Por que Rússia e Ucrânia batalham pela cidade estratégica de Kherson


Moscou ordenou a retirada das tropas na cidade em meio à pressão ucraniana para recuperar o território capturado no início da ofensiva, em março, mas Kiev desconfia do movimento

Por Matthew Mpoke Bigg, Marc Santora e Carly Olson

KHERSON, Ucrânia — Diante de um avanço ucraniano, as forças russas estão tornando a cidade ocupada de Kherson, no Sul da Ucrânia, cada vez mais inabitável, em aparente preparação para uma grande batalha que se aproxima há meses. Nesta quarta-feira, Moscou ordenou a retirada das tropas na cidade em meio à pressão ucraniana para recuperar o território capturado no início da ofensiva, em março, mas Kiev desconfia do movimento.

O combate ocorre ao norte e oeste na região mais ampla de Kherson e, à medida que as forças ucranianas pressionam lentamente sua ofensiva em direção à cidade, também afirmam ter recuperado mais de 100 cidades e vilarejos na área a oeste do Rio Dniéper. A bandeira russa já havia sido retirada dos prédios administrativos, os postos de controle militares foram abandonados, a maioria da população e o governo de ocupação indicado pelo Kremlin deixaram a cidade, e os serviços essenciais pararam de funcionar.

Porém, eventos recentes alimentaram especulações sobre o que realmente está acontecendo e o que vem a seguir. Uma batalha campal pelo controle da cidade? Uma retirada fingida dos russos para atrair os ucranianos para uma armadilha?

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Unidade de reconhecimento ucraniana no mês passado, na região de Kherson, onde as forças do país avançam contra invasores russos. Foto: Ivor Prickett/ The New York Times - 26/10/2022

Em meio a alegações não verificadas de autoridades russas e informações limitadas vindas dos militares da Ucrânia, veja abaixo o que se sabe sobre Kherson e por que o controle dessa cidade é importante.

As pessoas que permanecem na região amplamente despovoada relatam que os russos estão cortando o fornecimento de energia e água potável não apenas para Kherson, mas também para cidades e vilarejos ao longo da margem esquerda do Dniéper.

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“Eles estão transformando a margem direita em um deserto”, disse Petro, um homem de 30 anos que mora na área. “Hoje eles explodiram os postes de energia, então não temos luz nem água.”

Autoridades ucranianas dizem que os russos, que pediram a retirada dos civis, temem que aqueles deixados para trás possam fornecer informações às forças ucranianas que avançam ou sabotar os militares russos. O governador da região indicado pelo Kremlin alertou que qualquer civil que ainda esteja lá pode ser tratado como hostil.

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Cerca de 250 mil pessoas viviam na cidade antes da guerra. Ativistas ucranianos estimam que restam de 30 mil a 60 mil pessoas, mas é impossível saber quão precisas são essas suposições.

Algumas autoridades e moradores ucranianos dizem que a remoção de civis foi um pretexto para deportações forçadas. Outros dizem que se tratava de liberar espaço para tropas russas recém-mobilizadas.

Um golpe para o Kremlin

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Quando as forças russas invadiram a ponte sobre o Rio Dniéper, em março, e entraram em Kherson, uma importante cidade portuária e ex-centro de construção naval, Moscou obteve seu maior sucesso nos primeiros dias da guerra. Putin esperava usar a região como ponte para um movimento mais a oeste, até a cidade portuária de Odessa, mas o esforço fracassou.

Se as forças russas forem expulsas através do Dniéper, isso representaria um profundo golpe simbólico e prático para o Kremlin e sua ambição de conquistar todo o Sul da Ucrânia. A cidade de Kherson e a região vizinha são o único ponto de apoio russo remanescente a oeste do rio.

Militar ucraniano verifica trincheiras cavadas por soldados russos em uma área retomada na região de Kherson, Ucrânia. Foto: Leo Correa/ AP - 12/10/2022
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Depois que a Rússia tomou ilegalmente a Península da Crimeia, no Sul, a Ucrânia cortou um canal do Dniéper, que era o principal abastecimento de água doce da Crimeia. A invasão no início deste ano permitiu à Rússia retomar o fluxo de água, mas novos contratempos em Kherson podem permitir que os ucranianos o interrompam novamente.

Com sua recusa até agora em recuar, Putin sinalizou o prestígio e o valor estratégico que ele atribui à região. No mês passado, seu governo disse que anexou quatro regiões ucranianas, incluindo Kherson, embora suas tropas não controlassem a totalidade de nenhuma delas, em um movimento que foi amplamente denunciado como ilegal.

