Pesquisa aponta que 81% dos russos apoiam Putin mesmo com rublo em queda


Pesquisa foi conduzida entre 22 de novembro e 7 de dezembro, quando o rublo já estava em trajetória de queda

Por Redação
Para Putin, contudo, a questão é saber se ele conseguirá convencer os russos a apertarem os cintos, e não apenas por meses, mas provavelmente por anos. Foto: AP

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira mostra que 81% dos russos apoiam o governo de Vladimir Putin mesmo em meio a uma queda aguda da cotação do rublo. A pesquisa, divulgada pela Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research, revela que a popularidade do presidente russo continua altíssima apesar do crescimento dos temores de uma recessão econômica no país.

Os números mostram ainda que a confiança da população na economia está diminuindo, particularmente em Moscou, onde as pessoas se acostumaram com produtos importados e viagens ao exterior, itens que se tornaram escassos depois das sanções impostas pelo Ocidente devido à anexação da Crimeia.

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A pesquisa foi conduzida entre 22 de novembro e 7 de dezembro, quando o rublo já estava em trajetória de queda. Ela não deve refletir, portanto, o derretimento da moeda ocorrido nesta semana, que deve ter um efeito muito maior sobre os preços e o padrão de vida dos russos.

Para Putin, contudo, a questão é saber se ele conseguirá convencer os russos a apertarem os cintos, e não apenas por meses, mas provavelmente por anos.

"O povo russo sabe que enfrenta sanções", afirmou Maria Lipman, uma analista independente. "Este tipo de mentalidade é disseminada repetidamente pela televisão russa. Em quem mais eles podem se apoiar além de Putin? O presidente é visto como o salvador da pátria, e acredito que, de certa forma, ele se enxerga assim também."

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A forma como os russos veem Putin tem relação ao modo como eles consomem o noticiário, revela a pesquisa. Entre os que afirmam que a TV é a fonte primária de notícias, 84% apoia o líder, contra 73% dos que utilizam prioritariamente outras fontes.

Putin, que se tornou presidente pela primeira vez em 2000, se beneficiou da alta dos preços do petróleo na década passada. A commodity é o principal produto russo, e os cidadãos experimentaram uma rápida melhora nos padrões de vida. A supressão de vozes políticas contrárias e de veículos de mídia independente foram tacitamente aceitas por muitos como um compromisso com a estabilidade econômica.

As ações militares na Ucrânia também recebem grande apoio dos russos. Entre os entrevistados, 69% acreditam que algumas partes do país vizinho pertencem à Rússia.

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A taxa de aprovação do governo nesta sondagem é um pouco maior que os 74% obtidos em outra pesquisa realizada pelo Levada Center, instituto de pesquisas mais respeitado do país. Fonte: Associated Press.

Para Putin, contudo, a questão é saber se ele conseguirá convencer os russos a apertarem os cintos, e não apenas por meses, mas provavelmente por anos. Foto: AP

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira mostra que 81% dos russos apoiam o governo de Vladimir Putin mesmo em meio a uma queda aguda da cotação do rublo. A pesquisa, divulgada pela Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research, revela que a popularidade do presidente russo continua altíssima apesar do crescimento dos temores de uma recessão econômica no país.

Os números mostram ainda que a confiança da população na economia está diminuindo, particularmente em Moscou, onde as pessoas se acostumaram com produtos importados e viagens ao exterior, itens que se tornaram escassos depois das sanções impostas pelo Ocidente devido à anexação da Crimeia.

A pesquisa foi conduzida entre 22 de novembro e 7 de dezembro, quando o rublo já estava em trajetória de queda. Ela não deve refletir, portanto, o derretimento da moeda ocorrido nesta semana, que deve ter um efeito muito maior sobre os preços e o padrão de vida dos russos.

Para Putin, contudo, a questão é saber se ele conseguirá convencer os russos a apertarem os cintos, e não apenas por meses, mas provavelmente por anos.

