Países ocidentais ampliam envio de armas à Ucrânia diante de ofensiva russa no leste


Reino Unido, Noruega e Holanda se somam à iniciativa americana de ajudar Zelenski com armas de ponta

Por Amy Cheng, The Washington Post
Atualização:

Países ocidentais ampliaram nesta quarta-feira, 20, o envio de armas à Ucrânia, um dia depois de o país ter recebido de parceiros caças e peças de reposição. O Reino Unido prometeu um pacote de defesa no valor de cerca de US$ 130 milhões que inclui mais mísseis antitanque, sistemas de defesa aérea e equipamentos não letais; a Noruega anunciou a doação de 100 mísseis de defesa aérea Mistral junto com as armas antiblindagem que prometeu no final do mês passado; e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, afirmou que o governo vai enviar equipamentos militares “mais pesados” em breve.

Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou um novo pacote de ajuda de US$ 800 milhões na semana passada que expandiu consideravelmente os tipos de armas fornecidas por Washington à Kiev. O pacote inclui obuses de 155 mm - uma mudança séria na artilharia de longo alcance para se adequar aos sistemas russos - 40 mil projéteis e 11 helicópteros Mi-17 projetados pelos soviéticos.

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Segundo o especialista em segurança nacional da Universidade Curtin da Austrália, Alexei Muraviev, os helicópteros se encaixam bem no arsenal existente da Ucrânia porque usa um sistema operacional semelhante ao dos helicópteros Mi-8 que Kiev usa há décadas.

“Fazemos o melhor que podemos com cada pacote para adaptá-lo à necessidade do momento, e agora a necessidade mudou”, disse o porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, John Kirby, nesta terça-feira, 19. “A guerra mudou, porque agora os russos priorizaram a área de Donbas, e esse é um nível totalmente diferente de conflito.”

Tropas ucranianas sobre um tanque abandonado pelo Exército da Rússia em um campo de batalha próximo a Kiev, na sexta-feira, 15. EUA e aliados enviam novas armas para o país se defender na próxima fase da guerra Foto: David Guttenfelder / NYT
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Em uma visita aos três países bálticos que são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse nesta quarta-feira que a Alemanha entregou armas antitanque, mísseis antiaéreos Stinger “e outras coisas sobre as quais não falamos em público para que as entregas possam ser feitas de forma rápida e segura”.

A Austrália também começou a enviar veículos de guerra para Kiev depois que o presidente ucraniano Volodmir Zelenski pediu ajuda aos legisladores. Cerca de 20 blindados protegerão os ucranianos de explosivos, estilhaços de artilharia e armas de pequeno porte.

Parte do material enviado pelo Ocidente chegará antes dos esperados confrontos entre tropas russas e ucranianas na região leste de Donbas, avaliou Chang Jun Yan, especialista militar da Universidade Tecnológica Nanyang, de Cingapura. Ele avaliou que os combates provavelmente serão mais sangrentos do que os anteriores, mas as tropas ucranianas que enfrentam há anos os separatistas apoiados pela Rússia na região também estão mais bem treinadas para lutar.

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Entretanto, novas entregas de armas e familiaridade com o terreno não significam que as forças ucranianas terão facilidade contra as tropas russas que possuem armas superiores. Um alto funcionário da defesa dos EUA disse nesta semana que a Rússia estava aprendendo com seu fracasso em tomar Kiev, a capital, e fazendo ajustes nas estruturas de comando, controle e logística.

“O carregamento de armas da Ucrânia não é apenas importante, mas precisa acontecer rapidamente e em grande escala”, avaliou Mick Ryan, general aposentado do exército australiano “Também é preciso assumir que os russos podem interditar algum carregamento.”

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A ofensiva russa é contra o leste da Ucrânia, uma região parcialmente sob o controle de separatistas pró-russos e onde se intensificaram os combates.

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A Ucrânia vai exigir mais entregas de armas no futuro, e analistas dizem que os 40 mil projéteis prometidos pelos Estados Unidos não durariam mais de duas semanas no campo de batalha. “A quantidade realmente importa muito”, disse Mick Ryan. “Mesmo que eu ache que os ucranianos são qualitativamente melhores, eles ainda precisam de um certo volume para repelir os russos.”

Embora alguns equipamentos - como os veículos blindados - tenham tecnologia avançada, muito do que o Ocidente fornece não é tão sofisticado quanto as armas do arsenal russo. Os líderes ocidentais insistiram em enviar equipamentos que fossem prontamente utilizáveis, e os Estados Unidos se comprometeram em treinar as forças ucranianas que estão fora do país para usar novas armas.

