Polícia diz que são 58 os mortos no incêndio em Londres; rainha Elizabeth II pede união


Autoridades assumiram como vítimas os que estavam desaparecidos; Theresa May recebeu grupo de sobreviventes em Downing Street no que foi visto como uma tentativa de aplacar as críticas ao governo

Por Redação

LONDRES - A polícia de Londres anunciou neste sábado, 17, que o número de mortos no incêndio na Torre Grenfell subiu para 58, após assumir como vítimas os desaparecidos na tragédia. Depois de distúrbios no bairro onde ocorreu o incidente e de críticas à reação do governo conservador, a rainha Elizabeth II pediu união nacional.

"Cinquenta e oito pessoas que, segundo nossas informações, encontravam-se na torre naquela noite estão desaparecidas. Por isso, tenho que assumir, com tristeza, que estão mortas", declarou o representante da polícia de Londres, Stuart Cundy. "Este número poderá mudar. Espero que não, mas poderá aumentar", indicou.

Número de mortos transforma o incêndio da Torre Grenfell no mais mortífero registrado na capital britânica desde a 2.ª Guerra Foto: AP Photo/Kirsty Wigglesworth
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O número de mortos transforma o incêndio da Torre Grenfell no mais mortífero registrado na capital britânica desde a 2.ª Guerra. A causa do incidente ainda não foi determinada.

A imprensa britânica fala em até 70 desaparecidos. O governo do Marrocos informou que seis cidadãos de seu país foram identificados entre as vítimas. Cerca de 600 pessoas viviam no prédio, de 120 apartamentos e 24 andares, devastado por um incêndio na madrugada de quarta-feira.

Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

Foto: Giulio Thuburn/AFP
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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

Foto: AP
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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

Foto: Matt Dunham/AP
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Foto: REUTERS/Toby Melville
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Foto: AP Photo/Matt Dunham
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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

Foto: AFP PHOTO / Adrian DENNIS
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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

Foto: Victoria Jones/PA via AP
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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

Foto: AP Photo/Matt Dunham
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Aniversário

A primeira-ministra britânica, Theresa May, recebeu neste sábado um grupo de sobreviventes do incêndio. O encontro, que ocorreu na residência oficial da premiê, em Downing Street, foi visto como uma tentativa de aplacar as críticas que o governo vem sofrendo e as manifestações de rua que têm ocorrido, as quais pedem justiça e respostas.

"Este é, tradicionalmente, um dia de festa", disse a rainha Elizabeth II numa mensagem em que usou um tom pouco habitual, coincidindo com a comemoração de seu 91.º aniversário. "Mas este ano é difícil não sentir o sombrio humor nacional", acrescentou, pedindo que os britânicos não desmoronem ante "a sucessão de desgraças terríveis dos últimos meses", referindo-se a três atentados e ao incêndio ocorridos em Londres.

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Sobreviventes e testemunhas do terrível incêndio em um prédio em Londres relataram nesta quarta-feira os momentos de desespero por causa do fogo que consumia a construção de 27 andares.

"Quando é posto à prova, o Reino Unido se mostra determinado frente à adversidade", afirmou a monarca, que observou um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. "Unidos em nossa dor, também estamos, sem medo nem preferência, no apoio que damos a todos que reconstroem suas vidas.”

A rainha visitou os sobreviventes na véspera. A imagem de Elizabeth II conversando com membros da comunidade local contrastou com a reação de May, que, depois de ter ido ao local da tragédia - sem se reunir com os moradores -, foi vaiada.

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"A história de duas líderes", publicou neste sábado o Daily Mirror em sua capa, que exibia as duas fotografias, enquanto o Times assinalava que a premiê se cercou de forte proteção policial durante sua visita.

Protestos

Segundo o serviço de saúde pública local, 19 vítimas permanecem internadas, 10 delas em estado crítico. Autoridades temem que algumas não possam ser identificadas em razão das altas temperaturas provocadas pelo incêndio.

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Na véspera, sobreviventes da tragédia, amigos de vítimas e membros da comunidade local invadiram a sede administrativa do bairro de Kensington e Chelsea, onde fica o edifício incendiado. "Exigimos justiça!", "Vergonha!", "Assassinos!", gritavam os manifestantes, somando palavras de ordem contra a premiê. "Theresa May, é hora de você ir!"

