Otan aponta que míssil de fabricação russa que explodiu na Polônia seria da Ucrânia


Presidente polonês e secretário-geral da Otan afirmaram que apuração preliminar indica que projétil era do sistema de defesa antiaérea da Ucrânia; Moscou elogiou autoridades americanas por ‘reação comedida’ após alerta sobre explosão

Por Redação
Atualização:

Autoridades da Polônia e da Otan afirmaram nesta quarta-feira, 16, que o míssil de fabricação russa que explodiu e matou duas pessoas no país do Leste Europeu provavelmente foram disparados pela Ucrânia, em um incidente classificado pelo presidente polonês, Andrzej Duda, como um “incidente infeliz”.

Um dia após a Polônia elevar seu alerta militar ao nível máximo com a confirmação da morte de duas pessoas em uma área de plantação de grãos na cidade de Przewodów, próximo da fronteira com a Ucrânia, países-membro da Otan e autoridades polonesas fizeram declarações públicas diminuindo o nível de tensão. Duda afirmou que “muito provavelmente” o míssil que atingiu seu país foi disparado por Kiev ― praticamente isentando Moscou de ter realizado um ataque direto.

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“Absolutamente nada indica que este foi um ataque intencional contra a Polônia (...) É muito provável que tenha sido um foguete usado pela defesa antimísseis, o que significa que foi usado pelas forças de defesa da Ucrânia”, disse o presidente a repórteres.

O presidente da Polônia, Andrzej Duda, durante o encontro do comitê de segurança da Otan, após a explosão de míssil em vila do país. Foto: Agencja Wyborcza.pl via REUTERS

Embora a declaração reduza às tensões ― uma vez que um ataque direto da Rússia a um membro da Otan poderia ocasionar uma reação de todos os países da aliança, em função ao acordo de defesa coletiva do bloco ―, o presidente polonês não isentou Moscou de culpa pelo incidente.

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“A Ucrânia se defendeu – o que é óbvio e compreensível – também disparando mísseis cuja tarefa era derrubar mísseis russos”, disse ele. “Portanto, estávamos lidando com um embate gravíssimo causado pelo lado russo, assim como todo o conflito. A queda de ontem com certeza é provocada pelo lado russo”, disse Duda.

No mesmo sentido, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que a aliança militar não tem indícios de um ataque deliberado à Polônia, mas se negou a livrar a Rússia de culpa pela explosão. “Nossas análises preliminares sugerem que o incidente foi provavelmente causado por um míssil do sistema de defesa aérea ucraniano para defender o país de mísseis russos”, disse Stoltenberg no final de uma reunião de emergência dos embaixadores da Otan, realizada em Bruxelas nesta quarta-feira. “Isso não é culpa da Ucrânia; A Rússia tem a responsabilidade final”, acrescentou.

“Deixe-me ser claro. Isso não é culpa da Ucrânia”, acrescentou Stolte. “A Rússia tem a responsabilidade final ao continuar sua guerra ilegal contra a Ucrânia.”

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O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia negou que um de seus mísseis estivesse envolvido na explosão, que o presidente Volodimir Zelenski chamou de “escalada” da Rússia. Em uma publicação nas redes sociais repercutida pelo jornal britânico The Guardian, o secretário do Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksii Danilov, solicitou “acesso imediato” ao local da explosão no leste da Polônia.

Danilov afirmou que a Ucrânia queria um “estudo conjunto” do incidente, e acrescentou que espera que os aliados ocidentais forneçam as informações que serviram de base para suas conclusões de que o incidente pode ter sido causado pelas defesas aéreas da Ucrânia.

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Desde que o incidente com o míssil de fabricação russa foi confirmado pelo Ministério das Relações Exteriores da Polônia, autoridades ocidentais adotaram um tom cauteloso sobre um possível ataque direto da Rússia ao bloco. O próprio Duda se negou a confirmar que o míssil havia sido disparado pela Rússia ontem, após o anúncio de sua diplomacia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que era “improvável” que o projétil tivesse sido disparado de território russo.

Antes mesmo das declarações dos líderes da Otan, o Kremlin elogiou o que classificou de “reação comedida” dos EUA sobre o caso. “A reação comedida e profissional do lado dos EUA deve ser destacada”, disse à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, denunciando a “histeria” de “altos funcionários de vários países”. “A Rússia não tem nada a ver com o incidente na Polônia”, acrescentou.

