Polícia reprime protestos contra reforma da previdência na França em três cidades; 22 são presos


Macron terá na quinta-feira o teste final para o projeto, com a votação do projeto de lei na Assembleia Nacional e no Senad

Por Redação

A greve geral e os protestos contra a reforma da previdência do presidente da França, Emmanuel Macron, chegaram ao oitavo dia nesta quarta-feira, 15, com registros de violência em Paris, Nantes e Lyon. Segundo a polícia, 22 pessoas foram presas.

O número de manifestantes nas ruas chegou a 480 mil, cerca de um terço do registrado há uma semana, mas as paralisações no transporte público, aeroviário e no serviço de coleta de lixo ainda dificultam o cotidiano dos franceses.

Até três quintos dos trens suburbanos nas rotas que atendem a região de Paris foram cancelados, segundo a operadora SNCF. As companhias aéreas cortaram 20% dos voos no aeroporto de Orly, em Paris. As entregas de combustível das refinarias francesas, incluindo as de propriedade da TotalEnergies e da Exxon Mobil, estão prejudicadas há vários dias.

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Votação crucial

No front político, Macron terá na quinta-feira o teste final para o projeto, com a votação da reforma na Assembleia Nacional e no Senado. Ontem, uma reunião de sete deputados e sete senadores, que acertaram um texto único para a reforma. O caminho na Assembleia para a aprovação do texto, no entanto, não deve ser fácil, já que Macron não tem maioria na casa.

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A reforma da previdência de Macron prevê que os franceses trabalhem até, no mínimo, 64 antes de se aposentar. Além disso, o tempo de contribuição para a aposentadoria integral subirá para 43 anos a partir de 2027.

O presidente, de 45 anos, parece convicto de que a mudança é essencial para a saúde econômica da França, pois os trabalhadores de hoje pagam as pensões de um número crescente de aposentados que vivem cada vez mais.

Macron tem pela frente dois caminhos. O primeiro é conseguir o apoio dos Republicanos, a oposição de centro-direita, ao texto. Historicamente, o partido é favorável a aumentar a idade da aposentadoria dos franceses, mas tem rejeitado apoiar o plano.

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A segunda opção de Macron é apelar para o Artigo 49.3 da Constituição francesa, que é usado para aprovar leis sem votação. Mas envolvendo uma questão de tamanha magnitude, isso pode levar a acusações de desdém ao processo democrático e autoritarismo por parte do presidente. Além disso, a aprovação da reforma por decreto poderia ser contestada judicialmente, bem como fortalecer os protestos de rua.

Protestos contra reforma da previdência na França reúnem 480 mil pessoas na França Foto: Aurelien Morissard / AP

Críticas a Macron

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Seus detratores defendem uma reforma tributária para compensar esse aumento de gastos, em vez de um aumento no período de contribuição. “Sempre os que trabalham mais saem perdendo”, disse Magali Brutel, uma enfermeira de 41 anos. “Pessoas muito ricas poderiam pagar mais impostos – essa é uma boa solução para pagar o envelhecimento da população. Por que estamos tributando efetivamente os mais velhos e os mais pobres?”

O presidente defende que um aumento da carga tributária tiraria competitividade da economia francesa e afugentaria investidores. O índice de desemprego na França caiu para pouco mais de 7%, de 9,5% quando Macron assumiu, em 2017, reflexo de suas abrangentes mudanças no sentido de liberalizar o mercado de trabalho, mas 40% das famílias francesas afirmam enfrentar dificuldades para fechar as contas no fim do mês. / AP e W. POST

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A greve geral e os protestos contra a reforma da previdência do presidente da França, Emmanuel Macron, chegaram ao oitavo dia nesta quarta-feira, 15, com registros de violência em Paris, Nantes e Lyon. Segundo a polícia, 22 pessoas foram presas.

O número de manifestantes nas ruas chegou a 480 mil, cerca de um terço do registrado há uma semana, mas as paralisações no transporte público, aeroviário e no serviço de coleta de lixo ainda dificultam o cotidiano dos franceses.

Até três quintos dos trens suburbanos nas rotas que atendem a região de Paris foram cancelados, segundo a operadora SNCF. As companhias aéreas cortaram 20% dos voos no aeroporto de Orly, em Paris. As entregas de combustível das refinarias francesas, incluindo as de propriedade da TotalEnergies e da Exxon Mobil, estão prejudicadas há vários dias.