Os manifestantes criticam autoridades locais por não terem dado ouvido a seus alertas sobre a segurança do prédio, porque vinham de uma população majoritariamente de baixa renda. Muitos denunciaram que não havia saídas de emergência, extintores ou alarmes de incêndio. Além disso, o revestimento instalado na fachada em 2016 teria facilitado a propagação do fogo, segundo eles.

Manifestantes protestam pela falta de explicações após incêndio em Londres

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Manifestantes protestam pela falta de explicações após incêndio em Londres

Foto: AFP PHOTO / Daniel LEAL-OLIVAS
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Manifestantes protestam pela falta de explicações após incêndio em Londres

Foto: REUTERS/Toby Melville
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Foto: REUTERS/Toby Melville
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Manifestantes protestam pela falta de explicações após incêndio em Londres

Foto: Yui Mok/PA via AP
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O incêndio provocou um forte movimento de solidariedade, no qual foram arrecadadas mais de 3 milhões de libras para as vítimas, bem como roupas e alimentos. O papa Francisco transmitiu seus pêsames às famílias das vítimas.

Transporte

Parte do sistema ferroviário de Londres teve seu funcionamento suspenso neste sábado por recomendação do departamento de bombeiros. A medida foi tomada por temor de que destroços da Torre Grenfell caíssem sobre um trecho que fica à sombra do edifício destruído pelo fogo.

“Especialistas em busca e resgate urbano estão tentando controlar a queda de destroços para que as estações possam funcionar de novo”, afirmou uma porta-voz do Corpo de Bombeiros da capital britânica. / AFP e REUTERS

LONDRES - A polícia de Londres anunciou neste sábado, 17, que o número de mortos no incêndio na Torre Grenfell subiu para 58, após assumir como vítimas os desaparecidos na tragédia. Depois de distúrbios no bairro onde ocorreu o incidente e de críticas à reação do governo conservador, a rainha Elizabeth II pediu união nacional.

"Cinquenta e oito pessoas que, segundo nossas informações, encontravam-se na torre naquela noite estão desaparecidas. Por isso, tenho que assumir, com tristeza, que estão mortas", declarou o representante da polícia de Londres, Stuart Cundy. "Este número poderá mudar. Espero que não, mas poderá aumentar", indicou.

Número de mortos transforma o incêndio da Torre Grenfell no mais mortífero registrado na capital britânica desde a 2.ª Guerra Foto: AP Photo/Kirsty Wigglesworth

O número de mortos transforma o incêndio da Torre Grenfell no mais mortífero registrado na capital britânica desde a 2.ª Guerra. A causa do incidente ainda não foi determinada.

A imprensa britânica fala em até 70 desaparecidos. O governo do Marrocos informou que seis cidadãos de seu país foram identificados entre as vítimas. Cerca de 600 pessoas viviam no prédio, de 120 apartamentos e 24 andares, devastado por um incêndio na madrugada de quarta-feira.

Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

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Foto: AP Photo/Matt Dunham

Aniversário

A primeira-ministra britânica, Theresa May, recebeu neste sábado um grupo de sobreviventes do incêndio. O encontro, que ocorreu na residência oficial da premiê, em Downing Street, foi visto como uma tentativa de aplacar as críticas que o governo vem sofrendo e as manifestações de rua que têm ocorrido, as quais pedem justiça e respostas.

"Este é, tradicionalmente, um dia de festa", disse a rainha Elizabeth II numa mensagem em que usou um tom pouco habitual, coincidindo com a comemoração de seu 91.º aniversário. "Mas este ano é difícil não sentir o sombrio humor nacional", acrescentou, pedindo que os britânicos não desmoronem ante "a sucessão de desgraças terríveis dos últimos meses", referindo-se a três atentados e ao incêndio ocorridos em Londres.

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Sobreviventes e testemunhas do terrível incêndio em um prédio em Londres relataram nesta quarta-feira os momentos de desespero por causa do fogo que consumia a construção de 27 andares.

"Quando é posto à prova, o Reino Unido se mostra determinado frente à adversidade", afirmou a monarca, que observou um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. "Unidos em nossa dor, também estamos, sem medo nem preferência, no apoio que damos a todos que reconstroem suas vidas.”

