Presidente da Hungria renuncia após perdão a homem condenado em caso de abuso sexual infantil


Katalin Novák renunciou em um discurso televisionado neste sábado após perdão presidencial emitido por ela em abril de 2023 se tornar público

Por Redação
Atualização:

BUDAPESTE -A presidente da Hungria renunciou ao seu cargo neste sábado, 10, em meio a protestos públicos sobre o perdão presidencial que concedeu a um homem condenado como cúmplice em um caso de abuso sexual infantil, uma decisão que desencadeou um escândalo político sem precedentes para o governo nacionalista de longa data do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.

Katalin Novák, de 46 anos, renunciou em um discurso televisionado neste sábado. Ela ocupava o cargo desde 2022. Apesar de os protestos ocorrerem neste momento, o perdão presidencial dado por Novák foi concedido em abril de 2023, para um homem condenado por ser cúmplice e esconder uma série de abusos sexuais de crianças em um orfanato estatal.

“Emiti um perdão que causou perplexidade e inquietação em muitas pessoas”, disse Novák no sábado. “Eu cometi um erro.”

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O sistema político húngaro funciona como uma democracia parlamentar. O primeiro-ministro é o chefe de governo do país e precisa de uma maioria para governar e passar a sua agenda política. Já o presidente funciona como chefe de Estado, um cargo mais cerimonial, e é eleito pelo Parlamento para um mandato de cinco anos.

A presidente da Hungria, Katalin Novák, renunciou neste sábado, 10, após um perdão presidencial controverso vir a público na Hungria  Foto: Andrew Medichini/ AP

A renúncia de Novák pode significar uma rara crise política no Fidesz, partido conservador que governa a Hungria com maioria no Parlamento desde 2010. Sob a liderança do primeiro-ministro Viktor Orbán, o Fidesz foi acusado de desmantelar instituições democráticas, fraudar o sistema eleitoral e manipular a mídia para ficar a seu favor.

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Novák, uma importante aliada de Orbán e ex-vice-presidente do Fidesz, serviu como ministra da Família da Hungria até à sua nomeação para a presidência. Ela tem defendido abertamente os valores familiares tradicionais e a proteção das crianças.

Ela foi a primeira mulher presidente na história da Hungria e a pessoa mais jovem a ocupar o cargo.

Húngaros protestam após notícia de que a presidente do país emitiu um perdão presidencial para um homem cumplice de abusos sexuais de crianças  Foto: Ferenc Isza/AFP
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Escândalo

O homem perdoado pela presidente húngara havia sido condenado a 3 anos de prisão em 2018 por pressionar vitimas a retirarem alegações de abuso sexual por parte do diretor de um orfanato, que foi condenado a oito anos de prisão por abusar de pelo menos 10 crianças entre 2004 e 2016.

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“Com base no pedido de clemência e nas informações disponíveis, decidi em abril do ano passado a favor da clemência, acreditando que o condenado não abusou da vulnerabilidade das crianças que lhe foram confiadas”, disse Novák no sábado. “Cometi um erro, porque a decisão de perdoar e a falta de justificativa puderam levantar dúvidas sobre a tolerância zero à pedofilia. Mas aqui não há nem pode haver qualquer dúvida.”

A então ministra da Justiça da Hungria Judit Varga também apoiou o perdão presidencial na época. A expectativa era que ela liderasse a lista de candidatos do Fidesz para o Parlamento Europeu, que tem eleições marcadas para junho.

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Contudo, Varga anunciou em um post no Facebook também neste sábado que assumiria a responsabilidade pública pelo perdão presidencial e se aposentaria da vida pública, retirando a sua candidatura para o Parlamento da União Europeia./com AP

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

BUDAPESTE -A presidente da Hungria renunciou ao seu cargo neste sábado, 10, em meio a protestos públicos sobre o perdão presidencial que concedeu a um homem condenado como cúmplice em um caso de abuso sexual infantil, uma decisão que desencadeou um escândalo político sem precedentes para o governo nacionalista de longa data do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.

Katalin Novák, de 46 anos, renunciou em um discurso televisionado neste sábado. Ela ocupava o cargo desde 2022. Apesar de os protestos ocorrerem neste momento, o perdão presidencial dado por Novák foi concedido em abril de 2023, para um homem condenado por ser cúmplice e esconder uma série de abusos sexuais de crianças em um orfanato estatal.

“Emiti um perdão que causou perplexidade e inquietação em muitas pessoas”, disse Novák no sábado. “Eu cometi um erro.”

O sistema político húngaro funciona como uma democracia parlamentar. O primeiro-ministro é o chefe de governo do país e precisa de uma maioria para governar e passar a sua agenda política. Já o presidente funciona como chefe de Estado, um cargo mais cerimonial, e é eleito pelo Parlamento para um mandato de cinco anos.

A presidente da Hungria, Katalin Novák, renunciou neste sábado, 10, após um perdão presidencial controverso vir a público na Hungria  Foto: Andrew Medichini/ AP

A renúncia de Novák pode significar uma rara crise política no Fidesz, partido conservador que governa a Hungria com maioria no Parlamento desde 2010. Sob a liderança do primeiro-ministro Viktor Orbán, o Fidesz foi acusado de desmantelar instituições democráticas, fraudar o sistema eleitoral e manipular a mídia para ficar a seu favor.

