O príncipe Harry conseguirá vencer seu processo judicial e mudar o comportamento dos tabloides?


Príncipe alega que os jornais se valeram de “meios ilícitos” para conseguir suas reportagens

Por William Booth

LONDRES — O príncipe Harry sentou-se novamente no banco das testemunhas da Alta Corte britânica para o segundo dia do julgamento do processo que abriu contra a editora de três tabloides britânicos. Ele pareceu animado, confiante e algo combativo.

“Harry não desabou”, concluiu a BBC.

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O que não significa que ele está vencendo.

Harry foi submetido a oito horas de interrogatório no Tribunal 15, declarando que jornalistas intrusivos o tornaram “paranoico” em relação a conseguir confiar em qualquer pessoa próxima, destruíram seus namoros, semearam discórdias dentro de sua família e o fizeram temer por sua segurança.

Nas palavras de Harry, o comportamento dos tabloides foi “absolutamente vil”.

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O príncipe Harry prestou depoimento no banco das testemunhas e jurou dizer a verdade em depoimento contra um editor de tablóide que ele acusa de hackear telefones e outras espionagens ilegais Foto: Frank Augstein/ AP

Mas Harry não está processando os jornais por serem maldosos, enxeridos ou equivocados. Ele alega que os jornais se valeram de “meios ilícitos” para conseguir suas reportagens, incluindo técnicas de hacking de celulares e “blagging” — uma gíria britânica que significa “lábia” e denota obtenção furtiva de informações por meio de personificações falsas e mentiras.

Analistas jurídicos e especialistas em relações públicas afirmam que Harry argumentou consistentemente que os tabloides ocasionaram sofrimento em sua vida desde sua infância.

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Até o advogado Andrew Green, representante do Mirror Group Newspapers — que edita os tabloides Daily Mirror, Sunday Mirror e Sunday People — reconheceu na corte o sofrimento inflingido a Harry pela mídia.

Mas Green foi implacável em seu questionamento a respeito das alegações de Harry formulando perguntas sobre cada um dos 33 artigos que o juiz permitiu que fossem examinados: onde está a prova do uso de meios ilícitos?

Nem Harry nem seus advogados apresentaram um flagrante.

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Detalhes

“Isso era altamente suspeito”, afirmou Harry repetidamente em relação à publicação de certos detalhes nas reportagens.

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O príncipe argumentou que essas informações pessoais — a respeito de seu dedão quebrado, férias surfando na Austrália e conversas com sua namorada na época, Chelsy Davy — só podem ter sido obtidas por meio da ação de hackers.

O advogado do Mirror Group apontou que, em muitos casos, as mesmas informações apareceram em vários jornais, com frequência antes dos tabloides de seu cliente as publicarem, citando como fontes como algum porta-voz do palácio ou “informantes palacianos” e “amigos”.

Dickie Arbiter, ex-porta-voz da rainha Elizabeth II, disse ao The Washington Post ter considerado que as alegações de Harry foram “dissecadas forensicamente” por Green.

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Apesar de toda a experiência de Harry com os tabloides, o príncipe “é obviamente muito ingênuo a respeito da maneira que a imprensa funciona”, disse Arbiter. “Eles se alimentam um do outro.”

O príncipe Harry, que acaba de ter sua biografia lançada, e sua mulher Meghan  Foto: Andrew Kelly/ REUTERS

Arbiter afirmou que várias pessoas estariam em posição de repassar informações a respeito do príncipe. Ele reconheceu que alguns tabloides britânicos e de outros países pagariam por informações. Mas isso não é inerentemente ilegal.

“Eu não acho que a coisa irá particularmente bem para Harry”, afirmou Arbiter.

O advogado especializado em mídia Mark Stephens, da firma Howard Kennedy, em Londres, discordou.

“Eu acho que Harry foi tão bem quanto poderia”, afirmou ele. Segundo Stephens, o Mirror pode ter suposto que o príncipe seria lerdo no banco das testemunhas. “Ele foi resiliente sob interrogatório”, disse o advogado, acrescentando que o lado de Harry “venceu algumas e perdeu outras” argumentações diante do tribunal.

Stephens alertou que, em um julgamento civil, como esse — que seguirá por semanas, ouvindo outras testemunhas em três outros casos — o juiz só precisa considerar que a ocorrência de uma invasão foi o mais provável e fazer com que as partes entrem em acordo.

