Pesquisas de Trump apontam Joe Biden como favorito nas eleições nos EUA


Levantamentos feitos pela campanha e pelo partido do atual presidente foram apresentados a Trump na semana passada; presidente teve conversas tensas com assessores e se negou a aceitar resultados

Por Josh Dawsey
Atualização:

WASHINGTON - Pesquisas realizadas pelo comitê de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apontam que o atual mandatário da Casa Branca está atrás do rival Democrata, Joe Biden, nos chamados "swing states", Estados decisivos na corrida presidencial americana. De acordo com fontes anônimas ouvidas pelo jornal The Washington Post, conselheiros de Trump apresentaram os resultados das pesquisas ao presidente na semana passada, a fim de encorajá-lo a diminuir o número de entrevistas coletivas sobre a pandemia do novo coronavírus, o que estaria prejudicando a imagem do presidente, na análise deles.

Na semana passada, Trump conversou com três conselheiros: o gerente sde sua campanha à reeleição, Brad Parscale, o conselheiro sênior da Casa Branca, Jared Kushner, e a presidente do Comitê Nacional Republicano (RNC, na sigla em inglês), Ronna McDaniel. Outros funcionários da Casa Branca também participaram das conversas, que aconteceram por meio de teleconferências e reuniões no final da semana passada.

Uma das teleconferências - realizada na quarta-feira da semana passada - foi projetada pelos assessores para apresentar os dados das pesquisas ao presidente. O objetivo seria encorajá-lo a reduzir a frequência das coletivas de imprensa sobre o novo coronavírus ou, pelo menos, parar de responder perguntas, segundo as fontes ouvidas pelo jornal. Os conselheiros teriam tomado a decisão depois de ver os números do presidente caírem por várias semanas.

continua após a publicidade

Trump resistiu aos apelos, dizendo que as pessoas "amam" as entrevistas coletivas e pensam que ele está "lutando por elas". A desconfiança do presidente com pesquisas que apresentam dados negativos sobre ele não é antiga, dizem assessores.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Foto: Jonathan Ernst/Reuters

As duas pesquisas feitas por Trump - uma do Comitê Nacional Republicano e outra da campanha de Trump - mostraram o atual presidente atrás de Biden nos chamados swing-states. A equipe política do presidente ficou mais preocupada nas últimas semanas, à medida que os encontros do presidente com a imprensa se tornavam mais combativos enquanto a economia desmoronava e as mortes por coronavírus continuavam aumentando.

continua após a publicidade

Na quinta-feira, Trump desencadeou um novo alvoroço com sua sugestão de que a injeção de alvejante ou outros desinfetantes poderia ajudar a matar o novo coronavírus - provocando uma corrida do governo para conter os danos. O presidente não realizou nenhuma coletiva de imprensa no fim de semana e respondeu a menos perguntas nesta semana.

Assessores dizem que esperam que Trump viaje para fora de Washington em breve, encontre-se com governadores do Salão Oval e participe de eventos focados na economia. Os oficiais de campanha de Trump e da RNC não responderam aos pedidos de comentários na quarta-feira sobre a pesquisa eleitoral.

Assessores descreveram Trump como "de mau humor" na semana passada por causa dos dados das pesquisas e da cobertura da imprensa sobre a resposta de seu governo à pandemia. Em uma ligação, ele repreendeu Parscale pelos dados da apresentados, segundo duas fontes ouvidas.

continua após a publicidade

Em um ponto da ligação, Trump disse que poderia processar gerente de sua campanha, embora uma das pessoas com conhecimento dos comentários tenha dito que ele fez a observação em tom de brincadeira. As notícias do surto de raiva de Trump sobre Parscale foram relatadas pela primeira vez na quarta-feira pela CNN nos EUA.

