nesse ritmo, por volta de 2050, pela primeira vez na história da espécie humana, o número de pessoas acima dos 60 anos será maior que o de crianças abaixo dos 14 anos. Por isso, a partir de hoje, representantes de 160 países se reúnem em Madri, na Espanha, para a 2.ª Assembléia Mundial das Nações Unidas sobre o Envelhecimento. O objetivo é discutir e aprovar o Plano Internacional de Ação para o Envelhecimento. Segundo a ONU, a população mundial deve saltar dos 6 bilhões de 2000 para 10 bilhões em 2050. No mesmo período, o número de pessoas com mais de 60 anos deve triplicar, passando de 600 milhões para 2 bilhões, ou seja, quase 25% da população do planeta. "O fato de um número maior de pessoas estar chegando a uma idade avançada deve ser visto como algo positivo, mas é preciso adotar medidas e programas para que os idosos sejam vistos como um recurso valioso para a sociedade e não como um fardo", afirmou Johan Scholvinck, diretor da Divisão de Desenvolvimento e Políticas Sociais da ONU. O fenômeno é resultado da melhoria das condições de vida, da melhor alimentação, do saneamento básico, das vacinas, dos medicamentos - que permitiram, inclusive, o controle do número de filhos. Mas essa tendência pode significar também mais gastos governamentais com aposentadoria, com medicamentos caros para doenças crônicas, mudanças nos padrões de consumo e moradia e menos gente em idade produtiva para pagar impostos e taxas para sustentar esses idosos. Não foi à toa que a Espanha foi escolhida como sede do encontro: por volta de 2050, a idade média dos espanhóis deve ser de 55 anos. Avanço Mas o fenômeno não se restringe aos países desenvolvidos. As projeções da ONU indicam que em 2025 haverá 93 milhões de latino-americanos com mais de 60 anos. O Uruguai é hoje o país que concentra o maior número de idosos, com 17% do total do continente. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a proporção de maiores de 60 anos deve registrar um aumento de 3,5% nas próximas décadas, derrubando também as taxas de crescimento da população total - uma população envelhecida têm menos filhos. E, segundo os especialistas, o avanço da população idosa na América Latina deve ser mais acelerado que nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, em 1930, os maiores de 60 anos somavam 5,4% da população total. Hoje são 12,8% dos americanos. De acordo com a Cepal, no Brasil esse processo deverá ser duas vezes mais rápido. As projeções indicam que os 5,1% de idosos de hoje serão 14,5% dos brasileiros em 2040. Na Argentina, o crescimento populacional nessa faixa de idade é o dobro das demais e o mesmo ocorre na Venezuela e no Brasil. Além das delegações oficiais de 160 países, estão reunidas em Madri, desde sexta-feira, organizações não-governamentais (ONGs), que vão realizar seu primeiro fórum internacional. As propostas definidas em mais de cem workshops - que debatem desde problemas de saúde até violência - vão ser apresentadas hoje ao secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Desprezo Embora especialistas estejam mobilizados, uma parte da pessoas parece não ter despertado para as possíveis conseqüências do envelhecimento da população mundial. Ao contrário. Boa parte desconhece o problema. Despreza até mesmo o próprio envelhecimento. "Não penso em nada, vivo o momento", afirma o paulista José Carlos Borgonov. Aos 51 anos, o técnico diz que em nenhum momento pensou em como os mais jovens vão conseguir pagar toda a rede de serviços de assitência. Nem mesmo como a Previdência Social será financiada. "Para falar a verdade, não quero me preocupar com nada. Procuro guardar algum dinheiro para depois da aposentadoria e só." Borgonov também não faz planos de como será sua vida, dentro de 20 anos. "Não sei como vou ocupar meu tempo depois da aposentadoria, nem mesmo como será meu estado de saúde." Ele atribui a recusa a pensar no assunto à forma de encarar a vida. "Procuro não fazer planos a longo prazo." Aloísio Paulo da Silva, de 48 anos, apresenta a mesma despreocupação de Borgonov. Técnico, ele afirma que seu investimento para o futuro de longo prazo hoje se concentra na saúde. Como já teve um enfarte aos 35 anos, Silva mantém hábitos de vida extremamente saudáveis. "Como trabalho desde os 14 anos, quero poder aproveitar minha velhice pelo menos com saúde." Mas é a única meta já feita. "Não me preocupo com minha sobrevivência ou se haverá estrutura para financiar algum tratamento que eu tenha de fazer", diz.

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