Como funciona o MQ-9 Reaper, o drone que os EUA dizem ter sido derrubado pela Rússia?


Acredita-se que o incidente de terça-feira seja o primeiro entre russos e americanos desde o início da guerra na Ucrânia

Por Redação
Atualização:

Um caça russo colidiu com um drone de vigilância dos Estados Unidos sobre o Mar Negro na terça-feira, forçando-o a cair em águas internacionais, de acordo com militares americanos. O pessoal da Força Aérea que opera remotamente o drone, chamado MQ-9 Reaper, o derrubou depois que Su-27s russos despejaram combustível na aeronave e um deles colidiu com a hélice do Reaper, segundo as autoridades americanas.

A Rússia negou responsabilidade no episódio, dizendo que sua aeronave não entrou em contato com o drone americano. Acredita-se que o incidente seja o primeiro confronto direto entre EUA e Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, no ano passado.

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Saiba mais sobre o drone conhecido como Reaper:

O que é o MQ-9 Reaper, quanto custa e qual é a sua função principal?

O Reaper é usado pela Força Aérea dos EUA para coletar inteligência e conduzir missões de vigilância, busca e resgate e ataques de precisão em alvos de alto valor e sensíveis ao tempo, de acordo com um informativo oficial.

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Os drones realizaram missões no Iraque, no Afeganistão e na Síria, entre outros países, e são operados remotamente por uma equipe de 2 das 20 bases em 17 Estados americanos. Uma comanda a missão e controla o drone, enquanto a outra opera sensores e guia as armas.

A aeronave também pode conter até oito mísseis guiados por laser, 16 mísseis Hellfire e até 1.300 libras de combustível. Isso permite que ele permaneça no ar por 1,85 mil km e voe a até 50 mil pés. Em 2018, os MQ-9 Reapers voaram um total de 325 mil horas.

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A Força Aérea contratou a General Atomics para construir mais de 360 Reapers desde que o programa começou em 2007. Um único drone Reaper custa cerca de US$ 30 milhões (cerca de R$ 158 milhões) hoje, de acordo com um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso divulgado no ano passado.

O drone tem 11 metros de comprimento e uma envergadura de 20 metros e uma carga útil de 1,7 mil kg. O MQ-9 é uma versão atualizada do MQ-1 Predator, que foi introduzido na década de 90. O Reaper tem um motor cerca de oito vezes mais potente e tem 4 metros a mais com uma envergadura de quase 5 metros a mais do que seu antecessor. O drone atualizado também possui sensores e câmeras infravermelhos e um telêmetro a laser para localizar alvos.

Na designação do Departamento de Defesa, o “M” significa multifunção, o “Q” significa que é um sistema de aeronave pilotada remotamente e o “9″ mostra que é o nono na série de aeronaves pilotadas remotamente.

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O que o drone estava fazendo quando foi derrubado?

“A aeronave estava realizando operações de rotina no espaço aéreo internacional” quando foi atingida pelo caça russo SU-27, disse o general James B. Hecker, um oficial militar sênior que supervisiona as operações da Força Aérea na região, em um comunicado. “Na verdade, esse ato inseguro e pouco profissional dos russos quase causou a queda de ambas as aeronaves.”

Um comunicado de imprensa do Comando Europeu dos EUA disse que o incidente é o mais recente de um “padrão de ações perigosas de pilotos russos ao interagir com aeronaves americanas e aliadas” sobre o Mar Negro.

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“Isso não é novo”, disse Philip Breedlove, general aposentado da Força Aérea e ex-comandante supremo aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os confrontos russos e americanos no Mar Negro “estão acontecendo há algum tempo. Costumava acontecer quase rotineiramente”.