Trump disse ao coordenador da campanha que não acreditava nas pesquisas que lhe foram apresentadas, mesmo que fossem da campanha e da RNC. "Não estou perdendo para Joe Biden", disse Trump a certa altura, disseram as duas pessoas, acrescentando que o presidente usou palavrões durante toda a chamada.

O presidente também falou com outros assessores por vários dias sobre uma história do jornal The New York Times que o descrevia como passando a maior parte do dia assistindo televisão e chamando as pessoas pelo telefone.

continua após a publicidade

Ele também estava zangado com os testes do coronavírus - dizendo aos conselheiros que estava sendo injustamente esmagado na mídia por causa da escassez nos Estados Unidos. Trump anunciou esta semana um conjunto de diretrizes de teste que continuaram a deixar a responsabilidade para os estados desenvolverem seus próprios planos.

"Ele estava de péssimo humor com todo mundo no final da semana passada", disse um quarto funcionário.

Parscale esteve no Salão Oval na terça-feira, 28, para uma longa reunião com Trump na qual a situação foi resolvida, segundo um assessor. O coordenador da campanha teria apresentado números das pesquisas que eram mais positivos para o presidente, que pareceu ficar com um humor melhor./ THE WASHINGTON POST

WASHINGTON - Pesquisas realizadas pelo comitê de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apontam que o atual mandatário da Casa Branca está atrás do rival Democrata, Joe Biden, nos chamados "swing states", Estados decisivos na corrida presidencial americana. De acordo com fontes anônimas ouvidas pelo jornal The Washington Post, conselheiros de Trump apresentaram os resultados das pesquisas ao presidente na semana passada, a fim de encorajá-lo a diminuir o número de entrevistas coletivas sobre a pandemia do novo coronavírus, o que estaria prejudicando a imagem do presidente, na análise deles.

Na semana passada, Trump conversou com três conselheiros: o gerente sde sua campanha à reeleição, Brad Parscale, o conselheiro sênior da Casa Branca, Jared Kushner, e a presidente do Comitê Nacional Republicano (RNC, na sigla em inglês), Ronna McDaniel. Outros funcionários da Casa Branca também participaram das conversas, que aconteceram por meio de teleconferências e reuniões no final da semana passada.

Uma das teleconferências - realizada na quarta-feira da semana passada - foi projetada pelos assessores para apresentar os dados das pesquisas ao presidente. O objetivo seria encorajá-lo a reduzir a frequência das coletivas de imprensa sobre o novo coronavírus ou, pelo menos, parar de responder perguntas, segundo as fontes ouvidas pelo jornal. Os conselheiros teriam tomado a decisão depois de ver os números do presidente caírem por várias semanas.

Trump resistiu aos apelos, dizendo que as pessoas "amam" as entrevistas coletivas e pensam que ele está "lutando por elas". A desconfiança do presidente com pesquisas que apresentam dados negativos sobre ele não é antiga, dizem assessores.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Foto: Jonathan Ernst/Reuters

As duas pesquisas feitas por Trump - uma do Comitê Nacional Republicano e outra da campanha de Trump - mostraram o atual presidente atrás de Biden nos chamados swing-states. A equipe política do presidente ficou mais preocupada nas últimas semanas, à medida que os encontros do presidente com a imprensa se tornavam mais combativos enquanto a economia desmoronava e as mortes por coronavírus continuavam aumentando.

Na quinta-feira, Trump desencadeou um novo alvoroço com sua sugestão de que a injeção de alvejante ou outros desinfetantes poderia ajudar a matar o novo coronavírus - provocando uma corrida do governo para conter os danos. O presidente não realizou nenhuma coletiva de imprensa no fim de semana e respondeu a menos perguntas nesta semana.

Assessores dizem que esperam que Trump viaje para fora de Washington em breve, encontre-se com governadores do Salão Oval e participe de eventos focados na economia. Os oficiais de campanha de Trump e da RNC não responderam aos pedidos de comentários na quarta-feira sobre a pesquisa eleitoral.

