Pandas, fentanil e Taiwan: saiba mais sobre a reunião entre os presidentes dos EUA e China


O presidente americano, Joe Biden, afirmou que a reunião incluiu “algumas das discussões mais construtivas e produtivas” que ele já teve com o líder da China, Xi Jinping

Por Redação

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, se reuniram na quarta-feira, 15, em São Francisco, nos Estados Unidos, em meio a um encontro do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico. Esta foi a primeira reunião dos dois líderes em um ano, quando Biden e Jinping se reunião em Bali, na Indonésia, nas margens da reunião do G-20 do ano passado.

Além de uma reunião bilateral formal, os dois presidentes almoçaram com os principais conselheiros e passearam pelos jardins verdejantes da luxuosa propriedade onde ocorreu o encontro.

Biden afirmou que a reunião incluiu “algumas das discussões mais construtivas e produtivas que tivemos”. Ele acrescentou que os dois líderes “manterão as linhas de comunicação abertas” e que Xi Jinping está “disposto a atender o telefone”.

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Em outro sinal potencial de uma melhora nas relações entre os países, o presidente chinês sinalizou que Pequim enviaria novos pandas aos Estados Unidos depois que os três do Zoológico Nacional Smithsonian, em Washington, foram devolvidos no início deste mês. Em um discurso, Jinping afirmou que queria “aprofundar os laços de amizade entre os nossos dois povos”.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, se cumprimentam antes de uma reunião bilateral em São Francisco, nos Estados Unidos  Foto: Doug Mills/The NY Times

Saiba mais sobre o encontro entre os líderes:

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Novos acordos

Biden saiu da reunião com compromissos sobre questões importantes.

Jinping concordou em ajudar a conter a produção ilícita de fentanil, um componente mortal de drogas vendidas nos Estados Unidos. Um alto funcionário do governo, que falou sob condição de anonimato para discutir uma reunião privada, disse que a mudança será um revés para os traficantes de drogas latino-americanos.

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“Isso vai salvar vidas e apreciei o compromisso do presidente Xi nesta questão”, afirmou Biden em entrevista coletiva após sua reunião.

Além disso, Biden e Jinping chegaram a um acordo para retomar as comunicações entre militares. Isso significa que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, falará com seu homólogo chinês assim que alguém for nomeado para o cargo, apontou Biden.

Uma tela de televisão transmite um programa de notícias na China com uma imagem da reunião entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente americano, Joe Biden  Foto: Jade Gao/AFP
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Biden disse que os EUA e a China também falariam mais sobre inteligência artificial.

“Vamos reunir nossos especialistas e discutir questões de risco e segurança”, disse ele.

Os acordos ajudaram a cumprir o objetivo da Casa Branca para a reunião – provar aos eleitores que a dedicação de Biden à diplomacia pessoal está valendo a pena.

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No domingo, o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan disse à CNN americana que Biden queria “maneiras práticas” de mostrar que o encontro com Xi Jinping pode ajudar a “defender os interesses americanos e também proporcionar progresso nas prioridades do povo americano”.

Zoe Liu, bolsista de estudos sobre a China no Conselho de Relações Exteriores, descreveu o encontro entre Biden e Jinping como um passo positivo, embora incremental. “Estes acordos não vão mudar os desafios estruturais nas relações bilaterais, mas abrem caminho para discussões mais detalhadas a nível de trabalho, o que é mais importante”, disse ela.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o presidente da China, Xi Jinping, em uma caminhada na propriedade em que os dois tiveram uma reunião bilateral em São Francisco, Estados Unidos  Foto: Doug Mills/The New York Times
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Biden pressiona Xi Jinping sobre Irã

O democrata pediu ao seu homologo que usasse a sua influencia com o Irã para tentar acalmar as tensões na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que é financiado por Teerã.

Um oficial americano afirmou que Biden foi quem mais falou sobre o assunto, e que Xi ouviu principalmente, e que era muito cedo para dizer que tipo de mensagem a China iria enviar ao Irã. Biden também pressionou Xi Jinping a reduzir o apoio militar a Rússia em meio a guerra com a Ucrânia.

Taiwan

Biden e Jinping mantiveram uma discussão “lúcida” e “não acalorada” sobre Taiwano tema mais sensível na relação com maior potencial para se transformar em um conflito mais amplo. Biden apontou que reafirmou a política de “Uma China” dos Estados Unidos e a sua crença de que qualquer resolução deve ser pacífica.

