Biden anuncia nova ajuda militar de US$ 800 milhões para Ucrânia enfrentar russos no leste


Na terça-feira à noite, autoridades americanas disseram ao jornal ‘The Washington Post’ que o Pentágono estava preparando um novo pacote de ajuda

Por Redação
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu sinal verde nesta quarta-feira, 13, a uma nova ajuda militar maciça para a Ucrânia, que inclui veículos blindados, artilharia e helicópteros. Durante um telefonema nesta quarta-feira com seu homólogo ucraniano, Volodmir Zelenski, Biden anunciou uma nova parcela de ajuda no valor de US$ 800 milhões (cerca de R$ 3,7 bilhões), segundo um comunicado da Casa Branca.

Esta ajuda inclui equipamentos “muito eficazes que já entregamos” à Ucrânia, mas também “novas capacidades”, entre elas “sistemas de artilharia” e “meios de transporte blindados”, informou o governo, que afirma ter autorizado o transporte de helicópteros. O objetivo desta nova ajuda é, segundo Washington, ajudar a Ucrânia a enfrentar uma vasta ofensiva russa no leste do país.

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Na terça-feira à noite, autoridades americanas disseram ao jornal The Washington Post que o Pentágono estava preparando um novo pacote de ajuda, que incluiria transferências de Humvees blindados e uma série de outros equipamentos sofisticados para o país.

Nos planos preliminares que circulavam entre autoridades do governo e legisladores em Washington também incluíam helicópteros Mi-17, canhões, drones de defesa costeira e roupas de proteção para proteger os soldados em caso de ataque químico, biológico ou nuclear, disseram as autoridades, embora tenham alertado que não ficou imediatamente claro se todos esses itens acabariam no pacote final de ajuda.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, não quis comentar. Na noite de terça-feira, um oficial de defesa dos EUA disse que os helicópteros fabricados na Rússia não seriam incluídos.

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A nova entrega de armas se soma aos mais de US$ 2,4 bilhões em assistência de segurança dos EUA fornecidos à Ucrânia desde que o presidente Biden assumiu o cargo no ano passado, incluindo US$ 1,7 bilhão em ajuda desde que a Rússia lançou sua invasão em 24 de fevereiro.

Soldado ucraniano segura um míssil Javelin em Kiev em 13 de março Foto: Gleb Garanich/Reuters

O presidente ucraniano e seu governo pediram armas mais sofisticadas para combater as vantagens tecnológicas dos militares russos. Os militares da Ucrânia desafiaram as expectativas iniciais e montaram uma resistência feroz, já tendo evitado um ataque de semanas à capital, Kiev, que visava derrubar o governo de Zelenski. Como resultado, a Rússia mudou seus objetivos, consolidando seu ataque às principais cidades do sul e do leste.

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O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, conversou com o secretário de Defesa Lloyd Austin na terça-feira. A discussão fez parte de um “diálogo e conversa constante” entre os dois e se concentrou em parte nas armas e outras assistências fornecidas à Ucrânia.

Detalhes adicionais não foram divulgados, mas Reznikov escreveu no Twitter no início desta semana que a Ucrânia está buscando mais aeronaves não tripuladas, sistemas de defesa aérea, artilharia, veículos blindados, aeronaves de combate e mísseis antinavio.

Algumas das armas esperadas no próximo pacote são novas para as tropas ucranianas e provavelmente exigirão treinamento antes que possam ser usadas em combate. Um alto funcionário de defesa dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse a repórteres que o governo Biden está aberto a enviar as armas se isso atender às necessidades específicas da Ucrânia.

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Tropas pró-Rússia em um veículo blindado em Mariupol  

Os Estados Unidos e seus aliados estão enviando armas para a Ucrânia há semanas -- os americanos, sozinhos, enviaram de 8 a 10 voos de assistência militar para países vizinhos todos os dias, disse o alto funcionário de defesa americano. Essas entregas são então movidas por comboio terrestre para a Ucrânia, que determina como e onde o equipamento é distribuído.

Na terça-feira, o Pentágono estava perto de concluir a entrega dos últimos itens de um pacote de assistência de segurança de US$ 800 milhões aprovado por Biden em 16 de março e um conjunto de remessas de US$ 100 milhões aprovado na semana passada.