O Ministério da Defesa da Rússia negou ter atacado Kiev na terça-feira, 15, e afirmou que os danos na capital ucraniana foram provocados pela defesa antiaérea ucraniana. Ao mesmo tempo, o ministério afirmou que a Rússia destruiu todos os alvos que havia estabelecido na Ucrânia na terça-feira.

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A explosão em solo polonês aconteceu na terça-feira, enquanto líderes do G20 realizavam uma cúpula em Bali, na Indonésia.

De acordo com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, danos foram causados por míssil da defesa antiaérea ucraniana. Foto: Olivier Hoslet/ EFE

Ao final do encontro, as autoridades divulgaram um comunicado conjunto incluindo uma condenação da maioria dos países à guerra na Ucrânia e destacando seu grave impacto na economia mundial. “É a primeira declaração conjunta desde fevereiro de 2022″, celebrou o presidente do país anfitrião, o indonésio Joko Widodo, que reconheceu “discussões muito duras” para alcançar um texto unânime.

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O comunicado final do G20 reconhece “outros pontos de vista”, mas afirma que “a maioria dos membros condena de maneira veemente a guerra na Ucrânia e destacaram que está provocando um imenso sofrimento humano”.

Também aponta que o conflito “afetou de maneira ainda mais negativa a economia global” e considera “inadmissível” o uso de armas nucleares ou a ameaça de recorrer a este tipo de armamento, como já fez de maneira velada o presidente russo Vladimir Putin./ WPOST e AFP

Autoridades da Polônia e da Otan afirmaram nesta quarta-feira, 16, que o míssil de fabricação russa que explodiu e matou duas pessoas no país do Leste Europeu provavelmente foram disparados pela Ucrânia, em um incidente classificado pelo presidente polonês, Andrzej Duda, como um “incidente infeliz”.

Um dia após a Polônia elevar seu alerta militar ao nível máximo com a confirmação da morte de duas pessoas em uma área de plantação de grãos na cidade de Przewodów, próximo da fronteira com a Ucrânia, países-membro da Otan e autoridades polonesas fizeram declarações públicas diminuindo o nível de tensão. Duda afirmou que “muito provavelmente” o míssil que atingiu seu país foi disparado por Kiev ― praticamente isentando Moscou de ter realizado um ataque direto.

“Absolutamente nada indica que este foi um ataque intencional contra a Polônia (...) É muito provável que tenha sido um foguete usado pela defesa antimísseis, o que significa que foi usado pelas forças de defesa da Ucrânia”, disse o presidente a repórteres.

O presidente da Polônia, Andrzej Duda, durante o encontro do comitê de segurança da Otan, após a explosão de míssil em vila do país. Foto: Agencja Wyborcza.pl via REUTERS

Embora a declaração reduza às tensões ― uma vez que um ataque direto da Rússia a um membro da Otan poderia ocasionar uma reação de todos os países da aliança, em função ao acordo de defesa coletiva do bloco ―, o presidente polonês não isentou Moscou de culpa pelo incidente.

“A Ucrânia se defendeu – o que é óbvio e compreensível – também disparando mísseis cuja tarefa era derrubar mísseis russos”, disse ele. “Portanto, estávamos lidando com um embate gravíssimo causado pelo lado russo, assim como todo o conflito. A queda de ontem com certeza é provocada pelo lado russo”, disse Duda.

No mesmo sentido, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que a aliança militar não tem indícios de um ataque deliberado à Polônia, mas se negou a livrar a Rússia de culpa pela explosão. “Nossas análises preliminares sugerem que o incidente foi provavelmente causado por um míssil do sistema de defesa aérea ucraniano para defender o país de mísseis russos”, disse Stoltenberg no final de uma reunião de emergência dos embaixadores da Otan, realizada em Bruxelas nesta quarta-feira. “Isso não é culpa da Ucrânia; A Rússia tem a responsabilidade final”, acrescentou.

“Deixe-me ser claro. Isso não é culpa da Ucrânia”, acrescentou Stolte. “A Rússia tem a responsabilidade final ao continuar sua guerra ilegal contra a Ucrânia.”

