Plano de paz, civis mortos e ajuda militar à Ucrânia: veja resumo do 21° dia da guerra


Frente diplomática avança, segundo negociadores, mas combates e bombardeios continuam em cidades ucranianas

Por Redação

Negociações por uma “paz provisória” entre Rússia e Ucrânia avançaram nesta quarta-feira, 16, enquanto combates em solo voltaram a provocar baixas civis e militares no 21° dia de Guerra na Ucrânia.

Autoridades em Kiev e Moscou afirmaram que “fizeram progresso” nos termos de um acordo de paz, apesar da desconfiança de autoridades ucranianas sobre o compromisso do presidente russo, Vladimir Putin, em encerrar o conflito.

Pessoas envolvidas na negociação ouvidas pelo jornal britânico Financial Times disseram que as conversas sobre um plano de 15 pontos avançaram, incluindo um cessar-fogo e a retirada russa de território ucraniano se Kiev declarar neutralidade e não hospedar bases militares estrangeiras ou armamento em troca de proteção de aliados como EUA e Reino Unido e Turquia.

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Equipe de resgate remove destroços de prédio bombardeado no centro de Kharkiv nesta quarta-feira, 16. Foto: Sergey Bobok/AFP

O maior ponto de discórdia continua sendo a exigência da Rússia de que a Ucrânia reconheça sua anexação da Crimeia em 2014 e a independência de dois estados separatistas na região da fronteira oriental de Donbas.

Enquanto houve avanços na frente diplomática, novos confrontos militares e bombardeios em áreas civis foram registrados nesta quarta. Cidades ucranianas continuam sob fogo inimigo, ao passo em que as forças armadas ucranianas lançam contra-ataques fora da capital e em Kherson, ocupada pelos russos.

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A operação começou na noite de terça-feira, 15, e seguiu nesta quarta. Segundo uma fonte militar ucraniana, o contra-ataque envolveu ataques de artilharia, caças e tanques. Imagens de satélite de terça mostram uma forte fumaça negra acima do aeroporto de Kherson, local onde o oficial disse que os ucranianos atacaram aeronaves militares russas estacionadas.

Imagem de satélite capturada pela Planet Labs PBC mostra fumaça e incêndio sobre área do aeroporto de Kherson, na Ucrânia, nesta terça-feira, 15. Local é ocupado pelos russos e sofreu um ataque ucraniano. Foto: Planet Labs PBC/AP

Veja o que foi destaque no 21° dia de Guerra na Ucrânia:

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Zelenski pede armas e novas sanções contra a Rússia

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, discursou virtualmente no Congresso dos Estados Unidos nesta quarta, pedindo para que o país e seus aliados façam mais para parar a guerra. Citando Martin Luther King e fazendo menção ao 11 de setembro, o líder ucraniano pediu por mais ajuda, incluindo sanções a políticos russos, armas e uma zona de exclusão aérea -- este último, um pedido recorrente que vem sendo negado pelos EUA e os aliados da Otan, pois implicaria na entrada direta da aliança no conflito.

O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, pediu uma o envio de armas ao país, o estabelecimento de novas sanções contra a Rússia e a criação de uma zona de exclusão aérea. Foto: Michael Reynolds/EFE
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“‘Eu tenho um sonho’, essas palavras são conhecidas por cada um de vocês. Hoje, posso dizer, eu tenho uma necessidade. Preciso proteger nosso céu. Preciso de sua decisão, sua ajuda, o que significa exatamente o mesmo que você sente quando ouve as palavras ‘eu tenho um sonho’”.

Zelenski também fez um apelo para novos pacotes de sanções, de preferência toda semana, contra políticos russos e que empresas americanas deixem o mercado russo, “inundado em sangue”.

Biden anuncia pacote de US$ 800 milhões em assistência militar à Ucrânia

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Horas depois do discurso de Zelenski no Congresso americano, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou um novo pacote de ajuda militar ao país do Leste Europeu em um valor estimado em US$ 800 milhões (R$ 4,072 bilhões).

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou nesta quarta-feira, 16, autorização para envio de US$ 800 milhões em ajuda militar para a Ucrânia. Foto: Shawn Thew/EFE

De acordo com a autorização assinada por Biden, o valor corresponde a armas antiaéreas, anti-blindagem e drones, na tentativa de reforçar a defesa do país contra a Rússia. Ao todo, o presidente norte-americano enviou US$ 2 bilhões (R$ 10,18 bilhões) deste tipo de auxílio a Kiev desde que assumiu a Casa Branca, há um ano. Cerca de US$ 1 bilhão foi enviado somente na última semana.