“Não vou mudar isso”, disse Biden. “Isso não vai mudar.”

Ele reiterou, porém, que os EUA continuariam financiado e fornecendo armas a Taiwan como forma de dissuasão contra qualquer tentativa da China de usar a força para reunificar a ilha autônoma com o continente.

Segundo uma autoridade dos EUA com conhecimento sobre as discussões, Xi Jinping disse a Biden que não tinha planos de invadir a ilha, embora Biden o tenha repreendido pelo enorme aumento militar da China em torno de Taiwan. Biden também apelou à China para evitar interferir nas eleições de Taiwan no próximo ano.

Delegações de China e Estados Unidos se reúnem em São Francisco, nos Estados Unidos  Foto: Brendan Smialowski/AFP

Desafios econômicos

Xi chegou a São Francisco em um momento de desafios económicos na China, onde o envelhecimento da população e a dívida crescente dificultaram a sua recuperação da pandemia da Covid-19.

De acordo com a descrição da reunião feita por Pequim, Xi pressionou Biden a suspender as sanções e mudar as políticas sobre os controles de exportação de alguns setores.

“Sufocar o progresso tecnológico da China nada mais é do que uma medida para conter o desenvolvimento de alta qualidade da China e privar o povo chinês do seu direito ao desenvolvimento”, dizia a leitura. “O desenvolvimento e o crescimento da China, impulsionados pela sua própria lógica inerente, não serão travados por forças externas.”

Zhang Lei, um empresário chinês cuja empresa, Cheche Group, está listada na Nasdaq, disse que reuniões de alto nível como a entre Biden e Xi podem ajudar a tranquilizar as empresas que têm hesitado em investir na China.

“Confrontos não funcionam”, disse ele. “Você não ganha dinheiro com confrontos.”

Relação pessoal

Os dois presidentes se conhecem há anos e já realizaram diversas reuniões quando ambos eram vice-presidentes. Xi Jinping relembrou os encontros anteriores com Biden durante a reunião bilateral.

“Ainda me lembro de nossas interações muito vividamente e isso sempre me traz muitas reflexões.” Biden também enfatizou a duração de seu relacionamento e o valor de suas interações.

“Nem sempre concordamos, o que não foi surpresa para ninguém, mas as nossas reuniões sempre foram francas, diretas e úteis”, disse Biden. Ele acrescentou que “é fundamental que você e eu nos entendamos claramente, de líder para líder, sem equívocos ou falhas de comunicação”.

Um funcionário do governo afirmou que Biden desejou feliz aniversário a esposa de Xi Jinping, Peng Liyuan. Segundo relatos, o presidente chinês ficou envergonhado e admitiu que se esqueceu que o aniversário de sua esposa está próximo porque tem trabalhado muito./AP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, se reuniram na quarta-feira, 15, em São Francisco, nos Estados Unidos, em meio a um encontro do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico. Esta foi a primeira reunião dos dois líderes em um ano, quando Biden e Jinping se reunião em Bali, na Indonésia, nas margens da reunião do G-20 do ano passado.

Além de uma reunião bilateral formal, os dois presidentes almoçaram com os principais conselheiros e passearam pelos jardins verdejantes da luxuosa propriedade onde ocorreu o encontro.

Biden afirmou que a reunião incluiu “algumas das discussões mais construtivas e produtivas que tivemos”. Ele acrescentou que os dois líderes “manterão as linhas de comunicação abertas” e que Xi Jinping está “disposto a atender o telefone”.

Em outro sinal potencial de uma melhora nas relações entre os países, o presidente chinês sinalizou que Pequim enviaria novos pandas aos Estados Unidos depois que os três do Zoológico Nacional Smithsonian, em Washington, foram devolvidos no início deste mês. Em um discurso, Jinping afirmou que queria “aprofundar os laços de amizade entre os nossos dois povos”.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, se cumprimentam antes de uma reunião bilateral em São Francisco, nos Estados Unidos  Foto: Doug Mills/The NY Times

Saiba mais sobre o encontro entre os líderes:

Novos acordos

Biden saiu da reunião com compromissos sobre questões importantes.

