Se EUA deixarem acordo nuclear ‘vão se arrepender como nunca’, diz presidente do Irã


Hassan Rouhani afirma que Donald Trump não têm direito de mudar o tratado

Atualização:

TEERÃ, IRÃ - A poucos dias da decisão do presidente americano Donald Trump sobre o acordo nuclear iraniano, Teerã advertiu neste domingo, 6, que os Estados Unidos lamentariam "como nunca" sua eventual retirada do texto.

+Macron e Rohani se comprometem a preservar acordo nuclear

"Se os Estados Unidos deixarem o acordo nuclear, vocês logo verão que eles vão se arrepender como nunca antes na história", declarou o presidente iraniano, Hassan Rohani, em um discurso transmitido pela televisão pública.

continua após a publicidade
Presidente iraniano Hassan Rohani Foto: EFE/Oficina Presidencial

O acordo em questão foi concluído em julho de 2015, em Viena, entre Teerã e o Grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha), antes da chegada à Casa Branca de Donald Trump.

+ Após reunião, Macron acredita que Trump romperá acordo nuclear com Irã

continua após a publicidade

Neste texto, o Irã declara solenemente que não procura adquirir a bomba atômica e concorda em frear seu programa nuclear para fornecer ao mundo garantias de que suas atividades não são militares.

Em troca, a República Islâmica obteve o levantamento gradual e temporário das sanções internacionais impostas em razão desse programa.

Mas não tendo nenhuma palavra forte o suficiente para denunciar este acordo alcançado sob a presidência de Barack Obama, Donald Trump deu aos europeus até 12 de maio para encontrar um novo texto que pudesse remediar as "lacunas terríveis" do atual. Sem isso, prometeu retirar o país do acordo.

continua após a publicidade

Trump alerta Irã sobre retomada do programa nuclear ao receber Macron

Os ultraconservadores iranianos defendem uma linha muito dura. Na quinta-feira, Ali Akbar Velayati, assessor para assuntos internacionais do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, disse que o Irã deixaria o acordo se Washington cumprisse sua ameaça.

Em contrapartida, Rohani e seu ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, têm sido vagos nas últimas semanas sobre a natureza da reação iraniana. "Seja qual for a decisão de Trump, vamos resistir", disse o presidente Rohani neste domingo.

continua após a publicidade

Ele garantiu que deu "há vários meses, (...) as ordens necessárias", em particular à Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA), em antecipação à decisão de Trump. Rohani, no entanto, não forneceu detalhes sobre a natureza dessas instruções.

Enquanto os europeus buscam preservar o acordo tentando convencer o Irã a negociar a questão de seus mísseis e seu papel na região, Rohani voltou a ser categórico. Teerã "vai construir tantos mísseis e armas quanto forem necessários" para sua defesa. "Respeitamos nossos compromissos, mas somos claros que não negociaremos com ninguém sobre nossas armas e nossa defesa".

O presidente iraniano também ressaltou que o Irã está pronto para discutir questões regionais, mas não abandonar sua luta "contra o terrorismo".

continua após a publicidade

"Queremos dialogar com o mundo para que a nossa região seja segura", mas "não vamos permitir que criem um novo Daesh" (sigla em árabe para o grupo Estado Islâmico), disse Rohani, sem maiores detalhes.

Neste domingo, o ministro das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, cujo país também faz parte do acordo de Viena, iniciou uma visita de dois dias a Washington, durante a qual discutirá a questão iraniana.

Em um comunicado, ele assegurouque os ocidentais estão "unidos em seus esforços para combater o tipo de comportamento iraniano que torna a região do Oriente Médio menos segura". / AP

TEERÃ, IRÃ - A poucos dias da decisão do presidente americano Donald Trump sobre o acordo nuclear iraniano, Teerã advertiu neste domingo, 6, que os Estados Unidos lamentariam "como nunca" sua eventual retirada do texto.

+Macron e Rohani se comprometem a preservar acordo nuclear

"Se os Estados Unidos deixarem o acordo nuclear, vocês logo verão que eles vão se arrepender como nunca antes na história", declarou o presidente iraniano, Hassan Rohani, em um discurso transmitido pela televisão pública.

Presidente iraniano Hassan Rohani Foto: EFE/Oficina Presidencial

O acordo em questão foi concluído em julho de 2015, em Viena, entre Teerã e o Grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha), antes da chegada à Casa Branca de Donald Trump.

+ Após reunião, Macron acredita que Trump romperá acordo nuclear com Irã

Neste texto, o Irã declara solenemente que não procura adquirir a bomba atômica e concorda em frear seu programa nuclear para fornecer ao mundo garantias de que suas atividades não são militares.

Em troca, a República Islâmica obteve o levantamento gradual e temporário das sanções internacionais impostas em razão desse programa.

Mas não tendo nenhuma palavra forte o suficiente para denunciar este acordo alcançado sob a presidência de Barack Obama, Donald Trump deu aos europeus até 12 de maio para encontrar um novo texto que pudesse remediar as "lacunas terríveis" do atual. Sem isso, prometeu retirar o país do acordo.

