Premiê da França diz ‘não ter maioria para governar’ e anuncia que deixará o cargo na segunda-feira


Participação nas eleições deste domingo foi de 67%, a mais alta registrada durante um segundo turno em mais de 40 anos e ligeiramente maior do que no primeiro turno

Por Redação

O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, de centro-direita, anunciou que deixará o cargo na segunda-feira. A decisão foi anunciada pouco depois da divulgação das projeções iniciais das eleições legislativas no país, que deram vitória ao bloco de esquerda representado pela Nova Frente Popular.

A aliança Juntos, de Attal e do presidente Emmanuel Macron, ficou em segundo lugar. Contrariando as pesquisas, a direita radical, liderada pelo Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen e Jordan Bardella, acabou em terceiro, atrás do bloco do presidente.

“Nesta noite, nenhuma maioria absoluta foi obtida pelos extremos, e graças à nossa determinação e à força dos nossos valores, estamos de pé. Temos três vezes mais deputados do que as estimativas no início desta campanha”, disse o premiê demissionário. “Onde quer que eu fosse, eu estava ansioso para ouvir vocês. Esta noite, o grupo político que representei nesta campanha não conseguiu a maioria, e apresentarei a minha demissão ao Presidente da República amanhã de manhã (segunda-feira)”.

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O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, deixa a cabine de votação Foto: Alain Jocard / AFP

Segundo as projeções do instituto Ifop, a Nova Frente Popular deve ter entre 180 e 205 cadeiras na Assembleia Nacional, enquanto a aliança Juntos, de Emmanuel Macron, terá entre 164 e 174 cadeiras. O Reagrupamento Nacional, que esperava ter a maioria absoluta após o bom desempenho no primeiro turno, terá entre 130 e 145— o número inclui membros do partido Republicanos que seguiram o pedido do contestado presidente da sigla, Eric Ciotti, para unirem forças com a direita radical. O partido, por si só, terá entre 57 e 67 cadeiras, apontam as projeções.

Após os primeiros números, Jean-Luc Mélenchon, líder do partido A França Insubmissa, de extrema esquerda, disse que Macron “tem o dever de chamar a Nova Frente Popular para governar”, pedindo a renúncia do premiê.

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“Saúdo a todos que aceitaram ser candidatos e retirar suas candidaturas e se mobilizaram porta a porta para conseguir arrancar um resultado que parecia ser impossível. Essa noite o Reagrupamento Nacional está longe de ter a maioria absoluta, é um imenso alívio”, afirmou, em discurso.

Assim como Mélénchon, o líder do Partido Socialista, Olivier Faure, também rejeitou a formação de qualquer governo de coligação entre a esquerda e o bloco macronista, de centro-direita. “A Nova Frente Popular deve assumir o comando desta nova página da nossa história”, declarou.

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No extremo oposto, Jordan Bardella, cotado como futuro premier caso uma vitória do RN de fato se concretizasse, culpou Macron pela derrota e denunciou uma “aliança da desonra” para barrar seu partido.

“Essa noite houve um regresso na política francesa. Esses acordos eleitorais jogaram a França nos braços da extrema esquerda. Com isso, o RN, largamente à frente no primeiro turno e nas eleições europeias, representam a vitória de amanhã”, disse Bardella, classificando o “corredor sanitário” contra a direita de “aliança da desonra”. “O RN encarna mais do que nunca a única força que pode reconstruir a França. Os arranjos eleitorais de um Palácio do Eliseu isolado e uma extrema esquerda incendiária não levarão o país a lugar algum”.

Os franceses votaram de maneira contundente: a participação foi de 67%, a mais alta registrada durante um segundo turno em mais de 40 anos e ligeiramente maior do que no primeiro turno.

O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, de centro-direita, anunciou que deixará o cargo na segunda-feira. A decisão foi anunciada pouco depois da divulgação das projeções iniciais das eleições legislativas no país, que deram vitória ao bloco de esquerda representado pela Nova Frente Popular.

A aliança Juntos, de Attal e do presidente Emmanuel Macron, ficou em segundo lugar. Contrariando as pesquisas, a direita radical, liderada pelo Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen e Jordan Bardella, acabou em terceiro, atrás do bloco do presidente.

“Nesta noite, nenhuma maioria absoluta foi obtida pelos extremos, e graças à nossa determinação e à força dos nossos valores, estamos de pé. Temos três vezes mais deputados do que as estimativas no início desta campanha”, disse o premiê demissionário. “Onde quer que eu fosse, eu estava ansioso para ouvir vocês. Esta noite, o grupo político que representei nesta campanha não conseguiu a maioria, e apresentarei a minha demissão ao Presidente da República amanhã de manhã (segunda-feira)”.

O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, deixa a cabine de votação Foto: Alain Jocard / AFP

Segundo as projeções do instituto Ifop, a Nova Frente Popular deve ter entre 180 e 205 cadeiras na Assembleia Nacional, enquanto a aliança Juntos, de Emmanuel Macron, terá entre 164 e 174 cadeiras. O Reagrupamento Nacional, que esperava ter a maioria absoluta após o bom desempenho no primeiro turno, terá entre 130 e 145— o número inclui membros do partido Republicanos que seguiram o pedido do contestado presidente da sigla, Eric Ciotti, para unirem forças com a direita radical. O partido, por si só, terá entre 57 e 67 cadeiras, apontam as projeções.

