O último suspeito de matar 10 pessoas a facadas e deixar outras 18 feridas no Canadá, Myles Sanderson, foi preso pela polícia nesta quarta-feira, 7, dois dias depois que o outro suspeito, Demien, foi encontrado morto com ferimentos. O crime aconteceu no domingo, 4, e desde então a polícia canadense realizava uma caçada no país contra Myles.
Os suspeitos eram irmãos. Myles Sanderson, de 30 anos, foi preso por volta das 18h30 (horário de Brasília), informou a polícia da província de Saskatchewan, onde o massacre aconteceu. “Não há mais um risco de segurança pública associado a esta investigação”, disse a polícia em um comunicado nas redes sociais.
O crime é tratado como um dos mais mortais da história do Canadá. Os ataques aconteceram em localidades distintas de Saskatchewan, incluindo as comunidades indígenas de James Smith Cree Nation e Weldon, e 13 cenas de crime estão sendo investigadas.
As autoridades afirmam que parte das vítimas foram escolhidas deliberadamente, enquanto outras parecem aleatórias. Os motivos do crime ainda são desconhecidos.
A polícia deu poucos detalhes sobre os homens. Em maio passado, a delegacia de Saskatchewan emitiu uma lista de procurados que incluía Myles Sanderson, escrevendo que ele estava “ilegalmente à solta”.
O ataque choca o Canadá, que se orgulha da sua civilidade. Na segunda-feira, o primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, afirmou que lamentava “essa trágica violência”.
Apesar do histórico de país pacífico, o Canadá enfrenta uma onda de violência contra os indígenas. A atenção sobre esse fenômeno cresceu nos últimos anos, em parte por causa de novas descobertas sobre a extensão da violência e discriminação geral no país. No ano passado, por exemplo, autoridades descobriram uma suspeita de sepulturas em uma antiga escola residencial na Colúmbia Britânica. /AFP