BOGOTÁ - A Alternativa Democrática Sindical das Américas (ADS) disse nesta quarta-feira, 3, que a proposta do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de convocar uma Assembleia Constituinte supõe “uma tentativa disfarçada de golpe de Estado”.
“Trata-se de uma manobra ilegal de Maduro em uma tentativa desesperada para deter os protestos legítimos do povo venezuelano que está exigindo nas ruas a convocação de novas eleições para escolher, por vias pacíficas e democráticas, o presidente da República”, informou a ADS em um comunicado.
A organização, que diz reunir cerca de 30 milhões de trabalhadores da América Latina, rejeitou a intenção de Maduro de mudar a Constituição e reforçou que a proposta tem o objetivo de consolidar sua ditadura por meio de uma Assembleia Nacional Constituinte ilegítima. “A convocatória é uma nova fraude de Maduro à Constituição da Venezuela, o que em prática configura golpe de Estado ", afirmam.
Segundo a ADS, o presidente “pretende manipular a seu modo a Assembleia Constituinte ‘popular’ a fim de que ela mesma eleja o presidente, garantindo, assim, sua reeleição indefinida”.
Nesse contexto, a organização reiterou seu chamado à comunidade internacional para que continuem pressionando o país a fim de que se chegue, no curto prazo, a uma solução pacífica da crise que o povo venezuelano enfrenta.
Além disso, pediu que os governos da Constituinte “acolham os venezuelanos que estão fugindo da crise humanitária em que estão vivendo como um gesto de reciprocidade a um povo que, no passado, acolheu milhares de imigrantes de toda região”. /EFE