Um grande apagão mergulhou boa parte de Porto Rico na escuridão nesta terça-feira, 31, a poucas horas da virada para o ano-novo. O restabelecimento da energia pode demorar até dois dias, informou a companhia elétrica.
O apagão em toda a ilha começou às 5h30 local (6h de Brasília), detalhou nas redes sociais a Luma Energy, que gerencia a distribuição de energia no local.
Investigações preliminares indicam que uma falha em um cabo subterrâneo foi a causa da interrupção, que afetou um total de 1,5 milhão de clientes, embora a situação ainda esteja sob monitoramento. Nas primeiras horas da terça-feira, os prédios ficaram às escuras, e os cruzamentos de trânsito ficaram sem semáforos.
José Pérez, diretor de assuntos externos da Luma Energy, disse à AFP que a falha “causou um efeito dominó” que levou ao apagão geral. “Já começamos o restabelecimento para alguns clientes, mas todo o processo deve levar entre 24 e 48 horas”, acrescentou.
A Luma assegurou em um boletim posterior que, inicialmente, o serviço foi restabelecido em algumas instalações críticas, incluindo um centro médico e um hospital na capital, San Juan. Às 19h no horário local, mais de 335 mil clientes já haviam sido reconectados ao fornecimento, o que representa 23% dos clientes afetados, segundo a operadora.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi informado, indicou a Casa Branca, que ressaltou que há assistência federal disponível caso seja necessário.
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Porto Rico, que está sob controle dos Estados Unidos desde 1898, enfrenta problemas constantes de infraestrutura, os quais foram agravados pelo devastador furacão Maria em 2017. A rede elétrica porto-riquenha sofre com frequentes cortes desde que o arquipélago foi devastado por este ciclone de categoria 4.
A interrupção de energia ocorre enquanto a ilha caribenha vive sua alta temporada de inverno e a poucas horas das celebrações de Réveillon. Em uma publicação nas redes sociais, o governador de Porto Rico, Pedro Pierluisi, disse que as autoridades estavam em contato com a Luma Energy.
“Estamos exigindo respostas”, afirmou, acrescentando que o público deve ser informado sobre as medidas que estão sendo tomadas para restabelecer o serviço em toda a ilha. /AFP