Petro e Maduro se reúnem na Venezuela após atritos por bloqueios de candidaturas da oposição


As relações entre os dois países estavam estremecidas desde que o colombiano classificou como ‘golpe antidemocrático’ a inabilitação de líderes opositores, como María Corina Machado

Por Redação

CARACAS - Os atritos recentes entre Colômbia e Venezuela amenizaram na última terça-feira, 9, com a viagem de Gustavo Petro à Caracas, onde pediu por paz política no país que passará por eleições em 28 de julho. As relações entre os dois países estavam estremecidas desde que o colombiano classificou como “golpe antidemocrático” a inabilitação de líderes opositores a Nicolás Maduro.

“A paz política na Venezuela também pode ser a paz armada na Colômbia, e nisso há um terreno a ser construído rapidamente e urgentemente”, disse Petro em declarações à imprensa no palácio presidencial de Miraflores, acompanhado por Maduro. “A Colômbia pode ajudar muito na paz política”, manifestou.

Em 1º de abril, Petro havia classificado como um golpe antidemocrático as sanções administrativas que impedem opositores, incluindo a ex-deputada María Corina Machado, favorita nas pesquisas, de concorrer nas eleições presidenciais de 28 de julho. Foi uma crítica inédita a Maduro, a quem ele tem sido um forte aliado. No encontro desta terça, porém, o colombiano não se referiu às eleições ou aos episódios envolvendo as candidaturas diretamente.

continua após a publicidade
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, apertam as mãos após reunião no Palácio Miraflores, em Caracas, em 9 de abril Foto: Juan Barreto/AFP

As críticas de Petro foram acompanhas de comentários semelhantes feitos por Luiz Inácio Lula da Silva logo após a impossibilidade de candidatura de Corina Yoris, quem deveria substituir Machado.

Mas o encontro de terça serviu para os dois presidentes retomarem o tom cordial. “Agradeço ao presidente Gustavo Petro por esta boa reunião que tivemos”, disse antes Maduro, que aspira a um terceiro mandato de seis anos em uma eleição cuja oposição encontra dificuldades para participar com candidatos competitivos.

continua após a publicidade

Maduro ratificou a disposição de seu país em apoiar as negociações empreendidas pelo governo de Petro com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), em um processo semelhante ao que levou, em 2016, a um acordo de paz com as hoje dissolvidas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

“A Venezuela sempre estará pronta, disposta e à disposição de vocês para ajudar, além do que for possível, a construir a paz na Colômbia, porque a paz na Colômbia é a paz na Venezuela”, comentou.

Venezuela tem prevista para esta semana uma nova rodada de negociações entre o governo da Colômbia e o ELN.

continua após a publicidade

Em uma declaração conjunta, os presidentes reafirmaram “o compromisso mútuo de apoio à paz, estabilidade política, social e econômica em ambos os países, especialmente no que se refere ao papel da Venezuela como garantidora dos processos de diálogo” entre o governo colombiano, o ELN e dissidentes das Farc.

O documento acrescenta que concordaram em “continuar avançando” em “investimentos conjuntos em gás e petróleo, bem como no impulso de projetos de energias limpas”.

continua após a publicidade

O encontro desta terça foi o quinto oficial entre os dois desde que Petro assumiu o cargo em agosto de 2022 e retomou as relações com seu vizinho. Eles também tiveram dois encontros no âmbito de fóruns internacionais.

Colômbia e Venezuela romperam relações por três anos, após o então presidente Iván Duque (2018-2022) não reconhecer a reeleição de Maduro em 2018, entre denúncias de fraude. Os governantes de esquerda concordaram em “manter contatos frequentes e intercâmbio permanente”.

Depois de se reunir com Maduro, Petro se encontrou nesta quarta-feira, 10, com membros da oposição venezuelana, embora não tenha especificado nomes. “Ontem encontrei-me com o presidente Maduro e hoje com setores da oposição venezuelana com a perspectiva de construir a paz política”, afirmou o colombiano.

continua após a publicidade

“Uma mediação colombiana para alcançar a paz política na Venezuela. Falei com o presidente Maduro sobre uma proposta que fiz a ele e também com setores da oposição, talvez os mais importantes neste momento, para garantir que este país tenha paz política”, completou.