Imagem divulgada pela Força Aérea americana do um drone MQ-9 Reaper, semelhante ao derrubado no Mar Negro  Foto: U.S. Air Force via The New York Times - Agosto de 2020

Não ficou imediatamente claro onde ocorreu o incidente no Mar Negro ou qual missão o drone estava conduzindo. Oficiais militares dos EUA também não especificaram quais outras ações recentes de pilotos russos se encaixam no padrão de atividade perigosa que eles descreveram.

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Um porta-voz do Pentágono, general de brigada Patrick Ryder, disse aos repórteres que os dois caças Su-27 foram vistos pela primeira vez perto do MQ-9 cerca de 30 a 40 minutos antes de os pilotos americanos derrubarem o Reaper. Ele se recusou a dizer se o drone estava armado, qual era sua missão ou onde no Mar Negro ele caiu.

Não está claro quando ou se o vídeo do incidente será divulgado publicamente. Ele deve primeiro passar por um processo de desclassificação.

Quais são as implicações?

Breedlove disse que, embora ainda não haja evidências de que a colisão foi deliberada, a derrubada intencional de um drone dos EUA teria consequências potencialmente preocupantes.

Os EUA e a Otan, embora armando a Ucrânia e fornecendo inteligência regular a Kiev, dizem que não têm envolvimento direto na guerra. Moscou caracterizou essas ações como uma tentativa ocidental de destruir a Rússia.

“Isso pode ser tão simples quanto falta de habilidade de pilotagem, falta de profissionalismo”, disse Breedlove.

O Comando Europeu dos EUA declarou em um comunicado à imprensa que as ações da tripulação russa podem causar “escalada não intencional”.

Os EUA e seus aliados planejam continuar operando no espaço aéreo internacional, acrescentou Hecker, oficial sênior da Força Aérea.

O Ministério da Defesa da Rússia negou ter atingido o MQ-9, alegando que os pilotos russos observaram o drone em “voo descontrolado” antes de cair no mar.

Embaixador russo, Anatoly Antonov, deixa Departamento de Estado em Washington após reunião para tratar de incidente envolvendo drone americano  Foto: Patrick Semansky/AP - 15/3/2023

“Os caças russos não usaram armas aerotransportadas, não entraram em contato com o veículo aéreo não tripulado e retornaram com segurança ao aeródromo de sua base”, disseram autoridades em uma declaração.

Em Washington, o embaixador russo nos EUA foi convocado pelo Departamento de Estado. Ned Price, porta-voz do departamento, disse a repórteres que Lynne M. Tracy, embaixadora dos EUA na Rússia, transmitiu as “fortes objeções” do governo Biden ao Ministério das Relações Exteriores de Moscou.

Nada havia sido recuperado do drone no local do acidente até esta quarta-feira.

Um caça russo colidiu com um drone de vigilância dos Estados Unidos sobre o Mar Negro na terça-feira, forçando-o a cair em águas internacionais, de acordo com militares americanos. O pessoal da Força Aérea que opera remotamente o drone, chamado MQ-9 Reaper, o derrubou depois que Su-27s russos despejaram combustível na aeronave e um deles colidiu com a hélice do Reaper, segundo as autoridades americanas.

A Rússia negou responsabilidade no episódio, dizendo que sua aeronave não entrou em contato com o drone americano. Acredita-se que o incidente seja o primeiro confronto direto entre EUA e Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, no ano passado.

Saiba mais sobre o drone conhecido como Reaper:

O que é o MQ-9 Reaper, quanto custa e qual é a sua função principal?

O Reaper é usado pela Força Aérea dos EUA para coletar inteligência e conduzir missões de vigilância, busca e resgate e ataques de precisão em alvos de alto valor e sensíveis ao tempo, de acordo com um informativo oficial.

Os drones realizaram missões no Iraque, no Afeganistão e na Síria, entre outros países, e são operados remotamente por uma equipe de 2 das 20 bases em 17 Estados americanos. Uma comanda a missão e controla o drone, enquanto a outra opera sensores e guia as armas.

