Candidatos à presidência do Uruguai e Mujica votam em Montevidéu


Alvaro Delgado e Yamandú Orsi destacaram campanha tranquila; ex-presidente falou da importância em trazer esperança a jovens

Por Redação

MONTEVIDÉU - Os candidatos à presidência do Uruguai, Alvaro Delgado e Yamandú Orsi, votaram neste domingo, 24, no segundo turno das eleições em Montevidéu. Delgado, apoiado pelo atual presidente Luis Lacalle Pou, e Orsi, aliado do ex-presidente Pepe Mujica, estão em empate técnico, de acordo com as pesquisas mais recentes.

Analistas dizem que as campanhas sem brilho dos candidatos e o amplo consenso sobre questões-chave ajudaram a gerar uma extraordinária indecisão e apatia dos eleitores. A campanha foi dominada por discussões sobre impostos e gastos sociais, mas amplamente livre da fúria anti-establishment que impulsionou outsiders populistas ao poder em outros lugares.

Os resultados devem ser conhecidos a partir das 20h30 (horário de Brasília).

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Delgado e Orsi saíram de casa cedo e entregaram biscoitos à imprensa, de acordo com o jornal uruguaio El País. Antes de votar, o candidato de centro-direita visitou a casa do atual presidente acompanhado de sua filha mais velha, Agustina, e de sua cachorra, Karla. Delgado disse à imprensa local que a militância estava muito animada e entusiasmada. Lacalle Pou declarou que recebeu o aliado político em casa como um “amigo”.

Cédulas de votação do segundo turno das eleições presidenciais do Uruguai. Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko
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Orsi, por sua vez, saiu de casa tomando chimarrão - ele comemorou com jornalistas que a campanha eleitoral ocorreu “sem incidentes”. “A democracia tem que ser uma festa”, disse ele, de acordo com o El País.

Mujica também votou pela manhã, no bairro Cerro. O líder de esquerda chegou antes da abertura das urnas. Ele disse à imprensa que era importante criar esperança entre os eleitores mais jovens. “Meu futuro mais próximo é o cemitério, mas me interessa a sorte de vocês, dos jovens que quando tiverem minha idade vão viver em um mundo muito distinto", disse, de acordo com o El País.

O ex-presidente José Mujica vota em Montevidéu. Foto: Santiago Mazzarovich / AFP
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Candidatos em empate técnico

Orsi, de 57 anos, e Delgado, de 55, disputam o governo da democracia mais sólida da América Latina, com uma renda per capita comparativamente alta e baixos níveis de pobreza. Um deles substituirá em março o atual presidente, Lacalle Pou, que deixa o poder com um alto índice de aprovação – a reeleição é vetada pela Constituição uruguaia.

Orsi é a aposta da Frente Ampla para recuperar a presidência, perdida para Lacalle Pou em 2019, após 15 anos no poder – com dois mandatos de Tabaré Vázquez e um de Mujica. Silvia Martínez, doméstica de 60 anos, diz que votará em Orsi, já que, para ela, o Uruguai era melhor “em tudo” durante o período em que foi governado pela Frente Ampla.

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Orsi saiu das urnas à frente no primeiro turno, em 27 de outubro, com 43,9% dos votos, insuficiente para evitar uma nova votação contra Delgado, que obteve 26,8%. No entanto, o governista recebeu apoio de quase todos os outros candidatos, que somados representariam 47,7% dos votos do primeiro turno.

Apesar da leve vantagem de Orsi sobre Delgado, analistas alertam que os dois estão em empate técnico. “Embora Orsi tenha subido em todas as sondagens, a diferença sobre Delgado diminuiu. É um cenário muito competitivo”, afirmou o sociólogo Eduardo Bottinelli, diretor da consultoria Factum. “O país está dividido e a eleição deve ser definida por menos de 50 mil votos” – a última, em 2019, foi decidida por 37 mil.

Os analistas não esperam mudanças significativas na economia, seja quem for o vencedor, embora possa haver diferenças na política comercial – Orsi prioriza o Mercosul, enquanto Delgado busca uma maior abertura para o mundo. Ambos querem impulsionar o crescimento, em recuperação após a desaceleração devido à pandemia e a uma seca histórica, e prometem reduzir o déficit fiscal.

