Observadores internacionais da eleição na Venezuela pedem a Maduro acesso a atas das urnas


Desde a noite de ontem, a oposição, os Estados Unidos e países vizinhos cobram a liberação deste documentos para atestar o resultado da votação

Por Redação
Atualização:

ATLANTA, EUA - Um dos poucos centros de observação eleitoral permitidos pela ditadura chavista a operar na Venezuela, o Centro Carter pediu nesta segunda-feira, 29, a divulgação das atas eleitorais da votação de ontem pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Desde a noite de domingo, a oposição, os Estados Unidos e países vizinhos cobram a liberação deste documentos para atestar o resultado da votação. A crise pós-eleitoral se agravou depois de o CNE, controlado pelo chavismo, declarou Maduro o vencedor da eleição.

“O Centro Carter pede ao CNE que publique imediatamente os resultados da eleição presidencial no nível das seções eleitorais. A missão técnica do Centro Carter veio observar a eleição presidencial de 28 de julho a convite da CNE”, diz a nota do Centro Carter, fundado pelo ex-presidente americano Jimmy Carter. “As informações contidas nos formulários de resultados das seções eleitorais, conforme transmitidas ao CNE, são fundamentais para nossa avaliação e importantes para todos os venezuelanos.”

A oposição disse ter tido acesso a 40% das atas e elas indicam uma vitória de Edmundo Gonzalez com 70% dos votos. Uma pesquisa de boca de urna realizada pelo instituto americano Edinson, contratada pela oposição, deu a González 65% dos votos contra 31% de Maduro. Após o fechamento das urnas, nenhuma parcial foi divulgada até a madrugada de segunda-feira, quando o CNE informou que Maduro teria tido 55% dos votos.

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Militares protegem a sede do Conselho Nacional Eleitoral em Caracas Foto: Yuri Cortez/AFP

Pressão

O Brasil pediu publicamente a divulgação das atas e informou que esperaria o posicionamento do Centro Carter para se pronunciar de maneira mais assertiva sobre a votação. Chile e Argentina foram além e ameaçaram não reconhecer a eleição.

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O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, expressou “grave preocupação” com a possibilidade de que o resultado eleitoral anunciado na Venezuela não reflita a vontade do povo. Ele pediu uma apuração “justa e transparente” dos votos.

O candidato presidencial Edmundo González participa de um comício ao lado da líder da oposição, María Corina Machado, em Caracas, Venezuela  Foto: Gabriela Oraa/AFP

“Agora que a votação foi concluída, é de vital importância que cada voto seja contado de forma justa e transparente. Pedimos às autoridades eleitorais que publiquem a contagem detalhada dos votos (atas) para garantir a transparência e prestação de contas”, disse.

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A eleição foi marcada por constantes mudanças de regras e movimentações fraudulentas por parte do chavismo nas semanas que antecederam. Também houve problema durante o processo de totalização e apuração dos votos, quando a oposição acusou o CNE de paralisar a transmissão dos resultados.

ATLANTA, EUA - Um dos poucos centros de observação eleitoral permitidos pela ditadura chavista a operar na Venezuela, o Centro Carter pediu nesta segunda-feira, 29, a divulgação das atas eleitorais da votação de ontem pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Desde a noite de domingo, a oposição, os Estados Unidos e países vizinhos cobram a liberação deste documentos para atestar o resultado da votação. A crise pós-eleitoral se agravou depois de o CNE, controlado pelo chavismo, declarou Maduro o vencedor da eleição.

“O Centro Carter pede ao CNE que publique imediatamente os resultados da eleição presidencial no nível das seções eleitorais. A missão técnica do Centro Carter veio observar a eleição presidencial de 28 de julho a convite da CNE”, diz a nota do Centro Carter, fundado pelo ex-presidente americano Jimmy Carter. “As informações contidas nos formulários de resultados das seções eleitorais, conforme transmitidas ao CNE, são fundamentais para nossa avaliação e importantes para todos os venezuelanos.”