Assessores descreveram Trump como "de mau humor" na semana passada por causa dos dados das pesquisas e da cobertura da imprensa sobre a resposta de seu governo à pandemia. Em uma ligação, ele repreendeu Parscale pelos dados da apresentados, segundo duas fontes ouvidas.

Em um ponto da ligação, Trump disse que poderia processar gerente de sua campanha, embora uma das pessoas com conhecimento dos comentários tenha dito que ele fez a observação em tom de brincadeira. As notícias do surto de raiva de Trump sobre Parscale foram relatadas pela primeira vez na quarta-feira pela CNN nos EUA.

Trump disse ao coordenador da campanha que não acreditava nas pesquisas que lhe foram apresentadas, mesmo que fossem da campanha e da RNC. "Não estou perdendo para Joe Biden", disse Trump a certa altura, disseram as duas pessoas, acrescentando que o presidente usou palavrões durante toda a chamada.

O presidente também falou com outros assessores por vários dias sobre uma história do jornal The New York Times que o descrevia como passando a maior parte do dia assistindo televisão e chamando as pessoas pelo telefone.

Ele também estava zangado com os testes do coronavírus - dizendo aos conselheiros que estava sendo injustamente esmagado na mídia por causa da escassez nos Estados Unidos. Trump anunciou esta semana um conjunto de diretrizes de teste que continuaram a deixar a responsabilidade para os estados desenvolverem seus próprios planos.

"Ele estava de péssimo humor com todo mundo no final da semana passada", disse um quarto funcionário.

Parscale esteve no Salão Oval na terça-feira, 28, para uma longa reunião com Trump na qual a situação foi resolvida, segundo um assessor. O coordenador da campanha teria apresentado números das pesquisas que eram mais positivos para o presidente, que pareceu ficar com um humor melhor./ THE WASHINGTON POST

WASHINGTON - Pesquisas realizadas pelo comitê de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apontam que o atual mandatário da Casa Branca está atrás do rival Democrata, Joe Biden, nos chamados "swing states", Estados decisivos na corrida presidencial americana. De acordo com fontes anônimas ouvidas pelo jornal The Washington Post, conselheiros de Trump apresentaram os resultados das pesquisas ao presidente na semana passada, a fim de encorajá-lo a diminuir o número de entrevistas coletivas sobre a pandemia do novo coronavírus, o que estaria prejudicando a imagem do presidente, na análise deles.

Na semana passada, Trump conversou com três conselheiros: o gerente sde sua campanha à reeleição, Brad Parscale, o conselheiro sênior da Casa Branca, Jared Kushner, e a presidente do Comitê Nacional Republicano (RNC, na sigla em inglês), Ronna McDaniel. Outros funcionários da Casa Branca também participaram das conversas, que aconteceram por meio de teleconferências e reuniões no final da semana passada.

Uma das teleconferências - realizada na quarta-feira da semana passada - foi projetada pelos assessores para apresentar os dados das pesquisas ao presidente. O objetivo seria encorajá-lo a reduzir a frequência das coletivas de imprensa sobre o novo coronavírus ou, pelo menos, parar de responder perguntas, segundo as fontes ouvidas pelo jornal. Os conselheiros teriam tomado a decisão depois de ver os números do presidente caírem por várias semanas.

Trump resistiu aos apelos, dizendo que as pessoas "amam" as entrevistas coletivas e pensam que ele está "lutando por elas". A desconfiança do presidente com pesquisas que apresentam dados negativos sobre ele não é antiga, dizem assessores.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Foto: Jonathan Ernst/Reuters

As duas pesquisas feitas por Trump - uma do Comitê Nacional Republicano e outra da campanha de Trump - mostraram o atual presidente atrás de Biden nos chamados swing-states. A equipe política do presidente ficou mais preocupada nas últimas semanas, à medida que os encontros do presidente com a imprensa se tornavam mais combativos enquanto a economia desmoronava e as mortes por coronavírus continuavam aumentando.

