Presidente do Chile decreta estado de emergência após protestos violentos em Santiago


Aumento nas passagens provocou série de protestos na capital do país; pelo menos 133 pessoas já foram presas

Por Redação
Atualização:

SANTIAGO - O presidente do Chile, Sebastián Piñera, decretou neste sábado, 19, estado de emergência em Santiago após protestos violentos contra o aumento da tarifa do metrô tomarem a cidade nos últimos dias. Em pronunciamento à imprensa, Piñera condenou os 'ataques e atentados' do que ele classificou como 'delinquentes' ao anunciar a medida. O estado de emergência vale também para a província de Chacabuco e para as cidades e regiões metropolitanas de Puente Alto e San Bernardo.

Ao menos 16 ônibus foram incendiados e 10 estações de metrô ficaram completamente destruídas, além de 180 detidos e 57 policiais feridos.

Bilheteria do metrô em chamas durante protesto contra aumento do preço do metrô. Foto: Ramon Monroy/ Reuters
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"O objetivo desse estado de emergência é muito simples, mas muito profundo: assegurar a ordem pública, assegurar a tranquilidade dos habitantes de Santiago, proteger os bens, tanto públicos quanto privados, e, sobretudo, garantir os direitos de todos os nossos compatriotas, que se viram seriamente violados pela ação de verdadeiros deliquentes, que não respeitam a nada e a ninguém. Que estão dispostos a destruir uma instituição tão útil e necessária quanto o metrô, e, acima de tudo, não respeitam os direitos e nem a liberdade de seus compatriotas", disse o presidente chileno.

Enquanto durar o estado de emergência, o responsável pela segurança das áreas sob o decreto será o chefe da Defesa Nacional. No mesmo pronunciamento que anunciou o decreto, Piñera nomeou para o cargo o general de divisão Javier Iturriaga Del Campo. O militar é comandante de 'Educação e Doutrina' no alto comando do Exército chileno.

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Em seu primeiro pronunciamento à imprensa, Campo descartou a adoção de medidas mais severas como o toque de recolher ou a limitação ao direito de reunião - medidas permitidas quando decretado o estado de emergência -, pelo menos inicialmente. Porém, afirmou que as forças armadas vão para as ruas para restabelecer a ordem pública nas zonas onde o confluto é mais intenso.

"As forças policiais seguem exercendo patrulhamentos e garantindo o controle dos serviços de transporte público e demais setores que foram afetados. As forçam armadas vão patrulhar a cidade nos setores onde o conflito é mais intenso", disse o general em uma conversa com a imprensa.

A constituição chilena prevê a possibilidade de se instaurar estado de emergência em casos de '"grave alteração da ordem pública ou de grave dano para a segurança nacional", nas zonas afetadas por essas circunstâncias. O decreto tem duração de 15 dias, podendo ser prorrogado por igual período pelo presidente. Para prorrogações sucessivas, no entanto, o presidente precisa de autorização do congresso nacional.

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Protestos

A capital do Chile foi sacudida nesta sexta-feira por violentos protestos contra o aumento das tarifas do metrô, que incluíram ataques a várias estações do serviço de transporte metropolitano, saques e incêndios. Após a convocação de uma série "evasões em massa", para protestar contra o aumento de 800 para 830 pesos na passagem no horário de pico, os manifestantes passaram a atacar as estações do metrô em Santiago.

Em protesto contra o aumento dopreçodo metrô, manifestante ataca veículo da polícia emSantiago. Foto: Carlos Vera/ Reuters
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Os protestos prosseguiram com a chegada da noite e um prédio da companhia de elétrica ENEL, outro do Banco do Chile e várias estações do metrô foram incendiados. O incêndio no edifício da ENEL, controlado parcialmente após uma hora, começou no setor das escadas externas, e depois se propagou para os escritórios superiores. De acordo com a ENEL, todo o pessoal que trabalhava no local conseguiu sair ileso.

Próximo ao prédio incendiado, um supermercado foi atacado e saqueado, segundo informou uma TV local. Várias estações do metrô também foram incendiadas com coquetéis molotov.

