Atualizado às 18h53
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Partidários de Gbagbo fazem manifestação em Abdjan. Luc Nago/Reuters
ABIDJÃ - Um helicóptero da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONUCI) abriu fogo contra uma base militar controlada pelo líder de facto da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o poder após perder as eleições de novembro. Além do quartel atacado fica em Abidjã, a maior cidade do país, houve ofensivas contra a residência oficial do líder marfinense.
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Nick Birnback, porta-voz do Departamento de Operações de Manutenção de Paz da ONU, informou que um helicóptero da entidade abriu fogo contra as forças do líder de facto. De acordo ele, a operação ocorreu por volta das 17 horas (horário local) para impedir que as tropas de Gbagbo usassem armas pesadas contra as forças de Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como o presidente da Costa do Marfim.
Birnback salientou que as forças de Gbagbo têm feito uso consistente de armas pesadas em ataques a civis e a tropas de manutenção de paz da ONU no decorrer dos últimos dias. Ainda segundo ele, a ação militar da ONU respeitou ao mandato concedido pelo Conselho de Segurança da entidade.
As forças de Alassane Ouattara iniciaram na semana passada uma ofensiva contra Gbagbo. As disputas geraram uma onda de violência no país, que se acirrou nos últimos dias. Nesta segunda, os aliados de Ouattara fecharam o cerco contra o líder de facto em Abidjã.
Gbagbo está no poder desde 2000. Seu mandato acabou em 2005, mas o pleito foi adiado para 2010 devido à instabilidade política que a Costa do Marfim vivia. Agora, o país está mergulhado em uma onda de violência. Estima-se que mais de um milhão de marfinenses já deixaram o país. Vários governos e entidades internacionais já pediram que ele deixe o poder.