Na quinta-feira, Trump desencadeou um novo alvoroço com sua sugestão de que a injeção de alvejante ou outros desinfetantes poderia ajudar a matar o novo coronavírus - provocando uma corrida do governo para conter os danos. O presidente não realizou nenhuma coletiva de imprensa no fim de semana e respondeu a menos perguntas nesta semana.

Assessores dizem que esperam que Trump viaje para fora de Washington em breve, encontre-se com governadores do Salão Oval e participe de eventos focados na economia. Os oficiais de campanha de Trump e da RNC não responderam aos pedidos de comentários na quarta-feira sobre a pesquisa eleitoral.

Assessores descreveram Trump como "de mau humor" na semana passada por causa dos dados das pesquisas e da cobertura da imprensa sobre a resposta de seu governo à pandemia. Em uma ligação, ele repreendeu Parscale pelos dados da apresentados, segundo duas fontes ouvidas.

Em um ponto da ligação, Trump disse que poderia processar gerente de sua campanha, embora uma das pessoas com conhecimento dos comentários tenha dito que ele fez a observação em tom de brincadeira. As notícias do surto de raiva de Trump sobre Parscale foram relatadas pela primeira vez na quarta-feira pela CNN nos EUA.

Trump disse ao coordenador da campanha que não acreditava nas pesquisas que lhe foram apresentadas, mesmo que fossem da campanha e da RNC. "Não estou perdendo para Joe Biden", disse Trump a certa altura, disseram as duas pessoas, acrescentando que o presidente usou palavrões durante toda a chamada.

O presidente também falou com outros assessores por vários dias sobre uma história do jornal The New York Times que o descrevia como passando a maior parte do dia assistindo televisão e chamando as pessoas pelo telefone.

Ele também estava zangado com os testes do coronavírus - dizendo aos conselheiros que estava sendo injustamente esmagado na mídia por causa da escassez nos Estados Unidos. Trump anunciou esta semana um conjunto de diretrizes de teste que continuaram a deixar a responsabilidade para os estados desenvolverem seus próprios planos.

"Ele estava de péssimo humor com todo mundo no final da semana passada", disse um quarto funcionário.

Parscale esteve no Salão Oval na terça-feira, 28, para uma longa reunião com Trump na qual a situação foi resolvida, segundo um assessor. O coordenador da campanha teria apresentado números das pesquisas que eram mais positivos para o presidente, que pareceu ficar com um humor melhor./ THE WASHINGTON POST

WASHINGTON - Pesquisas realizadas pelo comitê de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apontam que o atual mandatário da Casa Branca está atrás do rival Democrata, Joe Biden, nos chamados "swing states", Estados decisivos na corrida presidencial americana. De acordo com fontes anônimas ouvidas pelo jornal The Washington Post, conselheiros de Trump apresentaram os resultados das pesquisas ao presidente na semana passada, a fim de encorajá-lo a diminuir o número de entrevistas coletivas sobre a pandemia do novo coronavírus, o que estaria prejudicando a imagem do presidente, na análise deles.

Na semana passada, Trump conversou com três conselheiros: o gerente sde sua campanha à reeleição, Brad Parscale, o conselheiro sênior da Casa Branca, Jared Kushner, e a presidente do Comitê Nacional Republicano (RNC, na sigla em inglês), Ronna McDaniel. Outros funcionários da Casa Branca também participaram das conversas, que aconteceram por meio de teleconferências e reuniões no final da semana passada.

Uma das teleconferências - realizada na quarta-feira da semana passada - foi projetada pelos assessores para apresentar os dados das pesquisas ao presidente. O objetivo seria encorajá-lo a reduzir a frequência das coletivas de imprensa sobre o novo coronavírus ou, pelo menos, parar de responder perguntas, segundo as fontes ouvidas pelo jornal. Os conselheiros teriam tomado a decisão depois de ver os números do presidente caírem por várias semanas.

