O que se sabe sobre a morte de palestinos perto do comboio de ajuda humanitária em Gaza


Autoridades locais acusam Israel de abrir fogo contra civis; Tel-Aviv admite que suas tropas atiraram, mas atribui número de mortes à confusão

Por Leanne Abraham, Lazaro Gamio, Elena Shao, Aric Toler e Haley Willis
Atualização:

THE NEW YORK TIMES - As autoridades de Gaza afirmaram que mais de 100 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas em uma cena caótica na madrugada de quinta-feira, na cidade de Gaza, onde uma multidão se reuniu em torno do comboio de caminhões que transportavam ajuda, e que o exército israelense abriu fogo.

Imagens de drone divulgadas pelo Exército israelense mostram centenas de pessoas circulando ao redor dos caminhões ao longo da estrada costeira Al-Rashid, e um vídeo postado nas redes sociais inclui áudio de tiros disparados perto de civis.

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As autoridades de Gaza e Israel deram versões diferentes do ocorrido: o Ministério da Saúde de Gaza (que é controlado pelo Hamas) afirmou em comunicado que muitas pessoas haviam sido levadas para hospitais com ferimentos à bala e haviam sido mortas ou feridas em um “massacre”, enquanto autoridades israelenses disseram que a maioria tinha sido morta ou ferida em um tumulto ou após ser atropelada por caminhões.

Um médico de Gaza disse que viu dezenas de mortos e feridos à bala na rua, além dos corpos de pessoas que pareciam ter sido pisoteadas ou atingidas por caminhões de ajuda.

O Exército israelense divulgou um vídeo de drone, que afirma mostrar o tumulto no qual os palestinos foram pisoteados, mas a qualidade e o tamanho das imagens tornam difícil confirmar essas afirmações, adicionando confusão à sequência de eventos que levaram às mortes.

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O vídeo, que não inclui áudio, foi editado pelo Exército israelense com vários trechos juntos, deixando de fora um momento-chave antes que muitos na multidão começassem a fugir dos caminhões, com algumas pessoas se arrastando atrás de muros, aparentemente buscando abrigo.

Após um corte no vídeo de drone, pelo menos uma dúzia de corpos são visíveis no chão; não está claro se as pessoas estão feridas ou mortas. Um pequeno número de pessoas pode ter sido atingido por caminhões de ajuda durante o pânico, e dois veículos militares israelenses também são visíveis no local.

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Um vídeo separado, divulgado pela Al Jazeera, da multidão perto do comboio de ajuda captura o som de tiros e mostra múltiplos projéteis luminosos, vindos do sudoeste, onde está localizada uma base militar israelense. Os dois tanques visíveis no vídeo do drone estavam posicionados na Al-Rashid, cerca de 250 metros da base.

O Exército israelense reconheceu que os soldados abriram fogo, afirmando que foi “somente diante do perigo quando a multidão se movimentou de maneira que os colocava em perigo”.

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Outro vídeo, capturado várias horas depois e postado no Instagram, mostra pelo menos uma dúzia de pessoas feridas em cima de um caminhão.

Palestinos feridos e mortos foram transportados para vários hospitais no norte de Gaza, incluindo o Hospital Al-Shifa, o Hospital Kamal Adwan e o Hospital Árabe Al-Ahli, de acordo com autoridades. O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que o Al-Shifa e outros hospitais no norte de Gaza sofreram danos extensos desde o início da guerra e agora estão funcionando precariamente devido à escassez de combustível e suprimentos.

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A ONU recentemente alertou que a fome é iminente para mais de meio milhão de residentes de Gaza e que uma em cada seis crianças com menos de dois anos no norte do enclave está sofrendo de desnutrição aguda. O Ministério da Saúde de Gaza disse na quarta-feira que pelo menos seis crianças no território morreram de desidratação e desnutrição.

Palestinos aguardam caminhões de ajuda humanitária na Faixa de Gaza  Foto: Haitham Imad/EFE

A entrega de ajuda humanitária a Gaza diminuiu, já que as Nações Unidas e outras agências de ajuda têm tido dificuldade para fornecer até pequenas quantidades de alimentos e suprimentos em meio às restrições de entrada israelenses, ataques aéreos e a invasão terrestre. A entrega de ajuda também foi prejudicada pelo colapso da ordem civil, à medida que pessoas cada vez mais desesperados convergem para os comboios antes que os caminhões possam chegar aos centros de distribuição.

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Diante do drama humanitário, neste sábado, 2, os Estados Unidos usaram aviões pela primeira vez para lançar ajuda a Gaza, como já tem feito países como Jordânia, Egito e França.

