Pensando no fim da quarentena, Itália inicia testes de imunidade na Lombardia


Expectativa do país é ter atingido a chamada imunidade coletiva para o novo coronavírus e retomar a atividade econômica normalmente

Por Redação

A Itália iniciou nesta quinta-feira, 23, uma campanha para a realização de exames de sangue, a fim de descobrir quem já desenvolveu anticorpos para o novo coronavírus. A esperança dos italianos é que a medida permita um maior controle sobre a pandemia e uma flexibilização da quarentena, que está em vigor no país desde 9 de março.

O chamado "teste de anticorpos" ou "exame sorológico" indica se uma pessoa já foi infectada por um vírus e se já desenvolveu imunidade contra a infecção. A campanha promovida na Itália pretende investigar justamente quem já possui imunidade ao novo coronavírus, e vai começar pela Lombardia, a região mais afetada, no norte do país.

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Italianos com máscaras andam por uma movimentada rua de Milão, mesmo com o país ainda em confinamento Foto: Daniele Mascolo/Reuters

Os italianos apostam que os exames comprovem a chamada "imunidade coletiva", o que permitiria a reativação da economia da região, que é a mais próspera e industrializada da Itália. Cidades como Milão, Monza e Bérgamo fazem parte da Lombardia, onde quase 13 mil pessoas morreram em decorrência da covid-19. O número representa mais da metade dos mortos do país, cerca de 25 mil.

As autoridades de saúde anunciaram que vão realizar 20 mil exames por dia na região. Os primeiros que serão submetidos aos testes serão os trabalhadores da área da saúde, como médicos, enfermeiros e funcionários de casas de repouso, que trabalham diretamente com idosos.

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Na lista, figuram também pessoas em quarentena por terem apresentado o sintoma da doença e quem manteve contato com elas, mesmo que estivessem apresentando sintomas leves. De acordo com o jornal Il Corriere della Sera, 300 mil pessoas devem ser testadas.

Apesar da medida anunciada, a Itália não é o primeiro país a falar sobre testes sorológicos. A Alemanha já começou a fazer exames do tipo e países como Finlândia e Reino Unido também anunciaram planos para aplicar essa categoria de testagem.

Para o diretor do Conselho Superior de Saúde da Itália, Franco Locatelli, as análises sorológicas vão proporcionar "informações muito relevantes sobre a imunidade" do conjunto, chave para os planos de reabertura do país.

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Riscos permanecem

Mesmo sendo parte do plano italiano para a reabertura, o teste sorológico ainda não é uma unanimidade. Especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiram que, até o momento, não existe evidência científica o suficiente para demonstrar que uma pessoas que contraiu a doença e se curou tenha desenvolvido imunidade. Além disso, outra preocupação é que mesmo as pessoas que já foram imunizadas possas carregar traços do vírus e transmiti-lo./ AFP

A Itália iniciou nesta quinta-feira, 23, uma campanha para a realização de exames de sangue, a fim de descobrir quem já desenvolveu anticorpos para o novo coronavírus. A esperança dos italianos é que a medida permita um maior controle sobre a pandemia e uma flexibilização da quarentena, que está em vigor no país desde 9 de março.

O chamado "teste de anticorpos" ou "exame sorológico" indica se uma pessoa já foi infectada por um vírus e se já desenvolveu imunidade contra a infecção. A campanha promovida na Itália pretende investigar justamente quem já possui imunidade ao novo coronavírus, e vai começar pela Lombardia, a região mais afetada, no norte do país.

Italianos com máscaras andam por uma movimentada rua de Milão, mesmo com o país ainda em confinamento Foto: Daniele Mascolo/Reuters

Os italianos apostam que os exames comprovem a chamada "imunidade coletiva", o que permitiria a reativação da economia da região, que é a mais próspera e industrializada da Itália. Cidades como Milão, Monza e Bérgamo fazem parte da Lombardia, onde quase 13 mil pessoas morreram em decorrência da covid-19. O número representa mais da metade dos mortos do país, cerca de 25 mil.