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“Vamos dar à Ucrânia as armas para lutar e se defender em todos os dias difíceis que virão pela frente”, disse Biden.

Rússia bombardeia teatro em Mariupol

Um bombardeio russo destruiu um teatro que abrigava centenas de moradores de Mariupol, causando um número ainda desconhecido de vítimas, informam autoridades ucranianas. Segundo o Parlamento da Ucrânia, o teatro foi totalmente destruído e virou escombros.

Vista do Teatro Regional de Drama de Donetsk destruído por um ataque aéreo em Mariupol Foto: Donetsk Regional Civil-Military Administration/Reuters

O vice-prefeito de Mariupol, Serhi Orlov, afirmou que havia entre mil e 1,2 mil pessoas escondidas no teatro. Petro Andruishchenko, assessor do prefeito, afirmou que o teatro era o maior abrigo “em número e tamanho” no centro da cidade. Não se sabe se há sobreviventes.

“A probabilidade de chegar lá para retirar os escombros é baixa devido aos constantes bombardeios da cidade”, escreveu no Telegram.

Funcionários de Chernobyl se tornam reféns em usina nuclear e temem pelo pior

Em Chernobyl, 100 técnicos do turno da noite não podem deixar a usina desde 24 de fevereiro, depois que o exército russo tomou o lugar. A equipe do dia também não foi autorizada a entrar para reversar no trabalho, explicaram à France-Presse seus familiares, que pediram anonimato.

Um prédio abandonado em Pripyat, Ucrânia, que foi evacuado no dia seguinte ao desastre de Chernobyl em 1986.  Foto: Tyler Hicks/The New York Times

Desde então, a equipe vem tentando garantir a manutenção do local, hoje inativo, e onde em 26 de abril de 1986 ocorreu o pior acidente nuclear da história.

“Nossos homens não são apenas reféns, mas também prisioneiros de um campo de concentração russo”, denuncia uma mulher durante uma manifestação de Slavutych, no último domingo, gravada pela televisão local.

Ataque russo mata dez pessoas que esperavam em fila para comprar pão

Ao menos dez pessoas morreram em um ataque da Rússia na cidade de Chernihiv, na Ucrânia. Segundo a embaixada dos Estados Unidos em Kiev, as pessoas esperavam na fila para comprar pão quando foram atingidas. A informação também foi divulgada pela Procuradoria ucraniana.

“Soldados russos atiraram contra pessoas que faziam fila para comprar pão perto de uma mercearia em uma área residencial de Chernihiv. De acordo com um balanço inicial, 10 civis foram mortos”, anunciou a procuradoria em comunicado.

A Rússia, que chama suas ações militares na Ucrânia de “operação especial”, não comentou imediatamente a acusação. Moscou nega atacar civis na Ucrânia.

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O cinegrafista da Fox News Pierre Zakrzewski morreu na Ucrânia

Negociações por uma “paz provisória” entre Rússia e Ucrânia avançaram nesta quarta-feira, 16, enquanto combates em solo voltaram a provocar baixas civis e militares no 21° dia de Guerra na Ucrânia.

Autoridades em Kiev e Moscou afirmaram que “fizeram progresso” nos termos de um acordo de paz, apesar da desconfiança de autoridades ucranianas sobre o compromisso do presidente russo, Vladimir Putin, em encerrar o conflito.

Pessoas envolvidas na negociação ouvidas pelo jornal britânico Financial Times disseram que as conversas sobre um plano de 15 pontos avançaram, incluindo um cessar-fogo e a retirada russa de território ucraniano se Kiev declarar neutralidade e não hospedar bases militares estrangeiras ou armamento em troca de proteção de aliados como EUA e Reino Unido e Turquia.

Equipe de resgate remove destroços de prédio bombardeado no centro de Kharkiv nesta quarta-feira, 16. Foto: Sergey Bobok/AFP

O maior ponto de discórdia continua sendo a exigência da Rússia de que a Ucrânia reconheça sua anexação da Crimeia em 2014 e a independência de dois estados separatistas na região da fronteira oriental de Donbas.

