Plano de paz de Biden e protesto gigante em Tel-Aviv ampliam pressão para Netanyahu pôr fim à guerra


Familiares de reféns esperam que a trégua aconteça e que os prisioneiros sejam libertos; políticos de extrema-direita do país ameaçam desmantelar o governo caso o acordo seja aceito

Por Redação
Atualização:

TEL-AVIV - Um plano de paz divulgado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para pôr fim à guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas e um ato que atraiu mais de 100 mil israelenses em Tel-Aviv aumentaram a pressão política sobre o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu para encerrar o conflito. No entanto, políticos de extrema direita ameaçam desmantelar o governo, em caso de aprovação do acordo.

Dentre os participantes da manifestação estavam parentes de reféns, que intensificaram esforços para pressionar o governo a reavivar possíveis negociações. O presidente de Israel, Isaac Herzog, agradeceu Biden pelo discurso e prometeu a Netanyahu o apoio total para um acordo de libertação reféns.

“Nossa confiança no governo desmoronou em 7 de outubro, e nada foi feito para consertá-la”, disse Gil Dickman, primo de Carmel Gat, refém de 39 anos. “É agora ou nunca”, afirmou sobre o cessar-fogo.

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No mesmo dia do anúncio do presidente americano, o Hamas informou que viu o acordo de maneira positiva, mas que quer um cessar-fogo permanente e espera que as tropas israelenses sejam retiradas da Faixa de Gaza por completo.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional de Israel disse, em entrevista ao programa “This Week”, da ABC, que se o Hamas concordasse com a proposta, Israel também o aceitaria.

Ameaça de políticos de extrema direita

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Porém, a situação política de Netanyahu se encontra sob pressões conflitantes após o anúncio de Biden. Enquanto membros moderados do gabinete e familiares de reféns têm pressionado por um acordo, políticos mais extremos esperam uma “vitória absoluta” de Israel em Gaza.

Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional de extrema-direita, publicou na rede social X que uma proposta de cessar-fogo seria uma “derrota absoluta” e que o partido desmantelaria o governo Netanyahu. Bezalel Smotrich, ministro das Finanças, afirmou que, em caso de trégua, ele deixa o governo: “Exigimos a continuação dos combates até a destruição do Hamas e o retorno de todos os reféns”, disse ele.

Netanyahu durante reunião do gabinete em Tel-Aviv Foto: Brendan Smialowski/BRENDAN SMIALOWSKI
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Yair Lapid, líder da oposição, minimizou as falas e disse que o governo não entraria em colapso sem Ben Gvir ou Smotrich, e que estaria disposto a fornecer uma “rede de segurança” para ver a implementação de um cessar-fogo. “Este é o governo mais imprudente e pior na história do país. Do ponto de vista deles, que haja guerra aqui para sempre”, escreveu nas redes sociais.

Proposta de Biden e ponto de discórdia do acordo

A proposta feita pelo americano aconteceu na sexta-feira, na Casa Branca, em Washington, no primeiro discurso do democrata sobre o conflito depois do ataque israelense em Rafah, cidade ao sul de Gaza, que deixou 45 crianças e mulheres mortos. O plano, de três fases, propõe uma pausa de seis semanas nos combates, a troca de reféns por prisioneiros, e o envio de ajuda à Faixa de Gaza.

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Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a ofensiva israelense em Rafah desencadeou um êxodo de mais de um milhão de pessoas. As Forças de Defesa de Israel anunciaram, neste domingo, que seguiam com as operações na cidade, matando militantes e localizando depósitos de armas.

O principal ponto de discórdia do cessar-fogo é sobre como e quando a guerra terminaria oficialmente. Ainda, por mais que o gabinete de Netanyahu tenha afirmado a autorização do texto de proposta, o primeiro-ministro não se manifestou sobre o assunto. No sábado, foi acrescentado que “as condições de Israel para o fim da guerra não mudaram”. Anteriormente, o país pontuou que tem como objetivo a destruição completa do grupo terrorista Hamas, e que deseja a libertação de todos os reféns.

