Obama pressiona Vietnã por liberdade


Em discurso, líder americano diz que ainda há áreas que causam preocupação, horas após dissidentes com quem se reuniria serem presos

Por Redação

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cobrou nesta terça-feira do Vietnã o respeito às liberdades políticas, depois que críticos do governo comunista foram impedidos de encontrá-lo em Hanói – uma nota discordante em uma viagem que, de resto, foi marcada por um tom amigável entre os dois ex-inimigos.

Na segunda-feira, Obama anunciou que Washington suspenderá totalmente um embargo à venda de armas ao Vietnã, removendo o maior obstáculo que permanecia entre dois países, que se aproximaram pelo temor da escalada militar da China na região.

Obama visita a pagoda do Imperador de Jade em Cidade Ho Chi Minh Foto: JIM WATSON/AFP
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Críticos disseram que, ao retirar a proibição de venda de armas, um vestígio da Guerra do Vietnã, Washington colocou suas preocupações com a assertividade de Pequim no Mar do Sul da China em primeiro lugar e desistiu de pressionar para que Hanói melhore seu histórico de direitos humanos.

Um intelectual proeminente, Nguyen Quang A., de 69 anos, disse à Reuters que dez policiais foram à sua casa às 6h30 locais, confiscaram seu celular para que ele não pudesse se comunicar, e o levaram de carro para fora da capital até o momento em que Obama se preparava para partir.

Um advogado crítico do governo vietnamita também relatou ter sido impedido de participar de uma reunião que Obama teve com outros seis líderes da sociedade civil.

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Discursando mais tarde, Obama observou que vários ativistas foram impedidos de comparecer e disse que isso é um sinal de que, apesar de algumas reformas legais “modestas”, “ainda há gente que acha muito difícil se reunir e se organizar pacificamente para tratar de temas com os quais se preocupam profundamente”.

“Ainda existem áreas de preocupação significativa em termos de liberdade de expressão, liberdade de reunião, prestação de contas no que diz respeito ao governo”, afirmou, acrescentando mais tarde em discurso que defender os direitos humanos não é uma ameaça à estabilidade.

Ele acrescentou que os EUA não estavam tentando impor um sistema de governo no Vietnã, mas disse que alguns valores são universais.

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Quang A., um ex-empreendedor de tecnologia da informação, foi um dos mais de cem vietnamitas que tentaram concorrer como independentes na eleição da semana passada para o Parlamento, que é controlado rigidamente pelo Partido Comunista – quase todos foram barrados nas cédulas eleitorais.

O Ministério das Relações Exteriores do Vietnã não respondeu de imediato a um pedido de comentário. A Human Rights Watch estima que pelo menos 110 dissidentes políticos cumprem pena no Vietnã.

Em março, o blogueiro Nguyen Huu Vinh, de 60 anos, foi condenado a 5 anos de prisão por postar declarações contra o governo. Semanas antes da visita de Obama, a polícia deteve manifestantes que protestavam contra a mortandade de peixes na costa central, onde toneladas de animais boiavam perto de uma metalúrgica de propriedade de uma companhia taiwanesa. Vários manifestantes foram agredidos.

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Após seu discurso, enquanto Obama encontrava-se pela segunda vez em dois dias com o chef Anthony Bourdain, o líder americano era saudado por uma multidão. / REUTERS

Obama visita Vietnã

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Obama visita capital do Vietnã, Hanói

Foto: AFP PHOTO
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Obama visita capital do Vietnã, Hanói

Foto: REUTER/Luong Thai Linh
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Obama visita capital do Vietnã, Hanói

Foto: AP Photo/Carolyn Kaster
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Obama visita capital do Vietnã, Hanói

Foto: REUTERS/Carlos Barria
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Obama visita capital do Vietnã, Hanói

Foto: REUTERS/Hoang Dinh Nam
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Obama visita capital do Vietnã, Hanói

Foto: EFE
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Obama visita cidade de Ho Chi Minh

Foto: AP Photo/Carolyn Kaster
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Obama visita cidade de Ho Chi Minh

Foto: AP Photo/Carolyn Kaster
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Obama visita cidade de Ho Chi Minh

Foto: AP Photo/Carolyn Kaster

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cobrou nesta terça-feira do Vietnã o respeito às liberdades políticas, depois que críticos do governo comunista foram impedidos de encontrá-lo em Hanói – uma nota discordante em uma viagem que, de resto, foi marcada por um tom amigável entre os dois ex-inimigos.

Na segunda-feira, Obama anunciou que Washington suspenderá totalmente um embargo à venda de armas ao Vietnã, removendo o maior obstáculo que permanecia entre dois países, que se aproximaram pelo temor da escalada militar da China na região.

Obama visita a pagoda do Imperador de Jade em Cidade Ho Chi Minh Foto: JIM WATSON/AFP

Críticos disseram que, ao retirar a proibição de venda de armas, um vestígio da Guerra do Vietnã, Washington colocou suas preocupações com a assertividade de Pequim no Mar do Sul da China em primeiro lugar e desistiu de pressionar para que Hanói melhore seu histórico de direitos humanos.

Um intelectual proeminente, Nguyen Quang A., de 69 anos, disse à Reuters que dez policiais foram à sua casa às 6h30 locais, confiscaram seu celular para que ele não pudesse se comunicar, e o levaram de carro para fora da capital até o momento em que Obama se preparava para partir.