A rainha visitou os sobreviventes na véspera. A imagem de Elizabeth II conversando com membros da comunidade local contrastou com a reação de May, que, depois de ter ido ao local da tragédia - sem se reunir com os moradores -, foi vaiada.

"A história de duas líderes", publicou neste sábado o Daily Mirror em sua capa, que exibia as duas fotografias, enquanto o Times assinalava que a premiê se cercou de forte proteção policial durante sua visita.

Protestos

Segundo o serviço de saúde pública local, 19 vítimas permanecem internadas, 10 delas em estado crítico. Autoridades temem que algumas não possam ser identificadas em razão das altas temperaturas provocadas pelo incêndio.

Na véspera, sobreviventes da tragédia, amigos de vítimas e membros da comunidade local invadiram a sede administrativa do bairro de Kensington e Chelsea, onde fica o edifício incendiado. "Exigimos justiça!", "Vergonha!", "Assassinos!", gritavam os manifestantes, somando palavras de ordem contra a premiê. "Theresa May, é hora de você ir!"

Os manifestantes criticam autoridades locais por não terem dado ouvido a seus alertas sobre a segurança do prédio, porque vinham de uma população majoritariamente de baixa renda. Muitos denunciaram que não havia saídas de emergência, extintores ou alarmes de incêndio. Além disso, o revestimento instalado na fachada em 2016 teria facilitado a propagação do fogo, segundo eles.

Manifestantes protestam pela falta de explicações após incêndio em Londres

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Manifestantes protestam pela falta de explicações após incêndio em Londres

Foto: AFP PHOTO / Daniel LEAL-OLIVAS
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Manifestantes protestam pela falta de explicações após incêndio em Londres

Foto: Yui Mok/PA via AP

O incêndio provocou um forte movimento de solidariedade, no qual foram arrecadadas mais de 3 milhões de libras para as vítimas, bem como roupas e alimentos. O papa Francisco transmitiu seus pêsames às famílias das vítimas.

Transporte

Parte do sistema ferroviário de Londres teve seu funcionamento suspenso neste sábado por recomendação do departamento de bombeiros. A medida foi tomada por temor de que destroços da Torre Grenfell caíssem sobre um trecho que fica à sombra do edifício destruído pelo fogo.

“Especialistas em busca e resgate urbano estão tentando controlar a queda de destroços para que as estações possam funcionar de novo”, afirmou uma porta-voz do Corpo de Bombeiros da capital britânica. / AFP e REUTERS

LONDRES - A polícia de Londres anunciou neste sábado, 17, que o número de mortos no incêndio na Torre Grenfell subiu para 58, após assumir como vítimas os desaparecidos na tragédia. Depois de distúrbios no bairro onde ocorreu o incidente e de críticas à reação do governo conservador, a rainha Elizabeth II pediu união nacional.

"Cinquenta e oito pessoas que, segundo nossas informações, encontravam-se na torre naquela noite estão desaparecidas. Por isso, tenho que assumir, com tristeza, que estão mortas", declarou o representante da polícia de Londres, Stuart Cundy. "Este número poderá mudar. Espero que não, mas poderá aumentar", indicou.

Número de mortos transforma o incêndio da Torre Grenfell no mais mortífero registrado na capital britânica desde a 2.ª Guerra Foto: AP Photo/Kirsty Wigglesworth

O número de mortos transforma o incêndio da Torre Grenfell no mais mortífero registrado na capital britânica desde a 2.ª Guerra. A causa do incidente ainda não foi determinada.

A imprensa britânica fala em até 70 desaparecidos. O governo do Marrocos informou que seis cidadãos de seu país foram identificados entre as vítimas. Cerca de 600 pessoas viviam no prédio, de 120 apartamentos e 24 andares, devastado por um incêndio na madrugada de quarta-feira.

Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

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Aniversário

A primeira-ministra britânica, Theresa May, recebeu neste sábado um grupo de sobreviventes do incêndio. O encontro, que ocorreu na residência oficial da premiê, em Downing Street, foi visto como uma tentativa de aplacar as críticas que o governo vem sofrendo e as manifestações de rua que têm ocorrido, as quais pedem justiça e respostas.