A aeronave também pode conter até oito mísseis guiados por laser, 16 mísseis Hellfire e até 1.300 libras de combustível. Isso permite que ele permaneça no ar por 1,85 mil km e voe a até 50 mil pés. Em 2018, os MQ-9 Reapers voaram um total de 325 mil horas.

A Força Aérea contratou a General Atomics para construir mais de 360 Reapers desde que o programa começou em 2007. Um único drone Reaper custa cerca de US$ 30 milhões (cerca de R$ 158 milhões) hoje, de acordo com um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso divulgado no ano passado.

O drone tem 11 metros de comprimento e uma envergadura de 20 metros e uma carga útil de 1,7 mil kg. O MQ-9 é uma versão atualizada do MQ-1 Predator, que foi introduzido na década de 90. O Reaper tem um motor cerca de oito vezes mais potente e tem 4 metros a mais com uma envergadura de quase 5 metros a mais do que seu antecessor. O drone atualizado também possui sensores e câmeras infravermelhos e um telêmetro a laser para localizar alvos.

Na designação do Departamento de Defesa, o “M” significa multifunção, o “Q” significa que é um sistema de aeronave pilotada remotamente e o “9″ mostra que é o nono na série de aeronaves pilotadas remotamente.

O que o drone estava fazendo quando foi derrubado?

“A aeronave estava realizando operações de rotina no espaço aéreo internacional” quando foi atingida pelo caça russo SU-27, disse o general James B. Hecker, um oficial militar sênior que supervisiona as operações da Força Aérea na região, em um comunicado. “Na verdade, esse ato inseguro e pouco profissional dos russos quase causou a queda de ambas as aeronaves.”

Um comunicado de imprensa do Comando Europeu dos EUA disse que o incidente é o mais recente de um “padrão de ações perigosas de pilotos russos ao interagir com aeronaves americanas e aliadas” sobre o Mar Negro.

“Isso não é novo”, disse Philip Breedlove, general aposentado da Força Aérea e ex-comandante supremo aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os confrontos russos e americanos no Mar Negro “estão acontecendo há algum tempo. Costumava acontecer quase rotineiramente”.

Imagem divulgada pela Força Aérea americana do um drone MQ-9 Reaper, semelhante ao derrubado no Mar Negro  Foto: U.S. Air Force via The New York Times - Agosto de 2020

Não ficou imediatamente claro onde ocorreu o incidente no Mar Negro ou qual missão o drone estava conduzindo. Oficiais militares dos EUA também não especificaram quais outras ações recentes de pilotos russos se encaixam no padrão de atividade perigosa que eles descreveram.

Um porta-voz do Pentágono, general de brigada Patrick Ryder, disse aos repórteres que os dois caças Su-27 foram vistos pela primeira vez perto do MQ-9 cerca de 30 a 40 minutos antes de os pilotos americanos derrubarem o Reaper. Ele se recusou a dizer se o drone estava armado, qual era sua missão ou onde no Mar Negro ele caiu.

Não está claro quando ou se o vídeo do incidente será divulgado publicamente. Ele deve primeiro passar por um processo de desclassificação.

Quais são as implicações?

Breedlove disse que, embora ainda não haja evidências de que a colisão foi deliberada, a derrubada intencional de um drone dos EUA teria consequências potencialmente preocupantes.

Os EUA e a Otan, embora armando a Ucrânia e fornecendo inteligência regular a Kiev, dizem que não têm envolvimento direto na guerra. Moscou caracterizou essas ações como uma tentativa ocidental de destruir a Rússia.

“Isso pode ser tão simples quanto falta de habilidade de pilotagem, falta de profissionalismo”, disse Breedlove.

O Comando Europeu dos EUA declarou em um comunicado à imprensa que as ações da tripulação russa podem causar “escalada não intencional”.

Os EUA e seus aliados planejam continuar operando no espaço aéreo internacional, acrescentou Hecker, oficial sênior da Força Aérea.