Votação crucial

No front político, Macron terá na quinta-feira o teste final para o projeto, com a votação da reforma na Assembleia Nacional e no Senado. Ontem, uma reunião de sete deputados e sete senadores, que acertaram um texto único para a reforma. O caminho na Assembleia para a aprovação do texto, no entanto, não deve ser fácil, já que Macron não tem maioria na casa.

A reforma da previdência de Macron prevê que os franceses trabalhem até, no mínimo, 64 antes de se aposentar. Além disso, o tempo de contribuição para a aposentadoria integral subirá para 43 anos a partir de 2027.

O presidente, de 45 anos, parece convicto de que a mudança é essencial para a saúde econômica da França, pois os trabalhadores de hoje pagam as pensões de um número crescente de aposentados que vivem cada vez mais.

Macron tem pela frente dois caminhos. O primeiro é conseguir o apoio dos Republicanos, a oposição de centro-direita, ao texto. Historicamente, o partido é favorável a aumentar a idade da aposentadoria dos franceses, mas tem rejeitado apoiar o plano.

A segunda opção de Macron é apelar para o Artigo 49.3 da Constituição francesa, que é usado para aprovar leis sem votação. Mas envolvendo uma questão de tamanha magnitude, isso pode levar a acusações de desdém ao processo democrático e autoritarismo por parte do presidente. Além disso, a aprovação da reforma por decreto poderia ser contestada judicialmente, bem como fortalecer os protestos de rua.

Protestos contra reforma da previdência na França reúnem 480 mil pessoas na França Foto: Aurelien Morissard / AP

Críticas a Macron

Seus detratores defendem uma reforma tributária para compensar esse aumento de gastos, em vez de um aumento no período de contribuição. “Sempre os que trabalham mais saem perdendo”, disse Magali Brutel, uma enfermeira de 41 anos. “Pessoas muito ricas poderiam pagar mais impostos – essa é uma boa solução para pagar o envelhecimento da população. Por que estamos tributando efetivamente os mais velhos e os mais pobres?”

O presidente defende que um aumento da carga tributária tiraria competitividade da economia francesa e afugentaria investidores. O índice de desemprego na França caiu para pouco mais de 7%, de 9,5% quando Macron assumiu, em 2017, reflexo de suas abrangentes mudanças no sentido de liberalizar o mercado de trabalho, mas 40% das famílias francesas afirmam enfrentar dificuldades para fechar as contas no fim do mês. / AP e W. POST

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A greve geral e os protestos contra a reforma da previdência do presidente da França, Emmanuel Macron, chegaram ao oitavo dia nesta quarta-feira, 15, com registros de violência em Paris, Nantes e Lyon. Segundo a polícia, 22 pessoas foram presas.

O número de manifestantes nas ruas chegou a 480 mil, cerca de um terço do registrado há uma semana, mas as paralisações no transporte público, aeroviário e no serviço de coleta de lixo ainda dificultam o cotidiano dos franceses.

Até três quintos dos trens suburbanos nas rotas que atendem a região de Paris foram cancelados, segundo a operadora SNCF. As companhias aéreas cortaram 20% dos voos no aeroporto de Orly, em Paris. As entregas de combustível das refinarias francesas, incluindo as de propriedade da TotalEnergies e da Exxon Mobil, estão prejudicadas há vários dias.

Votação crucial

No front político, Macron terá na quinta-feira o teste final para o projeto, com a votação da reforma na Assembleia Nacional e no Senado. Ontem, uma reunião de sete deputados e sete senadores, que acertaram um texto único para a reforma. O caminho na Assembleia para a aprovação do texto, no entanto, não deve ser fácil, já que Macron não tem maioria na casa.

A reforma da previdência de Macron prevê que os franceses trabalhem até, no mínimo, 64 antes de se aposentar. Além disso, o tempo de contribuição para a aposentadoria integral subirá para 43 anos a partir de 2027.

O presidente, de 45 anos, parece convicto de que a mudança é essencial para a saúde econômica da França, pois os trabalhadores de hoje pagam as pensões de um número crescente de aposentados que vivem cada vez mais.

Macron tem pela frente dois caminhos. O primeiro é conseguir o apoio dos Republicanos, a oposição de centro-direita, ao texto. Historicamente, o partido é favorável a aumentar a idade da aposentadoria dos franceses, mas tem rejeitado apoiar o plano.

A segunda opção de Macron é apelar para o Artigo 49.3 da Constituição francesa, que é usado para aprovar leis sem votação. Mas envolvendo uma questão de tamanha magnitude, isso pode levar a acusações de desdém ao processo democrático e autoritarismo por parte do presidente. Além disso, a aprovação da reforma por decreto poderia ser contestada judicialmente, bem como fortalecer os protestos de rua.