O príncipe William e o príncipe Harry caminham lado a lado depois de ver os tributos florais para a falecida Rainha Elizabeth II fora do Castelo de Windsor Foto: Martin Meissner / AP

Processos

Por um tempo, coleta ilegal de informações era frequente entre os tabloides britânicos. Processos passados os forçaram a pagar milhões em indenizações por danos e resultaram no fechamento de uma famosa publicação pertencente a Rupert Murdoch, o News of the World.

A família real britânica é conhecida por ser alvo de hackers. Um editor do News of the World e um investigador particular foram condenados ilegalmente por acessar mensagens de voz de auxiliares dos príncipes William e Harry.

Mas o advogado do Mirror argumenta que não existe nenhuma evidência direta de que as publicações de seu cliente miraram Harry especificamente.

Em uma das discussões no tribunal, Green pressionou Harry a responder se ficaria feliz ou desapontado em descobrir que seu telefone jamais foi invadido por jornalistas do Mirror.

“Isso é especulação”, afirmou Harry.

“Então o sr. quer que seu telefone tenha sido invadido?”, perguntou Green.

“Ninguém quer ter o telefone invadido”, respondeu Harry. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

LONDRES — O príncipe Harry sentou-se novamente no banco das testemunhas da Alta Corte britânica para o segundo dia do julgamento do processo que abriu contra a editora de três tabloides britânicos. Ele pareceu animado, confiante e algo combativo.

“Harry não desabou”, concluiu a BBC.

O que não significa que ele está vencendo.

Harry foi submetido a oito horas de interrogatório no Tribunal 15, declarando que jornalistas intrusivos o tornaram “paranoico” em relação a conseguir confiar em qualquer pessoa próxima, destruíram seus namoros, semearam discórdias dentro de sua família e o fizeram temer por sua segurança.

Nas palavras de Harry, o comportamento dos tabloides foi “absolutamente vil”.

O príncipe Harry prestou depoimento no banco das testemunhas e jurou dizer a verdade em depoimento contra um editor de tablóide que ele acusa de hackear telefones e outras espionagens ilegais Foto: Frank Augstein/ AP

Mas Harry não está processando os jornais por serem maldosos, enxeridos ou equivocados. Ele alega que os jornais se valeram de “meios ilícitos” para conseguir suas reportagens, incluindo técnicas de hacking de celulares e “blagging” — uma gíria britânica que significa “lábia” e denota obtenção furtiva de informações por meio de personificações falsas e mentiras.

Analistas jurídicos e especialistas em relações públicas afirmam que Harry argumentou consistentemente que os tabloides ocasionaram sofrimento em sua vida desde sua infância.

Até o advogado Andrew Green, representante do Mirror Group Newspapers — que edita os tabloides Daily Mirror, Sunday Mirror e Sunday People — reconheceu na corte o sofrimento inflingido a Harry pela mídia.

Mas Green foi implacável em seu questionamento a respeito das alegações de Harry formulando perguntas sobre cada um dos 33 artigos que o juiz permitiu que fossem examinados: onde está a prova do uso de meios ilícitos?

Nem Harry nem seus advogados apresentaram um flagrante.

Detalhes

“Isso era altamente suspeito”, afirmou Harry repetidamente em relação à publicação de certos detalhes nas reportagens.

O príncipe argumentou que essas informações pessoais — a respeito de seu dedão quebrado, férias surfando na Austrália e conversas com sua namorada na época, Chelsy Davy — só podem ter sido obtidas por meio da ação de hackers.

O advogado do Mirror Group apontou que, em muitos casos, as mesmas informações apareceram em vários jornais, com frequência antes dos tabloides de seu cliente as publicarem, citando como fontes como algum porta-voz do palácio ou “informantes palacianos” e “amigos”.

Dickie Arbiter, ex-porta-voz da rainha Elizabeth II, disse ao The Washington Post ter considerado que as alegações de Harry foram “dissecadas forensicamente” por Green.

Apesar de toda a experiência de Harry com os tabloides, o príncipe “é obviamente muito ingênuo a respeito da maneira que a imprensa funciona”, disse Arbiter. “Eles se alimentam um do outro.”

