Polônia diz que não fornecerá mais armas para Ucrânia em meio à disputa sobre grãos


Varsóvia vetou a importação de produtos ucranianos para proteger interesses agrícolas locais no momento em que Kiev busca alternativas para escoar cereais sem o acordo de grãos pelo Mar Negro

Por Redação
Atualização:

VARSÓVIA - O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, disse que o país não fornecerá mais armas para a Ucrânia. O anúncio desta quarta-feira, 20, ocorreu depois que Kiev subiu o tom contra Varsóvia em meio às tensões crescentes envolvendo o escoamento de cereais ucranianos sem o acordo de grãos do Mar Negro.

Questionado se daria apoio militar e humanitário a Kiev mesmo com o impasse, Morawiecki respondeu: “não estamos fornecendo nenhum armamento para Ucrânia” e justificou que agora está armando a Polônia com armas mais modernas. Mas não detalhou quando os envios cessaram nem disse se a decisão está relacionada ao impasse sobre os grãos.

“Estamos concentrados principalmente na modernização e no armamento rápido do Exército polonês, para que se torne um dos exércitos terrestres mais potentes da Europa em um prazo muito curto”, explicou o primeiro-ministro.

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Primeiro-ministro Mateusz Morawiecki em entrevista coletiva, Varsóvia, Polônia, 19 de setembro de 2023.  Foto: EFE/EPA/Tomasz Gzell

Apesar da Polônia em si ter suspendido o envio de armas, Morawiecki disse que o centro militar na cidade de Rzeszow, no sudoeste do país, continua funcionando normalmente. A cidade, a 80 km da fronteira ucraniana, tem um aeroporto protegido com o apoio de tropas americanas e recebe parte da ajuda ocidental encaminhada para Kiev.

País-membro da OTAN, a Polônia é aliada de primeira hora de Kiev e tem sido uma das principais fornecedoras de armas para a vizinha Ucrânia. Recentemente, no entanto, a relação azedou.

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A Polônia e outros países do Leste europeu decidiram proibir as importações ucranianas para proteger os próprios interesses agrícolas enquanto Kiev busca rotas alternativas para o exportar grãos, desde que a Rússia abandonou o acordo que permitia o escoamento seguro pelo Mar Negro.

A União Europeia tentou derrubar o veto aos produtos ucranianos, mas Varsóvia desafiou a decisão e impôs embargos unilaterais — assim como fez a Hungria. Em resposta, Kiev ameaçou acionar a Organização Mundial do Comércio.

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A divisão interna na Europa também foi assunto do discurso de Zelenski na Assembleia-Geral da ONU. “Alguns de nossos amigos na Europa estão brincando com a solidariedade no teatro político, aumentando as tensões sobre os grãos, mas, na realidade, estão abrindo caminho para Moscou”, disse ele.

O tom desagradou a Polônia. Antes de anunciar a suspensão das armas, o País havia chamado “com urgência”, o embaixador da Ucrânia, para discutir as declarações de Zelenski na ONU.

O vice-ministro polonês das Relações Exteriores, que recebeu o diplomata ucraniano, disse que a tese era falsa e injustificada considerando que a Polônia tem apoiado a Ucrânia “desde os primeiros dias da guerra”, informou o comunicado do ministério.

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Em meio à crise, Morawiecki advertiu que ampliaria a lista de produtos ucranianos vetados se Kiev intensificasse o conflito sobre os cereais. A Ucrânia instou a Polônia a “deixar a emoção de lado” e a adotar uma abordagem “construtiva” na disputa./AFP e EFE

VARSÓVIA - O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, disse que o país não fornecerá mais armas para a Ucrânia. O anúncio desta quarta-feira, 20, ocorreu depois que Kiev subiu o tom contra Varsóvia em meio às tensões crescentes envolvendo o escoamento de cereais ucranianos sem o acordo de grãos do Mar Negro.

Questionado se daria apoio militar e humanitário a Kiev mesmo com o impasse, Morawiecki respondeu: “não estamos fornecendo nenhum armamento para Ucrânia” e justificou que agora está armando a Polônia com armas mais modernas. Mas não detalhou quando os envios cessaram nem disse se a decisão está relacionada ao impasse sobre os grãos.

“Estamos concentrados principalmente na modernização e no armamento rápido do Exército polonês, para que se torne um dos exércitos terrestres mais potentes da Europa em um prazo muito curto”, explicou o primeiro-ministro.