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia negou que um de seus mísseis estivesse envolvido na explosão, que o presidente Volodimir Zelenski chamou de “escalada” da Rússia. Em uma publicação nas redes sociais repercutida pelo jornal britânico The Guardian, o secretário do Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksii Danilov, solicitou “acesso imediato” ao local da explosão no leste da Polônia.

Danilov afirmou que a Ucrânia queria um “estudo conjunto” do incidente, e acrescentou que espera que os aliados ocidentais forneçam as informações que serviram de base para suas conclusões de que o incidente pode ter sido causado pelas defesas aéreas da Ucrânia.

Desde que o incidente com o míssil de fabricação russa foi confirmado pelo Ministério das Relações Exteriores da Polônia, autoridades ocidentais adotaram um tom cauteloso sobre um possível ataque direto da Rússia ao bloco. O próprio Duda se negou a confirmar que o míssil havia sido disparado pela Rússia ontem, após o anúncio de sua diplomacia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que era “improvável” que o projétil tivesse sido disparado de território russo.

Antes mesmo das declarações dos líderes da Otan, o Kremlin elogiou o que classificou de “reação comedida” dos EUA sobre o caso. “A reação comedida e profissional do lado dos EUA deve ser destacada”, disse à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, denunciando a “histeria” de “altos funcionários de vários países”. “A Rússia não tem nada a ver com o incidente na Polônia”, acrescentou.

O Ministério da Defesa da Rússia negou ter atacado Kiev na terça-feira, 15, e afirmou que os danos na capital ucraniana foram provocados pela defesa antiaérea ucraniana. Ao mesmo tempo, o ministério afirmou que a Rússia destruiu todos os alvos que havia estabelecido na Ucrânia na terça-feira.

A explosão em solo polonês aconteceu na terça-feira, enquanto líderes do G20 realizavam uma cúpula em Bali, na Indonésia.

De acordo com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, danos foram causados por míssil da defesa antiaérea ucraniana. Foto: Olivier Hoslet/ EFE

Ao final do encontro, as autoridades divulgaram um comunicado conjunto incluindo uma condenação da maioria dos países à guerra na Ucrânia e destacando seu grave impacto na economia mundial. “É a primeira declaração conjunta desde fevereiro de 2022″, celebrou o presidente do país anfitrião, o indonésio Joko Widodo, que reconheceu “discussões muito duras” para alcançar um texto unânime.

O comunicado final do G20 reconhece “outros pontos de vista”, mas afirma que “a maioria dos membros condena de maneira veemente a guerra na Ucrânia e destacaram que está provocando um imenso sofrimento humano”.

Também aponta que o conflito “afetou de maneira ainda mais negativa a economia global” e considera “inadmissível” o uso de armas nucleares ou a ameaça de recorrer a este tipo de armamento, como já fez de maneira velada o presidente russo Vladimir Putin./ WPOST e AFP

Autoridades da Polônia e da Otan afirmaram nesta quarta-feira, 16, que o míssil de fabricação russa que explodiu e matou duas pessoas no país do Leste Europeu provavelmente foram disparados pela Ucrânia, em um incidente classificado pelo presidente polonês, Andrzej Duda, como um “incidente infeliz”.

Um dia após a Polônia elevar seu alerta militar ao nível máximo com a confirmação da morte de duas pessoas em uma área de plantação de grãos na cidade de Przewodów, próximo da fronteira com a Ucrânia, países-membro da Otan e autoridades polonesas fizeram declarações públicas diminuindo o nível de tensão. Duda afirmou que “muito provavelmente” o míssil que atingiu seu país foi disparado por Kiev ― praticamente isentando Moscou de ter realizado um ataque direto.

“Absolutamente nada indica que este foi um ataque intencional contra a Polônia (...) É muito provável que tenha sido um foguete usado pela defesa antimísseis, o que significa que foi usado pelas forças de defesa da Ucrânia”, disse o presidente a repórteres.