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No único debate da campanha, Orsi e Delgado se comprometeram em não aumentar a carga tributária e a combater a criminalidade. A segurança pública é a maior preocupação dos eleitores, segundo as pesquisas./AFP e AP

MONTEVIDÉU - Os candidatos à presidência do Uruguai, Alvaro Delgado e Yamandú Orsi, votaram neste domingo, 24, no segundo turno das eleições em Montevidéu. Delgado, apoiado pelo atual presidente Luis Lacalle Pou, e Orsi, aliado do ex-presidente Pepe Mujica, estão em empate técnico, de acordo com as pesquisas mais recentes.

Analistas dizem que as campanhas sem brilho dos candidatos e o amplo consenso sobre questões-chave ajudaram a gerar uma extraordinária indecisão e apatia dos eleitores. A campanha foi dominada por discussões sobre impostos e gastos sociais, mas amplamente livre da fúria anti-establishment que impulsionou outsiders populistas ao poder em outros lugares.

Os resultados devem ser conhecidos a partir das 20h30 (horário de Brasília).

Delgado e Orsi saíram de casa cedo e entregaram biscoitos à imprensa, de acordo com o jornal uruguaio El País. Antes de votar, o candidato de centro-direita visitou a casa do atual presidente acompanhado de sua filha mais velha, Agustina, e de sua cachorra, Karla. Delgado disse à imprensa local que a militância estava muito animada e entusiasmada. Lacalle Pou declarou que recebeu o aliado político em casa como um “amigo”.

Cédulas de votação do segundo turno das eleições presidenciais do Uruguai. Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko

Orsi, por sua vez, saiu de casa tomando chimarrão - ele comemorou com jornalistas que a campanha eleitoral ocorreu “sem incidentes”. “A democracia tem que ser uma festa”, disse ele, de acordo com o El País.

Mujica também votou pela manhã, no bairro Cerro. O líder de esquerda chegou antes da abertura das urnas. Ele disse à imprensa que era importante criar esperança entre os eleitores mais jovens. “Meu futuro mais próximo é o cemitério, mas me interessa a sorte de vocês, dos jovens que quando tiverem minha idade vão viver em um mundo muito distinto", disse, de acordo com o El País.

O ex-presidente José Mujica vota em Montevidéu. Foto: Santiago Mazzarovich / AFP

Candidatos em empate técnico

Orsi, de 57 anos, e Delgado, de 55, disputam o governo da democracia mais sólida da América Latina, com uma renda per capita comparativamente alta e baixos níveis de pobreza. Um deles substituirá em março o atual presidente, Lacalle Pou, que deixa o poder com um alto índice de aprovação – a reeleição é vetada pela Constituição uruguaia.

Orsi é a aposta da Frente Ampla para recuperar a presidência, perdida para Lacalle Pou em 2019, após 15 anos no poder – com dois mandatos de Tabaré Vázquez e um de Mujica. Silvia Martínez, doméstica de 60 anos, diz que votará em Orsi, já que, para ela, o Uruguai era melhor “em tudo” durante o período em que foi governado pela Frente Ampla.

Orsi saiu das urnas à frente no primeiro turno, em 27 de outubro, com 43,9% dos votos, insuficiente para evitar uma nova votação contra Delgado, que obteve 26,8%. No entanto, o governista recebeu apoio de quase todos os outros candidatos, que somados representariam 47,7% dos votos do primeiro turno.

Apesar da leve vantagem de Orsi sobre Delgado, analistas alertam que os dois estão em empate técnico. “Embora Orsi tenha subido em todas as sondagens, a diferença sobre Delgado diminuiu. É um cenário muito competitivo”, afirmou o sociólogo Eduardo Bottinelli, diretor da consultoria Factum. “O país está dividido e a eleição deve ser definida por menos de 50 mil votos” – a última, em 2019, foi decidida por 37 mil.

Os analistas não esperam mudanças significativas na economia, seja quem for o vencedor, embora possa haver diferenças na política comercial – Orsi prioriza o Mercosul, enquanto Delgado busca uma maior abertura para o mundo. Ambos querem impulsionar o crescimento, em recuperação após a desaceleração devido à pandemia e a uma seca histórica, e prometem reduzir o déficit fiscal.

