Duas pessoas feridas pela erupção do vulcão Whakaari na última segunda-feira, 9, no nordeste da Nova Zelândia, morreram na noite de terça-feira, 10, no hospital, informaram autoridades. Até o momento, a Polícia confirmou a morte de oito pessoas, às quais devem se somar outros oito turistas que permanecem sem localizações e têm 'chances nulas' de sobrevivência. O número ainda pode aumentar, considerando que ainda restam vinte feridos, a maioria em estado grave.
As duas últimas mortes são de dois irmãos australianos, de 13 e 16 anos. A Polícia da Nova Zelândia publicou na véspera os nomes e nacionalidades de nove pessoas (sete australianos e dois neozelandeses), seis delas vítimas fatais e três ainda desaparecidas.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, disse em entrevista coletiva que iniciou a transferência de cinco australianos feridos e disse esperar outras sete evacuações nas próximas 24 horas. As autoridades da Nova Zelândia ainda não conseguiram retornar à ilha, considerando que as condições são inseguras, uma vez que a GeoNet, entidade que monitora movimentos telúricos e atividade vulcânica na Nova Zelândia, estima que existe a possibilidade de uma erupção vulcânica. "A prioridade número um é tirar as vítimas da ilha, mas temos que avaliar os riscos", disse o ministro da Polícia Stuart Nash à mídia.
Por seu lado, a GeoNet disse que "ontem à noite, o movimento vulcânico aumentou para níveis muito altos", em comunicado divulgado na manhã desta quarta-feira, 11, em referência à atividade de Whakaari, cujo nível de alerta permanece definido em 2 na escala de 5, o mesmo do dia em que a primeira erupção ocorreu.
A Polícia abriu uma investigação sobre a possível responsabilidade que inclui operadores turísticos que fazem excursões a esta ilha, visitada em 2018 por mais de 17.500 pessoas, embora os oficiais tenham esclarecido que ainda é muito cedo para saber se as investigações resultarão em uma acusação criminal.
O Whakaari, com até 321 metros de altura e cuja estrutura de 70% está abaixo do nível do mar, é considerado um dos vulcões mais ativos da Nova Zelândia e é uma atração turística. A última erupção antes do evento aconteceu em 2016 e não causou mortes. O acidente mais mortal até hoje foi registrado em 1914, quando dez mineiros morreram como resultado de uma avalanche causada pelo colapso de parte da cratera. /EFE