O Ministério da Defesa da Rússia negou ter atingido o MQ-9, alegando que os pilotos russos observaram o drone em “voo descontrolado” antes de cair no mar.

Embaixador russo, Anatoly Antonov, deixa Departamento de Estado em Washington após reunião para tratar de incidente envolvendo drone americano  Foto: Patrick Semansky/AP - 15/3/2023

“Os caças russos não usaram armas aerotransportadas, não entraram em contato com o veículo aéreo não tripulado e retornaram com segurança ao aeródromo de sua base”, disseram autoridades em uma declaração.

Em Washington, o embaixador russo nos EUA foi convocado pelo Departamento de Estado. Ned Price, porta-voz do departamento, disse a repórteres que Lynne M. Tracy, embaixadora dos EUA na Rússia, transmitiu as “fortes objeções” do governo Biden ao Ministério das Relações Exteriores de Moscou.

Nada havia sido recuperado do drone no local do acidente até esta quarta-feira.

Um caça russo colidiu com um drone de vigilância dos Estados Unidos sobre o Mar Negro na terça-feira, forçando-o a cair em águas internacionais, de acordo com militares americanos. O pessoal da Força Aérea que opera remotamente o drone, chamado MQ-9 Reaper, o derrubou depois que Su-27s russos despejaram combustível na aeronave e um deles colidiu com a hélice do Reaper, segundo as autoridades americanas.

A Rússia negou responsabilidade no episódio, dizendo que sua aeronave não entrou em contato com o drone americano. Acredita-se que o incidente seja o primeiro confronto direto entre EUA e Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, no ano passado.

Saiba mais sobre o drone conhecido como Reaper:

O que é o MQ-9 Reaper, quanto custa e qual é a sua função principal?

O Reaper é usado pela Força Aérea dos EUA para coletar inteligência e conduzir missões de vigilância, busca e resgate e ataques de precisão em alvos de alto valor e sensíveis ao tempo, de acordo com um informativo oficial.

Os drones realizaram missões no Iraque, no Afeganistão e na Síria, entre outros países, e são operados remotamente por uma equipe de 2 das 20 bases em 17 Estados americanos. Uma comanda a missão e controla o drone, enquanto a outra opera sensores e guia as armas.

A aeronave também pode conter até oito mísseis guiados por laser, 16 mísseis Hellfire e até 1.300 libras de combustível. Isso permite que ele permaneça no ar por 1,85 mil km e voe a até 50 mil pés. Em 2018, os MQ-9 Reapers voaram um total de 325 mil horas.

A Força Aérea contratou a General Atomics para construir mais de 360 Reapers desde que o programa começou em 2007. Um único drone Reaper custa cerca de US$ 30 milhões (cerca de R$ 158 milhões) hoje, de acordo com um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso divulgado no ano passado.

O drone tem 11 metros de comprimento e uma envergadura de 20 metros e uma carga útil de 1,7 mil kg. O MQ-9 é uma versão atualizada do MQ-1 Predator, que foi introduzido na década de 90. O Reaper tem um motor cerca de oito vezes mais potente e tem 4 metros a mais com uma envergadura de quase 5 metros a mais do que seu antecessor. O drone atualizado também possui sensores e câmeras infravermelhos e um telêmetro a laser para localizar alvos.

Na designação do Departamento de Defesa, o “M” significa multifunção, o “Q” significa que é um sistema de aeronave pilotada remotamente e o “9″ mostra que é o nono na série de aeronaves pilotadas remotamente.

O que o drone estava fazendo quando foi derrubado?

“A aeronave estava realizando operações de rotina no espaço aéreo internacional” quando foi atingida pelo caça russo SU-27, disse o general James B. Hecker, um oficial militar sênior que supervisiona as operações da Força Aérea na região, em um comunicado. “Na verdade, esse ato inseguro e pouco profissional dos russos quase causou a queda de ambas as aeronaves.”