No único debate da campanha, Orsi e Delgado se comprometeram em não aumentar a carga tributária e a combater a criminalidade. A segurança pública é a maior preocupação dos eleitores, segundo as pesquisas./AFP e AP

MONTEVIDÉU - Os candidatos à presidência do Uruguai, Alvaro Delgado e Yamandú Orsi, votaram neste domingo, 24, no segundo turno das eleições em Montevidéu. Delgado, apoiado pelo atual presidente Luis Lacalle Pou, e Orsi, aliado do ex-presidente Pepe Mujica, estão em empate técnico, de acordo com as pesquisas mais recentes.

Analistas dizem que as campanhas sem brilho dos candidatos e o amplo consenso sobre questões-chave ajudaram a gerar uma extraordinária indecisão e apatia dos eleitores. A campanha foi dominada por discussões sobre impostos e gastos sociais, mas amplamente livre da fúria anti-establishment que impulsionou outsiders populistas ao poder em outros lugares.

Os resultados devem ser conhecidos a partir das 20h30 (horário de Brasília).

Delgado e Orsi saíram de casa cedo e entregaram biscoitos à imprensa, de acordo com o jornal uruguaio El País. Antes de votar, o candidato de centro-direita visitou a casa do atual presidente acompanhado de sua filha mais velha, Agustina, e de sua cachorra, Karla. Delgado disse à imprensa local que a militância estava muito animada e entusiasmada. Lacalle Pou declarou que recebeu o aliado político em casa como um “amigo”.

Cédulas de votação do segundo turno das eleições presidenciais do Uruguai. Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko

Orsi, por sua vez, saiu de casa tomando chimarrão - ele comemorou com jornalistas que a campanha eleitoral ocorreu “sem incidentes”. “A democracia tem que ser uma festa”, disse ele, de acordo com o El País.

Mujica também votou pela manhã, no bairro Cerro. O líder de esquerda chegou antes da abertura das urnas. Ele disse à imprensa que era importante criar esperança entre os eleitores mais jovens. “Meu futuro mais próximo é o cemitério, mas me interessa a sorte de vocês, dos jovens que quando tiverem minha idade vão viver em um mundo muito distinto", disse, de acordo com o El País.

O ex-presidente José Mujica vota em Montevidéu. Foto: Santiago Mazzarovich / AFP

Candidatos em empate técnico

Orsi, de 57 anos, e Delgado, de 55, disputam o governo da democracia mais sólida da América Latina, com uma renda per capita comparativamente alta e baixos níveis de pobreza. Um deles substituirá em março o atual presidente, Lacalle Pou, que deixa o poder com um alto índice de aprovação – a reeleição é vetada pela Constituição uruguaia.

Orsi é a aposta da Frente Ampla para recuperar a presidência, perdida para Lacalle Pou em 2019, após 15 anos no poder – com dois mandatos de Tabaré Vázquez e um de Mujica. Silvia Martínez, doméstica de 60 anos, diz que votará em Orsi, já que, para ela, o Uruguai era melhor “em tudo” durante o período em que foi governado pela Frente Ampla.

Orsi saiu das urnas à frente no primeiro turno, em 27 de outubro, com 43,9% dos votos, insuficiente para evitar uma nova votação contra Delgado, que obteve 26,8%. No entanto, o governista recebeu apoio de quase todos os outros candidatos, que somados representariam 47,7% dos votos do primeiro turno.

Apesar da leve vantagem de Orsi sobre Delgado, analistas alertam que os dois estão em empate técnico. “Embora Orsi tenha subido em todas as sondagens, a diferença sobre Delgado diminuiu. É um cenário muito competitivo”, afirmou o sociólogo Eduardo Bottinelli, diretor da consultoria Factum. “O país está dividido e a eleição deve ser definida por menos de 50 mil votos” – a última, em 2019, foi decidida por 37 mil.

Os analistas não esperam mudanças significativas na economia, seja quem for o vencedor, embora possa haver diferenças na política comercial – Orsi prioriza o Mercosul, enquanto Delgado busca uma maior abertura para o mundo. Ambos querem impulsionar o crescimento, em recuperação após a desaceleração devido à pandemia e a uma seca histórica, e prometem reduzir o déficit fiscal.