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Neste domingo, oficiais americanos, israelenses e egípcios se reuniram no Cairo, no Egito, para discutir sobre a reabertura da passagem de fronteira de Rafah. O local é um dos principais pontos de entrada de ajuda humanitária em Gaza. No entanto, para acontecer, a proposta também depende de uma pausa de seis semanas no combate. “Todos os olhos estão na proposta para alcançar um fim para esta guerra”, disse um ex-oficial egípcio. / W. POST

TEL-AVIV - Um plano de paz divulgado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para pôr fim à guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas e um ato que atraiu mais de 100 mil israelenses em Tel-Aviv aumentaram a pressão política sobre o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu para encerrar o conflito. No entanto, políticos de extrema direita ameaçam desmantelar o governo, em caso de aprovação do acordo.

Dentre os participantes da manifestação estavam parentes de reféns, que intensificaram esforços para pressionar o governo a reavivar possíveis negociações. O presidente de Israel, Isaac Herzog, agradeceu Biden pelo discurso e prometeu a Netanyahu o apoio total para um acordo de libertação reféns.

“Nossa confiança no governo desmoronou em 7 de outubro, e nada foi feito para consertá-la”, disse Gil Dickman, primo de Carmel Gat, refém de 39 anos. “É agora ou nunca”, afirmou sobre o cessar-fogo.

No mesmo dia do anúncio do presidente americano, o Hamas informou que viu o acordo de maneira positiva, mas que quer um cessar-fogo permanente e espera que as tropas israelenses sejam retiradas da Faixa de Gaza por completo.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional de Israel disse, em entrevista ao programa “This Week”, da ABC, que se o Hamas concordasse com a proposta, Israel também o aceitaria.

Ameaça de políticos de extrema direita

Porém, a situação política de Netanyahu se encontra sob pressões conflitantes após o anúncio de Biden. Enquanto membros moderados do gabinete e familiares de reféns têm pressionado por um acordo, políticos mais extremos esperam uma “vitória absoluta” de Israel em Gaza.

Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional de extrema-direita, publicou na rede social X que uma proposta de cessar-fogo seria uma “derrota absoluta” e que o partido desmantelaria o governo Netanyahu. Bezalel Smotrich, ministro das Finanças, afirmou que, em caso de trégua, ele deixa o governo: “Exigimos a continuação dos combates até a destruição do Hamas e o retorno de todos os reféns”, disse ele.

Netanyahu durante reunião do gabinete em Tel-Aviv Foto: Brendan Smialowski/BRENDAN SMIALOWSKI

Yair Lapid, líder da oposição, minimizou as falas e disse que o governo não entraria em colapso sem Ben Gvir ou Smotrich, e que estaria disposto a fornecer uma “rede de segurança” para ver a implementação de um cessar-fogo. “Este é o governo mais imprudente e pior na história do país. Do ponto de vista deles, que haja guerra aqui para sempre”, escreveu nas redes sociais.

Proposta de Biden e ponto de discórdia do acordo

A proposta feita pelo americano aconteceu na sexta-feira, na Casa Branca, em Washington, no primeiro discurso do democrata sobre o conflito depois do ataque israelense em Rafah, cidade ao sul de Gaza, que deixou 45 crianças e mulheres mortos. O plano, de três fases, propõe uma pausa de seis semanas nos combates, a troca de reféns por prisioneiros, e o envio de ajuda à Faixa de Gaza.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a ofensiva israelense em Rafah desencadeou um êxodo de mais de um milhão de pessoas. As Forças de Defesa de Israel anunciaram, neste domingo, que seguiam com as operações na cidade, matando militantes e localizando depósitos de armas.

O principal ponto de discórdia do cessar-fogo é sobre como e quando a guerra terminaria oficialmente. Ainda, por mais que o gabinete de Netanyahu tenha afirmado a autorização do texto de proposta, o primeiro-ministro não se manifestou sobre o assunto. No sábado, foi acrescentado que “as condições de Israel para o fim da guerra não mudaram”. Anteriormente, o país pontuou que tem como objetivo a destruição completa do grupo terrorista Hamas, e que deseja a libertação de todos os reféns.