Petro e Maduro discutiram também questões internacionais, como à invasão policial à embaixada do México no Equador para capturar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, asilado e acusado de corrupção. Os presidentes “exortam o Equador a restituir imediatamente a condição de asilado de Glas e manifestam sua solidariedade ao governo do México”, segundo a declaração conjunta./AFP

CARACAS - Os atritos recentes entre Colômbia e Venezuela amenizaram na última terça-feira, 9, com a viagem de Gustavo Petro à Caracas, onde pediu por paz política no país que passará por eleições em 28 de julho. As relações entre os dois países estavam estremecidas desde que o colombiano classificou como “golpe antidemocrático” a inabilitação de líderes opositores a Nicolás Maduro.

“A paz política na Venezuela também pode ser a paz armada na Colômbia, e nisso há um terreno a ser construído rapidamente e urgentemente”, disse Petro em declarações à imprensa no palácio presidencial de Miraflores, acompanhado por Maduro. “A Colômbia pode ajudar muito na paz política”, manifestou.

Em 1º de abril, Petro havia classificado como um golpe antidemocrático as sanções administrativas que impedem opositores, incluindo a ex-deputada María Corina Machado, favorita nas pesquisas, de concorrer nas eleições presidenciais de 28 de julho. Foi uma crítica inédita a Maduro, a quem ele tem sido um forte aliado. No encontro desta terça, porém, o colombiano não se referiu às eleições ou aos episódios envolvendo as candidaturas diretamente.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, apertam as mãos após reunião no Palácio Miraflores, em Caracas, em 9 de abril Foto: Juan Barreto/AFP

As críticas de Petro foram acompanhas de comentários semelhantes feitos por Luiz Inácio Lula da Silva logo após a impossibilidade de candidatura de Corina Yoris, quem deveria substituir Machado.

Mas o encontro de terça serviu para os dois presidentes retomarem o tom cordial. “Agradeço ao presidente Gustavo Petro por esta boa reunião que tivemos”, disse antes Maduro, que aspira a um terceiro mandato de seis anos em uma eleição cuja oposição encontra dificuldades para participar com candidatos competitivos.

Maduro ratificou a disposição de seu país em apoiar as negociações empreendidas pelo governo de Petro com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), em um processo semelhante ao que levou, em 2016, a um acordo de paz com as hoje dissolvidas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

“A Venezuela sempre estará pronta, disposta e à disposição de vocês para ajudar, além do que for possível, a construir a paz na Colômbia, porque a paz na Colômbia é a paz na Venezuela”, comentou.

Venezuela tem prevista para esta semana uma nova rodada de negociações entre o governo da Colômbia e o ELN.

Em uma declaração conjunta, os presidentes reafirmaram “o compromisso mútuo de apoio à paz, estabilidade política, social e econômica em ambos os países, especialmente no que se refere ao papel da Venezuela como garantidora dos processos de diálogo” entre o governo colombiano, o ELN e dissidentes das Farc.

O documento acrescenta que concordaram em “continuar avançando” em “investimentos conjuntos em gás e petróleo, bem como no impulso de projetos de energias limpas”.

O encontro desta terça foi o quinto oficial entre os dois desde que Petro assumiu o cargo em agosto de 2022 e retomou as relações com seu vizinho. Eles também tiveram dois encontros no âmbito de fóruns internacionais.

Colômbia e Venezuela romperam relações por três anos, após o então presidente Iván Duque (2018-2022) não reconhecer a reeleição de Maduro em 2018, entre denúncias de fraude. Os governantes de esquerda concordaram em “manter contatos frequentes e intercâmbio permanente”.

Depois de se reunir com Maduro, Petro se encontrou nesta quarta-feira, 10, com membros da oposição venezuelana, embora não tenha especificado nomes. “Ontem encontrei-me com o presidente Maduro e hoje com setores da oposição venezuelana com a perspectiva de construir a paz política”, afirmou o colombiano.

“Uma mediação colombiana para alcançar a paz política na Venezuela. Falei com o presidente Maduro sobre uma proposta que fiz a ele e também com setores da oposição, talvez os mais importantes neste momento, para garantir que este país tenha paz política”, completou.