Jinping concordou em ajudar a conter a produção ilícita de fentanil, um componente mortal de drogas vendidas nos Estados Unidos. Um alto funcionário do governo, que falou sob condição de anonimato para discutir uma reunião privada, disse que a mudança será um revés para os traficantes de drogas latino-americanos.

“Isso vai salvar vidas e apreciei o compromisso do presidente Xi nesta questão”, afirmou Biden em entrevista coletiva após sua reunião.

Além disso, Biden e Jinping chegaram a um acordo para retomar as comunicações entre militares. Isso significa que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, falará com seu homólogo chinês assim que alguém for nomeado para o cargo, apontou Biden.

Uma tela de televisão transmite um programa de notícias na China com uma imagem da reunião entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente americano, Joe Biden  Foto: Jade Gao/AFP

Biden disse que os EUA e a China também falariam mais sobre inteligência artificial.

“Vamos reunir nossos especialistas e discutir questões de risco e segurança”, disse ele.

Os acordos ajudaram a cumprir o objetivo da Casa Branca para a reunião – provar aos eleitores que a dedicação de Biden à diplomacia pessoal está valendo a pena.

No domingo, o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan disse à CNN americana que Biden queria “maneiras práticas” de mostrar que o encontro com Xi Jinping pode ajudar a “defender os interesses americanos e também proporcionar progresso nas prioridades do povo americano”.

Zoe Liu, bolsista de estudos sobre a China no Conselho de Relações Exteriores, descreveu o encontro entre Biden e Jinping como um passo positivo, embora incremental. “Estes acordos não vão mudar os desafios estruturais nas relações bilaterais, mas abrem caminho para discussões mais detalhadas a nível de trabalho, o que é mais importante”, disse ela.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o presidente da China, Xi Jinping, em uma caminhada na propriedade em que os dois tiveram uma reunião bilateral em São Francisco, Estados Unidos  Foto: Doug Mills/The New York Times

Biden pressiona Xi Jinping sobre Irã

O democrata pediu ao seu homologo que usasse a sua influencia com o Irã para tentar acalmar as tensões na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que é financiado por Teerã.

Um oficial americano afirmou que Biden foi quem mais falou sobre o assunto, e que Xi ouviu principalmente, e que era muito cedo para dizer que tipo de mensagem a China iria enviar ao Irã. Biden também pressionou Xi Jinping a reduzir o apoio militar a Rússia em meio a guerra com a Ucrânia.

Taiwan

Biden e Jinping mantiveram uma discussão “lúcida” e “não acalorada” sobre Taiwano tema mais sensível na relação com maior potencial para se transformar em um conflito mais amplo. Biden apontou que reafirmou a política de “Uma China” dos Estados Unidos e a sua crença de que qualquer resolução deve ser pacífica.

“Não vou mudar isso”, disse Biden. “Isso não vai mudar.”

Ele reiterou, porém, que os EUA continuariam financiado e fornecendo armas a Taiwan como forma de dissuasão contra qualquer tentativa da China de usar a força para reunificar a ilha autônoma com o continente.

Segundo uma autoridade dos EUA com conhecimento sobre as discussões, Xi Jinping disse a Biden que não tinha planos de invadir a ilha, embora Biden o tenha repreendido pelo enorme aumento militar da China em torno de Taiwan. Biden também apelou à China para evitar interferir nas eleições de Taiwan no próximo ano.

Delegações de China e Estados Unidos se reúnem em São Francisco, nos Estados Unidos  Foto: Brendan Smialowski/AFP

Desafios econômicos

Xi chegou a São Francisco em um momento de desafios económicos na China, onde o envelhecimento da população e a dívida crescente dificultaram a sua recuperação da pandemia da Covid-19.

De acordo com a descrição da reunião feita por Pequim, Xi pressionou Biden a suspender as sanções e mudar as políticas sobre os controles de exportação de alguns setores.

“Sufocar o progresso tecnológico da China nada mais é do que uma medida para conter o desenvolvimento de alta qualidade da China e privar o povo chinês do seu direito ao desenvolvimento”, dizia a leitura. “O desenvolvimento e o crescimento da China, impulsionados pela sua própria lógica inerente, não serão travados por forças externas.”

Zhang Lei, um empresário chinês cuja empresa, Cheche Group, está listada na Nasdaq, disse que reuniões de alto nível como a entre Biden e Xi podem ajudar a tranquilizar as empresas que têm hesitado em investir na China.

