Os principais atores do Dia D na Normandia


Eisenhower, Bradley, Montgomery, Churchill e De Gaulle entre os aliados; Rommel e von Rundstedt do lado dos alemães foram peças-chave no 6 de junho de 1944

Por Redação
Atualização:

PARIS - Eisenhower, Bradley, Montgomery, Churchill e De Gaulle entre os aliados. Rommel e von Rundstedt do lado dos alemães. Apesar de não estarem todos na Normandia, no dia 6 de junho de1944, foram figuras destacadas no Dia D

• Eisenhower, o grande líder

O general Dwight Eisenhower (1890-1969), nascido em uma família modesta de testemunhas de Jeová, com ascendência paterna alemã, comanda de Londres as forças aliadas na Europa. No dia 5 de junho de 1944, "Ike" aproveita uma melhora no tempo e lança a Operação Overlord. 

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Dwight Eisenhower, comandante das Forças Aliadas que enfrentaram os nazistas Foto: U.S. National Archives via The New York Times

"Os homens livres do mundo marcham para a vitória... Só aceitaremos a vitória total!", declarou no dia 6 de junho em sua ordem do dia aos "Soldados, Fuzileiros e Aviadores das Forças Expedicionárias Aliadas". 

Chefe do Estado-Maior americano e mais tarde comandante supremo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), foi eleito presidente dos Estados Unidos em novembro de 1952, e governou durante dois mandatos. 

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• Bradley, "O General soldado"

Membro da Infantaria e conhecido como o "General soldado", o americano Omar Bradley (1893-1981) destruiu com os britânicos em 1943 na Tunísia o temível Exército do marechal Rommel, o Afrika Korps, e se distinguiu na Sicília em 1943. 

General Omar Bradley comandou as forças americanas durante o desembarque na Normandia Foto: AFP
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Mais tarde comandou as forças americanas durante o desembarque. Libertou a Bretanha e se dirigiu ao Reno, entrando na Alemanha até o Elba, onde confluiu com o Exército Vermelho em meados de abril de 1945. Libertou o campo de extermínio de Mathausen, na Áustria. Em 1949, se tornou o primeiro chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos. 

• Montgomery: o estrategista

Bernard Montgomery (1887-1976) comandou em 1940 o 2º Corpo do Exército britânico e em 1942 o 8º Exército. Este excelente estrategista preparou a invasão da Itália e, mais tarde, foi chamado a Londres por Eisenhower para organizar o desembarque. 

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Na Normandia, alguns aliados criticaram seu comando diante do lento avanço das tropas britânicas na região de Caen. Mas era o próprio Churchill que influenciava as decisões de "Monty". 

• Churchill, o "velho leão"

Winston Churchill (1874-1965) se tornou o chefe militar ao assumir um governo de coalizão em 10 de maio de 1940, após o ataque nazista à Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França. "Não tenho nada mais a oferecer que sangue, esforço, lágrimas e suor" com um único objetivo: "a vitória, vitória a qualquer preço", declarou na ocasião. 

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Premiê britânico Winston Churchill e seu general Bernard Montgomery (2º à dir.) desembarcam em Rhine, na França, em 1945 Foto: AFP

Convocou a população através da emissora estatal BBC, cujas ondas concedeu a Charles de Gaulle para um memorável discurso em 18 de junho de 1940. Os preparativos para a Overlord, operação decidida com Roosevelt e Stalin, o obrigaram a passar dias no subsolo londrino. Em 1953, suas memórias lhe valeram o Nobel de Literatura. 

• De Gaulle, afastado

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Desde junho de 1940, Charles de Gaulle (1890-1970) tratou de manter a França na guerra para garantir sua presença entre os vencedores. Mas os aliados o excluíram na hora do desembarque. No início de junho de 1944, rejeitou tudo relacionado a uma administração provisória da França por parte dos aliados. 

Voltou à França em 14 de junho. "Levei vários dias preparando esta viagem, mas os aliados não se apressaram em facilitá-la", denunciou em suas Memórias de guerra. Já como presidente, declinou assistir à cerimônia do desembarque, como em 1964, por ocasião de seu vigésimo aniversário. 

• Rommel estava na Alemanha

O marechal Erwin Rommel (1891-1944), conhecido como a "Raposa do Deserto" por seus sucessos na Líbia, organizou a resistência alemã diante da ofensiva aliada de 6 de junho. Não demorou a perceber que a Alemanha não poderia vencer a guerra e já em fevereiro de 1944 foi convocado por um grupo de oficiais que planejavam derrubar Hitler. 