Neste domingo, oficiais americanos, israelenses e egípcios se reuniram no Cairo, no Egito, para discutir sobre a reabertura da passagem de fronteira de Rafah. O local é um dos principais pontos de entrada de ajuda humanitária em Gaza. No entanto, para acontecer, a proposta também depende de uma pausa de seis semanas no combate. “Todos os olhos estão na proposta para alcançar um fim para esta guerra”, disse um ex-oficial egípcio. / W. POST

TEL-AVIV - Um plano de paz divulgado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para pôr fim à guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas e um ato que atraiu mais de 100 mil israelenses em Tel-Aviv aumentaram a pressão política sobre o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu para encerrar o conflito. No entanto, políticos de extrema direita ameaçam desmantelar o governo, em caso de aprovação do acordo.

Dentre os participantes da manifestação estavam parentes de reféns, que intensificaram esforços para pressionar o governo a reavivar possíveis negociações. O presidente de Israel, Isaac Herzog, agradeceu Biden pelo discurso e prometeu a Netanyahu o apoio total para um acordo de libertação reféns.

“Nossa confiança no governo desmoronou em 7 de outubro, e nada foi feito para consertá-la”, disse Gil Dickman, primo de Carmel Gat, refém de 39 anos. “É agora ou nunca”, afirmou sobre o cessar-fogo.

No mesmo dia do anúncio do presidente americano, o Hamas informou que viu o acordo de maneira positiva, mas que quer um cessar-fogo permanente e espera que as tropas israelenses sejam retiradas da Faixa de Gaza por completo.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional de Israel disse, em entrevista ao programa “This Week”, da ABC, que se o Hamas concordasse com a proposta, Israel também o aceitaria.

Ameaça de políticos de extrema direita

Porém, a situação política de Netanyahu se encontra sob pressões conflitantes após o anúncio de Biden. Enquanto membros moderados do gabinete e familiares de reféns têm pressionado por um acordo, políticos mais extremos esperam uma “vitória absoluta” de Israel em Gaza.

Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional de extrema-direita, publicou na rede social X que uma proposta de cessar-fogo seria uma “derrota absoluta” e que o partido desmantelaria o governo Netanyahu. Bezalel Smotrich, ministro das Finanças, afirmou que, em caso de trégua, ele deixa o governo: “Exigimos a continuação dos combates até a destruição do Hamas e o retorno de todos os reféns”, disse ele.

Netanyahu durante reunião do gabinete em Tel-Aviv Foto: Brendan Smialowski/BRENDAN SMIALOWSKI

Yair Lapid, líder da oposição, minimizou as falas e disse que o governo não entraria em colapso sem Ben Gvir ou Smotrich, e que estaria disposto a fornecer uma “rede de segurança” para ver a implementação de um cessar-fogo. “Este é o governo mais imprudente e pior na história do país. Do ponto de vista deles, que haja guerra aqui para sempre”, escreveu nas redes sociais.

Proposta de Biden e ponto de discórdia do acordo

A proposta feita pelo americano aconteceu na sexta-feira, na Casa Branca, em Washington, no primeiro discurso do democrata sobre o conflito depois do ataque israelense em Rafah, cidade ao sul de Gaza, que deixou 45 crianças e mulheres mortos. O plano, de três fases, propõe uma pausa de seis semanas nos combates, a troca de reféns por prisioneiros, e o envio de ajuda à Faixa de Gaza.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a ofensiva israelense em Rafah desencadeou um êxodo de mais de um milhão de pessoas. As Forças de Defesa de Israel anunciaram, neste domingo, que seguiam com as operações na cidade, matando militantes e localizando depósitos de armas.

O principal ponto de discórdia do cessar-fogo é sobre como e quando a guerra terminaria oficialmente. Ainda, por mais que o gabinete de Netanyahu tenha afirmado a autorização do texto de proposta, o primeiro-ministro não se manifestou sobre o assunto. No sábado, foi acrescentado que “as condições de Israel para o fim da guerra não mudaram”. Anteriormente, o país pontuou que tem como objetivo a destruição completa do grupo terrorista Hamas, e que deseja a libertação de todos os reféns.