Enquanto houve avanços na frente diplomática, novos confrontos militares e bombardeios em áreas civis foram registrados nesta quarta. Cidades ucranianas continuam sob fogo inimigo, ao passo em que as forças armadas ucranianas lançam contra-ataques fora da capital e em Kherson, ocupada pelos russos.

A operação começou na noite de terça-feira, 15, e seguiu nesta quarta. Segundo uma fonte militar ucraniana, o contra-ataque envolveu ataques de artilharia, caças e tanques. Imagens de satélite de terça mostram uma forte fumaça negra acima do aeroporto de Kherson, local onde o oficial disse que os ucranianos atacaram aeronaves militares russas estacionadas.

Imagem de satélite capturada pela Planet Labs PBC mostra fumaça e incêndio sobre área do aeroporto de Kherson, na Ucrânia, nesta terça-feira, 15. Local é ocupado pelos russos e sofreu um ataque ucraniano. Foto: Planet Labs PBC/AP

Veja o que foi destaque no 21° dia de Guerra na Ucrânia:

Zelenski pede armas e novas sanções contra a Rússia

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, discursou virtualmente no Congresso dos Estados Unidos nesta quarta, pedindo para que o país e seus aliados façam mais para parar a guerra. Citando Martin Luther King e fazendo menção ao 11 de setembro, o líder ucraniano pediu por mais ajuda, incluindo sanções a políticos russos, armas e uma zona de exclusão aérea -- este último, um pedido recorrente que vem sendo negado pelos EUA e os aliados da Otan, pois implicaria na entrada direta da aliança no conflito.

O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, pediu uma o envio de armas ao país, o estabelecimento de novas sanções contra a Rússia e a criação de uma zona de exclusão aérea. Foto: Michael Reynolds/EFE

“‘Eu tenho um sonho’, essas palavras são conhecidas por cada um de vocês. Hoje, posso dizer, eu tenho uma necessidade. Preciso proteger nosso céu. Preciso de sua decisão, sua ajuda, o que significa exatamente o mesmo que você sente quando ouve as palavras ‘eu tenho um sonho’”.

Zelenski também fez um apelo para novos pacotes de sanções, de preferência toda semana, contra políticos russos e que empresas americanas deixem o mercado russo, “inundado em sangue”.

Biden anuncia pacote de US$ 800 milhões em assistência militar à Ucrânia

Horas depois do discurso de Zelenski no Congresso americano, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou um novo pacote de ajuda militar ao país do Leste Europeu em um valor estimado em US$ 800 milhões (R$ 4,072 bilhões).

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou nesta quarta-feira, 16, autorização para envio de US$ 800 milhões em ajuda militar para a Ucrânia. Foto: Shawn Thew/EFE

De acordo com a autorização assinada por Biden, o valor corresponde a armas antiaéreas, anti-blindagem e drones, na tentativa de reforçar a defesa do país contra a Rússia. Ao todo, o presidente norte-americano enviou US$ 2 bilhões (R$ 10,18 bilhões) deste tipo de auxílio a Kiev desde que assumiu a Casa Branca, há um ano. Cerca de US$ 1 bilhão foi enviado somente na última semana.

“Vamos dar à Ucrânia as armas para lutar e se defender em todos os dias difíceis que virão pela frente”, disse Biden.

Rússia bombardeia teatro em Mariupol

Um bombardeio russo destruiu um teatro que abrigava centenas de moradores de Mariupol, causando um número ainda desconhecido de vítimas, informam autoridades ucranianas. Segundo o Parlamento da Ucrânia, o teatro foi totalmente destruído e virou escombros.

Vista do Teatro Regional de Drama de Donetsk destruído por um ataque aéreo em Mariupol Foto: Donetsk Regional Civil-Military Administration/Reuters

O vice-prefeito de Mariupol, Serhi Orlov, afirmou que havia entre mil e 1,2 mil pessoas escondidas no teatro. Petro Andruishchenko, assessor do prefeito, afirmou que o teatro era o maior abrigo “em número e tamanho” no centro da cidade. Não se sabe se há sobreviventes.

“A probabilidade de chegar lá para retirar os escombros é baixa devido aos constantes bombardeios da cidade”, escreveu no Telegram.

Funcionários de Chernobyl se tornam reféns em usina nuclear e temem pelo pior

Em Chernobyl, 100 técnicos do turno da noite não podem deixar a usina desde 24 de fevereiro, depois que o exército russo tomou o lugar. A equipe do dia também não foi autorizada a entrar para reversar no trabalho, explicaram à France-Presse seus familiares, que pediram anonimato.