Marechal Erwin Rommel organizou a resistência alemã contra a ofensiva do Dia D Foto: AFP

No dia 6 de junho de 1944 estava na Alemanha para o aniversário de sua mulher. Voltou ao mesmo dia para a França. Ferido no dia 17 de julho de 1944 por um avião britânico, não pode ajudar os conspiradores do 20 de julho. Hitler decidiu não julgá-lo, mas ordenou que se envenenasse. Recebeu um funeral de Estado. 

• Von Rundstedt, crítico mas legalista

O general Gerd von Rundstedt (1875-1953) comandou na França a batalha das Ardenas (1940) e a campanha na Rússia. Após o desembarque na Normandia aconselhou Hitler a negociar a paz. Furioso, o "Führer" o destituiu e o substituiu por Gunther von Kluge. Capturado e preso pelos britânicos, foi acusado de crimes de guerra. Mas em 1949 foi libertado por razões de saúde. / AFP

PARIS - Eisenhower, Bradley, Montgomery, Churchill e De Gaulle entre os aliados. Rommel e von Rundstedt do lado dos alemães. Apesar de não estarem todos na Normandia, no dia 6 de junho de1944, foram figuras destacadas no Dia D

• Eisenhower, o grande líder

O general Dwight Eisenhower (1890-1969), nascido em uma família modesta de testemunhas de Jeová, com ascendência paterna alemã, comanda de Londres as forças aliadas na Europa. No dia 5 de junho de 1944, "Ike" aproveita uma melhora no tempo e lança a Operação Overlord. 

Dwight Eisenhower, comandante das Forças Aliadas que enfrentaram os nazistas Foto: U.S. National Archives via The New York Times

"Os homens livres do mundo marcham para a vitória... Só aceitaremos a vitória total!", declarou no dia 6 de junho em sua ordem do dia aos "Soldados, Fuzileiros e Aviadores das Forças Expedicionárias Aliadas". 

Chefe do Estado-Maior americano e mais tarde comandante supremo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), foi eleito presidente dos Estados Unidos em novembro de 1952, e governou durante dois mandatos. 

• Bradley, "O General soldado"

Membro da Infantaria e conhecido como o "General soldado", o americano Omar Bradley (1893-1981) destruiu com os britânicos em 1943 na Tunísia o temível Exército do marechal Rommel, o Afrika Korps, e se distinguiu na Sicília em 1943. 

General Omar Bradley comandou as forças americanas durante o desembarque na Normandia Foto: AFP

Mais tarde comandou as forças americanas durante o desembarque. Libertou a Bretanha e se dirigiu ao Reno, entrando na Alemanha até o Elba, onde confluiu com o Exército Vermelho em meados de abril de 1945. Libertou o campo de extermínio de Mathausen, na Áustria. Em 1949, se tornou o primeiro chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos. 

• Montgomery: o estrategista

Bernard Montgomery (1887-1976) comandou em 1940 o 2º Corpo do Exército britânico e em 1942 o 8º Exército. Este excelente estrategista preparou a invasão da Itália e, mais tarde, foi chamado a Londres por Eisenhower para organizar o desembarque. 

Na Normandia, alguns aliados criticaram seu comando diante do lento avanço das tropas britânicas na região de Caen. Mas era o próprio Churchill que influenciava as decisões de "Monty". 

• Churchill, o "velho leão"

Winston Churchill (1874-1965) se tornou o chefe militar ao assumir um governo de coalizão em 10 de maio de 1940, após o ataque nazista à Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França. "Não tenho nada mais a oferecer que sangue, esforço, lágrimas e suor" com um único objetivo: "a vitória, vitória a qualquer preço", declarou na ocasião. 

Premiê britânico Winston Churchill e seu general Bernard Montgomery (2º à dir.) desembarcam em Rhine, na França, em 1945 Foto: AFP

Convocou a população através da emissora estatal BBC, cujas ondas concedeu a Charles de Gaulle para um memorável discurso em 18 de junho de 1940. Os preparativos para a Overlord, operação decidida com Roosevelt e Stalin, o obrigaram a passar dias no subsolo londrino. Em 1953, suas memórias lhe valeram o Nobel de Literatura. 