Forças russas isoladas

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Desde o final do verão no Hemisfério Norte, as forças ucranianas armadas com artilharia ocidental de longo alcance travaram uma campanha determinada para isolar as forças russas a oeste do rio, bombardeando as pontes que Moscou usava para reabastecê-las e reforçá-las. Ao mesmo tempo, as tropas ucranianas fizeram um avanço extenuante sobre as posições russas.

Os russos contam com pontes flutuantes e barcos, que também foram bombardeados. A única travessia de rio remanescente que eles mantêm é a barragem de Kakhovka, a mais de 48 quilômetros a nordeste da cidade, que se tornou uma importante rota de abastecimento.

Moscou e Kiev trocaram acusações sobre planos de sabotagem na represa Kakhovka. Foto: Ukrayinski Pivden via Reuters

Cada lado acusou o outro de planejar sabotar a barragem, o que poderia ter consequências catastróficas. Grande parte do terreno a jusante, incluindo partes da cidade de Kherson, pode ser inundada. E isso pode causar uma queda no nível do reservatório atrás da barragem — a fonte de água de resfriamento crítica para a Usina Nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa.

Os campos abertos da região de Kherson, atravessados por canais de irrigação que proporcionam excelentes posições defensivas, retardaram a aproximação ucraniana, e a chegada do outono transformou grande parte do terreno em lama.

Se Moscou optar por defender a cidade, especialistas militares dizem que pode ser uma batalha sangrenta, rua a rua. As forças ucranianas ainda estão longe dos limites da cidade, supostamente enfrentando forte resistência.

Um líder pró-Rússia em Kherson disse neste fim de semana que a Ucrânia reunia artilharia, aviões e helicópteros em preparação para o próximo estágio de seu ataque à região. Autoridades de alto escalão em Kiev, por sua vez, afirmaram que Moscou pode estar tentando criar a ilusão de que suas forças estão deixando Kherson para atrair os ucranianos para uma emboscada.

KHERSON, Ucrânia — Diante de um avanço ucraniano, as forças russas estão tornando a cidade ocupada de Kherson, no Sul da Ucrânia, cada vez mais inabitável, em aparente preparação para uma grande batalha que se aproxima há meses. Nesta quarta-feira, Moscou ordenou a retirada das tropas na cidade em meio à pressão ucraniana para recuperar o território capturado no início da ofensiva, em março, mas Kiev desconfia do movimento.

O combate ocorre ao norte e oeste na região mais ampla de Kherson e, à medida que as forças ucranianas pressionam lentamente sua ofensiva em direção à cidade, também afirmam ter recuperado mais de 100 cidades e vilarejos na área a oeste do Rio Dniéper. A bandeira russa já havia sido retirada dos prédios administrativos, os postos de controle militares foram abandonados, a maioria da população e o governo de ocupação indicado pelo Kremlin deixaram a cidade, e os serviços essenciais pararam de funcionar.

Porém, eventos recentes alimentaram especulações sobre o que realmente está acontecendo e o que vem a seguir. Uma batalha campal pelo controle da cidade? Uma retirada fingida dos russos para atrair os ucranianos para uma armadilha?

Unidade de reconhecimento ucraniana no mês passado, na região de Kherson, onde as forças do país avançam contra invasores russos. Foto: Ivor Prickett/ The New York Times - 26/10/2022

Em meio a alegações não verificadas de autoridades russas e informações limitadas vindas dos militares da Ucrânia, veja abaixo o que se sabe sobre Kherson e por que o controle dessa cidade é importante.

As pessoas que permanecem na região amplamente despovoada relatam que os russos estão cortando o fornecimento de energia e água potável não apenas para Kherson, mas também para cidades e vilarejos ao longo da margem esquerda do Dniéper.

“Eles estão transformando a margem direita em um deserto”, disse Petro, um homem de 30 anos que mora na área. “Hoje eles explodiram os postes de energia, então não temos luz nem água.”

Autoridades ucranianas dizem que os russos, que pediram a retirada dos civis, temem que aqueles deixados para trás possam fornecer informações às forças ucranianas que avançam ou sabotar os militares russos. O governador da região indicado pelo Kremlin alertou que qualquer civil que ainda esteja lá pode ser tratado como hostil.

Cerca de 250 mil pessoas viviam na cidade antes da guerra. Ativistas ucranianos estimam que restam de 30 mil a 60 mil pessoas, mas é impossível saber quão precisas são essas suposições.

Algumas autoridades e moradores ucranianos dizem que a remoção de civis foi um pretexto para deportações forçadas. Outros dizem que se tratava de liberar espaço para tropas russas recém-mobilizadas.

Um golpe para o Kremlin

Quando as forças russas invadiram a ponte sobre o Rio Dniéper, em março, e entraram em Kherson, uma importante cidade portuária e ex-centro de construção naval, Moscou obteve seu maior sucesso nos primeiros dias da guerra. Putin esperava usar a região como ponte para um movimento mais a oeste, até a cidade portuária de Odessa, mas o esforço fracassou.