Um prédio abandonado em Pripyat, Ucrânia, que foi evacuado no dia seguinte ao desastre de Chernobyl em 1986.  Foto: Tyler Hicks/The New York Times

Desde então, a equipe vem tentando garantir a manutenção do local, hoje inativo, e onde em 26 de abril de 1986 ocorreu o pior acidente nuclear da história.

“Nossos homens não são apenas reféns, mas também prisioneiros de um campo de concentração russo”, denuncia uma mulher durante uma manifestação de Slavutych, no último domingo, gravada pela televisão local.

Ataque russo mata dez pessoas que esperavam em fila para comprar pão

Ao menos dez pessoas morreram em um ataque da Rússia na cidade de Chernihiv, na Ucrânia. Segundo a embaixada dos Estados Unidos em Kiev, as pessoas esperavam na fila para comprar pão quando foram atingidas. A informação também foi divulgada pela Procuradoria ucraniana.

“Soldados russos atiraram contra pessoas que faziam fila para comprar pão perto de uma mercearia em uma área residencial de Chernihiv. De acordo com um balanço inicial, 10 civis foram mortos”, anunciou a procuradoria em comunicado.

A Rússia, que chama suas ações militares na Ucrânia de “operação especial”, não comentou imediatamente a acusação. Moscou nega atacar civis na Ucrânia.

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O cinegrafista da Fox News Pierre Zakrzewski morreu na Ucrânia

Negociações por uma “paz provisória” entre Rússia e Ucrânia avançaram nesta quarta-feira, 16, enquanto combates em solo voltaram a provocar baixas civis e militares no 21° dia de Guerra na Ucrânia.

Autoridades em Kiev e Moscou afirmaram que “fizeram progresso” nos termos de um acordo de paz, apesar da desconfiança de autoridades ucranianas sobre o compromisso do presidente russo, Vladimir Putin, em encerrar o conflito.

Pessoas envolvidas na negociação ouvidas pelo jornal britânico Financial Times disseram que as conversas sobre um plano de 15 pontos avançaram, incluindo um cessar-fogo e a retirada russa de território ucraniano se Kiev declarar neutralidade e não hospedar bases militares estrangeiras ou armamento em troca de proteção de aliados como EUA e Reino Unido e Turquia.

Equipe de resgate remove destroços de prédio bombardeado no centro de Kharkiv nesta quarta-feira, 16. Foto: Sergey Bobok/AFP

O maior ponto de discórdia continua sendo a exigência da Rússia de que a Ucrânia reconheça sua anexação da Crimeia em 2014 e a independência de dois estados separatistas na região da fronteira oriental de Donbas.

Enquanto houve avanços na frente diplomática, novos confrontos militares e bombardeios em áreas civis foram registrados nesta quarta. Cidades ucranianas continuam sob fogo inimigo, ao passo em que as forças armadas ucranianas lançam contra-ataques fora da capital e em Kherson, ocupada pelos russos.

A operação começou na noite de terça-feira, 15, e seguiu nesta quarta. Segundo uma fonte militar ucraniana, o contra-ataque envolveu ataques de artilharia, caças e tanques. Imagens de satélite de terça mostram uma forte fumaça negra acima do aeroporto de Kherson, local onde o oficial disse que os ucranianos atacaram aeronaves militares russas estacionadas.

Imagem de satélite capturada pela Planet Labs PBC mostra fumaça e incêndio sobre área do aeroporto de Kherson, na Ucrânia, nesta terça-feira, 15. Local é ocupado pelos russos e sofreu um ataque ucraniano. Foto: Planet Labs PBC/AP

Veja o que foi destaque no 21° dia de Guerra na Ucrânia:

Zelenski pede armas e novas sanções contra a Rússia

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, discursou virtualmente no Congresso dos Estados Unidos nesta quarta, pedindo para que o país e seus aliados façam mais para parar a guerra. Citando Martin Luther King e fazendo menção ao 11 de setembro, o líder ucraniano pediu por mais ajuda, incluindo sanções a políticos russos, armas e uma zona de exclusão aérea -- este último, um pedido recorrente que vem sendo negado pelos EUA e os aliados da Otan, pois implicaria na entrada direta da aliança no conflito.