• De Gaulle, afastado

Desde junho de 1940, Charles de Gaulle (1890-1970) tratou de manter a França na guerra para garantir sua presença entre os vencedores. Mas os aliados o excluíram na hora do desembarque. No início de junho de 1944, rejeitou tudo relacionado a uma administração provisória da França por parte dos aliados. 

Voltou à França em 14 de junho. "Levei vários dias preparando esta viagem, mas os aliados não se apressaram em facilitá-la", denunciou em suas Memórias de guerra. Já como presidente, declinou assistir à cerimônia do desembarque, como em 1964, por ocasião de seu vigésimo aniversário. 

• Rommel estava na Alemanha

O marechal Erwin Rommel (1891-1944), conhecido como a "Raposa do Deserto" por seus sucessos na Líbia, organizou a resistência alemã diante da ofensiva aliada de 6 de junho. Não demorou a perceber que a Alemanha não poderia vencer a guerra e já em fevereiro de 1944 foi convocado por um grupo de oficiais que planejavam derrubar Hitler. 

Marechal Erwin Rommel organizou a resistência alemã contra a ofensiva do Dia D Foto: AFP

No dia 6 de junho de 1944 estava na Alemanha para o aniversário de sua mulher. Voltou ao mesmo dia para a França. Ferido no dia 17 de julho de 1944 por um avião britânico, não pode ajudar os conspiradores do 20 de julho. Hitler decidiu não julgá-lo, mas ordenou que se envenenasse. Recebeu um funeral de Estado. 

• Von Rundstedt, crítico mas legalista

O general Gerd von Rundstedt (1875-1953) comandou na França a batalha das Ardenas (1940) e a campanha na Rússia. Após o desembarque na Normandia aconselhou Hitler a negociar a paz. Furioso, o "Führer" o destituiu e o substituiu por Gunther von Kluge. Capturado e preso pelos britânicos, foi acusado de crimes de guerra. Mas em 1949 foi libertado por razões de saúde. / AFP

PARIS - Eisenhower, Bradley, Montgomery, Churchill e De Gaulle entre os aliados. Rommel e von Rundstedt do lado dos alemães. Apesar de não estarem todos na Normandia, no dia 6 de junho de1944, foram figuras destacadas no Dia D

• Eisenhower, o grande líder

O general Dwight Eisenhower (1890-1969), nascido em uma família modesta de testemunhas de Jeová, com ascendência paterna alemã, comanda de Londres as forças aliadas na Europa. No dia 5 de junho de 1944, "Ike" aproveita uma melhora no tempo e lança a Operação Overlord. 

Dwight Eisenhower, comandante das Forças Aliadas que enfrentaram os nazistas Foto: U.S. National Archives via The New York Times

"Os homens livres do mundo marcham para a vitória... Só aceitaremos a vitória total!", declarou no dia 6 de junho em sua ordem do dia aos "Soldados, Fuzileiros e Aviadores das Forças Expedicionárias Aliadas". 

Chefe do Estado-Maior americano e mais tarde comandante supremo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), foi eleito presidente dos Estados Unidos em novembro de 1952, e governou durante dois mandatos. 

• Bradley, "O General soldado"

Membro da Infantaria e conhecido como o "General soldado", o americano Omar Bradley (1893-1981) destruiu com os britânicos em 1943 na Tunísia o temível Exército do marechal Rommel, o Afrika Korps, e se distinguiu na Sicília em 1943. 

General Omar Bradley comandou as forças americanas durante o desembarque na Normandia Foto: AFP

Mais tarde comandou as forças americanas durante o desembarque. Libertou a Bretanha e se dirigiu ao Reno, entrando na Alemanha até o Elba, onde confluiu com o Exército Vermelho em meados de abril de 1945. Libertou o campo de extermínio de Mathausen, na Áustria. Em 1949, se tornou o primeiro chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos. 

• Montgomery: o estrategista

Bernard Montgomery (1887-1976) comandou em 1940 o 2º Corpo do Exército britânico e em 1942 o 8º Exército. Este excelente estrategista preparou a invasão da Itália e, mais tarde, foi chamado a Londres por Eisenhower para organizar o desembarque. 

Na Normandia, alguns aliados criticaram seu comando diante do lento avanço das tropas britânicas na região de Caen. Mas era o próprio Churchill que influenciava as decisões de "Monty". 