Neste domingo, oficiais americanos, israelenses e egípcios se reuniram no Cairo, no Egito, para discutir sobre a reabertura da passagem de fronteira de Rafah. O local é um dos principais pontos de entrada de ajuda humanitária em Gaza. No entanto, para acontecer, a proposta também depende de uma pausa de seis semanas no combate. “Todos os olhos estão na proposta para alcançar um fim para esta guerra”, disse um ex-oficial egípcio. / W. POST

TEL-AVIV - Um plano de paz divulgado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para pôr fim à guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas e um ato que atraiu mais de 100 mil israelenses em Tel-Aviv aumentaram a pressão política sobre o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu para encerrar o conflito. No entanto, políticos de extrema direita ameaçam desmantelar o governo, em caso de aprovação do acordo.

Dentre os participantes da manifestação estavam parentes de reféns, que intensificaram esforços para pressionar o governo a reavivar possíveis negociações. O presidente de Israel, Isaac Herzog, agradeceu Biden pelo discurso e prometeu a Netanyahu o apoio total para um acordo de libertação reféns.

“Nossa confiança no governo desmoronou em 7 de outubro, e nada foi feito para consertá-la”, disse Gil Dickman, primo de Carmel Gat, refém de 39 anos. “É agora ou nunca”, afirmou sobre o cessar-fogo.

No mesmo dia do anúncio do presidente americano, o Hamas informou que viu o acordo de maneira positiva, mas que quer um cessar-fogo permanente e espera que as tropas israelenses sejam retiradas da Faixa de Gaza por completo.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional de Israel disse, em entrevista ao programa “This Week”, da ABC, que se o Hamas concordasse com a proposta, Israel também o aceitaria.

Ameaça de políticos de extrema direita

Porém, a situação política de Netanyahu se encontra sob pressões conflitantes após o anúncio de Biden. Enquanto membros moderados do gabinete e familiares de reféns têm pressionado por um acordo, políticos mais extremos esperam uma “vitória absoluta” de Israel em Gaza.

Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional de extrema-direita, publicou na rede social X que uma proposta de cessar-fogo seria uma “derrota absoluta” e que o partido desmantelaria o governo Netanyahu. Bezalel Smotrich, ministro das Finanças, afirmou que, em caso de trégua, ele deixa o governo: “Exigimos a continuação dos combates até a destruição do Hamas e o retorno de todos os reféns”, disse ele.

Netanyahu durante reunião do gabinete em Tel-Aviv Foto: Brendan Smialowski/BRENDAN SMIALOWSKI

Yair Lapid, líder da oposição, minimizou as falas e disse que o governo não entraria em colapso sem Ben Gvir ou Smotrich, e que estaria disposto a fornecer uma “rede de segurança” para ver a implementação de um cessar-fogo. “Este é o governo mais imprudente e pior na história do país. Do ponto de vista deles, que haja guerra aqui para sempre”, escreveu nas redes sociais.

Proposta de Biden e ponto de discórdia do acordo

A proposta feita pelo americano aconteceu na sexta-feira, na Casa Branca, em Washington, no primeiro discurso do democrata sobre o conflito depois do ataque israelense em Rafah, cidade ao sul de Gaza, que deixou 45 crianças e mulheres mortos. O plano, de três fases, propõe uma pausa de seis semanas nos combates, a troca de reféns por prisioneiros, e o envio de ajuda à Faixa de Gaza.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a ofensiva israelense em Rafah desencadeou um êxodo de mais de um milhão de pessoas. As Forças de Defesa de Israel anunciaram, neste domingo, que seguiam com as operações na cidade, matando militantes e localizando depósitos de armas.

O principal ponto de discórdia do cessar-fogo é sobre como e quando a guerra terminaria oficialmente. Ainda, por mais que o gabinete de Netanyahu tenha afirmado a autorização do texto de proposta, o primeiro-ministro não se manifestou sobre o assunto. No sábado, foi acrescentado que “as condições de Israel para o fim da guerra não mudaram”. Anteriormente, o país pontuou que tem como objetivo a destruição completa do grupo terrorista Hamas, e que deseja a libertação de todos os reféns.

Neste domingo, oficiais americanos, israelenses e egípcios se reuniram no Cairo, no Egito, para discutir sobre a reabertura da passagem de fronteira de Rafah. O local é um dos principais pontos de entrada de ajuda humanitária em Gaza. No entanto, para acontecer, a proposta também depende de uma pausa de seis semanas no combate. “Todos os olhos estão na proposta para alcançar um fim para esta guerra”, disse um ex-oficial egípcio. / W. POST

TEL-AVIV - Um plano de paz divulgado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para pôr fim à guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas e um ato que atraiu mais de 100 mil israelenses em Tel-Aviv aumentaram a pressão política sobre o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu para encerrar o conflito. No entanto, políticos de extrema direita ameaçam desmantelar o governo, em caso de aprovação do acordo.