No único debate da campanha, Orsi e Delgado se comprometeram em não aumentar a carga tributária e a combater a criminalidade. A segurança pública é a maior preocupação dos eleitores, segundo as pesquisas./AFP e AP

MONTEVIDÉU - Os candidatos à presidência do Uruguai, Alvaro Delgado e Yamandú Orsi, votaram neste domingo, 24, no segundo turno das eleições em Montevidéu. Delgado, apoiado pelo atual presidente Luis Lacalle Pou, e Orsi, aliado do ex-presidente Pepe Mujica, estão em empate técnico, de acordo com as pesquisas mais recentes.

Analistas dizem que as campanhas sem brilho dos candidatos e o amplo consenso sobre questões-chave ajudaram a gerar uma extraordinária indecisão e apatia dos eleitores. A campanha foi dominada por discussões sobre impostos e gastos sociais, mas amplamente livre da fúria anti-establishment que impulsionou outsiders populistas ao poder em outros lugares.

Os resultados devem ser conhecidos a partir das 20h30 (horário de Brasília).

Delgado e Orsi saíram de casa cedo e entregaram biscoitos à imprensa, de acordo com o jornal uruguaio El País. Antes de votar, o candidato de centro-direita visitou a casa do atual presidente acompanhado de sua filha mais velha, Agustina, e de sua cachorra, Karla. Delgado disse à imprensa local que a militância estava muito animada e entusiasmada. Lacalle Pou declarou que recebeu o aliado político em casa como um “amigo”.

Cédulas de votação do segundo turno das eleições presidenciais do Uruguai. Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko

Orsi, por sua vez, saiu de casa tomando chimarrão - ele comemorou com jornalistas que a campanha eleitoral ocorreu “sem incidentes”. “A democracia tem que ser uma festa”, disse ele, de acordo com o El País.

Mujica também votou pela manhã, no bairro Cerro. O líder de esquerda chegou antes da abertura das urnas. Ele disse à imprensa que era importante criar esperança entre os eleitores mais jovens. “Meu futuro mais próximo é o cemitério, mas me interessa a sorte de vocês, dos jovens que quando tiverem minha idade vão viver em um mundo muito distinto", disse, de acordo com o El País.

O ex-presidente José Mujica vota em Montevidéu. Foto: Santiago Mazzarovich / AFP

Candidatos em empate técnico

Orsi, de 57 anos, e Delgado, de 55, disputam o governo da democracia mais sólida da América Latina, com uma renda per capita comparativamente alta e baixos níveis de pobreza. Um deles substituirá em março o atual presidente, Lacalle Pou, que deixa o poder com um alto índice de aprovação – a reeleição é vetada pela Constituição uruguaia.

Orsi é a aposta da Frente Ampla para recuperar a presidência, perdida para Lacalle Pou em 2019, após 15 anos no poder – com dois mandatos de Tabaré Vázquez e um de Mujica. Silvia Martínez, doméstica de 60 anos, diz que votará em Orsi, já que, para ela, o Uruguai era melhor “em tudo” durante o período em que foi governado pela Frente Ampla.

Orsi saiu das urnas à frente no primeiro turno, em 27 de outubro, com 43,9% dos votos, insuficiente para evitar uma nova votação contra Delgado, que obteve 26,8%. No entanto, o governista recebeu apoio de quase todos os outros candidatos, que somados representariam 47,7% dos votos do primeiro turno.

Apesar da leve vantagem de Orsi sobre Delgado, analistas alertam que os dois estão em empate técnico. “Embora Orsi tenha subido em todas as sondagens, a diferença sobre Delgado diminuiu. É um cenário muito competitivo”, afirmou o sociólogo Eduardo Bottinelli, diretor da consultoria Factum. “O país está dividido e a eleição deve ser definida por menos de 50 mil votos” – a última, em 2019, foi decidida por 37 mil.

Os analistas não esperam mudanças significativas na economia, seja quem for o vencedor, embora possa haver diferenças na política comercial – Orsi prioriza o Mercosul, enquanto Delgado busca uma maior abertura para o mundo. Ambos querem impulsionar o crescimento, em recuperação após a desaceleração devido à pandemia e a uma seca histórica, e prometem reduzir o déficit fiscal.