O presidente americano, Joe Biden, disse que a perda de vidas no episódio do comboio de ajuda poderia colocar em risco os esforços para negociar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. No início desta semana, ele havia afirmado que esperava que um acordo pudesse ser alcançado até segunda-feira, mas já admitiu que esse prazo não deve ser alcançado.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

THE NEW YORK TIMES - As autoridades de Gaza afirmaram que mais de 100 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas em uma cena caótica na madrugada de quinta-feira, na cidade de Gaza, onde uma multidão se reuniu em torno do comboio de caminhões que transportavam ajuda, e que o exército israelense abriu fogo.

Imagens de drone divulgadas pelo Exército israelense mostram centenas de pessoas circulando ao redor dos caminhões ao longo da estrada costeira Al-Rashid, e um vídeo postado nas redes sociais inclui áudio de tiros disparados perto de civis.

As autoridades de Gaza e Israel deram versões diferentes do ocorrido: o Ministério da Saúde de Gaza (que é controlado pelo Hamas) afirmou em comunicado que muitas pessoas haviam sido levadas para hospitais com ferimentos à bala e haviam sido mortas ou feridas em um “massacre”, enquanto autoridades israelenses disseram que a maioria tinha sido morta ou ferida em um tumulto ou após ser atropelada por caminhões.

Um médico de Gaza disse que viu dezenas de mortos e feridos à bala na rua, além dos corpos de pessoas que pareciam ter sido pisoteadas ou atingidas por caminhões de ajuda.

O Exército israelense divulgou um vídeo de drone, que afirma mostrar o tumulto no qual os palestinos foram pisoteados, mas a qualidade e o tamanho das imagens tornam difícil confirmar essas afirmações, adicionando confusão à sequência de eventos que levaram às mortes.

O vídeo, que não inclui áudio, foi editado pelo Exército israelense com vários trechos juntos, deixando de fora um momento-chave antes que muitos na multidão começassem a fugir dos caminhões, com algumas pessoas se arrastando atrás de muros, aparentemente buscando abrigo.

Após um corte no vídeo de drone, pelo menos uma dúzia de corpos são visíveis no chão; não está claro se as pessoas estão feridas ou mortas. Um pequeno número de pessoas pode ter sido atingido por caminhões de ajuda durante o pânico, e dois veículos militares israelenses também são visíveis no local.

Um vídeo separado, divulgado pela Al Jazeera, da multidão perto do comboio de ajuda captura o som de tiros e mostra múltiplos projéteis luminosos, vindos do sudoeste, onde está localizada uma base militar israelense. Os dois tanques visíveis no vídeo do drone estavam posicionados na Al-Rashid, cerca de 250 metros da base.

O Exército israelense reconheceu que os soldados abriram fogo, afirmando que foi “somente diante do perigo quando a multidão se movimentou de maneira que os colocava em perigo”.

Outro vídeo, capturado várias horas depois e postado no Instagram, mostra pelo menos uma dúzia de pessoas feridas em cima de um caminhão.

Palestinos feridos e mortos foram transportados para vários hospitais no norte de Gaza, incluindo o Hospital Al-Shifa, o Hospital Kamal Adwan e o Hospital Árabe Al-Ahli, de acordo com autoridades. O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que o Al-Shifa e outros hospitais no norte de Gaza sofreram danos extensos desde o início da guerra e agora estão funcionando precariamente devido à escassez de combustível e suprimentos.

A ONU recentemente alertou que a fome é iminente para mais de meio milhão de residentes de Gaza e que uma em cada seis crianças com menos de dois anos no norte do enclave está sofrendo de desnutrição aguda. O Ministério da Saúde de Gaza disse na quarta-feira que pelo menos seis crianças no território morreram de desidratação e desnutrição.

Palestinos aguardam caminhões de ajuda humanitária na Faixa de Gaza  Foto: Haitham Imad/EFE

A entrega de ajuda humanitária a Gaza diminuiu, já que as Nações Unidas e outras agências de ajuda têm tido dificuldade para fornecer até pequenas quantidades de alimentos e suprimentos em meio às restrições de entrada israelenses, ataques aéreos e a invasão terrestre. A entrega de ajuda também foi prejudicada pelo colapso da ordem civil, à medida que pessoas cada vez mais desesperados convergem para os comboios antes que os caminhões possam chegar aos centros de distribuição.

Diante do drama humanitário, neste sábado, 2, os Estados Unidos usaram aviões pela primeira vez para lançar ajuda a Gaza, como já tem feito países como Jordânia, Egito e França.