Um comunicado de imprensa do Comando Europeu dos EUA disse que o incidente é o mais recente de um “padrão de ações perigosas de pilotos russos ao interagir com aeronaves americanas e aliadas” sobre o Mar Negro.

“Isso não é novo”, disse Philip Breedlove, general aposentado da Força Aérea e ex-comandante supremo aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os confrontos russos e americanos no Mar Negro “estão acontecendo há algum tempo. Costumava acontecer quase rotineiramente”.

Imagem divulgada pela Força Aérea americana do um drone MQ-9 Reaper, semelhante ao derrubado no Mar Negro  Foto: U.S. Air Force via The New York Times - Agosto de 2020

Não ficou imediatamente claro onde ocorreu o incidente no Mar Negro ou qual missão o drone estava conduzindo. Oficiais militares dos EUA também não especificaram quais outras ações recentes de pilotos russos se encaixam no padrão de atividade perigosa que eles descreveram.

Um porta-voz do Pentágono, general de brigada Patrick Ryder, disse aos repórteres que os dois caças Su-27 foram vistos pela primeira vez perto do MQ-9 cerca de 30 a 40 minutos antes de os pilotos americanos derrubarem o Reaper. Ele se recusou a dizer se o drone estava armado, qual era sua missão ou onde no Mar Negro ele caiu.

Não está claro quando ou se o vídeo do incidente será divulgado publicamente. Ele deve primeiro passar por um processo de desclassificação.

Quais são as implicações?

Breedlove disse que, embora ainda não haja evidências de que a colisão foi deliberada, a derrubada intencional de um drone dos EUA teria consequências potencialmente preocupantes.

Os EUA e a Otan, embora armando a Ucrânia e fornecendo inteligência regular a Kiev, dizem que não têm envolvimento direto na guerra. Moscou caracterizou essas ações como uma tentativa ocidental de destruir a Rússia.

“Isso pode ser tão simples quanto falta de habilidade de pilotagem, falta de profissionalismo”, disse Breedlove.

O Comando Europeu dos EUA declarou em um comunicado à imprensa que as ações da tripulação russa podem causar “escalada não intencional”.

Os EUA e seus aliados planejam continuar operando no espaço aéreo internacional, acrescentou Hecker, oficial sênior da Força Aérea.

O Ministério da Defesa da Rússia negou ter atingido o MQ-9, alegando que os pilotos russos observaram o drone em “voo descontrolado” antes de cair no mar.

Embaixador russo, Anatoly Antonov, deixa Departamento de Estado em Washington após reunião para tratar de incidente envolvendo drone americano  Foto: Patrick Semansky/AP - 15/3/2023

“Os caças russos não usaram armas aerotransportadas, não entraram em contato com o veículo aéreo não tripulado e retornaram com segurança ao aeródromo de sua base”, disseram autoridades em uma declaração.

Em Washington, o embaixador russo nos EUA foi convocado pelo Departamento de Estado. Ned Price, porta-voz do departamento, disse a repórteres que Lynne M. Tracy, embaixadora dos EUA na Rússia, transmitiu as “fortes objeções” do governo Biden ao Ministério das Relações Exteriores de Moscou.

Nada havia sido recuperado do drone no local do acidente até esta quarta-feira.

Um caça russo colidiu com um drone de vigilância dos Estados Unidos sobre o Mar Negro na terça-feira, forçando-o a cair em águas internacionais, de acordo com militares americanos. O pessoal da Força Aérea que opera remotamente o drone, chamado MQ-9 Reaper, o derrubou depois que Su-27s russos despejaram combustível na aeronave e um deles colidiu com a hélice do Reaper, segundo as autoridades americanas.

A Rússia negou responsabilidade no episódio, dizendo que sua aeronave não entrou em contato com o drone americano. Acredita-se que o incidente seja o primeiro confronto direto entre EUA e Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, no ano passado.