Petro e Maduro discutiram também questões internacionais, como à invasão policial à embaixada do México no Equador para capturar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, asilado e acusado de corrupção. Os presidentes “exortam o Equador a restituir imediatamente a condição de asilado de Glas e manifestam sua solidariedade ao governo do México”, segundo a declaração conjunta./AFP

CARACAS - Os atritos recentes entre Colômbia e Venezuela amenizaram na última terça-feira, 9, com a viagem de Gustavo Petro à Caracas, onde pediu por paz política no país que passará por eleições em 28 de julho. As relações entre os dois países estavam estremecidas desde que o colombiano classificou como “golpe antidemocrático” a inabilitação de líderes opositores a Nicolás Maduro.

“A paz política na Venezuela também pode ser a paz armada na Colômbia, e nisso há um terreno a ser construído rapidamente e urgentemente”, disse Petro em declarações à imprensa no palácio presidencial de Miraflores, acompanhado por Maduro. “A Colômbia pode ajudar muito na paz política”, manifestou.

Em 1º de abril, Petro havia classificado como um golpe antidemocrático as sanções administrativas que impedem opositores, incluindo a ex-deputada María Corina Machado, favorita nas pesquisas, de concorrer nas eleições presidenciais de 28 de julho. Foi uma crítica inédita a Maduro, a quem ele tem sido um forte aliado. No encontro desta terça, porém, o colombiano não se referiu às eleições ou aos episódios envolvendo as candidaturas diretamente.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, apertam as mãos após reunião no Palácio Miraflores, em Caracas, em 9 de abril Foto: Juan Barreto/AFP

As críticas de Petro foram acompanhas de comentários semelhantes feitos por Luiz Inácio Lula da Silva logo após a impossibilidade de candidatura de Corina Yoris, quem deveria substituir Machado.

Mas o encontro de terça serviu para os dois presidentes retomarem o tom cordial. “Agradeço ao presidente Gustavo Petro por esta boa reunião que tivemos”, disse antes Maduro, que aspira a um terceiro mandato de seis anos em uma eleição cuja oposição encontra dificuldades para participar com candidatos competitivos.

Maduro ratificou a disposição de seu país em apoiar as negociações empreendidas pelo governo de Petro com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), em um processo semelhante ao que levou, em 2016, a um acordo de paz com as hoje dissolvidas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

“A Venezuela sempre estará pronta, disposta e à disposição de vocês para ajudar, além do que for possível, a construir a paz na Colômbia, porque a paz na Colômbia é a paz na Venezuela”, comentou.

Venezuela tem prevista para esta semana uma nova rodada de negociações entre o governo da Colômbia e o ELN.

Em uma declaração conjunta, os presidentes reafirmaram “o compromisso mútuo de apoio à paz, estabilidade política, social e econômica em ambos os países, especialmente no que se refere ao papel da Venezuela como garantidora dos processos de diálogo” entre o governo colombiano, o ELN e dissidentes das Farc.

O documento acrescenta que concordaram em “continuar avançando” em “investimentos conjuntos em gás e petróleo, bem como no impulso de projetos de energias limpas”.

O encontro desta terça foi o quinto oficial entre os dois desde que Petro assumiu o cargo em agosto de 2022 e retomou as relações com seu vizinho. Eles também tiveram dois encontros no âmbito de fóruns internacionais.

Colômbia e Venezuela romperam relações por três anos, após o então presidente Iván Duque (2018-2022) não reconhecer a reeleição de Maduro em 2018, entre denúncias de fraude. Os governantes de esquerda concordaram em “manter contatos frequentes e intercâmbio permanente”.

Depois de se reunir com Maduro, Petro se encontrou nesta quarta-feira, 10, com membros da oposição venezuelana, embora não tenha especificado nomes. “Ontem encontrei-me com o presidente Maduro e hoje com setores da oposição venezuelana com a perspectiva de construir a paz política”, afirmou o colombiano.

“Uma mediação colombiana para alcançar a paz política na Venezuela. Falei com o presidente Maduro sobre uma proposta que fiz a ele e também com setores da oposição, talvez os mais importantes neste momento, para garantir que este país tenha paz política”, completou.