• Churchill, o "velho leão"

Winston Churchill (1874-1965) se tornou o chefe militar ao assumir um governo de coalizão em 10 de maio de 1940, após o ataque nazista à Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França. "Não tenho nada mais a oferecer que sangue, esforço, lágrimas e suor" com um único objetivo: "a vitória, vitória a qualquer preço", declarou na ocasião. 

Premiê britânico Winston Churchill e seu general Bernard Montgomery (2º à dir.) desembarcam em Rhine, na França, em 1945 Foto: AFP

Convocou a população através da emissora estatal BBC, cujas ondas concedeu a Charles de Gaulle para um memorável discurso em 18 de junho de 1940. Os preparativos para a Overlord, operação decidida com Roosevelt e Stalin, o obrigaram a passar dias no subsolo londrino. Em 1953, suas memórias lhe valeram o Nobel de Literatura. 

• De Gaulle, afastado

Desde junho de 1940, Charles de Gaulle (1890-1970) tratou de manter a França na guerra para garantir sua presença entre os vencedores. Mas os aliados o excluíram na hora do desembarque. No início de junho de 1944, rejeitou tudo relacionado a uma administração provisória da França por parte dos aliados. 

Voltou à França em 14 de junho. "Levei vários dias preparando esta viagem, mas os aliados não se apressaram em facilitá-la", denunciou em suas Memórias de guerra. Já como presidente, declinou assistir à cerimônia do desembarque, como em 1964, por ocasião de seu vigésimo aniversário. 

• Rommel estava na Alemanha

O marechal Erwin Rommel (1891-1944), conhecido como a "Raposa do Deserto" por seus sucessos na Líbia, organizou a resistência alemã diante da ofensiva aliada de 6 de junho. Não demorou a perceber que a Alemanha não poderia vencer a guerra e já em fevereiro de 1944 foi convocado por um grupo de oficiais que planejavam derrubar Hitler. 

Marechal Erwin Rommel organizou a resistência alemã contra a ofensiva do Dia D Foto: AFP

No dia 6 de junho de 1944 estava na Alemanha para o aniversário de sua mulher. Voltou ao mesmo dia para a França. Ferido no dia 17 de julho de 1944 por um avião britânico, não pode ajudar os conspiradores do 20 de julho. Hitler decidiu não julgá-lo, mas ordenou que se envenenasse. Recebeu um funeral de Estado. 

• Von Rundstedt, crítico mas legalista

O general Gerd von Rundstedt (1875-1953) comandou na França a batalha das Ardenas (1940) e a campanha na Rússia. Após o desembarque na Normandia aconselhou Hitler a negociar a paz. Furioso, o "Führer" o destituiu e o substituiu por Gunther von Kluge. Capturado e preso pelos britânicos, foi acusado de crimes de guerra. Mas em 1949 foi libertado por razões de saúde. / AFP

PARIS - Eisenhower, Bradley, Montgomery, Churchill e De Gaulle entre os aliados. Rommel e von Rundstedt do lado dos alemães. Apesar de não estarem todos na Normandia, no dia 6 de junho de1944, foram figuras destacadas no Dia D

• Eisenhower, o grande líder

O general Dwight Eisenhower (1890-1969), nascido em uma família modesta de testemunhas de Jeová, com ascendência paterna alemã, comanda de Londres as forças aliadas na Europa. No dia 5 de junho de 1944, "Ike" aproveita uma melhora no tempo e lança a Operação Overlord. 

Dwight Eisenhower, comandante das Forças Aliadas que enfrentaram os nazistas Foto: U.S. National Archives via The New York Times

"Os homens livres do mundo marcham para a vitória... Só aceitaremos a vitória total!", declarou no dia 6 de junho em sua ordem do dia aos "Soldados, Fuzileiros e Aviadores das Forças Expedicionárias Aliadas". 

Chefe do Estado-Maior americano e mais tarde comandante supremo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), foi eleito presidente dos Estados Unidos em novembro de 1952, e governou durante dois mandatos. 

• Bradley, "O General soldado"

Membro da Infantaria e conhecido como o "General soldado", o americano Omar Bradley (1893-1981) destruiu com os britânicos em 1943 na Tunísia o temível Exército do marechal Rommel, o Afrika Korps, e se distinguiu na Sicília em 1943. 