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O pacote maior incluía drones Switchblade que podem ser armados com explosivos e lançados contra alvos, mísseis antiaéreos Stinger e armas antiblindagem, incluindo mísseis Javelin, uma das armas centrais para a Ucrânia combater os blindados russos. O pacote aprovado na semana passada incluiu equipamentos adicionais, após um pedido da Ucrânia enquanto se prepara para uma nova ofensiva russa no leste.

“Esses itens não ficam parados por muito tempo”, disse o alto funcionário da defesa. “Uma vez que eles chegam aos locais, eles são colocados em palets e em caminhões, esses caminhões são recolhidos pelas Forças Armadas ucranianas e levados para a Ucrânia.”

Autoridades ucranianas também começaram a se reunir com empresas de defesa dos EUA para ver de que outra forma elas poderiam melhorar suas defesas. Em um exemplo recente, a embaixadora ucraniana nos Estados Unidos, Oksana Markarova, se reuniu na semana passada com representantes da General Atomics, fabricante dos drones Reaper e Predator, usados pelos EUA - o reaper foi o drone usado para assassinar Qassim Suleimani, o general iraniano comandante da Guarda Revolucionária do Irã.

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Mark Brinkley, porta-voz da empresa, disse na terça-feira que a General Atomics está “atualmente explorando opções” para apoiar a Ucrânia, algo que exigiria a aprovação do governo dos EUA. “Temos aeronaves disponíveis agora para transferência imediata”, disse Brinkley. “Com o apoio do governo dos EUA, essas aeronaves podem estar nas mãos de pilotos militares ucranianos em questão de dias.”

Tal transferência, disse Brinkley, expandiria a capacidade da Ucrânia de conduzir vigilância aérea do campo de batalha e fornecer “capacidades de ataque altamente letais não oferecidas” por aeronaves não tripuladas menores. Pilotos ucranianos já familiarizados com operações de drones não estariam “começando do zero” para aprender a pilotá-los, disse ele.

Em um comunicado, Markarova reconheceu na noite de terça-feira que se reuniu com representantes da General Atomics. “Juntamente com nossa equipe, discutimos com a General Atomics as perspectivas de aumentar a capacidade das Forças Armadas da Ucrânia e a situação atual na Ucrânia”, disse ela.

Quando questionada sobre quais equipamentos ela solicitou à empresa, a porta-voz de Markarova se recusou a especificar, dizendo que a Ucrânia preferiria “surpreender a Rússia no campo de batalha”.

A General Atomics fornece à Força Aérea dos EUA com o drone Reaper e o Exército dos EUA com o Grey Eagle, uma versão atualizada do Predator que foi amplamente utilizada pelos militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão. /WP e AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu sinal verde nesta quarta-feira, 13, a uma nova ajuda militar maciça para a Ucrânia, que inclui veículos blindados, artilharia e helicópteros. Durante um telefonema nesta quarta-feira com seu homólogo ucraniano, Volodmir Zelenski, Biden anunciou uma nova parcela de ajuda no valor de US$ 800 milhões (cerca de R$ 3,7 bilhões), segundo um comunicado da Casa Branca.

Esta ajuda inclui equipamentos “muito eficazes que já entregamos” à Ucrânia, mas também “novas capacidades”, entre elas “sistemas de artilharia” e “meios de transporte blindados”, informou o governo, que afirma ter autorizado o transporte de helicópteros. O objetivo desta nova ajuda é, segundo Washington, ajudar a Ucrânia a enfrentar uma vasta ofensiva russa no leste do país.

Na terça-feira à noite, autoridades americanas disseram ao jornal The Washington Post que o Pentágono estava preparando um novo pacote de ajuda, que incluiria transferências de Humvees blindados e uma série de outros equipamentos sofisticados para o país.

Nos planos preliminares que circulavam entre autoridades do governo e legisladores em Washington também incluíam helicópteros Mi-17, canhões, drones de defesa costeira e roupas de proteção para proteger os soldados em caso de ataque químico, biológico ou nuclear, disseram as autoridades, embora tenham alertado que não ficou imediatamente claro se todos esses itens acabariam no pacote final de ajuda.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, não quis comentar. Na noite de terça-feira, um oficial de defesa dos EUA disse que os helicópteros fabricados na Rússia não seriam incluídos.