Saiba mais sobre o drone conhecido como Reaper:

O que é o MQ-9 Reaper, quanto custa e qual é a sua função principal?

O Reaper é usado pela Força Aérea dos EUA para coletar inteligência e conduzir missões de vigilância, busca e resgate e ataques de precisão em alvos de alto valor e sensíveis ao tempo, de acordo com um informativo oficial.

Os drones realizaram missões no Iraque, no Afeganistão e na Síria, entre outros países, e são operados remotamente por uma equipe de 2 das 20 bases em 17 Estados americanos. Uma comanda a missão e controla o drone, enquanto a outra opera sensores e guia as armas.

A aeronave também pode conter até oito mísseis guiados por laser, 16 mísseis Hellfire e até 1.300 libras de combustível. Isso permite que ele permaneça no ar por 1,85 mil km e voe a até 50 mil pés. Em 2018, os MQ-9 Reapers voaram um total de 325 mil horas.

A Força Aérea contratou a General Atomics para construir mais de 360 Reapers desde que o programa começou em 2007. Um único drone Reaper custa cerca de US$ 30 milhões (cerca de R$ 158 milhões) hoje, de acordo com um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso divulgado no ano passado.

O drone tem 11 metros de comprimento e uma envergadura de 20 metros e uma carga útil de 1,7 mil kg. O MQ-9 é uma versão atualizada do MQ-1 Predator, que foi introduzido na década de 90. O Reaper tem um motor cerca de oito vezes mais potente e tem 4 metros a mais com uma envergadura de quase 5 metros a mais do que seu antecessor. O drone atualizado também possui sensores e câmeras infravermelhos e um telêmetro a laser para localizar alvos.

Na designação do Departamento de Defesa, o “M” significa multifunção, o “Q” significa que é um sistema de aeronave pilotada remotamente e o “9″ mostra que é o nono na série de aeronaves pilotadas remotamente.

O que o drone estava fazendo quando foi derrubado?

“A aeronave estava realizando operações de rotina no espaço aéreo internacional” quando foi atingida pelo caça russo SU-27, disse o general James B. Hecker, um oficial militar sênior que supervisiona as operações da Força Aérea na região, em um comunicado. “Na verdade, esse ato inseguro e pouco profissional dos russos quase causou a queda de ambas as aeronaves.”

Um comunicado de imprensa do Comando Europeu dos EUA disse que o incidente é o mais recente de um “padrão de ações perigosas de pilotos russos ao interagir com aeronaves americanas e aliadas” sobre o Mar Negro.

“Isso não é novo”, disse Philip Breedlove, general aposentado da Força Aérea e ex-comandante supremo aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os confrontos russos e americanos no Mar Negro “estão acontecendo há algum tempo. Costumava acontecer quase rotineiramente”.

Imagem divulgada pela Força Aérea americana do um drone MQ-9 Reaper, semelhante ao derrubado no Mar Negro  Foto: U.S. Air Force via The New York Times - Agosto de 2020

Não ficou imediatamente claro onde ocorreu o incidente no Mar Negro ou qual missão o drone estava conduzindo. Oficiais militares dos EUA também não especificaram quais outras ações recentes de pilotos russos se encaixam no padrão de atividade perigosa que eles descreveram.

Um porta-voz do Pentágono, general de brigada Patrick Ryder, disse aos repórteres que os dois caças Su-27 foram vistos pela primeira vez perto do MQ-9 cerca de 30 a 40 minutos antes de os pilotos americanos derrubarem o Reaper. Ele se recusou a dizer se o drone estava armado, qual era sua missão ou onde no Mar Negro ele caiu.

Não está claro quando ou se o vídeo do incidente será divulgado publicamente. Ele deve primeiro passar por um processo de desclassificação.

Quais são as implicações?

Breedlove disse que, embora ainda não haja evidências de que a colisão foi deliberada, a derrubada intencional de um drone dos EUA teria consequências potencialmente preocupantes.