Se as forças russas forem expulsas através do Dniéper, isso representaria um profundo golpe simbólico e prático para o Kremlin e sua ambição de conquistar todo o Sul da Ucrânia. A cidade de Kherson e a região vizinha são o único ponto de apoio russo remanescente a oeste do rio.

Militar ucraniano verifica trincheiras cavadas por soldados russos em uma área retomada na região de Kherson, Ucrânia. Foto: Leo Correa/ AP - 12/10/2022

Depois que a Rússia tomou ilegalmente a Península da Crimeia, no Sul, a Ucrânia cortou um canal do Dniéper, que era o principal abastecimento de água doce da Crimeia. A invasão no início deste ano permitiu à Rússia retomar o fluxo de água, mas novos contratempos em Kherson podem permitir que os ucranianos o interrompam novamente.

Com sua recusa até agora em recuar, Putin sinalizou o prestígio e o valor estratégico que ele atribui à região. No mês passado, seu governo disse que anexou quatro regiões ucranianas, incluindo Kherson, embora suas tropas não controlassem a totalidade de nenhuma delas, em um movimento que foi amplamente denunciado como ilegal.

Forças russas isoladas

Desde o final do verão no Hemisfério Norte, as forças ucranianas armadas com artilharia ocidental de longo alcance travaram uma campanha determinada para isolar as forças russas a oeste do rio, bombardeando as pontes que Moscou usava para reabastecê-las e reforçá-las. Ao mesmo tempo, as tropas ucranianas fizeram um avanço extenuante sobre as posições russas.

Os russos contam com pontes flutuantes e barcos, que também foram bombardeados. A única travessia de rio remanescente que eles mantêm é a barragem de Kakhovka, a mais de 48 quilômetros a nordeste da cidade, que se tornou uma importante rota de abastecimento.

Moscou e Kiev trocaram acusações sobre planos de sabotagem na represa Kakhovka. Foto: Ukrayinski Pivden via Reuters

Cada lado acusou o outro de planejar sabotar a barragem, o que poderia ter consequências catastróficas. Grande parte do terreno a jusante, incluindo partes da cidade de Kherson, pode ser inundada. E isso pode causar uma queda no nível do reservatório atrás da barragem — a fonte de água de resfriamento crítica para a Usina Nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa.

Os campos abertos da região de Kherson, atravessados por canais de irrigação que proporcionam excelentes posições defensivas, retardaram a aproximação ucraniana, e a chegada do outono transformou grande parte do terreno em lama.

Se Moscou optar por defender a cidade, especialistas militares dizem que pode ser uma batalha sangrenta, rua a rua. As forças ucranianas ainda estão longe dos limites da cidade, supostamente enfrentando forte resistência.

Um líder pró-Rússia em Kherson disse neste fim de semana que a Ucrânia reunia artilharia, aviões e helicópteros em preparação para o próximo estágio de seu ataque à região. Autoridades de alto escalão em Kiev, por sua vez, afirmaram que Moscou pode estar tentando criar a ilusão de que suas forças estão deixando Kherson para atrair os ucranianos para uma emboscada.

KHERSON, Ucrânia — Diante de um avanço ucraniano, as forças russas estão tornando a cidade ocupada de Kherson, no Sul da Ucrânia, cada vez mais inabitável, em aparente preparação para uma grande batalha que se aproxima há meses. Nesta quarta-feira, Moscou ordenou a retirada das tropas na cidade em meio à pressão ucraniana para recuperar o território capturado no início da ofensiva, em março, mas Kiev desconfia do movimento.

O combate ocorre ao norte e oeste na região mais ampla de Kherson e, à medida que as forças ucranianas pressionam lentamente sua ofensiva em direção à cidade, também afirmam ter recuperado mais de 100 cidades e vilarejos na área a oeste do Rio Dniéper. A bandeira russa já havia sido retirada dos prédios administrativos, os postos de controle militares foram abandonados, a maioria da população e o governo de ocupação indicado pelo Kremlin deixaram a cidade, e os serviços essenciais pararam de funcionar.

Porém, eventos recentes alimentaram especulações sobre o que realmente está acontecendo e o que vem a seguir. Uma batalha campal pelo controle da cidade? Uma retirada fingida dos russos para atrair os ucranianos para uma armadilha?

Unidade de reconhecimento ucraniana no mês passado, na região de Kherson, onde as forças do país avançam contra invasores russos. Foto: Ivor Prickett/ The New York Times - 26/10/2022

Em meio a alegações não verificadas de autoridades russas e informações limitadas vindas dos militares da Ucrânia, veja abaixo o que se sabe sobre Kherson e por que o controle dessa cidade é importante.

