O alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Turk, condenou neste sábado, 7, o lançamento de foguetes por grupos armados palestinos contra Israel e lembrou que os civis “nunca devem ser alvo de um ataque”, nem por uma parte nem por qualquer outra.
“Apelo à cessação imediata da violência e apelo a todas as partes e principais países da região para reduzirem a tensão e evitarem mais derramamento de sangue”, pediu Turk.
De acordo com informações recebidas pela organização liderada por ele, grupos palestinos - principalmente o islamista Hamas - dispararam “centenas, possivelmente milhares, de balas indiscriminadas contra Israel”, que causou a morte de pelo menos 22 israelenses e centenas de feridos.
“Também estou profundamente preocupado com a notícia de que os israelitas civis foram feitos reféns”, acrescentou. O alto comissário da ONU disse ainda que as forças israelenses responderiam com ataques aéreos contra a densamente povoada Faixa de Gaza, provocando mais mortes.
“Portanto, pedimos a Israel que tome todas as precauções necessárias para evitar vítimas civis no país”, acrescentou Turk.
Israel declarou guerra depois de milícias palestinas em Gaza, lideradas pelo movimento islâmico Hamas, terem lançado uma operação combinada, lançando mais de mil balas e infiltrando-se no território israelita, num ataque surpresa e sem precedentes.
No Brasil, entidades judaicas se manifestam contra ataques
As entidades judaicas brasileiras também se manifestaram contra o ataque realizado contra Israel. A Confederação Israelita do Brasil (Conib) classificou o ataque como “vil”, se solidarizou com o povo israelense e pediu que as autoridades brasileiras condenem “com máximo vigor esse ato de guerra e terror injustificável sob qualquer aspecto”.
A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) afirmou que Israel tem o direito à defesa e que o ataque feriu sua soberania nacional. “Em 75 anos de conquistas tecnológicas, educacionais, agrícolas e de saúde, Israel segue como a única democracia do Oriente Médio e o único país daquela região onde, registre-se, se respeita a liberdade religiosa de judeus, cristãos e muçulmanos”, diz, em nota. “Israel, assim como todos os países do mundo, tem o direito e o dever de proteger seu território e sua população.” / EFE e Redação