O presidente americano, Joe Biden, disse que a perda de vidas no episódio do comboio de ajuda poderia colocar em risco os esforços para negociar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. No início desta semana, ele havia afirmado que esperava que um acordo pudesse ser alcançado até segunda-feira, mas já admitiu que esse prazo não deve ser alcançado.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

THE NEW YORK TIMES - As autoridades de Gaza afirmaram que mais de 100 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas em uma cena caótica na madrugada de quinta-feira, na cidade de Gaza, onde uma multidão se reuniu em torno do comboio de caminhões que transportavam ajuda, e que o exército israelense abriu fogo.

Imagens de drone divulgadas pelo Exército israelense mostram centenas de pessoas circulando ao redor dos caminhões ao longo da estrada costeira Al-Rashid, e um vídeo postado nas redes sociais inclui áudio de tiros disparados perto de civis.

As autoridades de Gaza e Israel deram versões diferentes do ocorrido: o Ministério da Saúde de Gaza (que é controlado pelo Hamas) afirmou em comunicado que muitas pessoas haviam sido levadas para hospitais com ferimentos à bala e haviam sido mortas ou feridas em um “massacre”, enquanto autoridades israelenses disseram que a maioria tinha sido morta ou ferida em um tumulto ou após ser atropelada por caminhões.

Um médico de Gaza disse que viu dezenas de mortos e feridos à bala na rua, além dos corpos de pessoas que pareciam ter sido pisoteadas ou atingidas por caminhões de ajuda.

O Exército israelense divulgou um vídeo de drone, que afirma mostrar o tumulto no qual os palestinos foram pisoteados, mas a qualidade e o tamanho das imagens tornam difícil confirmar essas afirmações, adicionando confusão à sequência de eventos que levaram às mortes.

O vídeo, que não inclui áudio, foi editado pelo Exército israelense com vários trechos juntos, deixando de fora um momento-chave antes que muitos na multidão começassem a fugir dos caminhões, com algumas pessoas se arrastando atrás de muros, aparentemente buscando abrigo.

Após um corte no vídeo de drone, pelo menos uma dúzia de corpos são visíveis no chão; não está claro se as pessoas estão feridas ou mortas. Um pequeno número de pessoas pode ter sido atingido por caminhões de ajuda durante o pânico, e dois veículos militares israelenses também são visíveis no local.

Um vídeo separado, divulgado pela Al Jazeera, da multidão perto do comboio de ajuda captura o som de tiros e mostra múltiplos projéteis luminosos, vindos do sudoeste, onde está localizada uma base militar israelense. Os dois tanques visíveis no vídeo do drone estavam posicionados na Al-Rashid, cerca de 250 metros da base.

O Exército israelense reconheceu que os soldados abriram fogo, afirmando que foi “somente diante do perigo quando a multidão se movimentou de maneira que os colocava em perigo”.

Outro vídeo, capturado várias horas depois e postado no Instagram, mostra pelo menos uma dúzia de pessoas feridas em cima de um caminhão.

Palestinos feridos e mortos foram transportados para vários hospitais no norte de Gaza, incluindo o Hospital Al-Shifa, o Hospital Kamal Adwan e o Hospital Árabe Al-Ahli, de acordo com autoridades. O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que o Al-Shifa e outros hospitais no norte de Gaza sofreram danos extensos desde o início da guerra e agora estão funcionando precariamente devido à escassez de combustível e suprimentos.

A ONU recentemente alertou que a fome é iminente para mais de meio milhão de residentes de Gaza e que uma em cada seis crianças com menos de dois anos no norte do enclave está sofrendo de desnutrição aguda. O Ministério da Saúde de Gaza disse na quarta-feira que pelo menos seis crianças no território morreram de desidratação e desnutrição.

Palestinos aguardam caminhões de ajuda humanitária na Faixa de Gaza  Foto: Haitham Imad/EFE

A entrega de ajuda humanitária a Gaza diminuiu, já que as Nações Unidas e outras agências de ajuda têm tido dificuldade para fornecer até pequenas quantidades de alimentos e suprimentos em meio às restrições de entrada israelenses, ataques aéreos e a invasão terrestre. A entrega de ajuda também foi prejudicada pelo colapso da ordem civil, à medida que pessoas cada vez mais desesperados convergem para os comboios antes que os caminhões possam chegar aos centros de distribuição.

Diante do drama humanitário, neste sábado, 2, os Estados Unidos usaram aviões pela primeira vez para lançar ajuda a Gaza, como já tem feito países como Jordânia, Egito e França.

O presidente americano, Joe Biden, disse que a perda de vidas no episódio do comboio de ajuda poderia colocar em risco os esforços para negociar um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. No início desta semana, ele havia afirmado que esperava que um acordo pudesse ser alcançado até segunda-feira, mas já admitiu que esse prazo não deve ser alcançado.

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