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A maioria das armas do Ocidente “não daria aos militares ucranianos a vantagem tecnológica dos militares russos, mas permitiriam compensar, pelo menos temporariamente, a escassez de suprimentos militares”, disse Muraviev.

Países ocidentais ampliaram nesta quarta-feira, 20, o envio de armas à Ucrânia, um dia depois de o país ter recebido de parceiros caças e peças de reposição. O Reino Unido prometeu um pacote de defesa no valor de cerca de US$ 130 milhões que inclui mais mísseis antitanque, sistemas de defesa aérea e equipamentos não letais; a Noruega anunciou a doação de 100 mísseis de defesa aérea Mistral junto com as armas antiblindagem que prometeu no final do mês passado; e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, afirmou que o governo vai enviar equipamentos militares “mais pesados” em breve.

Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou um novo pacote de ajuda de US$ 800 milhões na semana passada que expandiu consideravelmente os tipos de armas fornecidas por Washington à Kiev. O pacote inclui obuses de 155 mm - uma mudança séria na artilharia de longo alcance para se adequar aos sistemas russos - 40 mil projéteis e 11 helicópteros Mi-17 projetados pelos soviéticos.

Segundo o especialista em segurança nacional da Universidade Curtin da Austrália, Alexei Muraviev, os helicópteros se encaixam bem no arsenal existente da Ucrânia porque usa um sistema operacional semelhante ao dos helicópteros Mi-8 que Kiev usa há décadas.

“Fazemos o melhor que podemos com cada pacote para adaptá-lo à necessidade do momento, e agora a necessidade mudou”, disse o porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, John Kirby, nesta terça-feira, 19. “A guerra mudou, porque agora os russos priorizaram a área de Donbas, e esse é um nível totalmente diferente de conflito.”

Tropas ucranianas sobre um tanque abandonado pelo Exército da Rússia em um campo de batalha próximo a Kiev, na sexta-feira, 15. EUA e aliados enviam novas armas para o país se defender na próxima fase da guerra Foto: David Guttenfelder / NYT

Em uma visita aos três países bálticos que são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse nesta quarta-feira que a Alemanha entregou armas antitanque, mísseis antiaéreos Stinger “e outras coisas sobre as quais não falamos em público para que as entregas possam ser feitas de forma rápida e segura”.

A Austrália também começou a enviar veículos de guerra para Kiev depois que o presidente ucraniano Volodmir Zelenski pediu ajuda aos legisladores. Cerca de 20 blindados protegerão os ucranianos de explosivos, estilhaços de artilharia e armas de pequeno porte.

Parte do material enviado pelo Ocidente chegará antes dos esperados confrontos entre tropas russas e ucranianas na região leste de Donbas, avaliou Chang Jun Yan, especialista militar da Universidade Tecnológica Nanyang, de Cingapura. Ele avaliou que os combates provavelmente serão mais sangrentos do que os anteriores, mas as tropas ucranianas que enfrentam há anos os separatistas apoiados pela Rússia na região também estão mais bem treinadas para lutar.

Entretanto, novas entregas de armas e familiaridade com o terreno não significam que as forças ucranianas terão facilidade contra as tropas russas que possuem armas superiores. Um alto funcionário da defesa dos EUA disse nesta semana que a Rússia estava aprendendo com seu fracasso em tomar Kiev, a capital, e fazendo ajustes nas estruturas de comando, controle e logística.

“O carregamento de armas da Ucrânia não é apenas importante, mas precisa acontecer rapidamente e em grande escala”, avaliou Mick Ryan, general aposentado do exército australiano “Também é preciso assumir que os russos podem interditar algum carregamento.”

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A ofensiva russa é contra o leste da Ucrânia, uma região parcialmente sob o controle de separatistas pró-russos e onde se intensificaram os combates.

A Ucrânia vai exigir mais entregas de armas no futuro, e analistas dizem que os 40 mil projéteis prometidos pelos Estados Unidos não durariam mais de duas semanas no campo de batalha. “A quantidade realmente importa muito”, disse Mick Ryan. “Mesmo que eu ache que os ucranianos são qualitativamente melhores, eles ainda precisam de um certo volume para repelir os russos.”

Embora alguns equipamentos - como os veículos blindados - tenham tecnologia avançada, muito do que o Ocidente fornece não é tão sofisticado quanto as armas do arsenal russo. Os líderes ocidentais insistiram em enviar equipamentos que fossem prontamente utilizáveis, e os Estados Unidos se comprometeram em treinar as forças ucranianas que estão fora do país para usar novas armas.

A maioria das armas do Ocidente “não daria aos militares ucranianos a vantagem tecnológica dos militares russos, mas permitiriam compensar, pelo menos temporariamente, a escassez de suprimentos militares”, disse Muraviev.