As autoridades de saúde anunciaram que vão realizar 20 mil exames por dia na região. Os primeiros que serão submetidos aos testes serão os trabalhadores da área da saúde, como médicos, enfermeiros e funcionários de casas de repouso, que trabalham diretamente com idosos.

Na lista, figuram também pessoas em quarentena por terem apresentado o sintoma da doença e quem manteve contato com elas, mesmo que estivessem apresentando sintomas leves. De acordo com o jornal Il Corriere della Sera, 300 mil pessoas devem ser testadas.

Apesar da medida anunciada, a Itália não é o primeiro país a falar sobre testes sorológicos. A Alemanha já começou a fazer exames do tipo e países como Finlândia e Reino Unido também anunciaram planos para aplicar essa categoria de testagem.

Para o diretor do Conselho Superior de Saúde da Itália, Franco Locatelli, as análises sorológicas vão proporcionar "informações muito relevantes sobre a imunidade" do conjunto, chave para os planos de reabertura do país.

Riscos permanecem

Mesmo sendo parte do plano italiano para a reabertura, o teste sorológico ainda não é uma unanimidade. Especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiram que, até o momento, não existe evidência científica o suficiente para demonstrar que uma pessoas que contraiu a doença e se curou tenha desenvolvido imunidade. Além disso, outra preocupação é que mesmo as pessoas que já foram imunizadas possas carregar traços do vírus e transmiti-lo./ AFP

A Itália iniciou nesta quinta-feira, 23, uma campanha para a realização de exames de sangue, a fim de descobrir quem já desenvolveu anticorpos para o novo coronavírus. A esperança dos italianos é que a medida permita um maior controle sobre a pandemia e uma flexibilização da quarentena, que está em vigor no país desde 9 de março.

O chamado "teste de anticorpos" ou "exame sorológico" indica se uma pessoa já foi infectada por um vírus e se já desenvolveu imunidade contra a infecção. A campanha promovida na Itália pretende investigar justamente quem já possui imunidade ao novo coronavírus, e vai começar pela Lombardia, a região mais afetada, no norte do país.

Italianos com máscaras andam por uma movimentada rua de Milão, mesmo com o país ainda em confinamento Foto: Daniele Mascolo/Reuters

Os italianos apostam que os exames comprovem a chamada "imunidade coletiva", o que permitiria a reativação da economia da região, que é a mais próspera e industrializada da Itália. Cidades como Milão, Monza e Bérgamo fazem parte da Lombardia, onde quase 13 mil pessoas morreram em decorrência da covid-19. O número representa mais da metade dos mortos do país, cerca de 25 mil.

As autoridades de saúde anunciaram que vão realizar 20 mil exames por dia na região. Os primeiros que serão submetidos aos testes serão os trabalhadores da área da saúde, como médicos, enfermeiros e funcionários de casas de repouso, que trabalham diretamente com idosos.

Na lista, figuram também pessoas em quarentena por terem apresentado o sintoma da doença e quem manteve contato com elas, mesmo que estivessem apresentando sintomas leves. De acordo com o jornal Il Corriere della Sera, 300 mil pessoas devem ser testadas.

Apesar da medida anunciada, a Itália não é o primeiro país a falar sobre testes sorológicos. A Alemanha já começou a fazer exames do tipo e países como Finlândia e Reino Unido também anunciaram planos para aplicar essa categoria de testagem.

Para o diretor do Conselho Superior de Saúde da Itália, Franco Locatelli, as análises sorológicas vão proporcionar "informações muito relevantes sobre a imunidade" do conjunto, chave para os planos de reabertura do país.

Riscos permanecem

Mesmo sendo parte do plano italiano para a reabertura, o teste sorológico ainda não é uma unanimidade. Especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiram que, até o momento, não existe evidência científica o suficiente para demonstrar que uma pessoas que contraiu a doença e se curou tenha desenvolvido imunidade. Além disso, outra preocupação é que mesmo as pessoas que já foram imunizadas possas carregar traços do vírus e transmiti-lo./ AFP

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