Trump alerta Irã sobre retomada do programa nuclear ao receber Macron

Os ultraconservadores iranianos defendem uma linha muito dura. Na quinta-feira, Ali Akbar Velayati, assessor para assuntos internacionais do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, disse que o Irã deixaria o acordo se Washington cumprisse sua ameaça.

Em contrapartida, Rohani e seu ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, têm sido vagos nas últimas semanas sobre a natureza da reação iraniana. "Seja qual for a decisão de Trump, vamos resistir", disse o presidente Rohani neste domingo.

Ele garantiu que deu "há vários meses, (...) as ordens necessárias", em particular à Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA), em antecipação à decisão de Trump. Rohani, no entanto, não forneceu detalhes sobre a natureza dessas instruções.

Enquanto os europeus buscam preservar o acordo tentando convencer o Irã a negociar a questão de seus mísseis e seu papel na região, Rohani voltou a ser categórico. Teerã "vai construir tantos mísseis e armas quanto forem necessários" para sua defesa. "Respeitamos nossos compromissos, mas somos claros que não negociaremos com ninguém sobre nossas armas e nossa defesa".

O presidente iraniano também ressaltou que o Irã está pronto para discutir questões regionais, mas não abandonar sua luta "contra o terrorismo".

"Queremos dialogar com o mundo para que a nossa região seja segura", mas "não vamos permitir que criem um novo Daesh" (sigla em árabe para o grupo Estado Islâmico), disse Rohani, sem maiores detalhes.

Neste domingo, o ministro das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, cujo país também faz parte do acordo de Viena, iniciou uma visita de dois dias a Washington, durante a qual discutirá a questão iraniana.

Em um comunicado, ele assegurouque os ocidentais estão "unidos em seus esforços para combater o tipo de comportamento iraniano que torna a região do Oriente Médio menos segura". / AP

TEERÃ, IRÃ - A poucos dias da decisão do presidente americano Donald Trump sobre o acordo nuclear iraniano, Teerã advertiu neste domingo, 6, que os Estados Unidos lamentariam "como nunca" sua eventual retirada do texto.

+Macron e Rohani se comprometem a preservar acordo nuclear

"Se os Estados Unidos deixarem o acordo nuclear, vocês logo verão que eles vão se arrepender como nunca antes na história", declarou o presidente iraniano, Hassan Rohani, em um discurso transmitido pela televisão pública.

Presidente iraniano Hassan Rohani Foto: EFE/Oficina Presidencial

O acordo em questão foi concluído em julho de 2015, em Viena, entre Teerã e o Grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha), antes da chegada à Casa Branca de Donald Trump.

+ Após reunião, Macron acredita que Trump romperá acordo nuclear com Irã

Neste texto, o Irã declara solenemente que não procura adquirir a bomba atômica e concorda em frear seu programa nuclear para fornecer ao mundo garantias de que suas atividades não são militares.

Em troca, a República Islâmica obteve o levantamento gradual e temporário das sanções internacionais impostas em razão desse programa.

Mas não tendo nenhuma palavra forte o suficiente para denunciar este acordo alcançado sob a presidência de Barack Obama, Donald Trump deu aos europeus até 12 de maio para encontrar um novo texto que pudesse remediar as "lacunas terríveis" do atual. Sem isso, prometeu retirar o país do acordo.

Trump alerta Irã sobre retomada do programa nuclear ao receber Macron

Os ultraconservadores iranianos defendem uma linha muito dura. Na quinta-feira, Ali Akbar Velayati, assessor para assuntos internacionais do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, disse que o Irã deixaria o acordo se Washington cumprisse sua ameaça.

Em contrapartida, Rohani e seu ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, têm sido vagos nas últimas semanas sobre a natureza da reação iraniana. "Seja qual for a decisão de Trump, vamos resistir", disse o presidente Rohani neste domingo.

Ele garantiu que deu "há vários meses, (...) as ordens necessárias", em particular à Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA), em antecipação à decisão de Trump. Rohani, no entanto, não forneceu detalhes sobre a natureza dessas instruções.

Enquanto os europeus buscam preservar o acordo tentando convencer o Irã a negociar a questão de seus mísseis e seu papel na região, Rohani voltou a ser categórico. Teerã "vai construir tantos mísseis e armas quanto forem necessários" para sua defesa. "Respeitamos nossos compromissos, mas somos claros que não negociaremos com ninguém sobre nossas armas e nossa defesa".

O presidente iraniano também ressaltou que o Irã está pronto para discutir questões regionais, mas não abandonar sua luta "contra o terrorismo".

"Queremos dialogar com o mundo para que a nossa região seja segura", mas "não vamos permitir que criem um novo Daesh" (sigla em árabe para o grupo Estado Islâmico), disse Rohani, sem maiores detalhes.

Neste domingo, o ministro das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, cujo país também faz parte do acordo de Viena, iniciou uma visita de dois dias a Washington, durante a qual discutirá a questão iraniana.

Em um comunicado, ele assegurouque os ocidentais estão "unidos em seus esforços para combater o tipo de comportamento iraniano que torna a região do Oriente Médio menos segura". / AP

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.