A nova entrega de armas se soma aos mais de US$ 2,4 bilhões em assistência de segurança dos EUA fornecidos à Ucrânia desde que o presidente Biden assumiu o cargo no ano passado, incluindo US$ 1,7 bilhão em ajuda desde que a Rússia lançou sua invasão em 24 de fevereiro.

Soldado ucraniano segura um míssil Javelin em Kiev em 13 de março Foto: Gleb Garanich/Reuters

O presidente ucraniano e seu governo pediram armas mais sofisticadas para combater as vantagens tecnológicas dos militares russos. Os militares da Ucrânia desafiaram as expectativas iniciais e montaram uma resistência feroz, já tendo evitado um ataque de semanas à capital, Kiev, que visava derrubar o governo de Zelenski. Como resultado, a Rússia mudou seus objetivos, consolidando seu ataque às principais cidades do sul e do leste.

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, conversou com o secretário de Defesa Lloyd Austin na terça-feira. A discussão fez parte de um “diálogo e conversa constante” entre os dois e se concentrou em parte nas armas e outras assistências fornecidas à Ucrânia.

Detalhes adicionais não foram divulgados, mas Reznikov escreveu no Twitter no início desta semana que a Ucrânia está buscando mais aeronaves não tripuladas, sistemas de defesa aérea, artilharia, veículos blindados, aeronaves de combate e mísseis antinavio.

Algumas das armas esperadas no próximo pacote são novas para as tropas ucranianas e provavelmente exigirão treinamento antes que possam ser usadas em combate. Um alto funcionário de defesa dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse a repórteres que o governo Biden está aberto a enviar as armas se isso atender às necessidades específicas da Ucrânia.

Tropas pró-Rússia em um veículo blindado em Mariupol  

Os Estados Unidos e seus aliados estão enviando armas para a Ucrânia há semanas -- os americanos, sozinhos, enviaram de 8 a 10 voos de assistência militar para países vizinhos todos os dias, disse o alto funcionário de defesa americano. Essas entregas são então movidas por comboio terrestre para a Ucrânia, que determina como e onde o equipamento é distribuído.

Na terça-feira, o Pentágono estava perto de concluir a entrega dos últimos itens de um pacote de assistência de segurança de US$ 800 milhões aprovado por Biden em 16 de março e um conjunto de remessas de US$ 100 milhões aprovado na semana passada.

O pacote maior incluía drones Switchblade que podem ser armados com explosivos e lançados contra alvos, mísseis antiaéreos Stinger e armas antiblindagem, incluindo mísseis Javelin, uma das armas centrais para a Ucrânia combater os blindados russos. O pacote aprovado na semana passada incluiu equipamentos adicionais, após um pedido da Ucrânia enquanto se prepara para uma nova ofensiva russa no leste.

“Esses itens não ficam parados por muito tempo”, disse o alto funcionário da defesa. “Uma vez que eles chegam aos locais, eles são colocados em palets e em caminhões, esses caminhões são recolhidos pelas Forças Armadas ucranianas e levados para a Ucrânia.”

Autoridades ucranianas também começaram a se reunir com empresas de defesa dos EUA para ver de que outra forma elas poderiam melhorar suas defesas. Em um exemplo recente, a embaixadora ucraniana nos Estados Unidos, Oksana Markarova, se reuniu na semana passada com representantes da General Atomics, fabricante dos drones Reaper e Predator, usados pelos EUA - o reaper foi o drone usado para assassinar Qassim Suleimani, o general iraniano comandante da Guarda Revolucionária do Irã.

Mark Brinkley, porta-voz da empresa, disse na terça-feira que a General Atomics está “atualmente explorando opções” para apoiar a Ucrânia, algo que exigiria a aprovação do governo dos EUA. “Temos aeronaves disponíveis agora para transferência imediata”, disse Brinkley. “Com o apoio do governo dos EUA, essas aeronaves podem estar nas mãos de pilotos militares ucranianos em questão de dias.”