Na quinta-feira, os protestos deixaram 133 presos após ações simultâneas em pelo menos cinco das 164 estações da ferroviária metropolitana, com danos calculados pela empresa estatal entre 400 e 500 milhões de pesos, o equivalente a cerca de 634.000 dólares.

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Aceno para o diálogo

Apesar de condenar os atos de violência e das palavras fortes dirigidas aos manifestantes, a quem considerou "verdadeiros delinquentes", Piñera aproveitou o pronunciamento à imprensa para acenar uma saída dialogada da situação. O presidente disse reconhecer o impacto econômico provocado pelo aumento e prometeu atenuar a situação.

"A alta ocorrida no preço das passagens do metrô obedece ao estabelecido em lei, responde à alta que ocorreu no preço do dólar e do petróleo, e foi determinado por um grupo de especialistas, conforme a legislação. Mas eu compreendo perfeitamente bem e me solidarizo com muito dos compatriotas que se veem afetados por esse tipo de aumento. Por essa razão, nos próximos dias, nosso governo vai iniciar um diálogo transversal e fazer todos os esforços ao nosso alcance para poder atenuar e aliviar a situação dos nossos compatriotas, de forma a poder contribuir para que os mais vulneráveis e os mais necessitados tenham a ajuda que precisam", disse o presidente./ EFE e AFP, com RENATO VASCONCELOS

SANTIAGO - O presidente do Chile, Sebastián Piñera, decretou neste sábado, 19, estado de emergência em Santiago após protestos violentos contra o aumento da tarifa do metrô tomarem a cidade nos últimos dias. Em pronunciamento à imprensa, Piñera condenou os 'ataques e atentados' do que ele classificou como 'delinquentes' ao anunciar a medida. O estado de emergência vale também para a província de Chacabuco e para as cidades e regiões metropolitanas de Puente Alto e San Bernardo.

Ao menos 16 ônibus foram incendiados e 10 estações de metrô ficaram completamente destruídas, além de 180 detidos e 57 policiais feridos.

Bilheteria do metrô em chamas durante protesto contra aumento do preço do metrô. Foto: Ramon Monroy/ Reuters

"O objetivo desse estado de emergência é muito simples, mas muito profundo: assegurar a ordem pública, assegurar a tranquilidade dos habitantes de Santiago, proteger os bens, tanto públicos quanto privados, e, sobretudo, garantir os direitos de todos os nossos compatriotas, que se viram seriamente violados pela ação de verdadeiros deliquentes, que não respeitam a nada e a ninguém. Que estão dispostos a destruir uma instituição tão útil e necessária quanto o metrô, e, acima de tudo, não respeitam os direitos e nem a liberdade de seus compatriotas", disse o presidente chileno.

Enquanto durar o estado de emergência, o responsável pela segurança das áreas sob o decreto será o chefe da Defesa Nacional. No mesmo pronunciamento que anunciou o decreto, Piñera nomeou para o cargo o general de divisão Javier Iturriaga Del Campo. O militar é comandante de 'Educação e Doutrina' no alto comando do Exército chileno.

Em seu primeiro pronunciamento à imprensa, Campo descartou a adoção de medidas mais severas como o toque de recolher ou a limitação ao direito de reunião - medidas permitidas quando decretado o estado de emergência -, pelo menos inicialmente. Porém, afirmou que as forças armadas vão para as ruas para restabelecer a ordem pública nas zonas onde o confluto é mais intenso.

"As forças policiais seguem exercendo patrulhamentos e garantindo o controle dos serviços de transporte público e demais setores que foram afetados. As forçam armadas vão patrulhar a cidade nos setores onde o conflito é mais intenso", disse o general em uma conversa com a imprensa.

A constituição chilena prevê a possibilidade de se instaurar estado de emergência em casos de '"grave alteração da ordem pública ou de grave dano para a segurança nacional", nas zonas afetadas por essas circunstâncias. O decreto tem duração de 15 dias, podendo ser prorrogado por igual período pelo presidente. Para prorrogações sucessivas, no entanto, o presidente precisa de autorização do congresso nacional.

Protestos

A capital do Chile foi sacudida nesta sexta-feira por violentos protestos contra o aumento das tarifas do metrô, que incluíram ataques a várias estações do serviço de transporte metropolitano, saques e incêndios. Após a convocação de uma série "evasões em massa", para protestar contra o aumento de 800 para 830 pesos na passagem no horário de pico, os manifestantes passaram a atacar as estações do metrô em Santiago.

