EDIMBURGO - O primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, anunciou nesta sexta-feira, 19, que renunciará ao cargo após a vitória do "não" no plebiscito sobre a independência da Escócia em relação à Grã-Bretanha. Salmond também disse que deve deixar de ser o presidente do Partido Nacional Escocês (SNP).
Em uma entrevista a jornalistas, o premiê explicou que a Escócia se beneficiará "com uma nova liderança" na nova fase de negociações com Londres para obter mais autonomia. "Para mim, como líder, o tempo está perto do fim, mas para a Escócia a campanha continua e o sonho nunca morrerá", afirmou Salmond.
Após um plebiscito histórico, a Escócia decidiu permanecer unida à Grã-Bretanha, com 55,3% dos eleitores optando pelo "não" à independência e 44,7%, pela secessão.
Com a divulgação do resultado, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, felicitou Salmond pela campanha e confirmou que apresentará um plano de reforma constitucional para transferir mais poderes para Edimburgo, cumprindo a promessa que fizera antes do pleito, que pode ter sido decisiva sobre o eleitorado.
Salmond também se pronunciou após a divulgação da vitória do "não", cobrou de Cameron a transferência de novos poderes para Edimburgo após o plebiscito, disse que aceitava o resultado e pediu que a população aceitasse de forma democrática. "É importante afirmar que nosso plebiscito foi processo acordado e consentido e a Escócia decidiu em sua maioria não se tornar um país independente neste momento", afirmou. "Eu aceito o veredicto do povo e apelo a todos da Escócia que aceitem o veredicto democrático." / EFE e REUTERS