Tal transferência, disse Brinkley, expandiria a capacidade da Ucrânia de conduzir vigilância aérea do campo de batalha e fornecer “capacidades de ataque altamente letais não oferecidas” por aeronaves não tripuladas menores. Pilotos ucranianos já familiarizados com operações de drones não estariam “começando do zero” para aprender a pilotá-los, disse ele.

Em um comunicado, Markarova reconheceu na noite de terça-feira que se reuniu com representantes da General Atomics. “Juntamente com nossa equipe, discutimos com a General Atomics as perspectivas de aumentar a capacidade das Forças Armadas da Ucrânia e a situação atual na Ucrânia”, disse ela.

Quando questionada sobre quais equipamentos ela solicitou à empresa, a porta-voz de Markarova se recusou a especificar, dizendo que a Ucrânia preferiria “surpreender a Rússia no campo de batalha”.

A General Atomics fornece à Força Aérea dos EUA com o drone Reaper e o Exército dos EUA com o Grey Eagle, uma versão atualizada do Predator que foi amplamente utilizada pelos militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão. /WP e AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu sinal verde nesta quarta-feira, 13, a uma nova ajuda militar maciça para a Ucrânia, que inclui veículos blindados, artilharia e helicópteros. Durante um telefonema nesta quarta-feira com seu homólogo ucraniano, Volodmir Zelenski, Biden anunciou uma nova parcela de ajuda no valor de US$ 800 milhões (cerca de R$ 3,7 bilhões), segundo um comunicado da Casa Branca.

Esta ajuda inclui equipamentos “muito eficazes que já entregamos” à Ucrânia, mas também “novas capacidades”, entre elas “sistemas de artilharia” e “meios de transporte blindados”, informou o governo, que afirma ter autorizado o transporte de helicópteros. O objetivo desta nova ajuda é, segundo Washington, ajudar a Ucrânia a enfrentar uma vasta ofensiva russa no leste do país.

Na terça-feira à noite, autoridades americanas disseram ao jornal The Washington Post que o Pentágono estava preparando um novo pacote de ajuda, que incluiria transferências de Humvees blindados e uma série de outros equipamentos sofisticados para o país.

Nos planos preliminares que circulavam entre autoridades do governo e legisladores em Washington também incluíam helicópteros Mi-17, canhões, drones de defesa costeira e roupas de proteção para proteger os soldados em caso de ataque químico, biológico ou nuclear, disseram as autoridades, embora tenham alertado que não ficou imediatamente claro se todos esses itens acabariam no pacote final de ajuda.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, não quis comentar. Na noite de terça-feira, um oficial de defesa dos EUA disse que os helicópteros fabricados na Rússia não seriam incluídos.

A nova entrega de armas se soma aos mais de US$ 2,4 bilhões em assistência de segurança dos EUA fornecidos à Ucrânia desde que o presidente Biden assumiu o cargo no ano passado, incluindo US$ 1,7 bilhão em ajuda desde que a Rússia lançou sua invasão em 24 de fevereiro.

Soldado ucraniano segura um míssil Javelin em Kiev em 13 de março Foto: Gleb Garanich/Reuters

O presidente ucraniano e seu governo pediram armas mais sofisticadas para combater as vantagens tecnológicas dos militares russos. Os militares da Ucrânia desafiaram as expectativas iniciais e montaram uma resistência feroz, já tendo evitado um ataque de semanas à capital, Kiev, que visava derrubar o governo de Zelenski. Como resultado, a Rússia mudou seus objetivos, consolidando seu ataque às principais cidades do sul e do leste.

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, conversou com o secretário de Defesa Lloyd Austin na terça-feira. A discussão fez parte de um “diálogo e conversa constante” entre os dois e se concentrou em parte nas armas e outras assistências fornecidas à Ucrânia.

Detalhes adicionais não foram divulgados, mas Reznikov escreveu no Twitter no início desta semana que a Ucrânia está buscando mais aeronaves não tripuladas, sistemas de defesa aérea, artilharia, veículos blindados, aeronaves de combate e mísseis antinavio.

Algumas das armas esperadas no próximo pacote são novas para as tropas ucranianas e provavelmente exigirão treinamento antes que possam ser usadas em combate. Um alto funcionário de defesa dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse a repórteres que o governo Biden está aberto a enviar as armas se isso atender às necessidades específicas da Ucrânia.