Um advogado crítico do governo vietnamita também relatou ter sido impedido de participar de uma reunião que Obama teve com outros seis líderes da sociedade civil.

Discursando mais tarde, Obama observou que vários ativistas foram impedidos de comparecer e disse que isso é um sinal de que, apesar de algumas reformas legais “modestas”, “ainda há gente que acha muito difícil se reunir e se organizar pacificamente para tratar de temas com os quais se preocupam profundamente”.

“Ainda existem áreas de preocupação significativa em termos de liberdade de expressão, liberdade de reunião, prestação de contas no que diz respeito ao governo”, afirmou, acrescentando mais tarde em discurso que defender os direitos humanos não é uma ameaça à estabilidade.

Ele acrescentou que os EUA não estavam tentando impor um sistema de governo no Vietnã, mas disse que alguns valores são universais.

Quang A., um ex-empreendedor de tecnologia da informação, foi um dos mais de cem vietnamitas que tentaram concorrer como independentes na eleição da semana passada para o Parlamento, que é controlado rigidamente pelo Partido Comunista – quase todos foram barrados nas cédulas eleitorais.

O Ministério das Relações Exteriores do Vietnã não respondeu de imediato a um pedido de comentário. A Human Rights Watch estima que pelo menos 110 dissidentes políticos cumprem pena no Vietnã.

Em março, o blogueiro Nguyen Huu Vinh, de 60 anos, foi condenado a 5 anos de prisão por postar declarações contra o governo. Semanas antes da visita de Obama, a polícia deteve manifestantes que protestavam contra a mortandade de peixes na costa central, onde toneladas de animais boiavam perto de uma metalúrgica de propriedade de uma companhia taiwanesa. Vários manifestantes foram agredidos.

Após seu discurso, enquanto Obama encontrava-se pela segunda vez em dois dias com o chef Anthony Bourdain, o líder americano era saudado por uma multidão. / REUTERS

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Foto: AP Photo/Carolyn Kaster
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Obama visita cidade de Ho Chi Minh

Foto: AP Photo/Carolyn Kaster

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cobrou nesta terça-feira do Vietnã o respeito às liberdades políticas, depois que críticos do governo comunista foram impedidos de encontrá-lo em Hanói – uma nota discordante em uma viagem que, de resto, foi marcada por um tom amigável entre os dois ex-inimigos.

Na segunda-feira, Obama anunciou que Washington suspenderá totalmente um embargo à venda de armas ao Vietnã, removendo o maior obstáculo que permanecia entre dois países, que se aproximaram pelo temor da escalada militar da China na região.

Obama visita a pagoda do Imperador de Jade em Cidade Ho Chi Minh Foto: JIM WATSON/AFP

Críticos disseram que, ao retirar a proibição de venda de armas, um vestígio da Guerra do Vietnã, Washington colocou suas preocupações com a assertividade de Pequim no Mar do Sul da China em primeiro lugar e desistiu de pressionar para que Hanói melhore seu histórico de direitos humanos.

Um intelectual proeminente, Nguyen Quang A., de 69 anos, disse à Reuters que dez policiais foram à sua casa às 6h30 locais, confiscaram seu celular para que ele não pudesse se comunicar, e o levaram de carro para fora da capital até o momento em que Obama se preparava para partir.

Um advogado crítico do governo vietnamita também relatou ter sido impedido de participar de uma reunião que Obama teve com outros seis líderes da sociedade civil.

Discursando mais tarde, Obama observou que vários ativistas foram impedidos de comparecer e disse que isso é um sinal de que, apesar de algumas reformas legais “modestas”, “ainda há gente que acha muito difícil se reunir e se organizar pacificamente para tratar de temas com os quais se preocupam profundamente”.

“Ainda existem áreas de preocupação significativa em termos de liberdade de expressão, liberdade de reunião, prestação de contas no que diz respeito ao governo”, afirmou, acrescentando mais tarde em discurso que defender os direitos humanos não é uma ameaça à estabilidade.

Ele acrescentou que os EUA não estavam tentando impor um sistema de governo no Vietnã, mas disse que alguns valores são universais.

Quang A., um ex-empreendedor de tecnologia da informação, foi um dos mais de cem vietnamitas que tentaram concorrer como independentes na eleição da semana passada para o Parlamento, que é controlado rigidamente pelo Partido Comunista – quase todos foram barrados nas cédulas eleitorais.

O Ministério das Relações Exteriores do Vietnã não respondeu de imediato a um pedido de comentário. A Human Rights Watch estima que pelo menos 110 dissidentes políticos cumprem pena no Vietnã.

Em março, o blogueiro Nguyen Huu Vinh, de 60 anos, foi condenado a 5 anos de prisão por postar declarações contra o governo. Semanas antes da visita de Obama, a polícia deteve manifestantes que protestavam contra a mortandade de peixes na costa central, onde toneladas de animais boiavam perto de uma metalúrgica de propriedade de uma companhia taiwanesa. Vários manifestantes foram agredidos.

Após seu discurso, enquanto Obama encontrava-se pela segunda vez em dois dias com o chef Anthony Bourdain, o líder americano era saudado por uma multidão. / REUTERS

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Obama visita cidade de Ho Chi Minh

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