Petro e Maduro discutiram também questões internacionais, como à invasão policial à embaixada do México no Equador para capturar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, asilado e acusado de corrupção. Os presidentes “exortam o Equador a restituir imediatamente a condição de asilado de Glas e manifestam sua solidariedade ao governo do México”, segundo a declaração conjunta./AFP

CARACAS - Os atritos recentes entre Colômbia e Venezuela amenizaram na última terça-feira, 9, com a viagem de Gustavo Petro à Caracas, onde pediu por paz política no país que passará por eleições em 28 de julho. As relações entre os dois países estavam estremecidas desde que o colombiano classificou como “golpe antidemocrático” a inabilitação de líderes opositores a Nicolás Maduro.

“A paz política na Venezuela também pode ser a paz armada na Colômbia, e nisso há um terreno a ser construído rapidamente e urgentemente”, disse Petro em declarações à imprensa no palácio presidencial de Miraflores, acompanhado por Maduro. “A Colômbia pode ajudar muito na paz política”, manifestou.

Em 1º de abril, Petro havia classificado como um golpe antidemocrático as sanções administrativas que impedem opositores, incluindo a ex-deputada María Corina Machado, favorita nas pesquisas, de concorrer nas eleições presidenciais de 28 de julho. Foi uma crítica inédita a Maduro, a quem ele tem sido um forte aliado. No encontro desta terça, porém, o colombiano não se referiu às eleições ou aos episódios envolvendo as candidaturas diretamente.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, apertam as mãos após reunião no Palácio Miraflores, em Caracas, em 9 de abril Foto: Juan Barreto/AFP

As críticas de Petro foram acompanhas de comentários semelhantes feitos por Luiz Inácio Lula da Silva logo após a impossibilidade de candidatura de Corina Yoris, quem deveria substituir Machado.

Mas o encontro de terça serviu para os dois presidentes retomarem o tom cordial. “Agradeço ao presidente Gustavo Petro por esta boa reunião que tivemos”, disse antes Maduro, que aspira a um terceiro mandato de seis anos em uma eleição cuja oposição encontra dificuldades para participar com candidatos competitivos.

Maduro ratificou a disposição de seu país em apoiar as negociações empreendidas pelo governo de Petro com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), em um processo semelhante ao que levou, em 2016, a um acordo de paz com as hoje dissolvidas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

“A Venezuela sempre estará pronta, disposta e à disposição de vocês para ajudar, além do que for possível, a construir a paz na Colômbia, porque a paz na Colômbia é a paz na Venezuela”, comentou.

Venezuela tem prevista para esta semana uma nova rodada de negociações entre o governo da Colômbia e o ELN.

Em uma declaração conjunta, os presidentes reafirmaram “o compromisso mútuo de apoio à paz, estabilidade política, social e econômica em ambos os países, especialmente no que se refere ao papel da Venezuela como garantidora dos processos de diálogo” entre o governo colombiano, o ELN e dissidentes das Farc.

O documento acrescenta que concordaram em “continuar avançando” em “investimentos conjuntos em gás e petróleo, bem como no impulso de projetos de energias limpas”.

O encontro desta terça foi o quinto oficial entre os dois desde que Petro assumiu o cargo em agosto de 2022 e retomou as relações com seu vizinho. Eles também tiveram dois encontros no âmbito de fóruns internacionais.

Colômbia e Venezuela romperam relações por três anos, após o então presidente Iván Duque (2018-2022) não reconhecer a reeleição de Maduro em 2018, entre denúncias de fraude. Os governantes de esquerda concordaram em “manter contatos frequentes e intercâmbio permanente”.

Depois de se reunir com Maduro, Petro se encontrou nesta quarta-feira, 10, com membros da oposição venezuelana, embora não tenha especificado nomes. “Ontem encontrei-me com o presidente Maduro e hoje com setores da oposição venezuelana com a perspectiva de construir a paz política”, afirmou o colombiano.

“Uma mediação colombiana para alcançar a paz política na Venezuela. Falei com o presidente Maduro sobre uma proposta que fiz a ele e também com setores da oposição, talvez os mais importantes neste momento, para garantir que este país tenha paz política”, completou.

