Uma manifestação convocada pela oposição começou na tarde desta terça-feira, 30, na Venezuela, dois dias após a contestada eleição presidencial no país. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou o ditador Nicolas Maduro como vencedor do pleito, mas a oposição questiona os resultados e alega fraude. Após os protestos de segunda-feira, 29, mais de 700 pessoas foram presas e 6 morreram.
Os protestos desta terça-feira ocorrem após a prisão de Freddy Superlano, um dos líderes da oposição, que foi anunciada por seu partido, o Voluntad Popular (VP), na plataforma X. A legenda faz parte da coalizão oposicionista Plataforma Unitária, de María Corina Machado.
Também hoje, a Venezuela anunciou a suspensão de voos de e para o Panamá e a República Dominicana a partir de quarta-feira, 31, devido às “ações de interferência” dos governos desses dois países, que questionaram a transparência na reeleição de Maduro. O regime chavista expulsou o corpo diplomático dos dois países e de outros cinco: Argentina, Chile, Costa Rica, Peru e Uruguai.
O ditador Nicolás Maduro também marcou uma manifestação para a tarde desta terça-feira, em frente ao Palácio de Miraflores, sede da presidência da Venezuela.
Centro Carter
O Centro Carter, uma das poucas instituições independentes autorizadas a observar as eleições venezuelanas, cancelou a divulgação de um relatório preliminar sobre o pleito do país e optou por retirar toda a sua equipe do país nesta terça-feira, 30, segundo informações da CNN em Espanhol.
Na segunda-feira, 29, a instituição pediu às autoridades eleitorais venezuelanas que publiquem os resultados da eleição de domingo, 28, em cada centro de votação, alegando que os dados detalhados são fundamentais para seu trabalho de observação independente.
“O Centro Carter fez um apelo ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela para que publique imediatamente os resultados das eleições presidenciais a nível de colégio eleitoral”, declarou o centro em um comunicado./com AFP