SIDNEY -Tuvalu é apenas uma pequena nação insular do Pacífico, uma das menores do mundo. Mas na sexta-feira, 26, as eleições do pequeno país vão chamar a atenção de importantes atores do xadrez político regional como China, Taiwan e Austrália.
A população de Tuvalu vai escolher um novo parlamento, que conta com apenas 16 assentos, e um novo primeiro-ministro. Grande parte da atenção internacional está ligada à crescente importância da China na região do Pacífico e aos laços diplomáticos de Tuvalu com o governo de Taiwan. Um tratado de segurança proposto com a Austrália também deve dividir os eleitores.
Tuvalu consiste em nove pequenas ilhas de coral no sul do Oceano Pacífico. Fica no meio caminho entre o Havaí e a Austrália. Os atóis baixos de Tuvalu tornam o país particularmente vulnerável ao aquecimento global, e há preocupações de que o aumento do nível do mar e das tempestades façam com que o país fique inabitável.
O pequeno país tem uma população de cerca de 11.500 habitantes, uma das menores nações no mundo. Tavulu é uma ex-colônia britânica e conquistou a independência em 1978, mas o rei Charles III, do Reino Unido, ainda é o chefe de Estado do país.
Eleições
Todos os candidatos em Tuvalu concorrem como independentes, e os dois candidatos mais votados de cada um dos oito eleitorados vão para o parlamento. Quando a votação termina, os novos parlamentares se dividem em grupos e o maior grupo elege o primeiro-ministro e forma uma coalizão.
O atual primeiro-ministro, Kausea Natano, concorre novamente a uma vaga no parlamento e deseja formar uma coalizão para continuar governando o pequeno país do Pacífico.
O Ministro das Finanças, Seve Paeniu, também está interessado no cargo depois de ter conquistado o seu assento no parlamento ao concorrer sem oposição. Outro potencial novo primeiro-ministro é o líder da oposição e ex-mandatário, Enele Sopoaga.
Relações diplomáticas com Taiwan
Apenas 12 países, incluindo Tuvalu, têm relações diplomáticas oficiais com Taiwan, a ilha democrática autônoma que a China reivindica como seu próprio território.
Nauru, outra pequena ilha do Pacífico, anunciou na quarta-feira, 24, que optou por cortar as relações com Taipé e estabelecer contatos diplomáticos com Pequim. Em março de 2023, Honduras, país da América Central, também rompeu relações diplomáticas com Taiwan e optou por iniciar relações com a China.
O primeiro-ministro de Tuvalu, Kausea Natano, deseja manter laços fortes com Taiwan e é provável que continue com esse apoio. O ex-primeiro-ministro Enele Sopoaga também favorece laços estreitos com Taiwan, mas o atual ministro das Finanças, Seve Paeniu, disse que deseja rever os laços de Tuvalu com Pequim e Taipé, de acordo com o jornal britânico The Guardian.
Saiba mais
Austrália
Sopoaga também afirmou que não apoia um novo tratado entre Tuvalu e a Austrália assinado em novembro. Esse tratado, que estabelece que a Austrália deve ajudar Tuvalu em caso de grandes desastres naturais, pandemias e agressões militares, ainda não foi ratificado pelo parlamento.
O tratado dá à Austrália poder de veto sobre qualquer acordo relacionado com segurança ou defesa que Tuvalu queira fazer com qualquer outro país, incluindo a China.
Segundo o acordo, os cidadãos de Tuvalu poderão viver, trabalhar e estudar na Austrália caso as piores previsões se concretizem sobre a possibilidade do país desaparecer devido ao aumento do nível do mar./com AP
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