"Este é, tradicionalmente, um dia de festa", disse a rainha Elizabeth II numa mensagem em que usou um tom pouco habitual, coincidindo com a comemoração de seu 91.º aniversário. "Mas este ano é difícil não sentir o sombrio humor nacional", acrescentou, pedindo que os britânicos não desmoronem ante "a sucessão de desgraças terríveis dos últimos meses", referindo-se a três atentados e ao incêndio ocorridos em Londres.

Seu navegador não suporta esse video.

Sobreviventes e testemunhas do terrível incêndio em um prédio em Londres relataram nesta quarta-feira os momentos de desespero por causa do fogo que consumia a construção de 27 andares.

"Quando é posto à prova, o Reino Unido se mostra determinado frente à adversidade", afirmou a monarca, que observou um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. "Unidos em nossa dor, também estamos, sem medo nem preferência, no apoio que damos a todos que reconstroem suas vidas.”

A rainha visitou os sobreviventes na véspera. A imagem de Elizabeth II conversando com membros da comunidade local contrastou com a reação de May, que, depois de ter ido ao local da tragédia - sem se reunir com os moradores -, foi vaiada.

"A história de duas líderes", publicou neste sábado o Daily Mirror em sua capa, que exibia as duas fotografias, enquanto o Times assinalava que a premiê se cercou de forte proteção policial durante sua visita.

Protestos

Segundo o serviço de saúde pública local, 19 vítimas permanecem internadas, 10 delas em estado crítico. Autoridades temem que algumas não possam ser identificadas em razão das altas temperaturas provocadas pelo incêndio.

Na véspera, sobreviventes da tragédia, amigos de vítimas e membros da comunidade local invadiram a sede administrativa do bairro de Kensington e Chelsea, onde fica o edifício incendiado. "Exigimos justiça!", "Vergonha!", "Assassinos!", gritavam os manifestantes, somando palavras de ordem contra a premiê. "Theresa May, é hora de você ir!"

Os manifestantes criticam autoridades locais por não terem dado ouvido a seus alertas sobre a segurança do prédio, porque vinham de uma população majoritariamente de baixa renda. Muitos denunciaram que não havia saídas de emergência, extintores ou alarmes de incêndio. Além disso, o revestimento instalado na fachada em 2016 teria facilitado a propagação do fogo, segundo eles.

Manifestantes protestam pela falta de explicações após incêndio em Londres

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Manifestantes protestam pela falta de explicações após incêndio em Londres

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Manifestantes protestam pela falta de explicações após incêndio em Londres

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Manifestantes protestam pela falta de explicações após incêndio em Londres

Foto: Yui Mok/PA via AP

O incêndio provocou um forte movimento de solidariedade, no qual foram arrecadadas mais de 3 milhões de libras para as vítimas, bem como roupas e alimentos. O papa Francisco transmitiu seus pêsames às famílias das vítimas.

Transporte

Parte do sistema ferroviário de Londres teve seu funcionamento suspenso neste sábado por recomendação do departamento de bombeiros. A medida foi tomada por temor de que destroços da Torre Grenfell caíssem sobre um trecho que fica à sombra do edifício destruído pelo fogo.

“Especialistas em busca e resgate urbano estão tentando controlar a queda de destroços para que as estações possam funcionar de novo”, afirmou uma porta-voz do Corpo de Bombeiros da capital britânica. / AFP e REUTERS

LONDRES - A polícia de Londres anunciou neste sábado, 17, que o número de mortos no incêndio na Torre Grenfell subiu para 58, após assumir como vítimas os desaparecidos na tragédia. Depois de distúrbios no bairro onde ocorreu o incidente e de críticas à reação do governo conservador, a rainha Elizabeth II pediu união nacional.

"Cinquenta e oito pessoas que, segundo nossas informações, encontravam-se na torre naquela noite estão desaparecidas. Por isso, tenho que assumir, com tristeza, que estão mortas", declarou o representante da polícia de Londres, Stuart Cundy. "Este número poderá mudar. Espero que não, mas poderá aumentar", indicou.