No único debate da campanha, Orsi e Delgado se comprometeram em não aumentar a carga tributária e a combater a criminalidade. A segurança pública é a maior preocupação dos eleitores, segundo as pesquisas./AFP e AP

MONTEVIDÉU - Os candidatos à presidência do Uruguai, Alvaro Delgado e Yamandú Orsi, votaram neste domingo, 24, no segundo turno das eleições em Montevidéu. Delgado, apoiado pelo atual presidente Luis Lacalle Pou, e Orsi, aliado do ex-presidente Pepe Mujica, estão em empate técnico, de acordo com as pesquisas mais recentes.

Analistas dizem que as campanhas sem brilho dos candidatos e o amplo consenso sobre questões-chave ajudaram a gerar uma extraordinária indecisão e apatia dos eleitores. A campanha foi dominada por discussões sobre impostos e gastos sociais, mas amplamente livre da fúria anti-establishment que impulsionou outsiders populistas ao poder em outros lugares.

Os resultados devem ser conhecidos a partir das 20h30 (horário de Brasília).

Delgado e Orsi saíram de casa cedo e entregaram biscoitos à imprensa, de acordo com o jornal uruguaio El País. Antes de votar, o candidato de centro-direita visitou a casa do atual presidente acompanhado de sua filha mais velha, Agustina, e de sua cachorra, Karla. Delgado disse à imprensa local que a militância estava muito animada e entusiasmada. Lacalle Pou declarou que recebeu o aliado político em casa como um “amigo”.

Cédulas de votação do segundo turno das eleições presidenciais do Uruguai. Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko

Orsi, por sua vez, saiu de casa tomando chimarrão - ele comemorou com jornalistas que a campanha eleitoral ocorreu “sem incidentes”. “A democracia tem que ser uma festa”, disse ele, de acordo com o El País.

Mujica também votou pela manhã, no bairro Cerro. O líder de esquerda chegou antes da abertura das urnas. Ele disse à imprensa que era importante criar esperança entre os eleitores mais jovens. “Meu futuro mais próximo é o cemitério, mas me interessa a sorte de vocês, dos jovens que quando tiverem minha idade vão viver em um mundo muito distinto", disse, de acordo com o El País.

O ex-presidente José Mujica vota em Montevidéu. Foto: Santiago Mazzarovich / AFP

Candidatos em empate técnico

Orsi, de 57 anos, e Delgado, de 55, disputam o governo da democracia mais sólida da América Latina, com uma renda per capita comparativamente alta e baixos níveis de pobreza. Um deles substituirá em março o atual presidente, Lacalle Pou, que deixa o poder com um alto índice de aprovação – a reeleição é vetada pela Constituição uruguaia.

Orsi é a aposta da Frente Ampla para recuperar a presidência, perdida para Lacalle Pou em 2019, após 15 anos no poder – com dois mandatos de Tabaré Vázquez e um de Mujica. Silvia Martínez, doméstica de 60 anos, diz que votará em Orsi, já que, para ela, o Uruguai era melhor “em tudo” durante o período em que foi governado pela Frente Ampla.

Orsi saiu das urnas à frente no primeiro turno, em 27 de outubro, com 43,9% dos votos, insuficiente para evitar uma nova votação contra Delgado, que obteve 26,8%. No entanto, o governista recebeu apoio de quase todos os outros candidatos, que somados representariam 47,7% dos votos do primeiro turno.

Apesar da leve vantagem de Orsi sobre Delgado, analistas alertam que os dois estão em empate técnico. “Embora Orsi tenha subido em todas as sondagens, a diferença sobre Delgado diminuiu. É um cenário muito competitivo”, afirmou o sociólogo Eduardo Bottinelli, diretor da consultoria Factum. “O país está dividido e a eleição deve ser definida por menos de 50 mil votos” – a última, em 2019, foi decidida por 37 mil.

Os analistas não esperam mudanças significativas na economia, seja quem for o vencedor, embora possa haver diferenças na política comercial – Orsi prioriza o Mercosul, enquanto Delgado busca uma maior abertura para o mundo. Ambos querem impulsionar o crescimento, em recuperação após a desaceleração devido à pandemia e a uma seca histórica, e prometem reduzir o déficit fiscal.

No único debate da campanha, Orsi e Delgado se comprometeram em não aumentar a carga tributária e a combater a criminalidade. A segurança pública é a maior preocupação dos eleitores, segundo as pesquisas./AFP e AP

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