ONU demite funcionários de agência acusados de relação com Hamas; EUA suspendem financiamento


Israel acusava ONU de não ser parcial no conflito; secretário-geral se diz horrorizado com o caso

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Os Estados Unidos anunciaram a suspensão temporária do financiamento da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) depois que funcionários foram acusados de participar do ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro. Nesta sexta-feira, 26, a ONU determinou que o caso seja investigado e rescindiu os contratos dos suspeitos de envolvimento com o grupo terrorista.

“Os EUA estão extremamente preocupados com as alegações de que 12 funcionários da UNRWA podem ter se envolvido no ataque terrorista do Hamas a Israel”, afirma o Departamento de Estado em nota. Diante da suspeita, Washington anunciou a suspensão temporária de financiamento adicional para o órgão.

O governo americano reconhece o papel que a agência tem desempenhado em prestar assistência para os palestinos com o fornecimento de alimentos e remédios no enclave. Mas enfatiza que a UNRWA deve tomar providência sobre a acusação.

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Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) distribui farinha para palestinos em Khan Younis, 22 de novembro de 2023. Foto: Samar Abu Elouf/The New York Times

Israel acusou repetidamente a agência de cumplicidade com o Hamas no enclave e afirmou que vários de seus funcionários são, na verdade, parte do grupo terrorista. A ONU sempre negou.

Nesta sexta, no entanto, a agência anunciou a demissão de pessoas que suspostamente teriam envolvimento com o ataque terrorista que matou 1,2 mil pessoas em Israel e desencadeou a guerra contra o Hamas em Gaza.

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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, foi informado sobre as acusações pelo comissário-geral da agência, Philippe Lazzarini. Ele ficou “horrorizado” e ordenou a abertura de uma investigação, relatou o porta-voz de Guterres.

Além da alegada relação dos funcionários da UNRWA com o Hamas, a ONU também também deve apurar as atividades da agência.

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Relação conturbada

Com mais de 30 mil funcionários, a UNRWA é a maior organização na Faixa de Gaza e foi alvo de repetidas acusações por parte de Israel, que questiona a neutralidade das Nações Unidas no conflito árabe-israelense.

Mais recentemente, a agência acusou Tel-Aviv de disparar com tanques contra uma das suas instalações, que servia como abrigo para palestinos em Khan Younis, no sul de Gaza. Pelo menos 13 pessoas morreram e 56 ficaram feridas no que Philippe Lazzarini chamou de “violação flagrante das regras fundamentais na guerra”.

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O Exército, por sua vez, prometeu investigar suas operações na área e não descartou que o Hamas tenha responsabilidade no ataque, embora Tel-Aviv seja a única força com tanques de guerra no enclave./COM EFE E AFP

WASHINGTON - Os Estados Unidos anunciaram a suspensão temporária do financiamento da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) depois que funcionários foram acusados de participar do ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro. Nesta sexta-feira, 26, a ONU determinou que o caso seja investigado e rescindiu os contratos dos suspeitos de envolvimento com o grupo terrorista.

“Os EUA estão extremamente preocupados com as alegações de que 12 funcionários da UNRWA podem ter se envolvido no ataque terrorista do Hamas a Israel”, afirma o Departamento de Estado em nota. Diante da suspeita, Washington anunciou a suspensão temporária de financiamento adicional para o órgão.

O governo americano reconhece o papel que a agência tem desempenhado em prestar assistência para os palestinos com o fornecimento de alimentos e remédios no enclave. Mas enfatiza que a UNRWA deve tomar providência sobre a acusação.

Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) distribui farinha para palestinos em Khan Younis, 22 de novembro de 2023. Foto: Samar Abu Elouf/The New York Times

Israel acusou repetidamente a agência de cumplicidade com o Hamas no enclave e afirmou que vários de seus funcionários são, na verdade, parte do grupo terrorista. A ONU sempre negou.