Número de mortos transforma o incêndio da Torre Grenfell no mais mortífero registrado na capital britânica desde a 2.ª Guerra Foto: AP Photo/Kirsty Wigglesworth

O número de mortos transforma o incêndio da Torre Grenfell no mais mortífero registrado na capital britânica desde a 2.ª Guerra. A causa do incidente ainda não foi determinada.

A imprensa britânica fala em até 70 desaparecidos. O governo do Marrocos informou que seis cidadãos de seu país foram identificados entre as vítimas. Cerca de 600 pessoas viviam no prédio, de 120 apartamentos e 24 andares, devastado por um incêndio na madrugada de quarta-feira.

Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

Foto: AP
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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

Foto: Matt Dunham/AP
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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

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Incêndio de grandes proporções atinge edifício residencial em Londres

Foto: AP Photo/Matt Dunham

Aniversário

A primeira-ministra britânica, Theresa May, recebeu neste sábado um grupo de sobreviventes do incêndio. O encontro, que ocorreu na residência oficial da premiê, em Downing Street, foi visto como uma tentativa de aplacar as críticas que o governo vem sofrendo e as manifestações de rua que têm ocorrido, as quais pedem justiça e respostas.

"Este é, tradicionalmente, um dia de festa", disse a rainha Elizabeth II numa mensagem em que usou um tom pouco habitual, coincidindo com a comemoração de seu 91.º aniversário. "Mas este ano é difícil não sentir o sombrio humor nacional", acrescentou, pedindo que os britânicos não desmoronem ante "a sucessão de desgraças terríveis dos últimos meses", referindo-se a três atentados e ao incêndio ocorridos em Londres.

Seu navegador não suporta esse video.

Sobreviventes e testemunhas do terrível incêndio em um prédio em Londres relataram nesta quarta-feira os momentos de desespero por causa do fogo que consumia a construção de 27 andares.

"Quando é posto à prova, o Reino Unido se mostra determinado frente à adversidade", afirmou a monarca, que observou um minuto de silêncio em homenagem às vítimas. "Unidos em nossa dor, também estamos, sem medo nem preferência, no apoio que damos a todos que reconstroem suas vidas.”

A rainha visitou os sobreviventes na véspera. A imagem de Elizabeth II conversando com membros da comunidade local contrastou com a reação de May, que, depois de ter ido ao local da tragédia - sem se reunir com os moradores -, foi vaiada.

"A história de duas líderes", publicou neste sábado o Daily Mirror em sua capa, que exibia as duas fotografias, enquanto o Times assinalava que a premiê se cercou de forte proteção policial durante sua visita.

Protestos

Segundo o serviço de saúde pública local, 19 vítimas permanecem internadas, 10 delas em estado crítico. Autoridades temem que algumas não possam ser identificadas em razão das altas temperaturas provocadas pelo incêndio.

Na véspera, sobreviventes da tragédia, amigos de vítimas e membros da comunidade local invadiram a sede administrativa do bairro de Kensington e Chelsea, onde fica o edifício incendiado. "Exigimos justiça!", "Vergonha!", "Assassinos!", gritavam os manifestantes, somando palavras de ordem contra a premiê. "Theresa May, é hora de você ir!"

Os manifestantes criticam autoridades locais por não terem dado ouvido a seus alertas sobre a segurança do prédio, porque vinham de uma população majoritariamente de baixa renda. Muitos denunciaram que não havia saídas de emergência, extintores ou alarmes de incêndio. Além disso, o revestimento instalado na fachada em 2016 teria facilitado a propagação do fogo, segundo eles.

Manifestantes protestam pela falta de explicações após incêndio em Londres

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O incêndio provocou um forte movimento de solidariedade, no qual foram arrecadadas mais de 3 milhões de libras para as vítimas, bem como roupas e alimentos. O papa Francisco transmitiu seus pêsames às famílias das vítimas.

Transporte

Parte do sistema ferroviário de Londres teve seu funcionamento suspenso neste sábado por recomendação do departamento de bombeiros. A medida foi tomada por temor de que destroços da Torre Grenfell caíssem sobre um trecho que fica à sombra do edifício destruído pelo fogo.

“Especialistas em busca e resgate urbano estão tentando controlar a queda de destroços para que as estações possam funcionar de novo”, afirmou uma porta-voz do Corpo de Bombeiros da capital britânica. / AFP e REUTERS

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