Petro e Maduro discutiram também questões internacionais, como à invasão policial à embaixada do México no Equador para capturar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, asilado e acusado de corrupção. Os presidentes “exortam o Equador a restituir imediatamente a condição de asilado de Glas e manifestam sua solidariedade ao governo do México”, segundo a declaração conjunta./AFP

CARACAS - Os atritos recentes entre Colômbia e Venezuela amenizaram na última terça-feira, 9, com a viagem de Gustavo Petro à Caracas, onde pediu por paz política no país que passará por eleições em 28 de julho. As relações entre os dois países estavam estremecidas desde que o colombiano classificou como “golpe antidemocrático” a inabilitação de líderes opositores a Nicolás Maduro.

“A paz política na Venezuela também pode ser a paz armada na Colômbia, e nisso há um terreno a ser construído rapidamente e urgentemente”, disse Petro em declarações à imprensa no palácio presidencial de Miraflores, acompanhado por Maduro. “A Colômbia pode ajudar muito na paz política”, manifestou.

Em 1º de abril, Petro havia classificado como um golpe antidemocrático as sanções administrativas que impedem opositores, incluindo a ex-deputada María Corina Machado, favorita nas pesquisas, de concorrer nas eleições presidenciais de 28 de julho. Foi uma crítica inédita a Maduro, a quem ele tem sido um forte aliado. No encontro desta terça, porém, o colombiano não se referiu às eleições ou aos episódios envolvendo as candidaturas diretamente.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, apertam as mãos após reunião no Palácio Miraflores, em Caracas, em 9 de abril Foto: Juan Barreto/AFP

As críticas de Petro foram acompanhas de comentários semelhantes feitos por Luiz Inácio Lula da Silva logo após a impossibilidade de candidatura de Corina Yoris, quem deveria substituir Machado.

Mas o encontro de terça serviu para os dois presidentes retomarem o tom cordial. “Agradeço ao presidente Gustavo Petro por esta boa reunião que tivemos”, disse antes Maduro, que aspira a um terceiro mandato de seis anos em uma eleição cuja oposição encontra dificuldades para participar com candidatos competitivos.

Maduro ratificou a disposição de seu país em apoiar as negociações empreendidas pelo governo de Petro com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN), em um processo semelhante ao que levou, em 2016, a um acordo de paz com as hoje dissolvidas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

“A Venezuela sempre estará pronta, disposta e à disposição de vocês para ajudar, além do que for possível, a construir a paz na Colômbia, porque a paz na Colômbia é a paz na Venezuela”, comentou.

Venezuela tem prevista para esta semana uma nova rodada de negociações entre o governo da Colômbia e o ELN.

Em uma declaração conjunta, os presidentes reafirmaram “o compromisso mútuo de apoio à paz, estabilidade política, social e econômica em ambos os países, especialmente no que se refere ao papel da Venezuela como garantidora dos processos de diálogo” entre o governo colombiano, o ELN e dissidentes das Farc.

O documento acrescenta que concordaram em “continuar avançando” em “investimentos conjuntos em gás e petróleo, bem como no impulso de projetos de energias limpas”.

O encontro desta terça foi o quinto oficial entre os dois desde que Petro assumiu o cargo em agosto de 2022 e retomou as relações com seu vizinho. Eles também tiveram dois encontros no âmbito de fóruns internacionais.

Colômbia e Venezuela romperam relações por três anos, após o então presidente Iván Duque (2018-2022) não reconhecer a reeleição de Maduro em 2018, entre denúncias de fraude. Os governantes de esquerda concordaram em “manter contatos frequentes e intercâmbio permanente”.

Depois de se reunir com Maduro, Petro se encontrou nesta quarta-feira, 10, com membros da oposição venezuelana, embora não tenha especificado nomes. “Ontem encontrei-me com o presidente Maduro e hoje com setores da oposição venezuelana com a perspectiva de construir a paz política”, afirmou o colombiano.

“Uma mediação colombiana para alcançar a paz política na Venezuela. Falei com o presidente Maduro sobre uma proposta que fiz a ele e também com setores da oposição, talvez os mais importantes neste momento, para garantir que este país tenha paz política”, completou.

Petro e Maduro discutiram também questões internacionais, como à invasão policial à embaixada do México no Equador para capturar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, asilado e acusado de corrupção. Os presidentes “exortam o Equador a restituir imediatamente a condição de asilado de Glas e manifestam sua solidariedade ao governo do México”, segundo a declaração conjunta./AFP

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.