General Omar Bradley comandou as forças americanas durante o desembarque na Normandia Foto: AFP

Mais tarde comandou as forças americanas durante o desembarque. Libertou a Bretanha e se dirigiu ao Reno, entrando na Alemanha até o Elba, onde confluiu com o Exército Vermelho em meados de abril de 1945. Libertou o campo de extermínio de Mathausen, na Áustria. Em 1949, se tornou o primeiro chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos. 

• Montgomery: o estrategista

Bernard Montgomery (1887-1976) comandou em 1940 o 2º Corpo do Exército britânico e em 1942 o 8º Exército. Este excelente estrategista preparou a invasão da Itália e, mais tarde, foi chamado a Londres por Eisenhower para organizar o desembarque. 

Na Normandia, alguns aliados criticaram seu comando diante do lento avanço das tropas britânicas na região de Caen. Mas era o próprio Churchill que influenciava as decisões de "Monty". 

• Churchill, o "velho leão"

Winston Churchill (1874-1965) se tornou o chefe militar ao assumir um governo de coalizão em 10 de maio de 1940, após o ataque nazista à Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França. "Não tenho nada mais a oferecer que sangue, esforço, lágrimas e suor" com um único objetivo: "a vitória, vitória a qualquer preço", declarou na ocasião. 

Premiê britânico Winston Churchill e seu general Bernard Montgomery (2º à dir.) desembarcam em Rhine, na França, em 1945 Foto: AFP

Convocou a população através da emissora estatal BBC, cujas ondas concedeu a Charles de Gaulle para um memorável discurso em 18 de junho de 1940. Os preparativos para a Overlord, operação decidida com Roosevelt e Stalin, o obrigaram a passar dias no subsolo londrino. Em 1953, suas memórias lhe valeram o Nobel de Literatura. 

• De Gaulle, afastado

Desde junho de 1940, Charles de Gaulle (1890-1970) tratou de manter a França na guerra para garantir sua presença entre os vencedores. Mas os aliados o excluíram na hora do desembarque. No início de junho de 1944, rejeitou tudo relacionado a uma administração provisória da França por parte dos aliados. 

Voltou à França em 14 de junho. "Levei vários dias preparando esta viagem, mas os aliados não se apressaram em facilitá-la", denunciou em suas Memórias de guerra. Já como presidente, declinou assistir à cerimônia do desembarque, como em 1964, por ocasião de seu vigésimo aniversário. 

• Rommel estava na Alemanha

O marechal Erwin Rommel (1891-1944), conhecido como a "Raposa do Deserto" por seus sucessos na Líbia, organizou a resistência alemã diante da ofensiva aliada de 6 de junho. Não demorou a perceber que a Alemanha não poderia vencer a guerra e já em fevereiro de 1944 foi convocado por um grupo de oficiais que planejavam derrubar Hitler. 

Marechal Erwin Rommel organizou a resistência alemã contra a ofensiva do Dia D Foto: AFP

No dia 6 de junho de 1944 estava na Alemanha para o aniversário de sua mulher. Voltou ao mesmo dia para a França. Ferido no dia 17 de julho de 1944 por um avião britânico, não pode ajudar os conspiradores do 20 de julho. Hitler decidiu não julgá-lo, mas ordenou que se envenenasse. Recebeu um funeral de Estado. 

• Von Rundstedt, crítico mas legalista

O general Gerd von Rundstedt (1875-1953) comandou na França a batalha das Ardenas (1940) e a campanha na Rússia. Após o desembarque na Normandia aconselhou Hitler a negociar a paz. Furioso, o "Führer" o destituiu e o substituiu por Gunther von Kluge. Capturado e preso pelos britânicos, foi acusado de crimes de guerra. Mas em 1949 foi libertado por razões de saúde. / AFP

PARIS - Eisenhower, Bradley, Montgomery, Churchill e De Gaulle entre os aliados. Rommel e von Rundstedt do lado dos alemães. Apesar de não estarem todos na Normandia, no dia 6 de junho de1944, foram figuras destacadas no Dia D

• Eisenhower, o grande líder

O general Dwight Eisenhower (1890-1969), nascido em uma família modesta de testemunhas de Jeová, com ascendência paterna alemã, comanda de Londres as forças aliadas na Europa. No dia 5 de junho de 1944, "Ike" aproveita uma melhora no tempo e lança a Operação Overlord. 

Dwight Eisenhower, comandante das Forças Aliadas que enfrentaram os nazistas Foto: U.S. National Archives via The New York Times

"Os homens livres do mundo marcham para a vitória... Só aceitaremos a vitória total!", declarou no dia 6 de junho em sua ordem do dia aos "Soldados, Fuzileiros e Aviadores das Forças Expedicionárias Aliadas". 