Os EUA e a Otan, embora armando a Ucrânia e fornecendo inteligência regular a Kiev, dizem que não têm envolvimento direto na guerra. Moscou caracterizou essas ações como uma tentativa ocidental de destruir a Rússia.

“Isso pode ser tão simples quanto falta de habilidade de pilotagem, falta de profissionalismo”, disse Breedlove.

O Comando Europeu dos EUA declarou em um comunicado à imprensa que as ações da tripulação russa podem causar “escalada não intencional”.

Os EUA e seus aliados planejam continuar operando no espaço aéreo internacional, acrescentou Hecker, oficial sênior da Força Aérea.

O Ministério da Defesa da Rússia negou ter atingido o MQ-9, alegando que os pilotos russos observaram o drone em “voo descontrolado” antes de cair no mar.

Embaixador russo, Anatoly Antonov, deixa Departamento de Estado em Washington após reunião para tratar de incidente envolvendo drone americano  Foto: Patrick Semansky/AP - 15/3/2023

“Os caças russos não usaram armas aerotransportadas, não entraram em contato com o veículo aéreo não tripulado e retornaram com segurança ao aeródromo de sua base”, disseram autoridades em uma declaração.

Em Washington, o embaixador russo nos EUA foi convocado pelo Departamento de Estado. Ned Price, porta-voz do departamento, disse a repórteres que Lynne M. Tracy, embaixadora dos EUA na Rússia, transmitiu as “fortes objeções” do governo Biden ao Ministério das Relações Exteriores de Moscou.

Nada havia sido recuperado do drone no local do acidente até esta quarta-feira.

Um caça russo colidiu com um drone de vigilância dos Estados Unidos sobre o Mar Negro na terça-feira, forçando-o a cair em águas internacionais, de acordo com militares americanos. O pessoal da Força Aérea que opera remotamente o drone, chamado MQ-9 Reaper, o derrubou depois que Su-27s russos despejaram combustível na aeronave e um deles colidiu com a hélice do Reaper, segundo as autoridades americanas.

A Rússia negou responsabilidade no episódio, dizendo que sua aeronave não entrou em contato com o drone americano. Acredita-se que o incidente seja o primeiro confronto direto entre EUA e Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, no ano passado.

Saiba mais sobre o drone conhecido como Reaper:

O que é o MQ-9 Reaper, quanto custa e qual é a sua função principal?

O Reaper é usado pela Força Aérea dos EUA para coletar inteligência e conduzir missões de vigilância, busca e resgate e ataques de precisão em alvos de alto valor e sensíveis ao tempo, de acordo com um informativo oficial.

Os drones realizaram missões no Iraque, no Afeganistão e na Síria, entre outros países, e são operados remotamente por uma equipe de 2 das 20 bases em 17 Estados americanos. Uma comanda a missão e controla o drone, enquanto a outra opera sensores e guia as armas.

A aeronave também pode conter até oito mísseis guiados por laser, 16 mísseis Hellfire e até 1.300 libras de combustível. Isso permite que ele permaneça no ar por 1,85 mil km e voe a até 50 mil pés. Em 2018, os MQ-9 Reapers voaram um total de 325 mil horas.

A Força Aérea contratou a General Atomics para construir mais de 360 Reapers desde que o programa começou em 2007. Um único drone Reaper custa cerca de US$ 30 milhões (cerca de R$ 158 milhões) hoje, de acordo com um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso divulgado no ano passado.

O drone tem 11 metros de comprimento e uma envergadura de 20 metros e uma carga útil de 1,7 mil kg. O MQ-9 é uma versão atualizada do MQ-1 Predator, que foi introduzido na década de 90. O Reaper tem um motor cerca de oito vezes mais potente e tem 4 metros a mais com uma envergadura de quase 5 metros a mais do que seu antecessor. O drone atualizado também possui sensores e câmeras infravermelhos e um telêmetro a laser para localizar alvos.

