Países membros da Otan estão reunidos em Washington desde a terça-feira, 9, para celebrar os 75 anos da aliança militar e tratar de seu futuro. Mas a celebração tem um sabor de preocupação conforme sua principal liderança, o presidente dos EUA, Joe Biden, enfrenta sérios apuros dentro de casa.
A cúpula vai até quinta-feira, 11, e tem como um de seus objetivos enviar uma mensagem a Vladimir Putin e outros potenciais adversários de que a Otan está maior e mais poderosa. No entanto, ela é ofuscada pela incerteza sobre se Biden permanecerá na disputa por um segundo mandato e pela grande possibilidade do retorno do ex-presidente Donald Trump, que uma vez declarou a Otan obsoleta e ameaçou tirar os EUA da aliança.
Mais recentemente, Trump disse que deixaria os russos fazerem “o que quisessem” com qualquer país membro que ele considerasse estar contribuindo de maneira insuficiente para a aliança. Nos últimos dias, conforme Trump avançava nas pesquisas pós-debate eleitoral, os principais aliados europeus começaram a discutir o que um segundo mandato do republicano poderia significar para a aliança – e se ela pode enfrentar a Rússia sem armas, dinheiro e coleta de inteligência americanos em seu centro.
Democratas
Por outro lado, Biden, com 81 anos, talvez seja o defensor mais vocal em Washington de uma aliança que cresceu de 12 membros, em 1949, para 32 atualmente, conforme a era do conflito de superpotências ressurgiu. Mas, ao se reunirem, os líderes estarão observando cada movimento do americano e ouvindo cada palavra sua em busca dos mesmos sinais nos quais os americanos estão focados: se ele pode seguir por mais quatro anos no cargo.
Enquanto isso, o apoio a Biden dentro de seu partido está em discussão. Os democratas da Câmara se reuniram reservadamente no Capitólio por duas horas ontem para debater suas preocupações sobre a candidatura. Mas, segundo a imprensa americana, os legisladores pareciam não ter chegado a um consenso. / NYT e W.POST