Primeiro-ministro Mateusz Morawiecki em entrevista coletiva, Varsóvia, Polônia, 19 de setembro de 2023.  Foto: EFE/EPA/Tomasz Gzell

Apesar da Polônia em si ter suspendido o envio de armas, Morawiecki disse que o centro militar na cidade de Rzeszow, no sudoeste do país, continua funcionando normalmente. A cidade, a 80 km da fronteira ucraniana, tem um aeroporto protegido com o apoio de tropas americanas e recebe parte da ajuda ocidental encaminhada para Kiev.

País-membro da OTAN, a Polônia é aliada de primeira hora de Kiev e tem sido uma das principais fornecedoras de armas para a vizinha Ucrânia. Recentemente, no entanto, a relação azedou.

A Polônia e outros países do Leste europeu decidiram proibir as importações ucranianas para proteger os próprios interesses agrícolas enquanto Kiev busca rotas alternativas para o exportar grãos, desde que a Rússia abandonou o acordo que permitia o escoamento seguro pelo Mar Negro.

A União Europeia tentou derrubar o veto aos produtos ucranianos, mas Varsóvia desafiou a decisão e impôs embargos unilaterais — assim como fez a Hungria. Em resposta, Kiev ameaçou acionar a Organização Mundial do Comércio.

A divisão interna na Europa também foi assunto do discurso de Zelenski na Assembleia-Geral da ONU. “Alguns de nossos amigos na Europa estão brincando com a solidariedade no teatro político, aumentando as tensões sobre os grãos, mas, na realidade, estão abrindo caminho para Moscou”, disse ele.

O tom desagradou a Polônia. Antes de anunciar a suspensão das armas, o País havia chamado “com urgência”, o embaixador da Ucrânia, para discutir as declarações de Zelenski na ONU.

O vice-ministro polonês das Relações Exteriores, que recebeu o diplomata ucraniano, disse que a tese era falsa e injustificada considerando que a Polônia tem apoiado a Ucrânia “desde os primeiros dias da guerra”, informou o comunicado do ministério.

Em meio à crise, Morawiecki advertiu que ampliaria a lista de produtos ucranianos vetados se Kiev intensificasse o conflito sobre os cereais. A Ucrânia instou a Polônia a “deixar a emoção de lado” e a adotar uma abordagem “construtiva” na disputa./AFP e EFE

VARSÓVIA - O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, disse que o país não fornecerá mais armas para a Ucrânia. O anúncio desta quarta-feira, 20, ocorreu depois que Kiev subiu o tom contra Varsóvia em meio às tensões crescentes envolvendo o escoamento de cereais ucranianos sem o acordo de grãos do Mar Negro.

Questionado se daria apoio militar e humanitário a Kiev mesmo com o impasse, Morawiecki respondeu: “não estamos fornecendo nenhum armamento para Ucrânia” e justificou que agora está armando a Polônia com armas mais modernas. Mas não detalhou quando os envios cessaram nem disse se a decisão está relacionada ao impasse sobre os grãos.

“Estamos concentrados principalmente na modernização e no armamento rápido do Exército polonês, para que se torne um dos exércitos terrestres mais potentes da Europa em um prazo muito curto”, explicou o primeiro-ministro.

Primeiro-ministro Mateusz Morawiecki em entrevista coletiva, Varsóvia, Polônia, 19 de setembro de 2023.  Foto: EFE/EPA/Tomasz Gzell

Apesar da Polônia em si ter suspendido o envio de armas, Morawiecki disse que o centro militar na cidade de Rzeszow, no sudoeste do país, continua funcionando normalmente. A cidade, a 80 km da fronteira ucraniana, tem um aeroporto protegido com o apoio de tropas americanas e recebe parte da ajuda ocidental encaminhada para Kiev.

País-membro da OTAN, a Polônia é aliada de primeira hora de Kiev e tem sido uma das principais fornecedoras de armas para a vizinha Ucrânia. Recentemente, no entanto, a relação azedou.

A Polônia e outros países do Leste europeu decidiram proibir as importações ucranianas para proteger os próprios interesses agrícolas enquanto Kiev busca rotas alternativas para o exportar grãos, desde que a Rússia abandonou o acordo que permitia o escoamento seguro pelo Mar Negro.