Na designação do Departamento de Defesa, o “M” significa multifunção, o “Q” significa que é um sistema de aeronave pilotada remotamente e o “9″ mostra que é o nono na série de aeronaves pilotadas remotamente.

O que o drone estava fazendo quando foi derrubado?

“A aeronave estava realizando operações de rotina no espaço aéreo internacional” quando foi atingida pelo caça russo SU-27, disse o general James B. Hecker, um oficial militar sênior que supervisiona as operações da Força Aérea na região, em um comunicado. “Na verdade, esse ato inseguro e pouco profissional dos russos quase causou a queda de ambas as aeronaves.”

Um comunicado de imprensa do Comando Europeu dos EUA disse que o incidente é o mais recente de um “padrão de ações perigosas de pilotos russos ao interagir com aeronaves americanas e aliadas” sobre o Mar Negro.

“Isso não é novo”, disse Philip Breedlove, general aposentado da Força Aérea e ex-comandante supremo aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os confrontos russos e americanos no Mar Negro “estão acontecendo há algum tempo. Costumava acontecer quase rotineiramente”.

Imagem divulgada pela Força Aérea americana do um drone MQ-9 Reaper, semelhante ao derrubado no Mar Negro  Foto: U.S. Air Force via The New York Times - Agosto de 2020

Não ficou imediatamente claro onde ocorreu o incidente no Mar Negro ou qual missão o drone estava conduzindo. Oficiais militares dos EUA também não especificaram quais outras ações recentes de pilotos russos se encaixam no padrão de atividade perigosa que eles descreveram.

Um porta-voz do Pentágono, general de brigada Patrick Ryder, disse aos repórteres que os dois caças Su-27 foram vistos pela primeira vez perto do MQ-9 cerca de 30 a 40 minutos antes de os pilotos americanos derrubarem o Reaper. Ele se recusou a dizer se o drone estava armado, qual era sua missão ou onde no Mar Negro ele caiu.

Não está claro quando ou se o vídeo do incidente será divulgado publicamente. Ele deve primeiro passar por um processo de desclassificação.

Quais são as implicações?

Breedlove disse que, embora ainda não haja evidências de que a colisão foi deliberada, a derrubada intencional de um drone dos EUA teria consequências potencialmente preocupantes.

Os EUA e a Otan, embora armando a Ucrânia e fornecendo inteligência regular a Kiev, dizem que não têm envolvimento direto na guerra. Moscou caracterizou essas ações como uma tentativa ocidental de destruir a Rússia.

“Isso pode ser tão simples quanto falta de habilidade de pilotagem, falta de profissionalismo”, disse Breedlove.

O Comando Europeu dos EUA declarou em um comunicado à imprensa que as ações da tripulação russa podem causar “escalada não intencional”.

Os EUA e seus aliados planejam continuar operando no espaço aéreo internacional, acrescentou Hecker, oficial sênior da Força Aérea.

O Ministério da Defesa da Rússia negou ter atingido o MQ-9, alegando que os pilotos russos observaram o drone em “voo descontrolado” antes de cair no mar.

Embaixador russo, Anatoly Antonov, deixa Departamento de Estado em Washington após reunião para tratar de incidente envolvendo drone americano  Foto: Patrick Semansky/AP - 15/3/2023

“Os caças russos não usaram armas aerotransportadas, não entraram em contato com o veículo aéreo não tripulado e retornaram com segurança ao aeródromo de sua base”, disseram autoridades em uma declaração.

Em Washington, o embaixador russo nos EUA foi convocado pelo Departamento de Estado. Ned Price, porta-voz do departamento, disse a repórteres que Lynne M. Tracy, embaixadora dos EUA na Rússia, transmitiu as “fortes objeções” do governo Biden ao Ministério das Relações Exteriores de Moscou.

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