Trump resistiu aos apelos, dizendo que as pessoas "amam" as entrevistas coletivas e pensam que ele está "lutando por elas". A desconfiança do presidente com pesquisas que apresentam dados negativos sobre ele não é antiga, dizem assessores.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Foto: Jonathan Ernst/Reuters

As duas pesquisas feitas por Trump - uma do Comitê Nacional Republicano e outra da campanha de Trump - mostraram o atual presidente atrás de Biden nos chamados swing-states. A equipe política do presidente ficou mais preocupada nas últimas semanas, à medida que os encontros do presidente com a imprensa se tornavam mais combativos enquanto a economia desmoronava e as mortes por coronavírus continuavam aumentando.

Na quinta-feira, Trump desencadeou um novo alvoroço com sua sugestão de que a injeção de alvejante ou outros desinfetantes poderia ajudar a matar o novo coronavírus - provocando uma corrida do governo para conter os danos. O presidente não realizou nenhuma coletiva de imprensa no fim de semana e respondeu a menos perguntas nesta semana.

Assessores dizem que esperam que Trump viaje para fora de Washington em breve, encontre-se com governadores do Salão Oval e participe de eventos focados na economia. Os oficiais de campanha de Trump e da RNC não responderam aos pedidos de comentários na quarta-feira sobre a pesquisa eleitoral.

Assessores descreveram Trump como "de mau humor" na semana passada por causa dos dados das pesquisas e da cobertura da imprensa sobre a resposta de seu governo à pandemia. Em uma ligação, ele repreendeu Parscale pelos dados da apresentados, segundo duas fontes ouvidas.

Em um ponto da ligação, Trump disse que poderia processar gerente de sua campanha, embora uma das pessoas com conhecimento dos comentários tenha dito que ele fez a observação em tom de brincadeira. As notícias do surto de raiva de Trump sobre Parscale foram relatadas pela primeira vez na quarta-feira pela CNN nos EUA.

Trump disse ao coordenador da campanha que não acreditava nas pesquisas que lhe foram apresentadas, mesmo que fossem da campanha e da RNC. "Não estou perdendo para Joe Biden", disse Trump a certa altura, disseram as duas pessoas, acrescentando que o presidente usou palavrões durante toda a chamada.

O presidente também falou com outros assessores por vários dias sobre uma história do jornal The New York Times que o descrevia como passando a maior parte do dia assistindo televisão e chamando as pessoas pelo telefone.

Ele também estava zangado com os testes do coronavírus - dizendo aos conselheiros que estava sendo injustamente esmagado na mídia por causa da escassez nos Estados Unidos. Trump anunciou esta semana um conjunto de diretrizes de teste que continuaram a deixar a responsabilidade para os estados desenvolverem seus próprios planos.

"Ele estava de péssimo humor com todo mundo no final da semana passada", disse um quarto funcionário.

Parscale esteve no Salão Oval na terça-feira, 28, para uma longa reunião com Trump na qual a situação foi resolvida, segundo um assessor. O coordenador da campanha teria apresentado números das pesquisas que eram mais positivos para o presidente, que pareceu ficar com um humor melhor./ THE WASHINGTON POST

WASHINGTON - Pesquisas realizadas pelo comitê de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apontam que o atual mandatário da Casa Branca está atrás do rival Democrata, Joe Biden, nos chamados "swing states", Estados decisivos na corrida presidencial americana. De acordo com fontes anônimas ouvidas pelo jornal The Washington Post, conselheiros de Trump apresentaram os resultados das pesquisas ao presidente na semana passada, a fim de encorajá-lo a diminuir o número de entrevistas coletivas sobre a pandemia do novo coronavírus, o que estaria prejudicando a imagem do presidente, na análise deles.