“Confrontos não funcionam”, disse ele. “Você não ganha dinheiro com confrontos.”

Relação pessoal

Os dois presidentes se conhecem há anos e já realizaram diversas reuniões quando ambos eram vice-presidentes. Xi Jinping relembrou os encontros anteriores com Biden durante a reunião bilateral.

“Ainda me lembro de nossas interações muito vividamente e isso sempre me traz muitas reflexões.” Biden também enfatizou a duração de seu relacionamento e o valor de suas interações.

“Nem sempre concordamos, o que não foi surpresa para ninguém, mas as nossas reuniões sempre foram francas, diretas e úteis”, disse Biden. Ele acrescentou que “é fundamental que você e eu nos entendamos claramente, de líder para líder, sem equívocos ou falhas de comunicação”.

Um funcionário do governo afirmou que Biden desejou feliz aniversário a esposa de Xi Jinping, Peng Liyuan. Segundo relatos, o presidente chinês ficou envergonhado e admitiu que se esqueceu que o aniversário de sua esposa está próximo porque tem trabalhado muito./AP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, se reuniram na quarta-feira, 15, em São Francisco, nos Estados Unidos, em meio a um encontro do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico. Esta foi a primeira reunião dos dois líderes em um ano, quando Biden e Jinping se reunião em Bali, na Indonésia, nas margens da reunião do G-20 do ano passado.

Além de uma reunião bilateral formal, os dois presidentes almoçaram com os principais conselheiros e passearam pelos jardins verdejantes da luxuosa propriedade onde ocorreu o encontro.

Biden afirmou que a reunião incluiu “algumas das discussões mais construtivas e produtivas que tivemos”. Ele acrescentou que os dois líderes “manterão as linhas de comunicação abertas” e que Xi Jinping está “disposto a atender o telefone”.

Em outro sinal potencial de uma melhora nas relações entre os países, o presidente chinês sinalizou que Pequim enviaria novos pandas aos Estados Unidos depois que os três do Zoológico Nacional Smithsonian, em Washington, foram devolvidos no início deste mês. Em um discurso, Jinping afirmou que queria “aprofundar os laços de amizade entre os nossos dois povos”.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, se cumprimentam antes de uma reunião bilateral em São Francisco, nos Estados Unidos  Foto: Doug Mills/The NY Times

Saiba mais sobre o encontro entre os líderes:

Novos acordos

Biden saiu da reunião com compromissos sobre questões importantes.

Jinping concordou em ajudar a conter a produção ilícita de fentanil, um componente mortal de drogas vendidas nos Estados Unidos. Um alto funcionário do governo, que falou sob condição de anonimato para discutir uma reunião privada, disse que a mudança será um revés para os traficantes de drogas latino-americanos.

“Isso vai salvar vidas e apreciei o compromisso do presidente Xi nesta questão”, afirmou Biden em entrevista coletiva após sua reunião.

Além disso, Biden e Jinping chegaram a um acordo para retomar as comunicações entre militares. Isso significa que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, falará com seu homólogo chinês assim que alguém for nomeado para o cargo, apontou Biden.

Uma tela de televisão transmite um programa de notícias na China com uma imagem da reunião entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente americano, Joe Biden  Foto: Jade Gao/AFP

Biden disse que os EUA e a China também falariam mais sobre inteligência artificial.

“Vamos reunir nossos especialistas e discutir questões de risco e segurança”, disse ele.

Os acordos ajudaram a cumprir o objetivo da Casa Branca para a reunião – provar aos eleitores que a dedicação de Biden à diplomacia pessoal está valendo a pena.

No domingo, o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan disse à CNN americana que Biden queria “maneiras práticas” de mostrar que o encontro com Xi Jinping pode ajudar a “defender os interesses americanos e também proporcionar progresso nas prioridades do povo americano”.

Zoe Liu, bolsista de estudos sobre a China no Conselho de Relações Exteriores, descreveu o encontro entre Biden e Jinping como um passo positivo, embora incremental. “Estes acordos não vão mudar os desafios estruturais nas relações bilaterais, mas abrem caminho para discussões mais detalhadas a nível de trabalho, o que é mais importante”, disse ela.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o presidente da China, Xi Jinping, em uma caminhada na propriedade em que os dois tiveram uma reunião bilateral em São Francisco, Estados Unidos  Foto: Doug Mills/The New York Times

Biden pressiona Xi Jinping sobre Irã

O democrata pediu ao seu homologo que usasse a sua influencia com o Irã para tentar acalmar as tensões na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que é financiado por Teerã.