Tropas pró-Rússia em um veículo blindado em Mariupol  

Os Estados Unidos e seus aliados estão enviando armas para a Ucrânia há semanas -- os americanos, sozinhos, enviaram de 8 a 10 voos de assistência militar para países vizinhos todos os dias, disse o alto funcionário de defesa americano. Essas entregas são então movidas por comboio terrestre para a Ucrânia, que determina como e onde o equipamento é distribuído.

Na terça-feira, o Pentágono estava perto de concluir a entrega dos últimos itens de um pacote de assistência de segurança de US$ 800 milhões aprovado por Biden em 16 de março e um conjunto de remessas de US$ 100 milhões aprovado na semana passada.

O pacote maior incluía drones Switchblade que podem ser armados com explosivos e lançados contra alvos, mísseis antiaéreos Stinger e armas antiblindagem, incluindo mísseis Javelin, uma das armas centrais para a Ucrânia combater os blindados russos. O pacote aprovado na semana passada incluiu equipamentos adicionais, após um pedido da Ucrânia enquanto se prepara para uma nova ofensiva russa no leste.

“Esses itens não ficam parados por muito tempo”, disse o alto funcionário da defesa. “Uma vez que eles chegam aos locais, eles são colocados em palets e em caminhões, esses caminhões são recolhidos pelas Forças Armadas ucranianas e levados para a Ucrânia.”

Autoridades ucranianas também começaram a se reunir com empresas de defesa dos EUA para ver de que outra forma elas poderiam melhorar suas defesas. Em um exemplo recente, a embaixadora ucraniana nos Estados Unidos, Oksana Markarova, se reuniu na semana passada com representantes da General Atomics, fabricante dos drones Reaper e Predator, usados pelos EUA - o reaper foi o drone usado para assassinar Qassim Suleimani, o general iraniano comandante da Guarda Revolucionária do Irã.

Mark Brinkley, porta-voz da empresa, disse na terça-feira que a General Atomics está “atualmente explorando opções” para apoiar a Ucrânia, algo que exigiria a aprovação do governo dos EUA. “Temos aeronaves disponíveis agora para transferência imediata”, disse Brinkley. “Com o apoio do governo dos EUA, essas aeronaves podem estar nas mãos de pilotos militares ucranianos em questão de dias.”

Tal transferência, disse Brinkley, expandiria a capacidade da Ucrânia de conduzir vigilância aérea do campo de batalha e fornecer “capacidades de ataque altamente letais não oferecidas” por aeronaves não tripuladas menores. Pilotos ucranianos já familiarizados com operações de drones não estariam “começando do zero” para aprender a pilotá-los, disse ele.

Em um comunicado, Markarova reconheceu na noite de terça-feira que se reuniu com representantes da General Atomics. “Juntamente com nossa equipe, discutimos com a General Atomics as perspectivas de aumentar a capacidade das Forças Armadas da Ucrânia e a situação atual na Ucrânia”, disse ela.

Quando questionada sobre quais equipamentos ela solicitou à empresa, a porta-voz de Markarova se recusou a especificar, dizendo que a Ucrânia preferiria “surpreender a Rússia no campo de batalha”.

A General Atomics fornece à Força Aérea dos EUA com o drone Reaper e o Exército dos EUA com o Grey Eagle, uma versão atualizada do Predator que foi amplamente utilizada pelos militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão. /WP e AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu sinal verde nesta quarta-feira, 13, a uma nova ajuda militar maciça para a Ucrânia, que inclui veículos blindados, artilharia e helicópteros. Durante um telefonema nesta quarta-feira com seu homólogo ucraniano, Volodmir Zelenski, Biden anunciou uma nova parcela de ajuda no valor de US$ 800 milhões (cerca de R$ 3,7 bilhões), segundo um comunicado da Casa Branca.

Esta ajuda inclui equipamentos “muito eficazes que já entregamos” à Ucrânia, mas também “novas capacidades”, entre elas “sistemas de artilharia” e “meios de transporte blindados”, informou o governo, que afirma ter autorizado o transporte de helicópteros. O objetivo desta nova ajuda é, segundo Washington, ajudar a Ucrânia a enfrentar uma vasta ofensiva russa no leste do país.