O príncipe Harry, que acaba de ter sua biografia lançada, e sua mulher Meghan  Foto: Andrew Kelly/ REUTERS

Arbiter afirmou que várias pessoas estariam em posição de repassar informações a respeito do príncipe. Ele reconheceu que alguns tabloides britânicos e de outros países pagariam por informações. Mas isso não é inerentemente ilegal.

“Eu não acho que a coisa irá particularmente bem para Harry”, afirmou Arbiter.

O advogado especializado em mídia Mark Stephens, da firma Howard Kennedy, em Londres, discordou.

“Eu acho que Harry foi tão bem quanto poderia”, afirmou ele. Segundo Stephens, o Mirror pode ter suposto que o príncipe seria lerdo no banco das testemunhas. “Ele foi resiliente sob interrogatório”, disse o advogado, acrescentando que o lado de Harry “venceu algumas e perdeu outras” argumentações diante do tribunal.

Stephens alertou que, em um julgamento civil, como esse — que seguirá por semanas, ouvindo outras testemunhas em três outros casos — o juiz só precisa considerar que a ocorrência de uma invasão foi o mais provável e fazer com que as partes entrem em acordo.

O príncipe William e o príncipe Harry caminham lado a lado depois de ver os tributos florais para a falecida Rainha Elizabeth II fora do Castelo de Windsor Foto: Martin Meissner / AP

Processos

Por um tempo, coleta ilegal de informações era frequente entre os tabloides britânicos. Processos passados os forçaram a pagar milhões em indenizações por danos e resultaram no fechamento de uma famosa publicação pertencente a Rupert Murdoch, o News of the World.

A família real britânica é conhecida por ser alvo de hackers. Um editor do News of the World e um investigador particular foram condenados ilegalmente por acessar mensagens de voz de auxiliares dos príncipes William e Harry.

Mas o advogado do Mirror argumenta que não existe nenhuma evidência direta de que as publicações de seu cliente miraram Harry especificamente.

Em uma das discussões no tribunal, Green pressionou Harry a responder se ficaria feliz ou desapontado em descobrir que seu telefone jamais foi invadido por jornalistas do Mirror.

“Isso é especulação”, afirmou Harry.

“Então o sr. quer que seu telefone tenha sido invadido?”, perguntou Green.

“Ninguém quer ter o telefone invadido”, respondeu Harry. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

LONDRES — O príncipe Harry sentou-se novamente no banco das testemunhas da Alta Corte britânica para o segundo dia do julgamento do processo que abriu contra a editora de três tabloides britânicos. Ele pareceu animado, confiante e algo combativo.

“Harry não desabou”, concluiu a BBC.

O que não significa que ele está vencendo.

Harry foi submetido a oito horas de interrogatório no Tribunal 15, declarando que jornalistas intrusivos o tornaram “paranoico” em relação a conseguir confiar em qualquer pessoa próxima, destruíram seus namoros, semearam discórdias dentro de sua família e o fizeram temer por sua segurança.

Nas palavras de Harry, o comportamento dos tabloides foi “absolutamente vil”.

O príncipe Harry prestou depoimento no banco das testemunhas e jurou dizer a verdade em depoimento contra um editor de tablóide que ele acusa de hackear telefones e outras espionagens ilegais Foto: Frank Augstein/ AP

Mas Harry não está processando os jornais por serem maldosos, enxeridos ou equivocados. Ele alega que os jornais se valeram de “meios ilícitos” para conseguir suas reportagens, incluindo técnicas de hacking de celulares e “blagging” — uma gíria britânica que significa “lábia” e denota obtenção furtiva de informações por meio de personificações falsas e mentiras.

Analistas jurídicos e especialistas em relações públicas afirmam que Harry argumentou consistentemente que os tabloides ocasionaram sofrimento em sua vida desde sua infância.

Até o advogado Andrew Green, representante do Mirror Group Newspapers — que edita os tabloides Daily Mirror, Sunday Mirror e Sunday People — reconheceu na corte o sofrimento inflingido a Harry pela mídia.

Mas Green foi implacável em seu questionamento a respeito das alegações de Harry formulando perguntas sobre cada um dos 33 artigos que o juiz permitiu que fossem examinados: onde está a prova do uso de meios ilícitos?

Nem Harry nem seus advogados apresentaram um flagrante.

Detalhes

“Isso era altamente suspeito”, afirmou Harry repetidamente em relação à publicação de certos detalhes nas reportagens.