Um oficial americano afirmou que Biden foi quem mais falou sobre o assunto, e que Xi ouviu principalmente, e que era muito cedo para dizer que tipo de mensagem a China iria enviar ao Irã. Biden também pressionou Xi Jinping a reduzir o apoio militar a Rússia em meio a guerra com a Ucrânia.

Taiwan

Biden e Jinping mantiveram uma discussão “lúcida” e “não acalorada” sobre Taiwano tema mais sensível na relação com maior potencial para se transformar em um conflito mais amplo. Biden apontou que reafirmou a política de “Uma China” dos Estados Unidos e a sua crença de que qualquer resolução deve ser pacífica.

“Não vou mudar isso”, disse Biden. “Isso não vai mudar.”

Ele reiterou, porém, que os EUA continuariam financiado e fornecendo armas a Taiwan como forma de dissuasão contra qualquer tentativa da China de usar a força para reunificar a ilha autônoma com o continente.

Segundo uma autoridade dos EUA com conhecimento sobre as discussões, Xi Jinping disse a Biden que não tinha planos de invadir a ilha, embora Biden o tenha repreendido pelo enorme aumento militar da China em torno de Taiwan. Biden também apelou à China para evitar interferir nas eleições de Taiwan no próximo ano.

Delegações de China e Estados Unidos se reúnem em São Francisco, nos Estados Unidos  Foto: Brendan Smialowski/AFP

Desafios econômicos

Xi chegou a São Francisco em um momento de desafios económicos na China, onde o envelhecimento da população e a dívida crescente dificultaram a sua recuperação da pandemia da Covid-19.

De acordo com a descrição da reunião feita por Pequim, Xi pressionou Biden a suspender as sanções e mudar as políticas sobre os controles de exportação de alguns setores.

“Sufocar o progresso tecnológico da China nada mais é do que uma medida para conter o desenvolvimento de alta qualidade da China e privar o povo chinês do seu direito ao desenvolvimento”, dizia a leitura. “O desenvolvimento e o crescimento da China, impulsionados pela sua própria lógica inerente, não serão travados por forças externas.”

Zhang Lei, um empresário chinês cuja empresa, Cheche Group, está listada na Nasdaq, disse que reuniões de alto nível como a entre Biden e Xi podem ajudar a tranquilizar as empresas que têm hesitado em investir na China.

“Confrontos não funcionam”, disse ele. “Você não ganha dinheiro com confrontos.”

Relação pessoal

Os dois presidentes se conhecem há anos e já realizaram diversas reuniões quando ambos eram vice-presidentes. Xi Jinping relembrou os encontros anteriores com Biden durante a reunião bilateral.

“Ainda me lembro de nossas interações muito vividamente e isso sempre me traz muitas reflexões.” Biden também enfatizou a duração de seu relacionamento e o valor de suas interações.

“Nem sempre concordamos, o que não foi surpresa para ninguém, mas as nossas reuniões sempre foram francas, diretas e úteis”, disse Biden. Ele acrescentou que “é fundamental que você e eu nos entendamos claramente, de líder para líder, sem equívocos ou falhas de comunicação”.

Um funcionário do governo afirmou que Biden desejou feliz aniversário a esposa de Xi Jinping, Peng Liyuan. Segundo relatos, o presidente chinês ficou envergonhado e admitiu que se esqueceu que o aniversário de sua esposa está próximo porque tem trabalhado muito./AP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, se reuniram na quarta-feira, 15, em São Francisco, nos Estados Unidos, em meio a um encontro do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico. Esta foi a primeira reunião dos dois líderes em um ano, quando Biden e Jinping se reunião em Bali, na Indonésia, nas margens da reunião do G-20 do ano passado.

Além de uma reunião bilateral formal, os dois presidentes almoçaram com os principais conselheiros e passearam pelos jardins verdejantes da luxuosa propriedade onde ocorreu o encontro.

Biden afirmou que a reunião incluiu “algumas das discussões mais construtivas e produtivas que tivemos”. Ele acrescentou que os dois líderes “manterão as linhas de comunicação abertas” e que Xi Jinping está “disposto a atender o telefone”.