O presidente da Polônia, Andrzej Duda, durante o encontro do comitê de segurança da Otan, após a explosão de míssil em vila do país. Foto: Agencja Wyborcza.pl via REUTERS

Embora a declaração reduza às tensões ― uma vez que um ataque direto da Rússia a um membro da Otan poderia ocasionar uma reação de todos os países da aliança, em função ao acordo de defesa coletiva do bloco ―, o presidente polonês não isentou Moscou de culpa pelo incidente.

“A Ucrânia se defendeu – o que é óbvio e compreensível – também disparando mísseis cuja tarefa era derrubar mísseis russos”, disse ele. “Portanto, estávamos lidando com um embate gravíssimo causado pelo lado russo, assim como todo o conflito. A queda de ontem com certeza é provocada pelo lado russo”, disse Duda.

No mesmo sentido, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que a aliança militar não tem indícios de um ataque deliberado à Polônia, mas se negou a livrar a Rússia de culpa pela explosão. “Nossas análises preliminares sugerem que o incidente foi provavelmente causado por um míssil do sistema de defesa aérea ucraniano para defender o país de mísseis russos”, disse Stoltenberg no final de uma reunião de emergência dos embaixadores da Otan, realizada em Bruxelas nesta quarta-feira. “Isso não é culpa da Ucrânia; A Rússia tem a responsabilidade final”, acrescentou.

“Deixe-me ser claro. Isso não é culpa da Ucrânia”, acrescentou Stolte. “A Rússia tem a responsabilidade final ao continuar sua guerra ilegal contra a Ucrânia.”

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia negou que um de seus mísseis estivesse envolvido na explosão, que o presidente Volodimir Zelenski chamou de “escalada” da Rússia. Em uma publicação nas redes sociais repercutida pelo jornal britânico The Guardian, o secretário do Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksii Danilov, solicitou “acesso imediato” ao local da explosão no leste da Polônia.

Danilov afirmou que a Ucrânia queria um “estudo conjunto” do incidente, e acrescentou que espera que os aliados ocidentais forneçam as informações que serviram de base para suas conclusões de que o incidente pode ter sido causado pelas defesas aéreas da Ucrânia.

Desde que o incidente com o míssil de fabricação russa foi confirmado pelo Ministério das Relações Exteriores da Polônia, autoridades ocidentais adotaram um tom cauteloso sobre um possível ataque direto da Rússia ao bloco. O próprio Duda se negou a confirmar que o míssil havia sido disparado pela Rússia ontem, após o anúncio de sua diplomacia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que era “improvável” que o projétil tivesse sido disparado de território russo.

Antes mesmo das declarações dos líderes da Otan, o Kremlin elogiou o que classificou de “reação comedida” dos EUA sobre o caso. “A reação comedida e profissional do lado dos EUA deve ser destacada”, disse à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, denunciando a “histeria” de “altos funcionários de vários países”. “A Rússia não tem nada a ver com o incidente na Polônia”, acrescentou.

O Ministério da Defesa da Rússia negou ter atacado Kiev na terça-feira, 15, e afirmou que os danos na capital ucraniana foram provocados pela defesa antiaérea ucraniana. Ao mesmo tempo, o ministério afirmou que a Rússia destruiu todos os alvos que havia estabelecido na Ucrânia na terça-feira.

A explosão em solo polonês aconteceu na terça-feira, enquanto líderes do G20 realizavam uma cúpula em Bali, na Indonésia.

De acordo com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, danos foram causados por míssil da defesa antiaérea ucraniana. Foto: Olivier Hoslet/ EFE

Ao final do encontro, as autoridades divulgaram um comunicado conjunto incluindo uma condenação da maioria dos países à guerra na Ucrânia e destacando seu grave impacto na economia mundial. “É a primeira declaração conjunta desde fevereiro de 2022″, celebrou o presidente do país anfitrião, o indonésio Joko Widodo, que reconheceu “discussões muito duras” para alcançar um texto unânime.

O comunicado final do G20 reconhece “outros pontos de vista”, mas afirma que “a maioria dos membros condena de maneira veemente a guerra na Ucrânia e destacaram que está provocando um imenso sofrimento humano”.

Também aponta que o conflito “afetou de maneira ainda mais negativa a economia global” e considera “inadmissível” o uso de armas nucleares ou a ameaça de recorrer a este tipo de armamento, como já fez de maneira velada o presidente russo Vladimir Putin./ WPOST e AFP

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