Na terça-feira à noite, autoridades americanas disseram ao jornal The Washington Post que o Pentágono estava preparando um novo pacote de ajuda, que incluiria transferências de Humvees blindados e uma série de outros equipamentos sofisticados para o país.

Nos planos preliminares que circulavam entre autoridades do governo e legisladores em Washington também incluíam helicópteros Mi-17, canhões, drones de defesa costeira e roupas de proteção para proteger os soldados em caso de ataque químico, biológico ou nuclear, disseram as autoridades, embora tenham alertado que não ficou imediatamente claro se todos esses itens acabariam no pacote final de ajuda.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, não quis comentar. Na noite de terça-feira, um oficial de defesa dos EUA disse que os helicópteros fabricados na Rússia não seriam incluídos.

A nova entrega de armas se soma aos mais de US$ 2,4 bilhões em assistência de segurança dos EUA fornecidos à Ucrânia desde que o presidente Biden assumiu o cargo no ano passado, incluindo US$ 1,7 bilhão em ajuda desde que a Rússia lançou sua invasão em 24 de fevereiro.

Soldado ucraniano segura um míssil Javelin em Kiev em 13 de março Foto: Gleb Garanich/Reuters

O presidente ucraniano e seu governo pediram armas mais sofisticadas para combater as vantagens tecnológicas dos militares russos. Os militares da Ucrânia desafiaram as expectativas iniciais e montaram uma resistência feroz, já tendo evitado um ataque de semanas à capital, Kiev, que visava derrubar o governo de Zelenski. Como resultado, a Rússia mudou seus objetivos, consolidando seu ataque às principais cidades do sul e do leste.

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, conversou com o secretário de Defesa Lloyd Austin na terça-feira. A discussão fez parte de um “diálogo e conversa constante” entre os dois e se concentrou em parte nas armas e outras assistências fornecidas à Ucrânia.

Detalhes adicionais não foram divulgados, mas Reznikov escreveu no Twitter no início desta semana que a Ucrânia está buscando mais aeronaves não tripuladas, sistemas de defesa aérea, artilharia, veículos blindados, aeronaves de combate e mísseis antinavio.

Algumas das armas esperadas no próximo pacote são novas para as tropas ucranianas e provavelmente exigirão treinamento antes que possam ser usadas em combate. Um alto funcionário de defesa dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse a repórteres que o governo Biden está aberto a enviar as armas se isso atender às necessidades específicas da Ucrânia.

Tropas pró-Rússia em um veículo blindado em Mariupol  

Os Estados Unidos e seus aliados estão enviando armas para a Ucrânia há semanas -- os americanos, sozinhos, enviaram de 8 a 10 voos de assistência militar para países vizinhos todos os dias, disse o alto funcionário de defesa americano. Essas entregas são então movidas por comboio terrestre para a Ucrânia, que determina como e onde o equipamento é distribuído.

Na terça-feira, o Pentágono estava perto de concluir a entrega dos últimos itens de um pacote de assistência de segurança de US$ 800 milhões aprovado por Biden em 16 de março e um conjunto de remessas de US$ 100 milhões aprovado na semana passada.

O pacote maior incluía drones Switchblade que podem ser armados com explosivos e lançados contra alvos, mísseis antiaéreos Stinger e armas antiblindagem, incluindo mísseis Javelin, uma das armas centrais para a Ucrânia combater os blindados russos. O pacote aprovado na semana passada incluiu equipamentos adicionais, após um pedido da Ucrânia enquanto se prepara para uma nova ofensiva russa no leste.

“Esses itens não ficam parados por muito tempo”, disse o alto funcionário da defesa. “Uma vez que eles chegam aos locais, eles são colocados em palets e em caminhões, esses caminhões são recolhidos pelas Forças Armadas ucranianas e levados para a Ucrânia.”

Autoridades ucranianas também começaram a se reunir com empresas de defesa dos EUA para ver de que outra forma elas poderiam melhorar suas defesas. Em um exemplo recente, a embaixadora ucraniana nos Estados Unidos, Oksana Markarova, se reuniu na semana passada com representantes da General Atomics, fabricante dos drones Reaper e Predator, usados pelos EUA - o reaper foi o drone usado para assassinar Qassim Suleimani, o general iraniano comandante da Guarda Revolucionária do Irã.