Em outro sinal potencial de uma melhora nas relações entre os países, o presidente chinês sinalizou que Pequim enviaria novos pandas aos Estados Unidos depois que os três do Zoológico Nacional Smithsonian, em Washington, foram devolvidos no início deste mês. Em um discurso, Jinping afirmou que queria “aprofundar os laços de amizade entre os nossos dois povos”.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, se cumprimentam antes de uma reunião bilateral em São Francisco, nos Estados Unidos  Foto: Doug Mills/The NY Times

Saiba mais sobre o encontro entre os líderes:

Novos acordos

Biden saiu da reunião com compromissos sobre questões importantes.

Jinping concordou em ajudar a conter a produção ilícita de fentanil, um componente mortal de drogas vendidas nos Estados Unidos. Um alto funcionário do governo, que falou sob condição de anonimato para discutir uma reunião privada, disse que a mudança será um revés para os traficantes de drogas latino-americanos.

“Isso vai salvar vidas e apreciei o compromisso do presidente Xi nesta questão”, afirmou Biden em entrevista coletiva após sua reunião.

Além disso, Biden e Jinping chegaram a um acordo para retomar as comunicações entre militares. Isso significa que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, falará com seu homólogo chinês assim que alguém for nomeado para o cargo, apontou Biden.

Uma tela de televisão transmite um programa de notícias na China com uma imagem da reunião entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente americano, Joe Biden  Foto: Jade Gao/AFP

Biden disse que os EUA e a China também falariam mais sobre inteligência artificial.

“Vamos reunir nossos especialistas e discutir questões de risco e segurança”, disse ele.

Os acordos ajudaram a cumprir o objetivo da Casa Branca para a reunião – provar aos eleitores que a dedicação de Biden à diplomacia pessoal está valendo a pena.

No domingo, o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan disse à CNN americana que Biden queria “maneiras práticas” de mostrar que o encontro com Xi Jinping pode ajudar a “defender os interesses americanos e também proporcionar progresso nas prioridades do povo americano”.

Zoe Liu, bolsista de estudos sobre a China no Conselho de Relações Exteriores, descreveu o encontro entre Biden e Jinping como um passo positivo, embora incremental. “Estes acordos não vão mudar os desafios estruturais nas relações bilaterais, mas abrem caminho para discussões mais detalhadas a nível de trabalho, o que é mais importante”, disse ela.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o presidente da China, Xi Jinping, em uma caminhada na propriedade em que os dois tiveram uma reunião bilateral em São Francisco, Estados Unidos  Foto: Doug Mills/The New York Times

Biden pressiona Xi Jinping sobre Irã

O democrata pediu ao seu homologo que usasse a sua influencia com o Irã para tentar acalmar as tensões na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que é financiado por Teerã.

Um oficial americano afirmou que Biden foi quem mais falou sobre o assunto, e que Xi ouviu principalmente, e que era muito cedo para dizer que tipo de mensagem a China iria enviar ao Irã. Biden também pressionou Xi Jinping a reduzir o apoio militar a Rússia em meio a guerra com a Ucrânia.

Taiwan

Biden e Jinping mantiveram uma discussão “lúcida” e “não acalorada” sobre Taiwano tema mais sensível na relação com maior potencial para se transformar em um conflito mais amplo. Biden apontou que reafirmou a política de “Uma China” dos Estados Unidos e a sua crença de que qualquer resolução deve ser pacífica.

“Não vou mudar isso”, disse Biden. “Isso não vai mudar.”

Ele reiterou, porém, que os EUA continuariam financiado e fornecendo armas a Taiwan como forma de dissuasão contra qualquer tentativa da China de usar a força para reunificar a ilha autônoma com o continente.

Segundo uma autoridade dos EUA com conhecimento sobre as discussões, Xi Jinping disse a Biden que não tinha planos de invadir a ilha, embora Biden o tenha repreendido pelo enorme aumento militar da China em torno de Taiwan. Biden também apelou à China para evitar interferir nas eleições de Taiwan no próximo ano.

Delegações de China e Estados Unidos se reúnem em São Francisco, nos Estados Unidos  Foto: Brendan Smialowski/AFP

Desafios econômicos

Xi chegou a São Francisco em um momento de desafios económicos na China, onde o envelhecimento da população e a dívida crescente dificultaram a sua recuperação da pandemia da Covid-19.