A oposição disse ter tido acesso a 40% das atas e elas indicam uma vitória de Edmundo Gonzalez com 70% dos votos. Uma pesquisa de boca de urna realizada pelo instituto americano Edinson, contratada pela oposição, deu a González 65% dos votos contra 31% de Maduro. Após o fechamento das urnas, nenhuma parcial foi divulgada até a madrugada de segunda-feira, quando o CNE informou que Maduro teria tido 55% dos votos.

Militares protegem a sede do Conselho Nacional Eleitoral em Caracas Foto: Yuri Cortez/AFP

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O Brasil pediu publicamente a divulgação das atas e informou que esperaria o posicionamento do Centro Carter para se pronunciar de maneira mais assertiva sobre a votação. Chile e Argentina foram além e ameaçaram não reconhecer a eleição.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, expressou “grave preocupação” com a possibilidade de que o resultado eleitoral anunciado na Venezuela não reflita a vontade do povo. Ele pediu uma apuração “justa e transparente” dos votos.

O candidato presidencial Edmundo González participa de um comício ao lado da líder da oposição, María Corina Machado, em Caracas, Venezuela  Foto: Gabriela Oraa/AFP

“Agora que a votação foi concluída, é de vital importância que cada voto seja contado de forma justa e transparente. Pedimos às autoridades eleitorais que publiquem a contagem detalhada dos votos (atas) para garantir a transparência e prestação de contas”, disse.

A eleição foi marcada por constantes mudanças de regras e movimentações fraudulentas por parte do chavismo nas semanas que antecederam. Também houve problema durante o processo de totalização e apuração dos votos, quando a oposição acusou o CNE de paralisar a transmissão dos resultados.

ATLANTA, EUA - Um dos poucos centros de observação eleitoral permitidos pela ditadura chavista a operar na Venezuela, o Centro Carter pediu nesta segunda-feira, 29, a divulgação das atas eleitorais da votação de ontem pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Desde a noite de domingo, a oposição, os Estados Unidos e países vizinhos cobram a liberação deste documentos para atestar o resultado da votação. A crise pós-eleitoral se agravou depois de o CNE, controlado pelo chavismo, declarou Maduro o vencedor da eleição.

“O Centro Carter pede ao CNE que publique imediatamente os resultados da eleição presidencial no nível das seções eleitorais. A missão técnica do Centro Carter veio observar a eleição presidencial de 28 de julho a convite da CNE”, diz a nota do Centro Carter, fundado pelo ex-presidente americano Jimmy Carter. “As informações contidas nos formulários de resultados das seções eleitorais, conforme transmitidas ao CNE, são fundamentais para nossa avaliação e importantes para todos os venezuelanos.”

A oposição disse ter tido acesso a 40% das atas e elas indicam uma vitória de Edmundo Gonzalez com 70% dos votos. Uma pesquisa de boca de urna realizada pelo instituto americano Edinson, contratada pela oposição, deu a González 65% dos votos contra 31% de Maduro. Após o fechamento das urnas, nenhuma parcial foi divulgada até a madrugada de segunda-feira, quando o CNE informou que Maduro teria tido 55% dos votos.

Militares protegem a sede do Conselho Nacional Eleitoral em Caracas Foto: Yuri Cortez/AFP

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O Brasil pediu publicamente a divulgação das atas e informou que esperaria o posicionamento do Centro Carter para se pronunciar de maneira mais assertiva sobre a votação. Chile e Argentina foram além e ameaçaram não reconhecer a eleição.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, expressou “grave preocupação” com a possibilidade de que o resultado eleitoral anunciado na Venezuela não reflita a vontade do povo. Ele pediu uma apuração “justa e transparente” dos votos.

O candidato presidencial Edmundo González participa de um comício ao lado da líder da oposição, María Corina Machado, em Caracas, Venezuela  Foto: Gabriela Oraa/AFP

“Agora que a votação foi concluída, é de vital importância que cada voto seja contado de forma justa e transparente. Pedimos às autoridades eleitorais que publiquem a contagem detalhada dos votos (atas) para garantir a transparência e prestação de contas”, disse.

A eleição foi marcada por constantes mudanças de regras e movimentações fraudulentas por parte do chavismo nas semanas que antecederam. Também houve problema durante o processo de totalização e apuração dos votos, quando a oposição acusou o CNE de paralisar a transmissão dos resultados.

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