Em protesto contra o aumento dopreçodo metrô, manifestante ataca veículo da polícia emSantiago. Foto: Carlos Vera/ Reuters

Os protestos prosseguiram com a chegada da noite e um prédio da companhia de elétrica ENEL, outro do Banco do Chile e várias estações do metrô foram incendiados. O incêndio no edifício da ENEL, controlado parcialmente após uma hora, começou no setor das escadas externas, e depois se propagou para os escritórios superiores. De acordo com a ENEL, todo o pessoal que trabalhava no local conseguiu sair ileso.

Próximo ao prédio incendiado, um supermercado foi atacado e saqueado, segundo informou uma TV local. Várias estações do metrô também foram incendiadas com coquetéis molotov.

Na quinta-feira, os protestos deixaram 133 presos após ações simultâneas em pelo menos cinco das 164 estações da ferroviária metropolitana, com danos calculados pela empresa estatal entre 400 e 500 milhões de pesos, o equivalente a cerca de 634.000 dólares.

Aceno para o diálogo

Apesar de condenar os atos de violência e das palavras fortes dirigidas aos manifestantes, a quem considerou "verdadeiros delinquentes", Piñera aproveitou o pronunciamento à imprensa para acenar uma saída dialogada da situação. O presidente disse reconhecer o impacto econômico provocado pelo aumento e prometeu atenuar a situação.

"A alta ocorrida no preço das passagens do metrô obedece ao estabelecido em lei, responde à alta que ocorreu no preço do dólar e do petróleo, e foi determinado por um grupo de especialistas, conforme a legislação. Mas eu compreendo perfeitamente bem e me solidarizo com muito dos compatriotas que se veem afetados por esse tipo de aumento. Por essa razão, nos próximos dias, nosso governo vai iniciar um diálogo transversal e fazer todos os esforços ao nosso alcance para poder atenuar e aliviar a situação dos nossos compatriotas, de forma a poder contribuir para que os mais vulneráveis e os mais necessitados tenham a ajuda que precisam", disse o presidente./ EFE e AFP, com RENATO VASCONCELOS

SANTIAGO - O presidente do Chile, Sebastián Piñera, decretou neste sábado, 19, estado de emergência em Santiago após protestos violentos contra o aumento da tarifa do metrô tomarem a cidade nos últimos dias. Em pronunciamento à imprensa, Piñera condenou os 'ataques e atentados' do que ele classificou como 'delinquentes' ao anunciar a medida. O estado de emergência vale também para a província de Chacabuco e para as cidades e regiões metropolitanas de Puente Alto e San Bernardo.

Ao menos 16 ônibus foram incendiados e 10 estações de metrô ficaram completamente destruídas, além de 180 detidos e 57 policiais feridos.

Bilheteria do metrô em chamas durante protesto contra aumento do preço do metrô. Foto: Ramon Monroy/ Reuters

"O objetivo desse estado de emergência é muito simples, mas muito profundo: assegurar a ordem pública, assegurar a tranquilidade dos habitantes de Santiago, proteger os bens, tanto públicos quanto privados, e, sobretudo, garantir os direitos de todos os nossos compatriotas, que se viram seriamente violados pela ação de verdadeiros deliquentes, que não respeitam a nada e a ninguém. Que estão dispostos a destruir uma instituição tão útil e necessária quanto o metrô, e, acima de tudo, não respeitam os direitos e nem a liberdade de seus compatriotas", disse o presidente chileno.

Enquanto durar o estado de emergência, o responsável pela segurança das áreas sob o decreto será o chefe da Defesa Nacional. No mesmo pronunciamento que anunciou o decreto, Piñera nomeou para o cargo o general de divisão Javier Iturriaga Del Campo. O militar é comandante de 'Educação e Doutrina' no alto comando do Exército chileno.

Em seu primeiro pronunciamento à imprensa, Campo descartou a adoção de medidas mais severas como o toque de recolher ou a limitação ao direito de reunião - medidas permitidas quando decretado o estado de emergência -, pelo menos inicialmente. Porém, afirmou que as forças armadas vão para as ruas para restabelecer a ordem pública nas zonas onde o confluto é mais intenso.

