As Forças Armadas israelenses afirmaram nesta quarta-feira, 22, que investigações internas não apontaram qualquer violação à lei internacional durante a recente ofensiva militar na Faixa de Gaza. Os militares disseram que mantiveram um "alto nível profissional e moral" contra uma inimigo que "tinha como meta" realizar atos terroristas contra "civis israelenses, enquanto se escondiam em meio a civis não envolvidos na Faixa de Gaza, usando-os como escudos humanos".Segundo a BBC, no entanto, o relatório afirma que as forças armadas cometeram um "pequeno número de erros operacionais" e nos serviços de inteligência, que levaram à morte de palestinos inocentes. As mortes, segundo o documento, foram "inevitáveis".
Um ex-promotor-chefe da ONU para crimes de guerra, Richard Goldstone, recentemente foi nomeado chefe de uma investigação da ONU sobre as atrocidades supostamente cometidas durante a ofensiva de 22 dias de Israel contra o grupo militante islâmico Hamas, que controla Gaza. A investigação, convocada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, tem a meta apenas de analisar a conduta de Israel. Mas Goldstone disse não aceitar o encargo até que a iniciativa também abarque um exame das ações palestinas.
Segundo fontes palestinas, cerca de 1,3 mil moradores da Faixa de Gaza morreram nas três semanas de ofensiva militar. Treze israelenses foram mortos.