O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, pediu uma o envio de armas ao país, o estabelecimento de novas sanções contra a Rússia e a criação de uma zona de exclusão aérea. Foto: Michael Reynolds/EFE

“‘Eu tenho um sonho’, essas palavras são conhecidas por cada um de vocês. Hoje, posso dizer, eu tenho uma necessidade. Preciso proteger nosso céu. Preciso de sua decisão, sua ajuda, o que significa exatamente o mesmo que você sente quando ouve as palavras ‘eu tenho um sonho’”.

Zelenski também fez um apelo para novos pacotes de sanções, de preferência toda semana, contra políticos russos e que empresas americanas deixem o mercado russo, “inundado em sangue”.

Biden anuncia pacote de US$ 800 milhões em assistência militar à Ucrânia

Horas depois do discurso de Zelenski no Congresso americano, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou um novo pacote de ajuda militar ao país do Leste Europeu em um valor estimado em US$ 800 milhões (R$ 4,072 bilhões).

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou nesta quarta-feira, 16, autorização para envio de US$ 800 milhões em ajuda militar para a Ucrânia. Foto: Shawn Thew/EFE

De acordo com a autorização assinada por Biden, o valor corresponde a armas antiaéreas, anti-blindagem e drones, na tentativa de reforçar a defesa do país contra a Rússia. Ao todo, o presidente norte-americano enviou US$ 2 bilhões (R$ 10,18 bilhões) deste tipo de auxílio a Kiev desde que assumiu a Casa Branca, há um ano. Cerca de US$ 1 bilhão foi enviado somente na última semana.

“Vamos dar à Ucrânia as armas para lutar e se defender em todos os dias difíceis que virão pela frente”, disse Biden.

Rússia bombardeia teatro em Mariupol

Um bombardeio russo destruiu um teatro que abrigava centenas de moradores de Mariupol, causando um número ainda desconhecido de vítimas, informam autoridades ucranianas. Segundo o Parlamento da Ucrânia, o teatro foi totalmente destruído e virou escombros.

Vista do Teatro Regional de Drama de Donetsk destruído por um ataque aéreo em Mariupol Foto: Donetsk Regional Civil-Military Administration/Reuters

O vice-prefeito de Mariupol, Serhi Orlov, afirmou que havia entre mil e 1,2 mil pessoas escondidas no teatro. Petro Andruishchenko, assessor do prefeito, afirmou que o teatro era o maior abrigo “em número e tamanho” no centro da cidade. Não se sabe se há sobreviventes.

“A probabilidade de chegar lá para retirar os escombros é baixa devido aos constantes bombardeios da cidade”, escreveu no Telegram.

Funcionários de Chernobyl se tornam reféns em usina nuclear e temem pelo pior

Em Chernobyl, 100 técnicos do turno da noite não podem deixar a usina desde 24 de fevereiro, depois que o exército russo tomou o lugar. A equipe do dia também não foi autorizada a entrar para reversar no trabalho, explicaram à France-Presse seus familiares, que pediram anonimato.

Um prédio abandonado em Pripyat, Ucrânia, que foi evacuado no dia seguinte ao desastre de Chernobyl em 1986.  Foto: Tyler Hicks/The New York Times

Desde então, a equipe vem tentando garantir a manutenção do local, hoje inativo, e onde em 26 de abril de 1986 ocorreu o pior acidente nuclear da história.

“Nossos homens não são apenas reféns, mas também prisioneiros de um campo de concentração russo”, denuncia uma mulher durante uma manifestação de Slavutych, no último domingo, gravada pela televisão local.

Ataque russo mata dez pessoas que esperavam em fila para comprar pão

Ao menos dez pessoas morreram em um ataque da Rússia na cidade de Chernihiv, na Ucrânia. Segundo a embaixada dos Estados Unidos em Kiev, as pessoas esperavam na fila para comprar pão quando foram atingidas. A informação também foi divulgada pela Procuradoria ucraniana.

“Soldados russos atiraram contra pessoas que faziam fila para comprar pão perto de uma mercearia em uma área residencial de Chernihiv. De acordo com um balanço inicial, 10 civis foram mortos”, anunciou a procuradoria em comunicado.

A Rússia, que chama suas ações militares na Ucrânia de “operação especial”, não comentou imediatamente a acusação. Moscou nega atacar civis na Ucrânia.

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