Novák, uma importante aliada de Orbán e ex-vice-presidente do Fidesz, serviu como ministra da Família da Hungria até à sua nomeação para a presidência. Ela tem defendido abertamente os valores familiares tradicionais e a proteção das crianças.

Ela foi a primeira mulher presidente na história da Hungria e a pessoa mais jovem a ocupar o cargo.

Húngaros protestam após notícia de que a presidente do país emitiu um perdão presidencial para um homem cumplice de abusos sexuais de crianças  Foto: Ferenc Isza/AFP

Escândalo

O homem perdoado pela presidente húngara havia sido condenado a 3 anos de prisão em 2018 por pressionar vitimas a retirarem alegações de abuso sexual por parte do diretor de um orfanato, que foi condenado a oito anos de prisão por abusar de pelo menos 10 crianças entre 2004 e 2016.

“Com base no pedido de clemência e nas informações disponíveis, decidi em abril do ano passado a favor da clemência, acreditando que o condenado não abusou da vulnerabilidade das crianças que lhe foram confiadas”, disse Novák no sábado. “Cometi um erro, porque a decisão de perdoar e a falta de justificativa puderam levantar dúvidas sobre a tolerância zero à pedofilia. Mas aqui não há nem pode haver qualquer dúvida.”

A então ministra da Justiça da Hungria Judit Varga também apoiou o perdão presidencial na época. A expectativa era que ela liderasse a lista de candidatos do Fidesz para o Parlamento Europeu, que tem eleições marcadas para junho.

Contudo, Varga anunciou em um post no Facebook também neste sábado que assumiria a responsabilidade pública pelo perdão presidencial e se aposentaria da vida pública, retirando a sua candidatura para o Parlamento da União Europeia./com AP

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BUDAPESTE -A presidente da Hungria renunciou ao seu cargo neste sábado, 10, em meio a protestos públicos sobre o perdão presidencial que concedeu a um homem condenado como cúmplice em um caso de abuso sexual infantil, uma decisão que desencadeou um escândalo político sem precedentes para o governo nacionalista de longa data do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.

Katalin Novák, de 46 anos, renunciou em um discurso televisionado neste sábado. Ela ocupava o cargo desde 2022. Apesar de os protestos ocorrerem neste momento, o perdão presidencial dado por Novák foi concedido em abril de 2023, para um homem condenado por ser cúmplice e esconder uma série de abusos sexuais de crianças em um orfanato estatal.

“Emiti um perdão que causou perplexidade e inquietação em muitas pessoas”, disse Novák no sábado. “Eu cometi um erro.”

O sistema político húngaro funciona como uma democracia parlamentar. O primeiro-ministro é o chefe de governo do país e precisa de uma maioria para governar e passar a sua agenda política. Já o presidente funciona como chefe de Estado, um cargo mais cerimonial, e é eleito pelo Parlamento para um mandato de cinco anos.

A presidente da Hungria, Katalin Novák, renunciou neste sábado, 10, após um perdão presidencial controverso vir a público na Hungria  Foto: Andrew Medichini/ AP

A renúncia de Novák pode significar uma rara crise política no Fidesz, partido conservador que governa a Hungria com maioria no Parlamento desde 2010. Sob a liderança do primeiro-ministro Viktor Orbán, o Fidesz foi acusado de desmantelar instituições democráticas, fraudar o sistema eleitoral e manipular a mídia para ficar a seu favor.

Novák, uma importante aliada de Orbán e ex-vice-presidente do Fidesz, serviu como ministra da Família da Hungria até à sua nomeação para a presidência. Ela tem defendido abertamente os valores familiares tradicionais e a proteção das crianças.

Ela foi a primeira mulher presidente na história da Hungria e a pessoa mais jovem a ocupar o cargo.

Húngaros protestam após notícia de que a presidente do país emitiu um perdão presidencial para um homem cumplice de abusos sexuais de crianças  Foto: Ferenc Isza/AFP

Escândalo

O homem perdoado pela presidente húngara havia sido condenado a 3 anos de prisão em 2018 por pressionar vitimas a retirarem alegações de abuso sexual por parte do diretor de um orfanato, que foi condenado a oito anos de prisão por abusar de pelo menos 10 crianças entre 2004 e 2016.

“Com base no pedido de clemência e nas informações disponíveis, decidi em abril do ano passado a favor da clemência, acreditando que o condenado não abusou da vulnerabilidade das crianças que lhe foram confiadas”, disse Novák no sábado. “Cometi um erro, porque a decisão de perdoar e a falta de justificativa puderam levantar dúvidas sobre a tolerância zero à pedofilia. Mas aqui não há nem pode haver qualquer dúvida.”

A então ministra da Justiça da Hungria Judit Varga também apoiou o perdão presidencial na época. A expectativa era que ela liderasse a lista de candidatos do Fidesz para o Parlamento Europeu, que tem eleições marcadas para junho.

Contudo, Varga anunciou em um post no Facebook também neste sábado que assumiria a responsabilidade pública pelo perdão presidencial e se aposentaria da vida pública, retirando a sua candidatura para o Parlamento da União Europeia./com AP

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