Nesta sexta, no entanto, a agência anunciou a demissão de pessoas que suspostamente teriam envolvimento com o ataque terrorista que matou 1,2 mil pessoas em Israel e desencadeou a guerra contra o Hamas em Gaza.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, foi informado sobre as acusações pelo comissário-geral da agência, Philippe Lazzarini. Ele ficou “horrorizado” e ordenou a abertura de uma investigação, relatou o porta-voz de Guterres.

Além da alegada relação dos funcionários da UNRWA com o Hamas, a ONU também também deve apurar as atividades da agência.

Relação conturbada

Com mais de 30 mil funcionários, a UNRWA é a maior organização na Faixa de Gaza e foi alvo de repetidas acusações por parte de Israel, que questiona a neutralidade das Nações Unidas no conflito árabe-israelense.

Mais recentemente, a agência acusou Tel-Aviv de disparar com tanques contra uma das suas instalações, que servia como abrigo para palestinos em Khan Younis, no sul de Gaza. Pelo menos 13 pessoas morreram e 56 ficaram feridas no que Philippe Lazzarini chamou de “violação flagrante das regras fundamentais na guerra”.

O Exército, por sua vez, prometeu investigar suas operações na área e não descartou que o Hamas tenha responsabilidade no ataque, embora Tel-Aviv seja a única força com tanques de guerra no enclave./COM EFE E AFP

WASHINGTON - Os Estados Unidos anunciaram a suspensão temporária do financiamento da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) depois que funcionários foram acusados de participar do ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro. Nesta sexta-feira, 26, a ONU determinou que o caso seja investigado e rescindiu os contratos dos suspeitos de envolvimento com o grupo terrorista.

“Os EUA estão extremamente preocupados com as alegações de que 12 funcionários da UNRWA podem ter se envolvido no ataque terrorista do Hamas a Israel”, afirma o Departamento de Estado em nota. Diante da suspeita, Washington anunciou a suspensão temporária de financiamento adicional para o órgão.

O governo americano reconhece o papel que a agência tem desempenhado em prestar assistência para os palestinos com o fornecimento de alimentos e remédios no enclave. Mas enfatiza que a UNRWA deve tomar providência sobre a acusação.

Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) distribui farinha para palestinos em Khan Younis, 22 de novembro de 2023. Foto: Samar Abu Elouf/The New York Times

Israel acusou repetidamente a agência de cumplicidade com o Hamas no enclave e afirmou que vários de seus funcionários são, na verdade, parte do grupo terrorista. A ONU sempre negou.

Nesta sexta, no entanto, a agência anunciou a demissão de pessoas que suspostamente teriam envolvimento com o ataque terrorista que matou 1,2 mil pessoas em Israel e desencadeou a guerra contra o Hamas em Gaza.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, foi informado sobre as acusações pelo comissário-geral da agência, Philippe Lazzarini. Ele ficou “horrorizado” e ordenou a abertura de uma investigação, relatou o porta-voz de Guterres.

Além da alegada relação dos funcionários da UNRWA com o Hamas, a ONU também também deve apurar as atividades da agência.

Relação conturbada

Com mais de 30 mil funcionários, a UNRWA é a maior organização na Faixa de Gaza e foi alvo de repetidas acusações por parte de Israel, que questiona a neutralidade das Nações Unidas no conflito árabe-israelense.

Mais recentemente, a agência acusou Tel-Aviv de disparar com tanques contra uma das suas instalações, que servia como abrigo para palestinos em Khan Younis, no sul de Gaza. Pelo menos 13 pessoas morreram e 56 ficaram feridas no que Philippe Lazzarini chamou de “violação flagrante das regras fundamentais na guerra”.

O Exército, por sua vez, prometeu investigar suas operações na área e não descartou que o Hamas tenha responsabilidade no ataque, embora Tel-Aviv seja a única força com tanques de guerra no enclave./COM EFE E AFP

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