Países ocidentais ampliaram nesta quarta-feira, 20, o envio de armas à Ucrânia, um dia depois de o país ter recebido de parceiros caças e peças de reposição. O Reino Unido prometeu um pacote de defesa no valor de cerca de US$ 130 milhões que inclui mais mísseis antitanque, sistemas de defesa aérea e equipamentos não letais; a Noruega anunciou a doação de 100 mísseis de defesa aérea Mistral junto com as armas antiblindagem que prometeu no final do mês passado; e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, afirmou que o governo vai enviar equipamentos militares “mais pesados” em breve.

Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou um novo pacote de ajuda de US$ 800 milhões na semana passada que expandiu consideravelmente os tipos de armas fornecidas por Washington à Kiev. O pacote inclui obuses de 155 mm - uma mudança séria na artilharia de longo alcance para se adequar aos sistemas russos - 40 mil projéteis e 11 helicópteros Mi-17 projetados pelos soviéticos.

Segundo o especialista em segurança nacional da Universidade Curtin da Austrália, Alexei Muraviev, os helicópteros se encaixam bem no arsenal existente da Ucrânia porque usa um sistema operacional semelhante ao dos helicópteros Mi-8 que Kiev usa há décadas.

“Fazemos o melhor que podemos com cada pacote para adaptá-lo à necessidade do momento, e agora a necessidade mudou”, disse o porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, John Kirby, nesta terça-feira, 19. “A guerra mudou, porque agora os russos priorizaram a área de Donbas, e esse é um nível totalmente diferente de conflito.”

Tropas ucranianas sobre um tanque abandonado pelo Exército da Rússia em um campo de batalha próximo a Kiev, na sexta-feira, 15. EUA e aliados enviam novas armas para o país se defender na próxima fase da guerra Foto: David Guttenfelder / NYT

Em uma visita aos três países bálticos que são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse nesta quarta-feira que a Alemanha entregou armas antitanque, mísseis antiaéreos Stinger “e outras coisas sobre as quais não falamos em público para que as entregas possam ser feitas de forma rápida e segura”.

A Austrália também começou a enviar veículos de guerra para Kiev depois que o presidente ucraniano Volodmir Zelenski pediu ajuda aos legisladores. Cerca de 20 blindados protegerão os ucranianos de explosivos, estilhaços de artilharia e armas de pequeno porte.

Parte do material enviado pelo Ocidente chegará antes dos esperados confrontos entre tropas russas e ucranianas na região leste de Donbas, avaliou Chang Jun Yan, especialista militar da Universidade Tecnológica Nanyang, de Cingapura. Ele avaliou que os combates provavelmente serão mais sangrentos do que os anteriores, mas as tropas ucranianas que enfrentam há anos os separatistas apoiados pela Rússia na região também estão mais bem treinadas para lutar.

Entretanto, novas entregas de armas e familiaridade com o terreno não significam que as forças ucranianas terão facilidade contra as tropas russas que possuem armas superiores. Um alto funcionário da defesa dos EUA disse nesta semana que a Rússia estava aprendendo com seu fracasso em tomar Kiev, a capital, e fazendo ajustes nas estruturas de comando, controle e logística.

“O carregamento de armas da Ucrânia não é apenas importante, mas precisa acontecer rapidamente e em grande escala”, avaliou Mick Ryan, general aposentado do exército australiano “Também é preciso assumir que os russos podem interditar algum carregamento.”

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A ofensiva russa é contra o leste da Ucrânia, uma região parcialmente sob o controle de separatistas pró-russos e onde se intensificaram os combates.

A Ucrânia vai exigir mais entregas de armas no futuro, e analistas dizem que os 40 mil projéteis prometidos pelos Estados Unidos não durariam mais de duas semanas no campo de batalha. “A quantidade realmente importa muito”, disse Mick Ryan. “Mesmo que eu ache que os ucranianos são qualitativamente melhores, eles ainda precisam de um certo volume para repelir os russos.”

Embora alguns equipamentos - como os veículos blindados - tenham tecnologia avançada, muito do que o Ocidente fornece não é tão sofisticado quanto as armas do arsenal russo. Os líderes ocidentais insistiram em enviar equipamentos que fossem prontamente utilizáveis, e os Estados Unidos se comprometeram em treinar as forças ucranianas que estão fora do país para usar novas armas.

A maioria das armas do Ocidente “não daria aos militares ucranianos a vantagem tecnológica dos militares russos, mas permitiriam compensar, pelo menos temporariamente, a escassez de suprimentos militares”, disse Muraviev.

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