Na semana passada, Trump conversou com três conselheiros: o gerente sde sua campanha à reeleição, Brad Parscale, o conselheiro sênior da Casa Branca, Jared Kushner, e a presidente do Comitê Nacional Republicano (RNC, na sigla em inglês), Ronna McDaniel. Outros funcionários da Casa Branca também participaram das conversas, que aconteceram por meio de teleconferências e reuniões no final da semana passada.

Uma das teleconferências - realizada na quarta-feira da semana passada - foi projetada pelos assessores para apresentar os dados das pesquisas ao presidente. O objetivo seria encorajá-lo a reduzir a frequência das coletivas de imprensa sobre o novo coronavírus ou, pelo menos, parar de responder perguntas, segundo as fontes ouvidas pelo jornal. Os conselheiros teriam tomado a decisão depois de ver os números do presidente caírem por várias semanas.

Trump resistiu aos apelos, dizendo que as pessoas "amam" as entrevistas coletivas e pensam que ele está "lutando por elas". A desconfiança do presidente com pesquisas que apresentam dados negativos sobre ele não é antiga, dizem assessores.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump Foto: Jonathan Ernst/Reuters

As duas pesquisas feitas por Trump - uma do Comitê Nacional Republicano e outra da campanha de Trump - mostraram o atual presidente atrás de Biden nos chamados swing-states. A equipe política do presidente ficou mais preocupada nas últimas semanas, à medida que os encontros do presidente com a imprensa se tornavam mais combativos enquanto a economia desmoronava e as mortes por coronavírus continuavam aumentando.

Na quinta-feira, Trump desencadeou um novo alvoroço com sua sugestão de que a injeção de alvejante ou outros desinfetantes poderia ajudar a matar o novo coronavírus - provocando uma corrida do governo para conter os danos. O presidente não realizou nenhuma coletiva de imprensa no fim de semana e respondeu a menos perguntas nesta semana.

Assessores dizem que esperam que Trump viaje para fora de Washington em breve, encontre-se com governadores do Salão Oval e participe de eventos focados na economia. Os oficiais de campanha de Trump e da RNC não responderam aos pedidos de comentários na quarta-feira sobre a pesquisa eleitoral.

Assessores descreveram Trump como "de mau humor" na semana passada por causa dos dados das pesquisas e da cobertura da imprensa sobre a resposta de seu governo à pandemia. Em uma ligação, ele repreendeu Parscale pelos dados da apresentados, segundo duas fontes ouvidas.

Em um ponto da ligação, Trump disse que poderia processar gerente de sua campanha, embora uma das pessoas com conhecimento dos comentários tenha dito que ele fez a observação em tom de brincadeira. As notícias do surto de raiva de Trump sobre Parscale foram relatadas pela primeira vez na quarta-feira pela CNN nos EUA.

Trump disse ao coordenador da campanha que não acreditava nas pesquisas que lhe foram apresentadas, mesmo que fossem da campanha e da RNC. "Não estou perdendo para Joe Biden", disse Trump a certa altura, disseram as duas pessoas, acrescentando que o presidente usou palavrões durante toda a chamada.

O presidente também falou com outros assessores por vários dias sobre uma história do jornal The New York Times que o descrevia como passando a maior parte do dia assistindo televisão e chamando as pessoas pelo telefone.

Ele também estava zangado com os testes do coronavírus - dizendo aos conselheiros que estava sendo injustamente esmagado na mídia por causa da escassez nos Estados Unidos. Trump anunciou esta semana um conjunto de diretrizes de teste que continuaram a deixar a responsabilidade para os estados desenvolverem seus próprios planos.

"Ele estava de péssimo humor com todo mundo no final da semana passada", disse um quarto funcionário.

Parscale esteve no Salão Oval na terça-feira, 28, para uma longa reunião com Trump na qual a situação foi resolvida, segundo um assessor. O coordenador da campanha teria apresentado números das pesquisas que eram mais positivos para o presidente, que pareceu ficar com um humor melhor./ THE WASHINGTON POST

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.