Mark Brinkley, porta-voz da empresa, disse na terça-feira que a General Atomics está “atualmente explorando opções” para apoiar a Ucrânia, algo que exigiria a aprovação do governo dos EUA. “Temos aeronaves disponíveis agora para transferência imediata”, disse Brinkley. “Com o apoio do governo dos EUA, essas aeronaves podem estar nas mãos de pilotos militares ucranianos em questão de dias.”

Tal transferência, disse Brinkley, expandiria a capacidade da Ucrânia de conduzir vigilância aérea do campo de batalha e fornecer “capacidades de ataque altamente letais não oferecidas” por aeronaves não tripuladas menores. Pilotos ucranianos já familiarizados com operações de drones não estariam “começando do zero” para aprender a pilotá-los, disse ele.

Em um comunicado, Markarova reconheceu na noite de terça-feira que se reuniu com representantes da General Atomics. “Juntamente com nossa equipe, discutimos com a General Atomics as perspectivas de aumentar a capacidade das Forças Armadas da Ucrânia e a situação atual na Ucrânia”, disse ela.

Quando questionada sobre quais equipamentos ela solicitou à empresa, a porta-voz de Markarova se recusou a especificar, dizendo que a Ucrânia preferiria “surpreender a Rússia no campo de batalha”.

A General Atomics fornece à Força Aérea dos EUA com o drone Reaper e o Exército dos EUA com o Grey Eagle, uma versão atualizada do Predator que foi amplamente utilizada pelos militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão. /WP e AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu sinal verde nesta quarta-feira, 13, a uma nova ajuda militar maciça para a Ucrânia, que inclui veículos blindados, artilharia e helicópteros. Durante um telefonema nesta quarta-feira com seu homólogo ucraniano, Volodmir Zelenski, Biden anunciou uma nova parcela de ajuda no valor de US$ 800 milhões (cerca de R$ 3,7 bilhões), segundo um comunicado da Casa Branca.

Esta ajuda inclui equipamentos “muito eficazes que já entregamos” à Ucrânia, mas também “novas capacidades”, entre elas “sistemas de artilharia” e “meios de transporte blindados”, informou o governo, que afirma ter autorizado o transporte de helicópteros. O objetivo desta nova ajuda é, segundo Washington, ajudar a Ucrânia a enfrentar uma vasta ofensiva russa no leste do país.

Na terça-feira à noite, autoridades americanas disseram ao jornal The Washington Post que o Pentágono estava preparando um novo pacote de ajuda, que incluiria transferências de Humvees blindados e uma série de outros equipamentos sofisticados para o país.

Nos planos preliminares que circulavam entre autoridades do governo e legisladores em Washington também incluíam helicópteros Mi-17, canhões, drones de defesa costeira e roupas de proteção para proteger os soldados em caso de ataque químico, biológico ou nuclear, disseram as autoridades, embora tenham alertado que não ficou imediatamente claro se todos esses itens acabariam no pacote final de ajuda.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, não quis comentar. Na noite de terça-feira, um oficial de defesa dos EUA disse que os helicópteros fabricados na Rússia não seriam incluídos.

A nova entrega de armas se soma aos mais de US$ 2,4 bilhões em assistência de segurança dos EUA fornecidos à Ucrânia desde que o presidente Biden assumiu o cargo no ano passado, incluindo US$ 1,7 bilhão em ajuda desde que a Rússia lançou sua invasão em 24 de fevereiro.

Soldado ucraniano segura um míssil Javelin em Kiev em 13 de março Foto: Gleb Garanich/Reuters

O presidente ucraniano e seu governo pediram armas mais sofisticadas para combater as vantagens tecnológicas dos militares russos. Os militares da Ucrânia desafiaram as expectativas iniciais e montaram uma resistência feroz, já tendo evitado um ataque de semanas à capital, Kiev, que visava derrubar o governo de Zelenski. Como resultado, a Rússia mudou seus objetivos, consolidando seu ataque às principais cidades do sul e do leste.

O ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, conversou com o secretário de Defesa Lloyd Austin na terça-feira. A discussão fez parte de um “diálogo e conversa constante” entre os dois e se concentrou em parte nas armas e outras assistências fornecidas à Ucrânia.

Detalhes adicionais não foram divulgados, mas Reznikov escreveu no Twitter no início desta semana que a Ucrânia está buscando mais aeronaves não tripuladas, sistemas de defesa aérea, artilharia, veículos blindados, aeronaves de combate e mísseis antinavio.

Algumas das armas esperadas no próximo pacote são novas para as tropas ucranianas e provavelmente exigirão treinamento antes que possam ser usadas em combate. Um alto funcionário de defesa dos EUA, falando sob condição de anonimato, disse a repórteres que o governo Biden está aberto a enviar as armas se isso atender às necessidades específicas da Ucrânia.

Tropas pró-Rússia em um veículo blindado em Mariupol  

Os Estados Unidos e seus aliados estão enviando armas para a Ucrânia há semanas -- os americanos, sozinhos, enviaram de 8 a 10 voos de assistência militar para países vizinhos todos os dias, disse o alto funcionário de defesa americano. Essas entregas são então movidas por comboio terrestre para a Ucrânia, que determina como e onde o equipamento é distribuído.

Na terça-feira, o Pentágono estava perto de concluir a entrega dos últimos itens de um pacote de assistência de segurança de US$ 800 milhões aprovado por Biden em 16 de março e um conjunto de remessas de US$ 100 milhões aprovado na semana passada.

O pacote maior incluía drones Switchblade que podem ser armados com explosivos e lançados contra alvos, mísseis antiaéreos Stinger e armas antiblindagem, incluindo mísseis Javelin, uma das armas centrais para a Ucrânia combater os blindados russos. O pacote aprovado na semana passada incluiu equipamentos adicionais, após um pedido da Ucrânia enquanto se prepara para uma nova ofensiva russa no leste.

“Esses itens não ficam parados por muito tempo”, disse o alto funcionário da defesa. “Uma vez que eles chegam aos locais, eles são colocados em palets e em caminhões, esses caminhões são recolhidos pelas Forças Armadas ucranianas e levados para a Ucrânia.”

Autoridades ucranianas também começaram a se reunir com empresas de defesa dos EUA para ver de que outra forma elas poderiam melhorar suas defesas. Em um exemplo recente, a embaixadora ucraniana nos Estados Unidos, Oksana Markarova, se reuniu na semana passada com representantes da General Atomics, fabricante dos drones Reaper e Predator, usados pelos EUA - o reaper foi o drone usado para assassinar Qassim Suleimani, o general iraniano comandante da Guarda Revolucionária do Irã.

Mark Brinkley, porta-voz da empresa, disse na terça-feira que a General Atomics está “atualmente explorando opções” para apoiar a Ucrânia, algo que exigiria a aprovação do governo dos EUA. “Temos aeronaves disponíveis agora para transferência imediata”, disse Brinkley. “Com o apoio do governo dos EUA, essas aeronaves podem estar nas mãos de pilotos militares ucranianos em questão de dias.”

Tal transferência, disse Brinkley, expandiria a capacidade da Ucrânia de conduzir vigilância aérea do campo de batalha e fornecer “capacidades de ataque altamente letais não oferecidas” por aeronaves não tripuladas menores. Pilotos ucranianos já familiarizados com operações de drones não estariam “começando do zero” para aprender a pilotá-los, disse ele.

Em um comunicado, Markarova reconheceu na noite de terça-feira que se reuniu com representantes da General Atomics. “Juntamente com nossa equipe, discutimos com a General Atomics as perspectivas de aumentar a capacidade das Forças Armadas da Ucrânia e a situação atual na Ucrânia”, disse ela.

Quando questionada sobre quais equipamentos ela solicitou à empresa, a porta-voz de Markarova se recusou a especificar, dizendo que a Ucrânia preferiria “surpreender a Rússia no campo de batalha”.

A General Atomics fornece à Força Aérea dos EUA com o drone Reaper e o Exército dos EUA com o Grey Eagle, uma versão atualizada do Predator que foi amplamente utilizada pelos militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão. /WP e AFP

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