Dentre os participantes da manifestação estavam parentes de reféns, que intensificaram esforços para pressionar o governo a reavivar possíveis negociações. O presidente de Israel, Isaac Herzog, agradeceu Biden pelo discurso e prometeu a Netanyahu o apoio total para um acordo de libertação reféns.

“Nossa confiança no governo desmoronou em 7 de outubro, e nada foi feito para consertá-la”, disse Gil Dickman, primo de Carmel Gat, refém de 39 anos. “É agora ou nunca”, afirmou sobre o cessar-fogo.

No mesmo dia do anúncio do presidente americano, o Hamas informou que viu o acordo de maneira positiva, mas que quer um cessar-fogo permanente e espera que as tropas israelenses sejam retiradas da Faixa de Gaza por completo.

John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional de Israel disse, em entrevista ao programa “This Week”, da ABC, que se o Hamas concordasse com a proposta, Israel também o aceitaria.

Ameaça de políticos de extrema direita

Porém, a situação política de Netanyahu se encontra sob pressões conflitantes após o anúncio de Biden. Enquanto membros moderados do gabinete e familiares de reféns têm pressionado por um acordo, políticos mais extremos esperam uma “vitória absoluta” de Israel em Gaza.

Itamar Ben Gvir, ministro da Segurança Nacional de extrema-direita, publicou na rede social X que uma proposta de cessar-fogo seria uma “derrota absoluta” e que o partido desmantelaria o governo Netanyahu. Bezalel Smotrich, ministro das Finanças, afirmou que, em caso de trégua, ele deixa o governo: “Exigimos a continuação dos combates até a destruição do Hamas e o retorno de todos os reféns”, disse ele.

Netanyahu durante reunião do gabinete em Tel-Aviv Foto: Brendan Smialowski/BRENDAN SMIALOWSKI

Yair Lapid, líder da oposição, minimizou as falas e disse que o governo não entraria em colapso sem Ben Gvir ou Smotrich, e que estaria disposto a fornecer uma “rede de segurança” para ver a implementação de um cessar-fogo. “Este é o governo mais imprudente e pior na história do país. Do ponto de vista deles, que haja guerra aqui para sempre”, escreveu nas redes sociais.

Proposta de Biden e ponto de discórdia do acordo

A proposta feita pelo americano aconteceu na sexta-feira, na Casa Branca, em Washington, no primeiro discurso do democrata sobre o conflito depois do ataque israelense em Rafah, cidade ao sul de Gaza, que deixou 45 crianças e mulheres mortos. O plano, de três fases, propõe uma pausa de seis semanas nos combates, a troca de reféns por prisioneiros, e o envio de ajuda à Faixa de Gaza.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a ofensiva israelense em Rafah desencadeou um êxodo de mais de um milhão de pessoas. As Forças de Defesa de Israel anunciaram, neste domingo, que seguiam com as operações na cidade, matando militantes e localizando depósitos de armas.

O principal ponto de discórdia do cessar-fogo é sobre como e quando a guerra terminaria oficialmente. Ainda, por mais que o gabinete de Netanyahu tenha afirmado a autorização do texto de proposta, o primeiro-ministro não se manifestou sobre o assunto. No sábado, foi acrescentado que “as condições de Israel para o fim da guerra não mudaram”. Anteriormente, o país pontuou que tem como objetivo a destruição completa do grupo terrorista Hamas, e que deseja a libertação de todos os reféns.

Neste domingo, oficiais americanos, israelenses e egípcios se reuniram no Cairo, no Egito, para discutir sobre a reabertura da passagem de fronteira de Rafah. O local é um dos principais pontos de entrada de ajuda humanitária em Gaza. No entanto, para acontecer, a proposta também depende de uma pausa de seis semanas no combate. “Todos os olhos estão na proposta para alcançar um fim para esta guerra”, disse um ex-oficial egípcio. / W. POST

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