De acordo com a descrição da reunião feita por Pequim, Xi pressionou Biden a suspender as sanções e mudar as políticas sobre os controles de exportação de alguns setores.

“Sufocar o progresso tecnológico da China nada mais é do que uma medida para conter o desenvolvimento de alta qualidade da China e privar o povo chinês do seu direito ao desenvolvimento”, dizia a leitura. “O desenvolvimento e o crescimento da China, impulsionados pela sua própria lógica inerente, não serão travados por forças externas.”

Zhang Lei, um empresário chinês cuja empresa, Cheche Group, está listada na Nasdaq, disse que reuniões de alto nível como a entre Biden e Xi podem ajudar a tranquilizar as empresas que têm hesitado em investir na China.

“Confrontos não funcionam”, disse ele. “Você não ganha dinheiro com confrontos.”

Relação pessoal

Os dois presidentes se conhecem há anos e já realizaram diversas reuniões quando ambos eram vice-presidentes. Xi Jinping relembrou os encontros anteriores com Biden durante a reunião bilateral.

“Ainda me lembro de nossas interações muito vividamente e isso sempre me traz muitas reflexões.” Biden também enfatizou a duração de seu relacionamento e o valor de suas interações.

“Nem sempre concordamos, o que não foi surpresa para ninguém, mas as nossas reuniões sempre foram francas, diretas e úteis”, disse Biden. Ele acrescentou que “é fundamental que você e eu nos entendamos claramente, de líder para líder, sem equívocos ou falhas de comunicação”.

Um funcionário do governo afirmou que Biden desejou feliz aniversário a esposa de Xi Jinping, Peng Liyuan. Segundo relatos, o presidente chinês ficou envergonhado e admitiu que se esqueceu que o aniversário de sua esposa está próximo porque tem trabalhado muito./AP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, se reuniram na quarta-feira, 15, em São Francisco, nos Estados Unidos, em meio a um encontro do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico. Esta foi a primeira reunião dos dois líderes em um ano, quando Biden e Jinping se reunião em Bali, na Indonésia, nas margens da reunião do G-20 do ano passado.

Além de uma reunião bilateral formal, os dois presidentes almoçaram com os principais conselheiros e passearam pelos jardins verdejantes da luxuosa propriedade onde ocorreu o encontro.

Biden afirmou que a reunião incluiu “algumas das discussões mais construtivas e produtivas que tivemos”. Ele acrescentou que os dois líderes “manterão as linhas de comunicação abertas” e que Xi Jinping está “disposto a atender o telefone”.

Em outro sinal potencial de uma melhora nas relações entre os países, o presidente chinês sinalizou que Pequim enviaria novos pandas aos Estados Unidos depois que os três do Zoológico Nacional Smithsonian, em Washington, foram devolvidos no início deste mês. Em um discurso, Jinping afirmou que queria “aprofundar os laços de amizade entre os nossos dois povos”.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, se cumprimentam antes de uma reunião bilateral em São Francisco, nos Estados Unidos  Foto: Doug Mills/The NY Times

Saiba mais sobre o encontro entre os líderes:

Novos acordos

Biden saiu da reunião com compromissos sobre questões importantes.

Jinping concordou em ajudar a conter a produção ilícita de fentanil, um componente mortal de drogas vendidas nos Estados Unidos. Um alto funcionário do governo, que falou sob condição de anonimato para discutir uma reunião privada, disse que a mudança será um revés para os traficantes de drogas latino-americanos.

“Isso vai salvar vidas e apreciei o compromisso do presidente Xi nesta questão”, afirmou Biden em entrevista coletiva após sua reunião.

Além disso, Biden e Jinping chegaram a um acordo para retomar as comunicações entre militares. Isso significa que o secretário de Defesa, Lloyd Austin, falará com seu homólogo chinês assim que alguém for nomeado para o cargo, apontou Biden.

Uma tela de televisão transmite um programa de notícias na China com uma imagem da reunião entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente americano, Joe Biden  Foto: Jade Gao/AFP

Biden disse que os EUA e a China também falariam mais sobre inteligência artificial.

“Vamos reunir nossos especialistas e discutir questões de risco e segurança”, disse ele.

Os acordos ajudaram a cumprir o objetivo da Casa Branca para a reunião – provar aos eleitores que a dedicação de Biden à diplomacia pessoal está valendo a pena.