"O povo russo sabe que enfrenta sanções", afirmou Maria Lipman, uma analista independente. "Este tipo de mentalidade é disseminada repetidamente pela televisão russa. Em quem mais eles podem se apoiar além de Putin? O presidente é visto como o salvador da pátria, e acredito que, de certa forma, ele se enxerga assim também."

A forma como os russos veem Putin tem relação ao modo como eles consomem o noticiário, revela a pesquisa. Entre os que afirmam que a TV é a fonte primária de notícias, 84% apoia o líder, contra 73% dos que utilizam prioritariamente outras fontes.

Putin, que se tornou presidente pela primeira vez em 2000, se beneficiou da alta dos preços do petróleo na década passada. A commodity é o principal produto russo, e os cidadãos experimentaram uma rápida melhora nos padrões de vida. A supressão de vozes políticas contrárias e de veículos de mídia independente foram tacitamente aceitas por muitos como um compromisso com a estabilidade econômica.

As ações militares na Ucrânia também recebem grande apoio dos russos. Entre os entrevistados, 69% acreditam que algumas partes do país vizinho pertencem à Rússia.

A taxa de aprovação do governo nesta sondagem é um pouco maior que os 74% obtidos em outra pesquisa realizada pelo Levada Center, instituto de pesquisas mais respeitado do país. Fonte: Associated Press.

Para Putin, contudo, a questão é saber se ele conseguirá convencer os russos a apertarem os cintos, e não apenas por meses, mas provavelmente por anos. Foto: AP

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira mostra que 81% dos russos apoiam o governo de Vladimir Putin mesmo em meio a uma queda aguda da cotação do rublo. A pesquisa, divulgada pela Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research, revela que a popularidade do presidente russo continua altíssima apesar do crescimento dos temores de uma recessão econômica no país.

Os números mostram ainda que a confiança da população na economia está diminuindo, particularmente em Moscou, onde as pessoas se acostumaram com produtos importados e viagens ao exterior, itens que se tornaram escassos depois das sanções impostas pelo Ocidente devido à anexação da Crimeia.

A pesquisa foi conduzida entre 22 de novembro e 7 de dezembro, quando o rublo já estava em trajetória de queda. Ela não deve refletir, portanto, o derretimento da moeda ocorrido nesta semana, que deve ter um efeito muito maior sobre os preços e o padrão de vida dos russos.

Para Putin, contudo, a questão é saber se ele conseguirá convencer os russos a apertarem os cintos, e não apenas por meses, mas provavelmente por anos.

"O povo russo sabe que enfrenta sanções", afirmou Maria Lipman, uma analista independente. "Este tipo de mentalidade é disseminada repetidamente pela televisão russa. Em quem mais eles podem se apoiar além de Putin? O presidente é visto como o salvador da pátria, e acredito que, de certa forma, ele se enxerga assim também."

A forma como os russos veem Putin tem relação ao modo como eles consomem o noticiário, revela a pesquisa. Entre os que afirmam que a TV é a fonte primária de notícias, 84% apoia o líder, contra 73% dos que utilizam prioritariamente outras fontes.

Putin, que se tornou presidente pela primeira vez em 2000, se beneficiou da alta dos preços do petróleo na década passada. A commodity é o principal produto russo, e os cidadãos experimentaram uma rápida melhora nos padrões de vida. A supressão de vozes políticas contrárias e de veículos de mídia independente foram tacitamente aceitas por muitos como um compromisso com a estabilidade econômica.

As ações militares na Ucrânia também recebem grande apoio dos russos. Entre os entrevistados, 69% acreditam que algumas partes do país vizinho pertencem à Rússia.

A taxa de aprovação do governo nesta sondagem é um pouco maior que os 74% obtidos em outra pesquisa realizada pelo Levada Center, instituto de pesquisas mais respeitado do país. Fonte: Associated Press.

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