Após os primeiros números, Jean-Luc Mélenchon, líder do partido A França Insubmissa, de extrema esquerda, disse que Macron “tem o dever de chamar a Nova Frente Popular para governar”, pedindo a renúncia do premiê.

“Saúdo a todos que aceitaram ser candidatos e retirar suas candidaturas e se mobilizaram porta a porta para conseguir arrancar um resultado que parecia ser impossível. Essa noite o Reagrupamento Nacional está longe de ter a maioria absoluta, é um imenso alívio”, afirmou, em discurso.

Assim como Mélénchon, o líder do Partido Socialista, Olivier Faure, também rejeitou a formação de qualquer governo de coligação entre a esquerda e o bloco macronista, de centro-direita. “A Nova Frente Popular deve assumir o comando desta nova página da nossa história”, declarou.

No extremo oposto, Jordan Bardella, cotado como futuro premier caso uma vitória do RN de fato se concretizasse, culpou Macron pela derrota e denunciou uma “aliança da desonra” para barrar seu partido.

“Essa noite houve um regresso na política francesa. Esses acordos eleitorais jogaram a França nos braços da extrema esquerda. Com isso, o RN, largamente à frente no primeiro turno e nas eleições europeias, representam a vitória de amanhã”, disse Bardella, classificando o “corredor sanitário” contra a direita de “aliança da desonra”. “O RN encarna mais do que nunca a única força que pode reconstruir a França. Os arranjos eleitorais de um Palácio do Eliseu isolado e uma extrema esquerda incendiária não levarão o país a lugar algum”.

Os franceses votaram de maneira contundente: a participação foi de 67%, a mais alta registrada durante um segundo turno em mais de 40 anos e ligeiramente maior do que no primeiro turno.

O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, de centro-direita, anunciou que deixará o cargo na segunda-feira. A decisão foi anunciada pouco depois da divulgação das projeções iniciais das eleições legislativas no país, que deram vitória ao bloco de esquerda representado pela Nova Frente Popular.

A aliança Juntos, de Attal e do presidente Emmanuel Macron, ficou em segundo lugar. Contrariando as pesquisas, a direita radical, liderada pelo Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen e Jordan Bardella, acabou em terceiro, atrás do bloco do presidente.

“Nesta noite, nenhuma maioria absoluta foi obtida pelos extremos, e graças à nossa determinação e à força dos nossos valores, estamos de pé. Temos três vezes mais deputados do que as estimativas no início desta campanha”, disse o premiê demissionário. “Onde quer que eu fosse, eu estava ansioso para ouvir vocês. Esta noite, o grupo político que representei nesta campanha não conseguiu a maioria, e apresentarei a minha demissão ao Presidente da República amanhã de manhã (segunda-feira)”.

O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, deixa a cabine de votação Foto: Alain Jocard / AFP

Segundo as projeções do instituto Ifop, a Nova Frente Popular deve ter entre 180 e 205 cadeiras na Assembleia Nacional, enquanto a aliança Juntos, de Emmanuel Macron, terá entre 164 e 174 cadeiras. O Reagrupamento Nacional, que esperava ter a maioria absoluta após o bom desempenho no primeiro turno, terá entre 130 e 145— o número inclui membros do partido Republicanos que seguiram o pedido do contestado presidente da sigla, Eric Ciotti, para unirem forças com a direita radical. O partido, por si só, terá entre 57 e 67 cadeiras, apontam as projeções.

Após os primeiros números, Jean-Luc Mélenchon, líder do partido A França Insubmissa, de extrema esquerda, disse que Macron “tem o dever de chamar a Nova Frente Popular para governar”, pedindo a renúncia do premiê.

“Saúdo a todos que aceitaram ser candidatos e retirar suas candidaturas e se mobilizaram porta a porta para conseguir arrancar um resultado que parecia ser impossível. Essa noite o Reagrupamento Nacional está longe de ter a maioria absoluta, é um imenso alívio”, afirmou, em discurso.

Assim como Mélénchon, o líder do Partido Socialista, Olivier Faure, também rejeitou a formação de qualquer governo de coligação entre a esquerda e o bloco macronista, de centro-direita. “A Nova Frente Popular deve assumir o comando desta nova página da nossa história”, declarou.

No extremo oposto, Jordan Bardella, cotado como futuro premier caso uma vitória do RN de fato se concretizasse, culpou Macron pela derrota e denunciou uma “aliança da desonra” para barrar seu partido.

“Essa noite houve um regresso na política francesa. Esses acordos eleitorais jogaram a França nos braços da extrema esquerda. Com isso, o RN, largamente à frente no primeiro turno e nas eleições europeias, representam a vitória de amanhã”, disse Bardella, classificando o “corredor sanitário” contra a direita de “aliança da desonra”. “O RN encarna mais do que nunca a única força que pode reconstruir a França. Os arranjos eleitorais de um Palácio do Eliseu isolado e uma extrema esquerda incendiária não levarão o país a lugar algum”.

Os franceses votaram de maneira contundente: a participação foi de 67%, a mais alta registrada durante um segundo turno em mais de 40 anos e ligeiramente maior do que no primeiro turno.

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