Protestos contra reforma da previdência na França reúnem 480 mil pessoas na França Foto: Aurelien Morissard / AP

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Seus detratores defendem uma reforma tributária para compensar esse aumento de gastos, em vez de um aumento no período de contribuição. “Sempre os que trabalham mais saem perdendo”, disse Magali Brutel, uma enfermeira de 41 anos. “Pessoas muito ricas poderiam pagar mais impostos – essa é uma boa solução para pagar o envelhecimento da população. Por que estamos tributando efetivamente os mais velhos e os mais pobres?”

O presidente defende que um aumento da carga tributária tiraria competitividade da economia francesa e afugentaria investidores. O índice de desemprego na França caiu para pouco mais de 7%, de 9,5% quando Macron assumiu, em 2017, reflexo de suas abrangentes mudanças no sentido de liberalizar o mercado de trabalho, mas 40% das famílias francesas afirmam enfrentar dificuldades para fechar as contas no fim do mês. / AP e W. POST

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A greve geral e os protestos contra a reforma da previdência do presidente da França, Emmanuel Macron, chegaram ao oitavo dia nesta quarta-feira, 15, com registros de violência em Paris, Nantes e Lyon. Segundo a polícia, 22 pessoas foram presas.

O número de manifestantes nas ruas chegou a 480 mil, cerca de um terço do registrado há uma semana, mas as paralisações no transporte público, aeroviário e no serviço de coleta de lixo ainda dificultam o cotidiano dos franceses.

Até três quintos dos trens suburbanos nas rotas que atendem a região de Paris foram cancelados, segundo a operadora SNCF. As companhias aéreas cortaram 20% dos voos no aeroporto de Orly, em Paris. As entregas de combustível das refinarias francesas, incluindo as de propriedade da TotalEnergies e da Exxon Mobil, estão prejudicadas há vários dias.

Votação crucial

No front político, Macron terá na quinta-feira o teste final para o projeto, com a votação da reforma na Assembleia Nacional e no Senado. Ontem, uma reunião de sete deputados e sete senadores, que acertaram um texto único para a reforma. O caminho na Assembleia para a aprovação do texto, no entanto, não deve ser fácil, já que Macron não tem maioria na casa.

A reforma da previdência de Macron prevê que os franceses trabalhem até, no mínimo, 64 antes de se aposentar. Além disso, o tempo de contribuição para a aposentadoria integral subirá para 43 anos a partir de 2027.

O presidente, de 45 anos, parece convicto de que a mudança é essencial para a saúde econômica da França, pois os trabalhadores de hoje pagam as pensões de um número crescente de aposentados que vivem cada vez mais.

Macron tem pela frente dois caminhos. O primeiro é conseguir o apoio dos Republicanos, a oposição de centro-direita, ao texto. Historicamente, o partido é favorável a aumentar a idade da aposentadoria dos franceses, mas tem rejeitado apoiar o plano.

A segunda opção de Macron é apelar para o Artigo 49.3 da Constituição francesa, que é usado para aprovar leis sem votação. Mas envolvendo uma questão de tamanha magnitude, isso pode levar a acusações de desdém ao processo democrático e autoritarismo por parte do presidente. Além disso, a aprovação da reforma por decreto poderia ser contestada judicialmente, bem como fortalecer os protestos de rua.

Protestos contra reforma da previdência na França reúnem 480 mil pessoas na França Foto: Aurelien Morissard / AP

Críticas a Macron

Seus detratores defendem uma reforma tributária para compensar esse aumento de gastos, em vez de um aumento no período de contribuição. “Sempre os que trabalham mais saem perdendo”, disse Magali Brutel, uma enfermeira de 41 anos. “Pessoas muito ricas poderiam pagar mais impostos – essa é uma boa solução para pagar o envelhecimento da população. Por que estamos tributando efetivamente os mais velhos e os mais pobres?”

O presidente defende que um aumento da carga tributária tiraria competitividade da economia francesa e afugentaria investidores. O índice de desemprego na França caiu para pouco mais de 7%, de 9,5% quando Macron assumiu, em 2017, reflexo de suas abrangentes mudanças no sentido de liberalizar o mercado de trabalho, mas 40% das famílias francesas afirmam enfrentar dificuldades para fechar as contas no fim do mês. / AP e W. POST

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