"As forças policiais seguem exercendo patrulhamentos e garantindo o controle dos serviços de transporte público e demais setores que foram afetados. As forçam armadas vão patrulhar a cidade nos setores onde o conflito é mais intenso", disse o general em uma conversa com a imprensa.

A constituição chilena prevê a possibilidade de se instaurar estado de emergência em casos de '"grave alteração da ordem pública ou de grave dano para a segurança nacional", nas zonas afetadas por essas circunstâncias. O decreto tem duração de 15 dias, podendo ser prorrogado por igual período pelo presidente. Para prorrogações sucessivas, no entanto, o presidente precisa de autorização do congresso nacional.

Protestos

A capital do Chile foi sacudida nesta sexta-feira por violentos protestos contra o aumento das tarifas do metrô, que incluíram ataques a várias estações do serviço de transporte metropolitano, saques e incêndios. Após a convocação de uma série "evasões em massa", para protestar contra o aumento de 800 para 830 pesos na passagem no horário de pico, os manifestantes passaram a atacar as estações do metrô em Santiago.

Em protesto contra o aumento dopreçodo metrô, manifestante ataca veículo da polícia emSantiago. Foto: Carlos Vera/ Reuters

Os protestos prosseguiram com a chegada da noite e um prédio da companhia de elétrica ENEL, outro do Banco do Chile e várias estações do metrô foram incendiados. O incêndio no edifício da ENEL, controlado parcialmente após uma hora, começou no setor das escadas externas, e depois se propagou para os escritórios superiores. De acordo com a ENEL, todo o pessoal que trabalhava no local conseguiu sair ileso.

Próximo ao prédio incendiado, um supermercado foi atacado e saqueado, segundo informou uma TV local. Várias estações do metrô também foram incendiadas com coquetéis molotov.

Na quinta-feira, os protestos deixaram 133 presos após ações simultâneas em pelo menos cinco das 164 estações da ferroviária metropolitana, com danos calculados pela empresa estatal entre 400 e 500 milhões de pesos, o equivalente a cerca de 634.000 dólares.

Aceno para o diálogo

Apesar de condenar os atos de violência e das palavras fortes dirigidas aos manifestantes, a quem considerou "verdadeiros delinquentes", Piñera aproveitou o pronunciamento à imprensa para acenar uma saída dialogada da situação. O presidente disse reconhecer o impacto econômico provocado pelo aumento e prometeu atenuar a situação.

"A alta ocorrida no preço das passagens do metrô obedece ao estabelecido em lei, responde à alta que ocorreu no preço do dólar e do petróleo, e foi determinado por um grupo de especialistas, conforme a legislação. Mas eu compreendo perfeitamente bem e me solidarizo com muito dos compatriotas que se veem afetados por esse tipo de aumento. Por essa razão, nos próximos dias, nosso governo vai iniciar um diálogo transversal e fazer todos os esforços ao nosso alcance para poder atenuar e aliviar a situação dos nossos compatriotas, de forma a poder contribuir para que os mais vulneráveis e os mais necessitados tenham a ajuda que precisam", disse o presidente./ EFE e AFP, com RENATO VASCONCELOS

SANTIAGO - O presidente do Chile, Sebastián Piñera, decretou neste sábado, 19, estado de emergência em Santiago após protestos violentos contra o aumento da tarifa do metrô tomarem a cidade nos últimos dias. Em pronunciamento à imprensa, Piñera condenou os 'ataques e atentados' do que ele classificou como 'delinquentes' ao anunciar a medida. O estado de emergência vale também para a província de Chacabuco e para as cidades e regiões metropolitanas de Puente Alto e San Bernardo.

Ao menos 16 ônibus foram incendiados e 10 estações de metrô ficaram completamente destruídas, além de 180 detidos e 57 policiais feridos.