As pessoas que permanecem na região amplamente despovoada relatam que os russos estão cortando o fornecimento de energia e água potável não apenas para Kherson, mas também para cidades e vilarejos ao longo da margem esquerda do Dniéper.

“Eles estão transformando a margem direita em um deserto”, disse Petro, um homem de 30 anos que mora na área. “Hoje eles explodiram os postes de energia, então não temos luz nem água.”

Autoridades ucranianas dizem que os russos, que pediram a retirada dos civis, temem que aqueles deixados para trás possam fornecer informações às forças ucranianas que avançam ou sabotar os militares russos. O governador da região indicado pelo Kremlin alertou que qualquer civil que ainda esteja lá pode ser tratado como hostil.

Cerca de 250 mil pessoas viviam na cidade antes da guerra. Ativistas ucranianos estimam que restam de 30 mil a 60 mil pessoas, mas é impossível saber quão precisas são essas suposições.

Algumas autoridades e moradores ucranianos dizem que a remoção de civis foi um pretexto para deportações forçadas. Outros dizem que se tratava de liberar espaço para tropas russas recém-mobilizadas.

Um golpe para o Kremlin

Quando as forças russas invadiram a ponte sobre o Rio Dniéper, em março, e entraram em Kherson, uma importante cidade portuária e ex-centro de construção naval, Moscou obteve seu maior sucesso nos primeiros dias da guerra. Putin esperava usar a região como ponte para um movimento mais a oeste, até a cidade portuária de Odessa, mas o esforço fracassou.

Se as forças russas forem expulsas através do Dniéper, isso representaria um profundo golpe simbólico e prático para o Kremlin e sua ambição de conquistar todo o Sul da Ucrânia. A cidade de Kherson e a região vizinha são o único ponto de apoio russo remanescente a oeste do rio.

Militar ucraniano verifica trincheiras cavadas por soldados russos em uma área retomada na região de Kherson, Ucrânia. Foto: Leo Correa/ AP - 12/10/2022

Depois que a Rússia tomou ilegalmente a Península da Crimeia, no Sul, a Ucrânia cortou um canal do Dniéper, que era o principal abastecimento de água doce da Crimeia. A invasão no início deste ano permitiu à Rússia retomar o fluxo de água, mas novos contratempos em Kherson podem permitir que os ucranianos o interrompam novamente.

Com sua recusa até agora em recuar, Putin sinalizou o prestígio e o valor estratégico que ele atribui à região. No mês passado, seu governo disse que anexou quatro regiões ucranianas, incluindo Kherson, embora suas tropas não controlassem a totalidade de nenhuma delas, em um movimento que foi amplamente denunciado como ilegal.

Forças russas isoladas

Desde o final do verão no Hemisfério Norte, as forças ucranianas armadas com artilharia ocidental de longo alcance travaram uma campanha determinada para isolar as forças russas a oeste do rio, bombardeando as pontes que Moscou usava para reabastecê-las e reforçá-las. Ao mesmo tempo, as tropas ucranianas fizeram um avanço extenuante sobre as posições russas.

Os russos contam com pontes flutuantes e barcos, que também foram bombardeados. A única travessia de rio remanescente que eles mantêm é a barragem de Kakhovka, a mais de 48 quilômetros a nordeste da cidade, que se tornou uma importante rota de abastecimento.

Moscou e Kiev trocaram acusações sobre planos de sabotagem na represa Kakhovka. Foto: Ukrayinski Pivden via Reuters

Cada lado acusou o outro de planejar sabotar a barragem, o que poderia ter consequências catastróficas. Grande parte do terreno a jusante, incluindo partes da cidade de Kherson, pode ser inundada. E isso pode causar uma queda no nível do reservatório atrás da barragem — a fonte de água de resfriamento crítica para a Usina Nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa.

Os campos abertos da região de Kherson, atravessados por canais de irrigação que proporcionam excelentes posições defensivas, retardaram a aproximação ucraniana, e a chegada do outono transformou grande parte do terreno em lama.

Se Moscou optar por defender a cidade, especialistas militares dizem que pode ser uma batalha sangrenta, rua a rua. As forças ucranianas ainda estão longe dos limites da cidade, supostamente enfrentando forte resistência.

Um líder pró-Rússia em Kherson disse neste fim de semana que a Ucrânia reunia artilharia, aviões e helicópteros em preparação para o próximo estágio de seu ataque à região. Autoridades de alto escalão em Kiev, por sua vez, afirmaram que Moscou pode estar tentando criar a ilusão de que suas forças estão deixando Kherson para atrair os ucranianos para uma emboscada.

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