No domingo, o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan disse à CNN americana que Biden queria “maneiras práticas” de mostrar que o encontro com Xi Jinping pode ajudar a “defender os interesses americanos e também proporcionar progresso nas prioridades do povo americano”.

Zoe Liu, bolsista de estudos sobre a China no Conselho de Relações Exteriores, descreveu o encontro entre Biden e Jinping como um passo positivo, embora incremental. “Estes acordos não vão mudar os desafios estruturais nas relações bilaterais, mas abrem caminho para discussões mais detalhadas a nível de trabalho, o que é mais importante”, disse ela.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o presidente da China, Xi Jinping, em uma caminhada na propriedade em que os dois tiveram uma reunião bilateral em São Francisco, Estados Unidos  Foto: Doug Mills/The New York Times

Biden pressiona Xi Jinping sobre Irã

O democrata pediu ao seu homologo que usasse a sua influencia com o Irã para tentar acalmar as tensões na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, que é financiado por Teerã.

Um oficial americano afirmou que Biden foi quem mais falou sobre o assunto, e que Xi ouviu principalmente, e que era muito cedo para dizer que tipo de mensagem a China iria enviar ao Irã. Biden também pressionou Xi Jinping a reduzir o apoio militar a Rússia em meio a guerra com a Ucrânia.

Taiwan

Biden e Jinping mantiveram uma discussão “lúcida” e “não acalorada” sobre Taiwano tema mais sensível na relação com maior potencial para se transformar em um conflito mais amplo. Biden apontou que reafirmou a política de “Uma China” dos Estados Unidos e a sua crença de que qualquer resolução deve ser pacífica.

“Não vou mudar isso”, disse Biden. “Isso não vai mudar.”

Ele reiterou, porém, que os EUA continuariam financiado e fornecendo armas a Taiwan como forma de dissuasão contra qualquer tentativa da China de usar a força para reunificar a ilha autônoma com o continente.

Segundo uma autoridade dos EUA com conhecimento sobre as discussões, Xi Jinping disse a Biden que não tinha planos de invadir a ilha, embora Biden o tenha repreendido pelo enorme aumento militar da China em torno de Taiwan. Biden também apelou à China para evitar interferir nas eleições de Taiwan no próximo ano.

Delegações de China e Estados Unidos se reúnem em São Francisco, nos Estados Unidos  Foto: Brendan Smialowski/AFP

Desafios econômicos

Xi chegou a São Francisco em um momento de desafios económicos na China, onde o envelhecimento da população e a dívida crescente dificultaram a sua recuperação da pandemia da Covid-19.

De acordo com a descrição da reunião feita por Pequim, Xi pressionou Biden a suspender as sanções e mudar as políticas sobre os controles de exportação de alguns setores.

“Sufocar o progresso tecnológico da China nada mais é do que uma medida para conter o desenvolvimento de alta qualidade da China e privar o povo chinês do seu direito ao desenvolvimento”, dizia a leitura. “O desenvolvimento e o crescimento da China, impulsionados pela sua própria lógica inerente, não serão travados por forças externas.”

Zhang Lei, um empresário chinês cuja empresa, Cheche Group, está listada na Nasdaq, disse que reuniões de alto nível como a entre Biden e Xi podem ajudar a tranquilizar as empresas que têm hesitado em investir na China.

“Confrontos não funcionam”, disse ele. “Você não ganha dinheiro com confrontos.”

Relação pessoal

Os dois presidentes se conhecem há anos e já realizaram diversas reuniões quando ambos eram vice-presidentes. Xi Jinping relembrou os encontros anteriores com Biden durante a reunião bilateral.

“Ainda me lembro de nossas interações muito vividamente e isso sempre me traz muitas reflexões.” Biden também enfatizou a duração de seu relacionamento e o valor de suas interações.

“Nem sempre concordamos, o que não foi surpresa para ninguém, mas as nossas reuniões sempre foram francas, diretas e úteis”, disse Biden. Ele acrescentou que “é fundamental que você e eu nos entendamos claramente, de líder para líder, sem equívocos ou falhas de comunicação”.

Um funcionário do governo afirmou que Biden desejou feliz aniversário a esposa de Xi Jinping, Peng Liyuan. Segundo relatos, o presidente chinês ficou envergonhado e admitiu que se esqueceu que o aniversário de sua esposa está próximo porque tem trabalhado muito./AP

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