Bilheteria do metrô em chamas durante protesto contra aumento do preço do metrô. Foto: Ramon Monroy/ Reuters

"O objetivo desse estado de emergência é muito simples, mas muito profundo: assegurar a ordem pública, assegurar a tranquilidade dos habitantes de Santiago, proteger os bens, tanto públicos quanto privados, e, sobretudo, garantir os direitos de todos os nossos compatriotas, que se viram seriamente violados pela ação de verdadeiros deliquentes, que não respeitam a nada e a ninguém. Que estão dispostos a destruir uma instituição tão útil e necessária quanto o metrô, e, acima de tudo, não respeitam os direitos e nem a liberdade de seus compatriotas", disse o presidente chileno.

Enquanto durar o estado de emergência, o responsável pela segurança das áreas sob o decreto será o chefe da Defesa Nacional. No mesmo pronunciamento que anunciou o decreto, Piñera nomeou para o cargo o general de divisão Javier Iturriaga Del Campo. O militar é comandante de 'Educação e Doutrina' no alto comando do Exército chileno.

Em seu primeiro pronunciamento à imprensa, Campo descartou a adoção de medidas mais severas como o toque de recolher ou a limitação ao direito de reunião - medidas permitidas quando decretado o estado de emergência -, pelo menos inicialmente. Porém, afirmou que as forças armadas vão para as ruas para restabelecer a ordem pública nas zonas onde o confluto é mais intenso.

"As forças policiais seguem exercendo patrulhamentos e garantindo o controle dos serviços de transporte público e demais setores que foram afetados. As forçam armadas vão patrulhar a cidade nos setores onde o conflito é mais intenso", disse o general em uma conversa com a imprensa.

A constituição chilena prevê a possibilidade de se instaurar estado de emergência em casos de '"grave alteração da ordem pública ou de grave dano para a segurança nacional", nas zonas afetadas por essas circunstâncias. O decreto tem duração de 15 dias, podendo ser prorrogado por igual período pelo presidente. Para prorrogações sucessivas, no entanto, o presidente precisa de autorização do congresso nacional.

Protestos

A capital do Chile foi sacudida nesta sexta-feira por violentos protestos contra o aumento das tarifas do metrô, que incluíram ataques a várias estações do serviço de transporte metropolitano, saques e incêndios. Após a convocação de uma série "evasões em massa", para protestar contra o aumento de 800 para 830 pesos na passagem no horário de pico, os manifestantes passaram a atacar as estações do metrô em Santiago.

Em protesto contra o aumento dopreçodo metrô, manifestante ataca veículo da polícia emSantiago. Foto: Carlos Vera/ Reuters

Os protestos prosseguiram com a chegada da noite e um prédio da companhia de elétrica ENEL, outro do Banco do Chile e várias estações do metrô foram incendiados. O incêndio no edifício da ENEL, controlado parcialmente após uma hora, começou no setor das escadas externas, e depois se propagou para os escritórios superiores. De acordo com a ENEL, todo o pessoal que trabalhava no local conseguiu sair ileso.

Próximo ao prédio incendiado, um supermercado foi atacado e saqueado, segundo informou uma TV local. Várias estações do metrô também foram incendiadas com coquetéis molotov.

Na quinta-feira, os protestos deixaram 133 presos após ações simultâneas em pelo menos cinco das 164 estações da ferroviária metropolitana, com danos calculados pela empresa estatal entre 400 e 500 milhões de pesos, o equivalente a cerca de 634.000 dólares.

Aceno para o diálogo

Apesar de condenar os atos de violência e das palavras fortes dirigidas aos manifestantes, a quem considerou "verdadeiros delinquentes", Piñera aproveitou o pronunciamento à imprensa para acenar uma saída dialogada da situação. O presidente disse reconhecer o impacto econômico provocado pelo aumento e prometeu atenuar a situação.

"A alta ocorrida no preço das passagens do metrô obedece ao estabelecido em lei, responde à alta que ocorreu no preço do dólar e do petróleo, e foi determinado por um grupo de especialistas, conforme a legislação. Mas eu compreendo perfeitamente bem e me solidarizo com muito dos compatriotas que se veem afetados por esse tipo de aumento. Por essa razão, nos próximos dias, nosso governo vai iniciar um diálogo transversal e fazer todos os esforços ao nosso alcance para poder atenuar e aliviar a situação dos nossos compatriotas, de forma a poder contribuir para que os mais vulneráveis e os mais necessitados tenham a ajuda que precisam", disse o presidente./ EFE e AFP, com RENATO VASCONCELOS

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