WASHINGTON - A americana ConocoPhillips tomou ativos da Petróleos de Venezuela (PDVSA) após vencer um litígio por US$ 2 bilhões, o que complica ainda mais o panorama econômico venezuelano.
ConocoPhillips está "cumprindo a sentença (...) em quatro localidades do Caribe", confirmaram nesta quinta-feira à AFP fontes da indústria nos Estados Unidos, sem dar detalhes dos lugares.
Segundo relatos da imprensa, os ativos afetados estão em Curaçao, Bonaire e San Eustaquio.
"Buscaremos todas as vias legais disponíveis para obter uma compensação completa e justa por nossos investimentos expropriados na Venezuela", afirmou a ConocoPhillips em comunicado.
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Em nota, o governo venezuelano afirmou, por sua vez, que "a PDVSA rejeita contundentemente as ações adiantas pela empresa americana ConocoPhillips de tomar os ativos da estatal petrolífera venezuelana no Caribe".
Em 25 de abril, o tribunal de arbitragem da Câmara de Comércio Internacional (ICC, por suas siglas em inglês e com sede em Paris), decidiu que a PDVSA violou contratos com a expropriação de ativos da ConocoPhillips por ordem do então presidente Hugo Chávez em dois campos petrolíferos em 2007.
O especialista petroleiro Orlando Ochoa, doutor em economia da Universidade de Oxford, explicou à AFP que as ações da ConocoPhillips não se concentram sobre instalações, mas contra produtos.
"Realizou o congelamento do petróleo venezuelano que está nos terminais de San Eustaquio, Bonaire e alguns produtos que estejam na refinaria em Curaçao", disse Ochoa. Ele calcula que a medida compromete cerca de 15 milhões de barris.
A medida poderia afetar as exportações para os Estados Unidos, destino de um terço do petróleo venezuelano que representa 75% do fluxo de caixa do país com as maiores reservas de petróleo.
A PDVSA também foi processada nesta quarta-feira em Nova York por não ter pago US$ 25 milhões em bônus da dívida à contratista canadense de energia SNC-Lavalin. / AFP
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