A União Europeia tentou derrubar o veto aos produtos ucranianos, mas Varsóvia desafiou a decisão e impôs embargos unilaterais — assim como fez a Hungria. Em resposta, Kiev ameaçou acionar a Organização Mundial do Comércio.

A divisão interna na Europa também foi assunto do discurso de Zelenski na Assembleia-Geral da ONU. “Alguns de nossos amigos na Europa estão brincando com a solidariedade no teatro político, aumentando as tensões sobre os grãos, mas, na realidade, estão abrindo caminho para Moscou”, disse ele.

O tom desagradou a Polônia. Antes de anunciar a suspensão das armas, o País havia chamado “com urgência”, o embaixador da Ucrânia, para discutir as declarações de Zelenski na ONU.

O vice-ministro polonês das Relações Exteriores, que recebeu o diplomata ucraniano, disse que a tese era falsa e injustificada considerando que a Polônia tem apoiado a Ucrânia “desde os primeiros dias da guerra”, informou o comunicado do ministério.

Em meio à crise, Morawiecki advertiu que ampliaria a lista de produtos ucranianos vetados se Kiev intensificasse o conflito sobre os cereais. A Ucrânia instou a Polônia a “deixar a emoção de lado” e a adotar uma abordagem “construtiva” na disputa./AFP e EFE

VARSÓVIA - O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, disse que o país não fornecerá mais armas para a Ucrânia. O anúncio desta quarta-feira, 20, ocorreu depois que Kiev subiu o tom contra Varsóvia em meio às tensões crescentes envolvendo o escoamento de cereais ucranianos sem o acordo de grãos do Mar Negro.

Questionado se daria apoio militar e humanitário a Kiev mesmo com o impasse, Morawiecki respondeu: “não estamos fornecendo nenhum armamento para Ucrânia” e justificou que agora está armando a Polônia com armas mais modernas. Mas não detalhou quando os envios cessaram nem disse se a decisão está relacionada ao impasse sobre os grãos.

“Estamos concentrados principalmente na modernização e no armamento rápido do Exército polonês, para que se torne um dos exércitos terrestres mais potentes da Europa em um prazo muito curto”, explicou o primeiro-ministro.

Primeiro-ministro Mateusz Morawiecki em entrevista coletiva, Varsóvia, Polônia, 19 de setembro de 2023.  Foto: EFE/EPA/Tomasz Gzell

Apesar da Polônia em si ter suspendido o envio de armas, Morawiecki disse que o centro militar na cidade de Rzeszow, no sudoeste do país, continua funcionando normalmente. A cidade, a 80 km da fronteira ucraniana, tem um aeroporto protegido com o apoio de tropas americanas e recebe parte da ajuda ocidental encaminhada para Kiev.

País-membro da OTAN, a Polônia é aliada de primeira hora de Kiev e tem sido uma das principais fornecedoras de armas para a vizinha Ucrânia. Recentemente, no entanto, a relação azedou.

A Polônia e outros países do Leste europeu decidiram proibir as importações ucranianas para proteger os próprios interesses agrícolas enquanto Kiev busca rotas alternativas para o exportar grãos, desde que a Rússia abandonou o acordo que permitia o escoamento seguro pelo Mar Negro.

A União Europeia tentou derrubar o veto aos produtos ucranianos, mas Varsóvia desafiou a decisão e impôs embargos unilaterais — assim como fez a Hungria. Em resposta, Kiev ameaçou acionar a Organização Mundial do Comércio.

A divisão interna na Europa também foi assunto do discurso de Zelenski na Assembleia-Geral da ONU. “Alguns de nossos amigos na Europa estão brincando com a solidariedade no teatro político, aumentando as tensões sobre os grãos, mas, na realidade, estão abrindo caminho para Moscou”, disse ele.

O tom desagradou a Polônia. Antes de anunciar a suspensão das armas, o País havia chamado “com urgência”, o embaixador da Ucrânia, para discutir as declarações de Zelenski na ONU.

O vice-ministro polonês das Relações Exteriores, que recebeu o diplomata ucraniano, disse que a tese era falsa e injustificada considerando que a Polônia tem apoiado a Ucrânia “desde os primeiros dias da guerra”, informou o comunicado do ministério.

Em meio à crise, Morawiecki advertiu que ampliaria a lista de produtos ucranianos vetados se Kiev intensificasse o conflito sobre os cereais. A Ucrânia instou a Polônia a “deixar a emoção de lado” e a adotar uma abordagem “construtiva” na disputa./AFP e EFE

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