O príncipe argumentou que essas informações pessoais — a respeito de seu dedão quebrado, férias surfando na Austrália e conversas com sua namorada na época, Chelsy Davy — só podem ter sido obtidas por meio da ação de hackers.

O advogado do Mirror Group apontou que, em muitos casos, as mesmas informações apareceram em vários jornais, com frequência antes dos tabloides de seu cliente as publicarem, citando como fontes como algum porta-voz do palácio ou “informantes palacianos” e “amigos”.

Dickie Arbiter, ex-porta-voz da rainha Elizabeth II, disse ao The Washington Post ter considerado que as alegações de Harry foram “dissecadas forensicamente” por Green.

Apesar de toda a experiência de Harry com os tabloides, o príncipe “é obviamente muito ingênuo a respeito da maneira que a imprensa funciona”, disse Arbiter. “Eles se alimentam um do outro.”

O príncipe Harry, que acaba de ter sua biografia lançada, e sua mulher Meghan  Foto: Andrew Kelly/ REUTERS

Arbiter afirmou que várias pessoas estariam em posição de repassar informações a respeito do príncipe. Ele reconheceu que alguns tabloides britânicos e de outros países pagariam por informações. Mas isso não é inerentemente ilegal.

“Eu não acho que a coisa irá particularmente bem para Harry”, afirmou Arbiter.

O advogado especializado em mídia Mark Stephens, da firma Howard Kennedy, em Londres, discordou.

“Eu acho que Harry foi tão bem quanto poderia”, afirmou ele. Segundo Stephens, o Mirror pode ter suposto que o príncipe seria lerdo no banco das testemunhas. “Ele foi resiliente sob interrogatório”, disse o advogado, acrescentando que o lado de Harry “venceu algumas e perdeu outras” argumentações diante do tribunal.

Stephens alertou que, em um julgamento civil, como esse — que seguirá por semanas, ouvindo outras testemunhas em três outros casos — o juiz só precisa considerar que a ocorrência de uma invasão foi o mais provável e fazer com que as partes entrem em acordo.

O príncipe William e o príncipe Harry caminham lado a lado depois de ver os tributos florais para a falecida Rainha Elizabeth II fora do Castelo de Windsor Foto: Martin Meissner / AP

Processos

Por um tempo, coleta ilegal de informações era frequente entre os tabloides britânicos. Processos passados os forçaram a pagar milhões em indenizações por danos e resultaram no fechamento de uma famosa publicação pertencente a Rupert Murdoch, o News of the World.

A família real britânica é conhecida por ser alvo de hackers. Um editor do News of the World e um investigador particular foram condenados ilegalmente por acessar mensagens de voz de auxiliares dos príncipes William e Harry.

Mas o advogado do Mirror argumenta que não existe nenhuma evidência direta de que as publicações de seu cliente miraram Harry especificamente.

Em uma das discussões no tribunal, Green pressionou Harry a responder se ficaria feliz ou desapontado em descobrir que seu telefone jamais foi invadido por jornalistas do Mirror.

“Isso é especulação”, afirmou Harry.

“Então o sr. quer que seu telefone tenha sido invadido?”, perguntou Green.

“Ninguém quer ter o telefone invadido”, respondeu Harry. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

LONDRES — O príncipe Harry sentou-se novamente no banco das testemunhas da Alta Corte britânica para o segundo dia do julgamento do processo que abriu contra a editora de três tabloides britânicos. Ele pareceu animado, confiante e algo combativo.

“Harry não desabou”, concluiu a BBC.

O que não significa que ele está vencendo.

Harry foi submetido a oito horas de interrogatório no Tribunal 15, declarando que jornalistas intrusivos o tornaram “paranoico” em relação a conseguir confiar em qualquer pessoa próxima, destruíram seus namoros, semearam discórdias dentro de sua família e o fizeram temer por sua segurança.

Nas palavras de Harry, o comportamento dos tabloides foi “absolutamente vil”.

O príncipe Harry prestou depoimento no banco das testemunhas e jurou dizer a verdade em depoimento contra um editor de tablóide que ele acusa de hackear telefones e outras espionagens ilegais Foto: Frank Augstein/ AP

Mas Harry não está processando os jornais por serem maldosos, enxeridos ou equivocados. Ele alega que os jornais se valeram de “meios ilícitos” para conseguir suas reportagens, incluindo técnicas de hacking de celulares e “blagging” — uma gíria britânica que significa “lábia” e denota obtenção furtiva de informações por meio de personificações falsas e mentiras.