Chefe do Estado-Maior americano e mais tarde comandante supremo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), foi eleito presidente dos Estados Unidos em novembro de 1952, e governou durante dois mandatos. 

• Bradley, "O General soldado"

Membro da Infantaria e conhecido como o "General soldado", o americano Omar Bradley (1893-1981) destruiu com os britânicos em 1943 na Tunísia o temível Exército do marechal Rommel, o Afrika Korps, e se distinguiu na Sicília em 1943. 

General Omar Bradley comandou as forças americanas durante o desembarque na Normandia Foto: AFP

Mais tarde comandou as forças americanas durante o desembarque. Libertou a Bretanha e se dirigiu ao Reno, entrando na Alemanha até o Elba, onde confluiu com o Exército Vermelho em meados de abril de 1945. Libertou o campo de extermínio de Mathausen, na Áustria. Em 1949, se tornou o primeiro chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos. 

• Montgomery: o estrategista

Bernard Montgomery (1887-1976) comandou em 1940 o 2º Corpo do Exército britânico e em 1942 o 8º Exército. Este excelente estrategista preparou a invasão da Itália e, mais tarde, foi chamado a Londres por Eisenhower para organizar o desembarque. 

Na Normandia, alguns aliados criticaram seu comando diante do lento avanço das tropas britânicas na região de Caen. Mas era o próprio Churchill que influenciava as decisões de "Monty". 

• Churchill, o "velho leão"

Winston Churchill (1874-1965) se tornou o chefe militar ao assumir um governo de coalizão em 10 de maio de 1940, após o ataque nazista à Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França. "Não tenho nada mais a oferecer que sangue, esforço, lágrimas e suor" com um único objetivo: "a vitória, vitória a qualquer preço", declarou na ocasião. 

Premiê britânico Winston Churchill e seu general Bernard Montgomery (2º à dir.) desembarcam em Rhine, na França, em 1945 Foto: AFP

Convocou a população através da emissora estatal BBC, cujas ondas concedeu a Charles de Gaulle para um memorável discurso em 18 de junho de 1940. Os preparativos para a Overlord, operação decidida com Roosevelt e Stalin, o obrigaram a passar dias no subsolo londrino. Em 1953, suas memórias lhe valeram o Nobel de Literatura. 

• De Gaulle, afastado

Desde junho de 1940, Charles de Gaulle (1890-1970) tratou de manter a França na guerra para garantir sua presença entre os vencedores. Mas os aliados o excluíram na hora do desembarque. No início de junho de 1944, rejeitou tudo relacionado a uma administração provisória da França por parte dos aliados. 

Voltou à França em 14 de junho. "Levei vários dias preparando esta viagem, mas os aliados não se apressaram em facilitá-la", denunciou em suas Memórias de guerra. Já como presidente, declinou assistir à cerimônia do desembarque, como em 1964, por ocasião de seu vigésimo aniversário. 

• Rommel estava na Alemanha

O marechal Erwin Rommel (1891-1944), conhecido como a "Raposa do Deserto" por seus sucessos na Líbia, organizou a resistência alemã diante da ofensiva aliada de 6 de junho. Não demorou a perceber que a Alemanha não poderia vencer a guerra e já em fevereiro de 1944 foi convocado por um grupo de oficiais que planejavam derrubar Hitler. 

Marechal Erwin Rommel organizou a resistência alemã contra a ofensiva do Dia D Foto: AFP

No dia 6 de junho de 1944 estava na Alemanha para o aniversário de sua mulher. Voltou ao mesmo dia para a França. Ferido no dia 17 de julho de 1944 por um avião britânico, não pode ajudar os conspiradores do 20 de julho. Hitler decidiu não julgá-lo, mas ordenou que se envenenasse. Recebeu um funeral de Estado. 

• Von Rundstedt, crítico mas legalista

O general Gerd von Rundstedt (1875-1953) comandou na França a batalha das Ardenas (1940) e a campanha na Rússia. Após o desembarque na Normandia aconselhou Hitler a negociar a paz. Furioso, o "Führer" o destituiu e o substituiu por Gunther von Kluge. Capturado e preso pelos britânicos, foi acusado de crimes de guerra. Mas em 1949 foi libertado por razões de saúde. / AFP

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