Analistas jurídicos e especialistas em relações públicas afirmam que Harry argumentou consistentemente que os tabloides ocasionaram sofrimento em sua vida desde sua infância.

Até o advogado Andrew Green, representante do Mirror Group Newspapers — que edita os tabloides Daily Mirror, Sunday Mirror e Sunday People — reconheceu na corte o sofrimento inflingido a Harry pela mídia.

Mas Green foi implacável em seu questionamento a respeito das alegações de Harry formulando perguntas sobre cada um dos 33 artigos que o juiz permitiu que fossem examinados: onde está a prova do uso de meios ilícitos?

Nem Harry nem seus advogados apresentaram um flagrante.

Detalhes

“Isso era altamente suspeito”, afirmou Harry repetidamente em relação à publicação de certos detalhes nas reportagens.

O príncipe argumentou que essas informações pessoais — a respeito de seu dedão quebrado, férias surfando na Austrália e conversas com sua namorada na época, Chelsy Davy — só podem ter sido obtidas por meio da ação de hackers.

O advogado do Mirror Group apontou que, em muitos casos, as mesmas informações apareceram em vários jornais, com frequência antes dos tabloides de seu cliente as publicarem, citando como fontes como algum porta-voz do palácio ou “informantes palacianos” e “amigos”.

Dickie Arbiter, ex-porta-voz da rainha Elizabeth II, disse ao The Washington Post ter considerado que as alegações de Harry foram “dissecadas forensicamente” por Green.

Apesar de toda a experiência de Harry com os tabloides, o príncipe “é obviamente muito ingênuo a respeito da maneira que a imprensa funciona”, disse Arbiter. “Eles se alimentam um do outro.”

O príncipe Harry, que acaba de ter sua biografia lançada, e sua mulher Meghan  Foto: Andrew Kelly/ REUTERS

Arbiter afirmou que várias pessoas estariam em posição de repassar informações a respeito do príncipe. Ele reconheceu que alguns tabloides britânicos e de outros países pagariam por informações. Mas isso não é inerentemente ilegal.

“Eu não acho que a coisa irá particularmente bem para Harry”, afirmou Arbiter.

O advogado especializado em mídia Mark Stephens, da firma Howard Kennedy, em Londres, discordou.

“Eu acho que Harry foi tão bem quanto poderia”, afirmou ele. Segundo Stephens, o Mirror pode ter suposto que o príncipe seria lerdo no banco das testemunhas. “Ele foi resiliente sob interrogatório”, disse o advogado, acrescentando que o lado de Harry “venceu algumas e perdeu outras” argumentações diante do tribunal.

Stephens alertou que, em um julgamento civil, como esse — que seguirá por semanas, ouvindo outras testemunhas em três outros casos — o juiz só precisa considerar que a ocorrência de uma invasão foi o mais provável e fazer com que as partes entrem em acordo.

O príncipe William e o príncipe Harry caminham lado a lado depois de ver os tributos florais para a falecida Rainha Elizabeth II fora do Castelo de Windsor Foto: Martin Meissner / AP

Processos

Por um tempo, coleta ilegal de informações era frequente entre os tabloides britânicos. Processos passados os forçaram a pagar milhões em indenizações por danos e resultaram no fechamento de uma famosa publicação pertencente a Rupert Murdoch, o News of the World.

A família real britânica é conhecida por ser alvo de hackers. Um editor do News of the World e um investigador particular foram condenados ilegalmente por acessar mensagens de voz de auxiliares dos príncipes William e Harry.

Mas o advogado do Mirror argumenta que não existe nenhuma evidência direta de que as publicações de seu cliente miraram Harry especificamente.

Em uma das discussões no tribunal, Green pressionou Harry a responder se ficaria feliz ou desapontado em descobrir que seu telefone jamais foi invadido por jornalistas do Mirror.

“Isso é especulação”, afirmou Harry.

“Então o sr. quer que seu telefone tenha sido invadido?”, perguntou Green.

“Ninguém quer ter o telefone invadido”, respondeu Harry. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL

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